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2_Exercicio pratica II - acao trabalhista - Estágio Supervisionado Trabalhista - Acao trabalhista

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AO JUÍZO DO TRABALHO DA o VARA DO TRABALHO DA 
CIDADE/ESTADO 
 
 
 
 
 
 
MANOELA DA SILVA, nacionalidade, estado civil, profissão, data 
nascimento, filha de nome da mãe, inscrito no RG n°), (CPF n°), (CTPS, nº e 
série), (PIS), (endereço eletrônico), residente de domiciliada (endereço 
completo, com CEP), por meio de seu advogado que esta subscreve 
(procuração anexa - DOC1), escritório profissional localizado na (endereço 
completo com CEP), vem mui respeitosamente à presença de Vossa 
Excelência, com fundamento no artigo 840, § 1° da CLT, combinado com o 
artigo 319 do CPC, aplicado subsidiariamente no Processo do Trabalho, por 
força do artigo 769 da CLT, propor a presente RECLAMAÇÃO 
TRABALHISTA, pelo procedimento ordinário, em face de JR S/A, pessoa 
jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ n°, localizada na (endereço 
completo com CEP), endereço eletrônico (e-mail), ora reclamada, pelos fatos 
e fundamentos de direito a seguir expostos: 
 
 
I. DOS FATOS 
 
A reclamante prestou serviços a empresa JR S/A, ora reclamada, por 
4 anos ineterruptos, de segunda a sábado, das 8h00 às 19h00, sem intervalo 
intrajornada, onde trabalhava em rede de alta tensão, sem nenhum o 
pagamento de adicional pela referida função. 
Inicialmente foi contratada de forma tácita e, após 1 ano de vigência 
contratual, por imposição da reclamada, constituiu empresa individual, com o 
fim de emitir mensalmente nota fiscal de prestação de serviços para o 
recebimento de seus proventos. 
Passado 1 ano da constituição de impresa individual por plarte da 
reclamante, esta se encontrava doente e, para não descumprir o contrato, 
mandou que sua filha fosse executar o serviço. No entanto, não foi autorizada 
sua entrada na empresa, pois não possuía crachá para registro de entrada e 
saída da empresa. 
Ademais, a reclamada, apresentou atestado médico no dia seguinte 
a falta, e mesmo assim teve seus recebimentos reduzidos por conta da 
inexecução do serviço no dia faltoso e teve rompido o contrato sob alegação 
de que a atitude representava mal exemplo de conduta. 
 
 
II. DA JUSTIÇA GRATUITA 
 
A reclamante não tem condições econômico-financeiras de arcar com 
as despesas processuais sem prejuízo do próprio sustento, por isso requer o 
benefício da Justiça Gratuita, nos termos do artigo 5º, LXXIV da CF, devendo 
a gratuidade abarcar os honorários advocatícios sucumbenciais e honorários 
periciais. 
 
 
III. DO VÍNCULO EMPREGATÍCIO 
 
A reclamante prestou serviços para a Reclamada por 4 anos 
ininterruptos, com habitualidade, onerosidade, pessoalidade e subordinação, 
configurando- se relação de emprego nos termos do artigo 2º e 3º da CLT. 
O primeiro ano da relação contratual de emprego entre as partes se 
deu de forma tácita, não havendo instrumento de contrato na forma expressa, 
como possibilita o artigo 442 da CLT. 
Após o primeiro ano de contrato, a reclamada impôs à reclamante, 
como condição para receber seus proventos, a constituição de uma empresa 
individual por meio da qual deveria emitir notas fiscais mensais de prestação 
de serviços. Resta claro o objetivo da reclamada de fraudar direitos 
trabalhistas, mascarando a relação de emprego havida entre as partes, nos 
termos do art. 9º da CLT, onde deverá ser declarada a nulidade dos atos 
praticados pela reclamada que impuseram a prestação de serviços por meio 
de empresa individual, reconhecendo a relação de emprego com a 
reclamante e todos os direitos decorrentes deste vínculo. 
A prestação de serviços da reclamante se dava de forma habitual, de 
segunda a sábado, das 8h00 às 19h00, durante 4 anos ininterruptos. 
A pessoalidade na prestação de serviços é devidamente comprovada 
pelo exercício do trabalho apenas pela reclamante, não podendo se fazer 
substituir por outra pessoa. Salienta que, o próprio comportamento da 
Reclamada revela a prestação de serviço de caráter personalíssimo, uma vez 
que, a reclamante não pode ser substituída pela filha no dia em que se 
ausentou por motivo de saúde. Outrossim, dado o fato que o contrato firmado 
era com a pessoa física e não jurídica. 
A subordinação está caracterizada, uma vez que sua jornada de 
trabalho era controlada pela reclamada por meio de crachá de acesso. Bem 
como pela punição imposta à reclamante como justificativa da dispensa como 
“mau exemplo de conduta”. 
A onerosidade resta comprovada pelo pagamento de valores 
mensais como contraprestação aos serviços. 
Assim, se impõe a observância do Princípio da Primazia da 
Realidade, regendo que, numa relação de trabalho o que realmente importa 
são os fatos tal como ocorrem, mesmo que algum documento formal indique 
o contrário. Assim, conclui que, a relação contratual entre as partes, configura 
relação de emprego. 
Isto posto, requer a declaração do vínculo de emprego entre as 
partes, face à relação empregado-empregador, conforme enunciado nos 
artigos 2º e 3º da CLT, evidenciando a fraude contratual entre a empresa 
individual e a reclamada, conforme art. 9º da CLT. 
Requer, assim, seja realizada a anotação do contrato de trabalho na 
CTPS da reclamante, e enviadas as informações aos órgãos competentes, 
sob pena de multa diária a ser determinada por critério de Vossa Exelência. 
 
 
III – DAS VERBAS DECORRENTES DA RELAÇÃO DE EMPREGO 
 
1. DAS FÉRIAS 
 
Uma vez reconhecido o contrato de trabalho, verificamos que a 
reclamante faz jus aos períodos de férias proporcionais ao período 
trabalhado, e ao respectivo adicional de periculosidade, conforme inciso XVII, 
art. 7º da CF. 
Sendo assim, a reclamante faz jus a 4 períodos de férias, conforme 
art. 130 da CLT, devendo as 2 primeiras serem pagas em dobro, em razão 
do não pagamento dentro do período estabelecido em lei, conforme art. 
134 e 137 da CLT e as demais pagas na forma simples, sendo todas 
acrescidas do terço constitucional. 
 
 
2. DO 13º SALÁRIO 
 
A reclamante faz jus aos 13º salários do periodo em que trabalhou 
para o reclamante, conforme art. 7º, inciso VIII da CF. 
 
 
3. DO FUNDO DE GARANTIA POR TEMPO DE SERVIÇO 
 
Ante declaração da relação de emprego é direito da reclamante o 
depósito dos valores do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço - FGTS, 
de todo o período trabalhado, conforme art. 7º, inciso III da CF e Lei 8036/90. 
 
 
IV. DAS VERBAS RESCISÓRIAS 
 
Da declaração do vínculo de emprego e não tendo a reclamante 
praticado qualquer falta, deverá a rescisão contratual ser considerada sem 
justa causa, sendo devidas as verbas rescisórias de saldo de salário, aviso 
prévio proporcional indenizado de 39 dias, férias proporcionais acrescidas de 
1/3, décimo terceiro salário proporcional, depósitos do FGTS e multa de 40%. 
Deverá, também, o contrato de trabalho, ser regularmente anotado 
na CTPS, sendo emitido do Termo de Rescisão de Contrato de Trabalho para 
posterior levantamento dos valores do FGTS e habilitação para o 
recebimento do Seguro-Desemprego, sob pena de pagamento na forma 
indenizada. 
Ademais, cabe a imposição de multa ao reclamado, estabelecida no 
art. 477, § 8º da CLT, ante a inobservância do prazo previsto no § 6º do 
artigo anteriormente citado. 
 
 
V. DO ADICIONAL DE PERICULOSIDADE 
 
A reclamante não recebeu nenhum tipo de remuneração referente ao 
adicional de periculosidade, visto que, trabalhou em rede de alta tensão, 
sendo exposta permanentemente à energia elétrica, sendo devido o adicional 
de periculosidade, no percentual de 30% sobre o salário, conforme dita o 
artigo 193, §1º da CLT. 
Considerando a natureza salarial e a habitualidade do adicional, são 
devidos os reflexos no aviso prévio proporcional indenizado, férias acrescidas 
de 1/3 de todo o período contratual, décimos terceiros salários de todo o 
período contratual e depósitos do FGTS e multa de 40% do FGTS. 
Requer, assim, seja realizada perícia técnica para apuração das 
condições perigosas de trabalho, conforme determina o artigo 195 da CLT.VI. DAS HORAS EXTRAS 
 
A reclamante trabalhou de segunda a sábado das 8h às 19h, sem 
horário de intervalo. Evidente que a jornada ultrapassa o limite de 44 horas 
semanais, fulcro art. 7º, XIII da CF, devendo portanto a reclamada pagar as 
horas extras, estas que somam 22h semanais, devendo ser acrescidas do 
adicional de 50%. Ademais, deverá ser utilizado o divisor 220, observando a 
base de cálculo prevista na Súmula 264 do TST (globalidade salarial). 
Ante a natureza salarial e a habitualidade das horas extras, são 
devidos os reflexos em Descanso Semanal Remunerado - DSR, aviso prévio 
proporcional indenizado, férias acrescidas de 1/3 de todo o período 
contratual, décimos terceiros salários de todo o período contratual e depósitos 
do FGTS e multa de 40% do FGTS. 
Cumpre salientar, uma vez que, a reclamada realizava controle da 
jornada de trabalho da reclamante por meio de crachá de acesso à empresa, 
cabe a reclamada o ônus da prova, devendo acostar aos autos os controles 
de entrada e saida, confirmando assim a jornada de trabalho. 
 
 
 
VII. DO INTERVALO DE REPOUSO E ALIMENTAÇÃO 
 
A reclamante não fazia intervalo de repouso e alimentação, conforme 
preconiza o art. 71 da CLT, sendo assim, a reclamante faz jus a 1 hora, por 
dia, devendo ser indenizada acrescida do adicional de 50% do valor da hora 
normal, de acordo com o § 4º do mesmo artigo citado anteriormente. 
 
 
VIII. DO DESCONTO INDEVIDO DO DIA NÃO TRABALHADO 
 
Fora descontado 1 dia de trabalho por falta, mesmo com justificativa 
e apresentação de atestado médico. Nos ditames do artigo art. 6º da Lei 
605/49, o trabalhador possui o direito de não ter descontado o salário por falta 
decorrente de motivo de saúde, desde que justificada por atestado médico. 
Ante o exposto, a reclamante faz jus a remuneração descontada pela 
falta justificada. 
 
 
IX. DOS PEDIDOS 
 
Diante do exposto, requer à Vossa Excelência: 
 
1. A procedência da presente ação e o deferimento de todos os pedidos 
da reclamante; 
2. A notificação da reclamada para, querendo, apresente defesa, sob 
pena de confissão ficta da matéria dos fatos; 
3. O benefício da justiça gratuita nos termos do artigo 5º LXXIV da CF, 
devendo arcar os honorários advocatícios sucumbenciais e honorários 
periciais; 
4. Seja determinada a realização da perícia técnica para apuração de 
condições perigosas de trabalho; 
5. O reconhecimento de fraude no contrato realizado entre a empresa 
individual da reclamante e a empresa JR S/A, declarando-se sua 
nulidade; 
6. O reconhecimento do contrato de trabalho por tempo indeterminado, 
conforme exposto acima, com base nos art. 443, §2º, parágrafo único 
do art. 445, ambos da CLT e Súmula 188 do TST; 
7. A condenação da reclamada ao pagamento de 22 horas 
extraordinárias semanais com adicional de 50% e seus reflexos, 
conforme art. 7º, XIII da CF [R$ (valor apurado), cálculos anexos]; 
8. O pagamento de uma hora indenizada, referente a hora de intervalo 
de repouso e alimentação não observada, acrescida de 50% do valor 
da hora normal, de acordo com o § 4º do art. 71 da CLT; 
9. O pagamento do dia em que a reclamante ficou doente e foi 
descontado indevidamente, conforme art. 6º da Lei 605/49 [R$ (valor 
apurado), cálculos anexos]; 
10. O pagamento do adicional de periculosidade e seus reflexos, no 
percentual de 30% sobre a remuneração da reclamante, conforme § 1º 
do art. 193 da CLT [R$ (valor apurado), cálculos anexos]; 
11. O pagamento de 4 períodos de férias acrescidas de 1/3, conforme art. 
130 da CLT, considerando 2 períodos remuneradas em dobro, 
conforme art. 137 da CLT, por não terem sido concedidas dentro do 
prazo do art. 134 da CLT [R$ (valor apurado), cálculos anexos]; 
12. O recolhimento do FGTS de todo o período laborado, conforme direito 
expresso no inciso III, art. 7º da CF [R$ (valor apurado), cálculos 
anexos]; 
13. O pagamento das verbas rescisórias do contrato de trabalho: saldo de 
salário, aviso prévio proporcional indenizado de 39 dias, férias 
proporcionais acrescidas de 1/3, décimo terceiro salário proporcional, 
depósitos do FGTS e multa de 40% [R$ (valor apurado), cálculos 
anexos]; 
14. A imediata emissão do Termo de Rescisão de Contrato de Trabalho 
para posterior levantamento FGTS e habilitação para o recebimento 
seguro desemprego; 
15. As devidas anotações na CTPS da autora e informação aos órgãos 
competentes, sob pena de multa diária a ser determinada por este 
Juízo; 
16. Requer a condenação da reclamada aos honorários de sucumbência 
no valor de 15% sobre o valor da sentença, conforme art. 791-A da 
CLT; 
 
Protesta provar o alegado por todos os meios de provas admitidos em direito, 
especialmente, pelo depoimento pessoal da reclamada, oitiva de testemunhas, 
sem prejuízo de outras provas eventualmente cabíveis. 
 
Dá o valor da causa em R$ (pedido líquido e certo). 
 
Nesses termos, 
Pede deferimento. 
Local, data. 
 
Advogado 
OAB nº XXXXXX

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