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1 APOSTILA DE ENFERMAGEM E AGENTE DE SAÚDE 1. ENFERMAGEM DOMICILIAR Conforme o mundo cria as suas necessidades, também vai fazendo surgir profissões que atendam a esta demanda tão necessitada. É isto que ocorre no campo deste tipo de profissão: o cuidador, especialmente quando este compreende as reais necessidades de quem o contrata e de quem vai precisar dos seus cuidados. Nesta apostila trabalharemos temas referentes ao cuidado com idosos, portadores de deficiências e crianças. Serão demonstrados conhecimentos atualizados sobre os temas, as maiores insegurança que circunda os familiares no momento de contratação e, o mais importante, o que fazer para VOCE ser percebido como um candidato forte para essa vaga, bem como curiosidades que valem a pena serem vistas. Também será abordado como você deve se posicionar em uma emergência, prestando os primeiros socorros a estas pessoas. Dedique-se que você tem muito a aprender e, mais ainda: muitas responsabilidades a adquirir... 1.1. O cuidador – quem é esse profissional O que é ser cuidador Cuidador é um ser humano de qualidades especiais, expressas pelo forte traço de amor à humanidade, de solidariedade e de doação. Costuma doar-se ou voluntariar-se para as áreas de sua vocação ou inclinação. Seus préstimos têm sempre um cunho de ajuda e apoio humanos, com relações afetivas e compromissos positivos. Orientações ao cuidador sobre o paciente • Não descarregue seu estresse no paciente! • Reconheça e não ultrapasse seus limites! • Respeite a dor do paciente. Ela é subjetiva e pode ser um importante sinal. • Estabeleça limites com o paciente. • Observe se a tristeza do paciente assume ares de prostração e interfere em sua disposição. Avise o médico. • Use o senso de humor; ria com o paciente; ria da vida, sempre com respeito. • Procure proporcionar bem-estar e satisfação com a vida. • Varie os estímulos; saia com o paciente; veja filmes, ouça músicas, notícias, etc. • Mantenha-o integrado ao mundo. Orientações ao cuidador sobre o cuidador • Estabeleça um tempo para si; • Evite assumir todos os cuidados. Divida atribuições; • Cuide-se de verdade! Vá ao médico. Mantenha-se saudável física e emocionalmente; • Não hesite em pedir ajuda se algo não estiver bem. 1.2. Cuidados e observações gerais durante a convivência 1. BANHO • Proporciona conforto e bem-estar; • Remover sujidades aderidas à pele e odores desagradáveis; • Estimular a circulação; • Remover células mortas e microorganismos; • Favorecer a transpiração. O auto cuidado ou cuidar de si, representa a essência da existência humana. Todavia, cuidar do outro, representa a essência da cidadania, do desprendimento, da doação, do amor como diz o mandamento bíblico: Ama o próximo como a ti mesmo... 2 A rotina do banho é essencial. Procure aplicar o banho sempre no mesmo horário e não mude a maneira de conduzir o banho. Assim, o cuidador deve: • Na medida do possível, deixe-o que realize (quando estiver em condições) a tarefa de banhar-se. A melhor maneira de o cuidador agir, é na condição de incentivador e auxiliar; • Antes de chamá-lo para o banho, o cuidador deverá preparar tudo nos mínimos detalhes; se os objetos necessários não estão à mão (sabonete, xampu, toalha, roupas limpas), corremos o risco de ter que deixá-lo sozinho e molhado num ambiente potencialmente perigoso; • Quando se está preparando o banho, todas as ações devem ser explicadas falando clara e pausadamente, uma a uma; • Banho de chuveiro, com água em abundância e temperatura agradável são requisitos indispensáveis; • Ao iniciar o banho, dependendo do grau de autonomia deve-se pedir que vá se despindo. As ordens devem ser bem claras: “Vamos tirar suas roupas”, “Entre no box”, “Passe o sabonete nas axilas”; • Todas as ordens bem executadas devem ser acompanhadas de elogios; • Após o banho, o cuidador deve oferecer a toalha, e pedi-lo que se seque, supervisionando principalmente entre os dedos dos pés e nas dobras do corpo. Depois, oferecer roupas limpas, peça por peça, explicando onde colocar (a camisa, as meias...) e ajudando-o se for necessário; • O banho também é um ótimo momento para realizar uma revisão sistemática da pele, unhas e cabelos, observando assim alguma lesão escondida, rachadura na pele ou nos pés, hematomas ou algum outro trauma, escaras que estão iniciando, micoses, etc; OBSERVAÇÕES IMPORTANTES • As unhas devem ser cortadas semanalmente; • O cuidado com a cavidade oral (boca) é importante. • A limpeza de próteses (dentaduras) - quando for o caso - ou mesmo dentes naturais, bem como as gengivas, devem ser rigorosamente observados, principalmente após as refeições; • Os cabelos devem ser lavados regularmente e revisados em busca de parasitas. Os cortes do cabelo e da barba devem ser feitos periodicamente; • Quando o ele não quiser fazer a sua higiene e nem deixar o cuidador fazê-lo, você deve manter postura determinada, evitando a confrontação e a discussão, conduzindo com firmeza, passo a passo, a execução de toda a tarefa. 2. MUDANÇA DE DECÚBITO – POSIÇÃO EM QUE SE ENCONTRA DEITADO: COM O FAZER Decúbito lateral - o cuidador deve: • Posicionar-se do lado para o qual se quer virá-lo; • Aproximá-lo para a beira oposta da cama; • Virá-lo para o seu lado, com movimentos firmes e suaves; • Apoiar as costas com travesseiro ou rolo de cobertor; • Colocar travesseiro sob a cabeça e pescoço; • Posicionar travesseiro entre as pernas e dobrar o membro inferior que está por cima; • Manter flexido o membro superior que está em contato com o colchão. Decúbito dorsal - o cuidador deve: • Colocar o travesseiro sob a cabeça e pescoço; • Posicionar rolo de lençol embaixo dos joelhos e das pernas deixando os calcanhares livres; • Colocar aro de borracha na região sacra; • Colocar suporte na região plantar; • Assegurar que os membros inferiores estejam alinhados; • Apoiar os braços sobre travesseiros com os cotovelos levemente flexionados. 3 3.ARRUMAÇÃO DA CAMA – os pontos principais são: ➢ Abrir portas e janelas antes de iniciar o trabalho; ➢ O leito dever ser trocado quantas vezes forem necessárias durante o plantão; O leito dever ser preparado de acordo com a sua finalidade; ➢ Utilizar lençóis limpos, secos, sem pregas e sem rugas; ➢ Não deixar migalhas de pão, fios de cabelos, etc, nos lençóis a serem reusados; ➢ Caso os lençóis sejam reutilizados, não deixar migalhas, fios de cabelos; ➢ Limpar o colchão, quando necessário; ➢ Não arrastar as roupas de cama no chão. 4. CUIDADOS COM AS ELIMINAÇÕES INTESTINAIS E URINÁRIAS • Melhorar autoestima (com remoção de odores desagradáveis); • O cuidador nunca deve causar constrangimento ou ficar com raiva; • Pode não chegar ao banheiro a tempo. À noite, deixe a luz do banheiro acesa. Deixe o quarto mais perto do banheiro. Facilite o uso do vaso, com assentos altos e adaptados e barras laterais; • Não restrinja a ingestão de líquidos, para que se urine menos; isto pode provocar desidratação; • Durante a parte do dia, procure levá - lo, em intervalos regulares, ao banheiro; • Procure vesti-lo com roupas fáceis de retirar ou abrir. Velcro é uma ótima opção, no lugar do zíper ou dos botões; • O uso de fralda descartável pode ser útil à noite; observar se a fralda não amanhece muito cheia ou vazando, pois talvez será necessário uma troca no meio da madrugada; • Nunca deixar fraldas encharcadas de urina por muito tempo, evitando assaduras e feridas na pele. Uma boa higiene, em cada troca, é muito importante, com o uso de água e sabonete para retirar resíduos de fezes e de urina. Nas mulheres, a má higiene pode, inclusive, ser causa de infecção urinária. Ao fazer a limpeza, sempre limpar a região anal de frente para trás, isto é, da vagina para o ânus, evitando levar fezes para o canal da uretra, contaminando a urina. 5. PROBLEMASCOM O SONO • Reveja com o médico, as medicações que ele pode tomar; • Observe se ele está desconfortável na cama, sentindo dor ou mal-estar, medo, insegurança, falta de carinho ou a companhia de alguém no quarto; • A ociosidade e o sedentarismo, durante o dia, podem piorar o padrão de sono noturno; o exercício físico, a caminhada e ocupação de tempo com atividades podem restaurar o sono perdido; • Faça-o evitar cochilos e deitar na cama ou no sofá, durante a parte do dia; • Faça-o evitar bebidas estimulantes à tardinha e à noite: café, chá-mate, e bebidas alcoólicas; • Tristeza e depressão são grandes inimigos do sono; tratamento médico adequado é primordial; • Se nada disto resolver, a ajuda de um médico, com uma prescrição de tranqüilizante ou sonífero, pode contornar esta situação, estabilizando o padrão de sono do idoso e melhorando a convivência familiar. 6. ATIVIDADE FÍSICA 1. A atividade física: • Melhora a auto-estima e auto-imagem corporal; • Combate o excesso de peso; • Diminui a depressão; • Melhora a postura; • Alivia o estresse e reduz a depressão; • Oferece sensação de bem-estar; • Reduz o isolamento social; • Melhora o entrosamento familiar. 4 2. E quais os benefícios relacionados à saúde? É muito importante que o cuidador saiba que o exercício físico: • Contribui para a manutenção e/ou o aumento da densidade óssea, diminuindo a velocidade da osteoporose ou outras doenças relacionadas; • Auxilia no controle do diabetes, da artrite, das doenças cardíacas e dos problemas com colesterol alto, da obesidade e hipertensão; • Melhora a absorção e eliminação dos alimentos; • Diminui a depressão; • Reduz a ocorrência de acidentes, pois os reflexos e a velocidade ao andar ficam melhores; • Mantém o peso corporal e melhora a mobilidade. 3. Como se preparar para uma atividade física? • Realizar exercício somente quando houver bem-estar físico; • A prática de exercícios, de intensidade moderada, durante meia hora por dia é suficiente para que o cidadão deixe de ser sedentário. Estes trinta minutos podem ser contínuos ou divididos em três períodos de 10 minutos cada; • Evitar extremos de temperatura e umidade; • Tomar água moderadamente antes, durante e depois da atividade física; • Usar roupas leves, claras e ventiladas; • Não fazer exercícios em jejum, mas evitar comer demais antes da atividade física; • Usar sapatos confortáveis e macios; • Evitar fumo e o uso de sedativos; • Respeitar os limites pessoais, interrompendo se houver dor ou desconforto; • Iniciar a atividade lenta e gradativamente para permitir adaptação. 4. Como devem ser realizadas as atividades físicas? O cuidador deve saber que: • É recomendado que todo programa de exercícios deva ser feito com regularidade e continuidade, não devendo ser realizados exercícios físicos de modo esporádico; • Um bom programa de atividade física deve ser realizado no mínimo 3 vezes por semana, por 40 a 60 minutos de cada vez; • Antes de exercitar-se, deve-se realizar sessão de alongamento. 5. Atividades aquáticas - os exercícios na água possibilitam: • Menor impacto nas articulações; • Maior amplitude de movimento; • Ação relaxante; • Ações preventivas, terapêuticas e recreativas. • Contribui ao desenvolvimento as capacidades físicas básicas (força, velocidade, resistência e flexibilidade) de acordo à idade dos alunos; • Desenvolvimento das capacidades psico-motrizes: lateralidade, ritmo, percepção espacial e temporária, desenvolvimento do próprio esquema corporal, relaxamento. Toda atividade física deve ser feita sob controle médico, principalmente naquelas pessoas não habituadas a exercícios regulares. Muitas vezes há necessidade de se realizar testes cardíacos para avaliação da função cardiovascular; Converse com um professor de educação física para saber quais modalidades, freqüência, intensidade e duração mais indicadas .atividade física exagerada é sempre prejudicial. 1.3. Problemas de memória, depressão, demência 1. Como lidar com problemas de memória? Você deve: • Estabelecer uma rotina para as atividades, com horários fixos para dormir, comer, lazer, etc; 5 • Tornar as tarefas mais simples e organizadas; • Inserir em seu dia-a-dia atividades manuais e exercícios mentais, como ler, jogar, pintar. Tome cuidado para não sobrecarregá-lo; • Fazer intervalos entre as atividades; • Realizar atividades físicas (caminhadas, hidroginástica, etc.); • Manter um calendário grande em lugar de passagem e acompanhá-lo diariamente para ver o dia, mês e ano; • Colocar os objetos de uso freqüente sempre no mesmo lugar. Desta maneira, será mais fácil encontrá-los quando precisar; • Manter o período da noite calmo, com pouco barulho e poucas visitas. 2. Como manter o cliente ocupado? Considere sempre as preferências da pessoa, respeitando seu grau de dependência e siga as observações seguintes: • Todas as atividades devem estar de acordo com as habilidades e limitações; • Se possível, busque aconselhamento com profissionais capacitados que certamente terão condições de avaliar e indicar quais atividades poderão ser executadas, segundo as limitações físicas e/ou mentais apresentadas; • Atividades domésticas simples, como varrer, tirar o pó, devem ser encorajadas, pois irão gerar um sentimento agradável de participação e utilidade. No entanto você deve supervisionar estas atividades; • Atividades sociais fora de casa devem ser selecionadas, amigos ou parentes que o acompanham devem ter plena consciência de suas limitações, para que possam agir transmitindo calma e segurança; • As atividades profissionais (desde que possível) devem ser incentivadas, mesmo que, depois, você tenha que refazer a tarefa. 3. E quanto à depressão, é difícil reconhecê-la? Sim. Porque ela pode se confundir com algumas doenças físicas, problemas de memória, perda de pessoa da família ou amiga. Também a depressão pode se expressar por cansaço, irritação, etc., confundindo com outras doenças. É um transtorno de humor que drena a sua energia, esperança e ânimo, tornando-se difícil fazer o que você precisa para se sentir melhor. 4. Como pode se manifestar a depressão na pessoa idosa? As principais manifestações, desde que não relacionadas a problemas físicos, são alterações: • As manifestações depressivas são muito variadas e extremamente dependentes da personalidade de cada um; • Costuma estar junto com a maioria dos transtornos emocionais, ora aparecendo como um sintoma de determinado estado emocional, ora apenas coexistindo com quadros ansiosos, outras vezes como causa de determinados transtornos; • Humor depressivo ou irritabilidade, ansiedade e angústia • Desânimo, cansaço fácil, necessidade de maior esforço para fazer as coisas • Diminuição ou incapacidade de sentir alegria e prazer em atividades anteriormente consideradas agradáveis • Desinteresse, falta de motivação e apatia • Falta de vontade e indecisão • Sentimentos de medo, insegurança, desesperança, desespero, desamparo e vazio • Pessimismo, ideias frequentes e desproporcionais de culpa, baixa autoestima, sensação de falta de sentido na vida, inutilidade, ruína, fracasso, doença ou morte. • A pessoa pode desejar morrer, planejar uma forma de morrer ou tentar suicídio • Interpretação distorcida e negativa da realidade: tudo é visto sob a ótica depressiva, um tom "cinzento" para si, os outros e o seu mundo • Dificuldade de concentração, raciocínio mais lento e esquecimento • Diminuição do desempenho sexual (pode até manter atividade sexual, mas sem a conotação prazerosa habitual) e da libido • Perda ou aumento do apetite e do peso • Insônia (dificuldade de conciliar o sono, múltiplos despertares ou sensação de sono muito superficial), despertar matinal precoce (geralmente duas horas antes do horário habitual) ou, menos frequentemente, aumento do sono (dorme demais e mesmo assim fica comsono a maior parte do tempo) 6 • Dores e outros sintomas físicos não justificados por problemas médicos, como dores de barriga, má digestão, azia, diarreia, constipação, flatulência, tensão na nuca e nos ombros, dor de cabeça ou no corpo, sensação de corpo pesado ou de pressão no peito, entre outros. 5. Como lidar com o paciente que apresenta sintomas de depressão? O cuidador deve: • Procurar o médico para que seja feito o diagnóstico corretamente e lhe dê todas as orientações possíveis sobre como lidar com o problema; • Fazer que tome os medicamentos prescritos pelo médico corretamente; • Observar os movimentos com atenção, pois as tentativas de suicídio são mais frequentes; • Deve ser tratada por um especialista em saúde mental, mas isso nem sempre é possível É sabido que a pessoa com problemas de demência ou depressão pode apresentar comportamentos como: • Chamar pelo cuidador várias vezes; • Ser teimoso, não obedecendo a ordens; • Ficar inativo e ou agressivo; • Ter insônia; • Não ter controle dos esfíncteres; • Ter coordenação motora inadequada (derrubar objetos, comida, etc.); • Perda de memória; • Perda de orientação espacial. • Em conseqüência disso, o cuidador também pode sofrer com isso e apresentar: o Tristeza: por vivenciar as perdas do paciente; o Raiva: diante das suas recusas; o Ansiedade: por espera de progresso do paciente, para sair da rotina do dia a dia da doença; o Culpa: por ter pensamento e atitudes, às vezes, negativas; E desenvolver: • Cansaço; • Insônia; • Perda de autocontrole; • Impotência; • Depressão; 6. O que fazer nestas situações? • Deixar a pessoa ocupada; • Ler jornais, ver notícias (caso não possa convencê-lo, faça por ele). • Oferecer-lhe revistas. • Ouvir música. • Se possível caminhar, tomar banho de sol e fazer alguns exercícios dentro de seus limites. • Incentivá-lo a rezar (se o paciente for religioso). • Não responder pelo paciente. • Não fazer por ele o que ele pode fazer. • Sair de perto quando estiver perdendo o autocontrole e solicitar ajuda de outro cuidador da família ou voluntário. • Sempre que possível revezar com alguém. • Procurar se informar a respeito da evolução da patologia.´ • Procurar recursos existentes na comunidade. • Conversar com familiares que também tenham seus doentes. Tentar manter as atividades possíveis que o paciente executava como: • Dobrar roupas, vestir-se e etc. • Tomar cuidado com seus gestos ou palavras; o paciente é atento. 7 • Revezar, entre os membros da família e amigos, horário com disponibilidade interna para conversar, com o paciente, com muito carinho e ternura. • Estimule à prática de atividades de coordenação e concentração como dança, artesanato, palavras cruzadas e jogos. 1.4. Cuidados com a nutrição 1. O que é preciso saber para manter uma alimentação saudável? É recomendável que: • Toda refeição seja bonita, cheirosa, gostosa, variada, que contenha todos os grupos de alimentos, de fácil digestão e em quantidades suficientes; • A alimentação seja dividida em várias refeições (5 a 6 por dia). 2. E quanto ao conteúdo das refeições? Deve-se oferecer alimentos: • Variados e ricos em nutrientes; • Com fibras para ajudar no funcionamento intestinal; • Que contenham cálcio; • Como carnes para prevenir anemia; • Como hortaliças e frutas para ofertar vitaminas; • 6 a 8 copos com água por dia. 3. Como se deve planejar uma alimentação? A tabela ao lado oferece as seguintes orientações: Grupos de alimentos Fontes Objetivo Observações Carboidratos Arroz, batata, pães, mandioca, bolachas, massas, etc. Evitar desnutrição Não oferecer muito açúcar e doces. Proteínas Leite, carnes, ovos, feijão, lentilha, soja, ervilha, etc. Preservar a musculatura e o sistema imunológico, ajudar na cicatrização de feridas e escaras. Gorduras insaturadas Azeite de oliva, óleos de milho, canola, girassol, soja. Oferecer calorias e energia. Não oferecer gorduras saturadas, principalmente frituras, evitando aumento de colesterol, prevenindo contra derrame cerebral e infarto do miocárdio. Vitaminas, fibras e minerais Hortaliças e frutas. Oferecer vitaminas e sais minerais. Ferro Carnes de vaca, de aves, peixes, fígado, miúdos, feijão, lentilha soja, ervilha, grão de bico, verduras escuras (espinafre, couve), etc. Prevenção e tratamento de anemia. Para aumentar a absorção do ferro, oferecer suco de frutas cítricas (vitamina c) junto às refeições Cálcio Leite, iogurte, queijo Evitar osteoporose. Ofereça 3 porções por dia. Vitamina D Exposição diária ao sol fraco. Evitar osteoporose. 8 4. E se apresentar algum distúrbio intestinal? A diarreia é uma doença muito comum que consiste na evacuação de fezes líquidas de forma frequente e sem controle. Na presença de diarréia: • Deve-se ingestão de líquidos, a fim de evitar desidratação; • Trocar o leite de vaca por leite ou suco de soja; • Evitar fibras; • Oferecer polpa de maçã, banana-maçã, bastante água, água de coco ou sucos bem diluídos. Na presença de prisão de ventre: • Oferecer alimentos ricos em fibras como verduras cruas (alface, almeirão, agrião), frutas cruas (laranja com bagaço, mamão, ameixa seca, uva passa), legumes (abobrinha, quiabo, abóbora) e alimentos integrais (pão integral,arroz, aveia, farelo e germe de trigo); • Devem ser consumidos diariamente, são o brócolis, couve-flor, mamão, abóbora, ameixa e kiwi. Uma boa dica para quem sofre constantemente com o intestino preso é adicionar 1 colher de linhaça, gergelim ou semente de abóbora nas suas refeições. 5. E quando precisa alimentar-se por sonda? O cuidador deve: • Administrar a dieta pela sonda gástrica, de forma lenta, colocando-o em posição sentada ou semi-sentada; • Lavar a sonda após a dieta, com 20 ml de água filtrada; • Observar se ocorre tosse excessiva ou diarréia (comum nas primeiras 24 horas) persistente; nestes casos comunicar o médico. • Deve-se fazer a reposição de líquidos e eletrólitos, através do aumento da ingestão de água (acima de 1L/dia) e da oferta de solução de reidratação oral ou soro caseiro. 1.5. Cuidados no manuseio dos medicamentos 1. O que o cuidador deve saber antes de administrar um medicamento? O cuidador deve: • Conferir o nome do medicamento e a data de validade; • Confirmar a dose a ser administrada; • Se o medicamento for dado à noite: nunca fazê-lo com as luzes apagadas; • Lavar as mãos antes de pegar no medicamento. CUIDADOR, PRESTE ATENÇÃO! • Não administre medicamentos por sua conta; • Não receite medicamentos para terceiros; • Não use indicações de vizinhos ou amigos; • Se observar algum sintoma ou sinal diferente, comunique o médico; Quando for consultar o médico: • Leve sempre a última receita ou as caixas dos remédios que a pessoa utiliza; • Não confie na memória; • Pergunte se pode dar os remédios juntos, no mesmo horário, se pode misturá-los; na grande maioria das vezes, pode sim; • Informe se notar que algum medicamento está provocando efeito colateral; • Se o paciente não é capaz de entender a receita que está tomando, não o deixe tomar o remédio por conta própria; o cuidador deve sempre guardar os medicamentos e dá-los nas doses e horários certos. 9 2. CUIDADOR DE PORTADORES DE DEFICIENCIA Tratados pelo termo “pessoas especiais”, de fato são assim que devem ser reconhecidas. Sabe-se que hoje em dias pessoas portadoras de algum tipo de deficiência, tornam-se resilientes, conseguindo tornar sua aparente dificuldade em uma oportunidade de vitória. É o que ocorre, por exemplo, com a maioria dos esportistas desta categoria. A tecnologia, com todo o seu avanço também vem propiciando facilidades a este grupo, que tanto as merecem. É o caso e adaptações extremamente modernas que tornam a pessoa deficiente igual ou melhores aquelasque não precisam de tanta atenção. Ex: próteses flexíveis, carros adaptados, etc. 2.1. Deficiência mental A pessoa com deficiência mental, na maioria das vezes, é carinhosa, disposta e comunicativa. Lembre-se de que a deficiência mental pode ser conseqüência de uma doença, mas não é uma doença, é uma condição de ser. Podendo, ofereça ajuda ou apoio aos pais de deficientes mentais uma vez que estes geralmente ficam isolados de qualquer vida social por não terem com quem deixar seu filho. Não use palavras como "doentinho" ou "maluquinho", quando se referir a um portador dessa deficiência. Cumprimente-o normalmente. Quando for uma criança, trate-a como criança. Se for adolescente ou adulto, trate-o como tal. Dê atenção. Expresse alegria e converse com ele até onde for possível. Evite super proteção. Ajude somente quando for necessário. A pessoa portadora de deficiência deve tentar fazer tudo sozinha. Não vire o rosto ou evite um deficiente mental. Esta é uma realidade que deve ser enfrentada com naturalidade. Alguns deficientes mentais atingem idades avançadas. Apesar do comportamento, muitas vezes bem infantil, não os trate apenas como crianças. Ou seja, enquanto for criança, trate-o como criança. Ao se tornar adolescente ou adulto, trate-o como tal. Se você depositar alguma confiança e lhe destinar tarefas que podem ser monitoradas, ele certamente corresponderá. 2.2. Paralisia Cerebral Em geral, a pessoa com paralisia cerebral é inteligente e sensível, ela sabe que é diferente dos outros. A pessoa com paralisia cerebral faz gestos faciais involuntários, anda com dificuldade ou, às vezes, não anda. Não se impressione com seu aspecto. Comporte-se de forma natural. Ela merece todo seu respeito. Você pode ajudá-la a seguir seu ritmo. Se não entender sua fala (ela pode ter problemas na fala), peça que repita. 2.3. Deficiência física (em cadeira de rodas) O deficiente físico com uma lesão medular é uma pessoa normal como qualquer outra, com a mesma personalidade, forma de pensar, agir e desejos, como antes da lesão. O que difere dos não deficientes é a forma de locomover-se, segurar uma caneta, digitar em um computador e outros, sem que isso diminua ou aumente o seu valor perante a sociedade. Portanto, devemos abordar e tratá-los com naturalidade, sem preconceito ou discriminação. Veja estas dicas, elas são muito importantes: 1. Se quiser oferecer ajuda, pergunte antes e nunca insista. 2. Caso aceite a ajuda, deixe o deficiente físico dizer como quer ser ajudado. 3. Ao ajudar um usuário de cadeira de rodas a descer uma rampa ou degrau, use a marcha a ré. Isso evita que a pessoa perca o equilíbrio e caia para frente. Para subir degraus, incline a cadeira para trás, levante as rodinhas da frente e apóie-as sobre o degrau. Para descer um degrau, é mais seguro fazê-lo de marcha ré, sempre apoiando a cadeira, para que a descida seja sem solavancos. Para subir ou descer mais de um degrau em seqüência, será melhor pedir a ajuda de outra pessoa. 4. Nunca movimente a cadeira de rodas sem antes pedir permissão para a pessoa que a utiliza. 5. Caso tenha curiosidade sobre o defeito físico, pergunte com naturalidade, sem ficar se lamentando sobre o que gerou o defeito físico ou o que isso traz de dificuldades no dia a dia, porque, só assim, a sociedade ficará esclarecida e informada sobre o assunto, diminuindo o preconceito, a discriminação e quebrando tabus e inverdades; 6. Caso queira convidar o deficiente para visitar algum lugar, eventos sociais, restaurantes, cinemas, viagens, etc, nunca diga que o lugar é impossível para ele ir. Se conhecer o local, o acesso, expliquem quais são as dificuldades, facilidades e dê a sugestão de pesquisar sobre os assuntos, para que ele analise os prós e contras e decida o que fazer, sem causar transtornos a ele e às pessoas que o cercam. 10 7. Trate naturalmente, converse com naturalidade, fale a respeito de todos os assuntos, mesmo aqueles em que o deficiente não pode atuar fisicamente, como algumas modalidades esportivas, danças, etc (caso ele não esteja adaptados). Olhe nos olhos; 8. Não segure a cadeira de rodas. Você pode estar querendo ajudar, mas é preciso lembrar que ela faz parte do espaço corporal da pessoa, quase uma extensão do seu corpo; 9. Se a conversa com um deficiente físico, principalmente se este usar cadeira de rodas, se alongar um pouco, procure sentar. É incômodo ficar olhando para cima; 10. Não fique constrangido ao usar os termos "andar" ou "correr". As pessoas que usam cadeiras de rodas também usam estas palavras; 11. Fique atento com a presença de barreiras físicas que impeçam que o deficiente possa se deslocar livremente; 12. Em muitas cidades já existem vagas especiais para os deficientes físicos estacionarem seus carros. Não ocupe estas, pois isto faz parte de uma grande conquista; 13. A arquitetura da maior parte dos prédios não está adaptada para as necessidades especiais destas pessoas. Se de alguma forma você pode influir na construção de qualquer obra, lembre-se de projetar acessos para os deficientes. 2.4. Deficiência física (com muletas) OUTRAS OBSERVAÇÕES: Quando apontar algo para uma pessoa em cadeira de rodas lembre-se que uma pessoa sentada tem um ângulo de visão diferente. Se quiser mostrar-lhe qualquer coisa, abaixe-se para que ela efetivamente a veja. ✓ Nunca esquecer as faixas de segurança quando necessário, ou qualquer equipamento de segurança que esteja indicado (coletes). O deficiente físico deve ser levado sempre de frente e a cadeira é sempre individual. ✓ Evitar falas que de uma maneira diminua o seu valor como: Nossa como você está gorda ou magra... ✓ Fale diretamente para o (a) cadeirante, não para um terceiro. O cadeirante, além de saber falar, sabe agir. ✓ No caso de muletas acompanhe o ritmo de sua marcha. Tome cuidado para que ele não tropece. Pessoas com deficiência física podem ter dificuldades para andar e fazer movimentos involuntários com pernas e braços, ou mesmo, apresentar expressões estranhas no rosto. Não se intimide com isso. São pessoas como você. Geralmente, têm inteligência normal ou, às vezes, até acima da média. 3. A Profissão de Babá Historicamente eram as amas-de-leite, as amas-secas, preceptoras, até os dia de hoje, as babás ou baby sitter- profissionais que cuidam de crianças, que vem ganhando um espaço específico dentro do mercado de trabalho. Gradativamente a Babá foi assumindo um lugar de EDUCADORA, não mais de “cuidadora”. As exigências foram aumentando à medida que o perfil da dona-de-casa foi se adequando à modernidade. Chegamos a um ponto em que as profissionais não atendem satisfatoriamente 1. Sempre pergunte se a pessoa quer ajuda e como a quer. 2. Acompanhe o ritmo de sua marcha. 3. Tome cuidado para não tropeçar nas muletas. 4. Deixe as muletas sempre ao alcance da pessoa portadora de deficiência. 5. Nunca pegue no braço de alguém usando bengalas, muletas ou andadores, pois isso poderá derrubá-lo. 6. Se você estiver acompanhando uma pessoa deficiente que anda devagar, com auxílio ou não de aparelhos e bengalas, procure acompanhar o passo dela. 7. Mantenha as muletas ou bengalas sempre próximas à pessoa deficiente. Caso a pessoa esteja usando próteses como (talas de mão ou pé, óculos, aparelhos...), cuidar para que estes não se percam. 8. Se achar que ela está em dificuldades, ofereça ajuda. 9. Caso seja aceita, pergunte como deve fazê-lo. As pessoas têm suas técnicas pessoais para subir escadas e às vezes, uma tentativa de ajuda inadequada pode até mesmo atrapalhar. Outras vezes, a ajuda é essencial. Pergunte e saberá como agir. 10. Não se ofenda se a ajuda for recusada. .Se você presenciar um tombo de uma pessoa com deficiência, ofereça ajuda imediatamente. Mas nunca ajude sem perguntar se deve e como fazê-lo. 11 a demanda de trabalho, em virtude da escala devalores que lhe são exigidas e as sérias questões a respeito da segurança e prevenção da violência doméstica. A babá é a profissional que trabalha cuidando de crianças e auxiliando a família no cumprimento das atividades rotineiras. A babá é a responsável por servir as refeições nas horas corretas, cuidar da higiene e da saúde da criança, brincar com ela, garantir proteção e zelar pelo seu bem-estar, ajudá-las no dever de casa, etc. A discrepância habita, principalmente, no fato que as profissionais babás pertencem a classe econômica baixa, consequentemente, baixa escolaridade e padrões educacionais que não corresponde ao que os empregadores solicitam. Os empregadores necessitam de pessoas qualificadas para repassar seus valores (classe social média e alta) a seus filhos, de forma polida, responsável, competente. Enfim, as babás, para se adequarem à demanda de mercado, necessitam ser capacitadas para a profissão. Babá, baby-sitter, educadora, recreadora, enfim, quem convive com crianças, independente da escolaridade, deverá ter atributos especiais. São atitudes e habilidades que às vezes podem ser adquiridas e cultivadas, através de estudo, observação, reflexão, prática e muito boa vontade. Isto dependendo do interesse, do esforço e da vocação de cada um. Profissionais que convivem com crianças todos os dias, geralmente dias inteiros, para isso é necessário estarem devidamente preparadas para exercer a função. Para exercer de maneira eficaz esta profissão é primordial VOCAÇÃO. A vocação está atrelada ao histórico de vida. É indispensável ter paciência, calma, habilidade, disposição, espírito criativo. Qualidades como bom humor, prontidão, iniciativa, responsabilidade. 5. PRIMEIROS SOCORROS DEFINIÇÃO: São os primeiros procedimentos efetuados a uma pessoa cujo estado físico coloca em risco a sua própria vida. SOCORRISTA: É toda pessoa capacitada, ou não, disposta a prestar atendimento emergencial às vítimas, quer seja de mal clínico ou traumático. EM CASO DE EMERGÊNCIA O QUE SE DEVE FAZER: Pedir socorro: telefonar para o atendimento médico, no 192, e passar todos os detalhes colhidos ao atendente. A partir das informações transmitidas, será definido se o serviço a ser enviado é de suporte básico ou avançado (quando envolve o uso da Unidade de Tratamento Intensivo). O Corpo de Bombeiros deverá ser avisado caso houver necessidade de retirar vítimas das ferragens. 1- SINAIS VITAIS: São todos os sinais que indicam a existência de vida, e pelos quais podemos ter a noção do estado geral da vítima. SINAL : É aquele parâmetro de vida que o socorrista afere através do ver, ouvir e sentir, tais como os movimentos respiratórios e a temperatura corporal. SINTOMA :Aquilo que o paciente relata sobre si, tais como, náuseas, dores, falta de sensação, etc. 2 - TEMPERATURA CORPORAL :É a quantidade de calor existente em um corpo. CLASSIFICA-SE EM: HIPOTERMIA - Temperatura abaixo do valor normal. Nestes casos devem-se aquecer o paciente com cobertores, agasalhos e outras medidas. HIPERTERMIA - Aumento brusco da temperatura corporal acima da normal. O paciente é colocado em locais frios, com compressas frias, ingestão de líquidos e outras medidas. TERMO TÉCNICO AVALIAÇÃO NORMOTERMIA 36 à 37 º C FEBRÍCULA OU ESTADO FEBRIL 37,1 a 37,5 º C FEBRE 37,5 a 39 PIREXIA 39,1 a 40 HIPERPIREXIA Acima de 40 º C 3 - PRESSÃO ARTERIAL: (P.A.) É a pressão que o sangue exerce nas paredes internas das artérias. 1.3.1 - VALORES CONSIDERADOS NORMAIS EM UMA PESSOA • PRESSÃO SISTÓLICA OU PRESSÃO MÁXIMA :por volta de 90 a 140 mmhg • PRESSÃO DIASTÓLICA OU PRESSÃO MÍNIMA : por volta de 60 a 90 mmhg • PRESSÃO MÉDIA : por volta de 120 X 80 mmhg. 12 1.3.2 - ALTERAÇÕES FISIOLÓGICAS QUE AFETAM A P. A. • AUMENTA a P.A (hipertensão): alimentação, medo, ansiedade, exercícios físicos, dor, drogas e entre outros. • DIMINUI a P. A (hipotensão) : repouso, depressão, Jejum e entre outros. 4 - PULSO: É a ondulação produzida pela força do sangue contra as paredes das artérias, induzida pela sístole e diástole: movimentos do coração. 5 - RESPIRAÇÃO: Processo pelo qual o organismo absorve oxigênio do meio ambiente e elimina o gás carbônico, resultante da troca gasosa (hematose). TERMO TÉCNICO AVALIAÇÃO EUPNÉIA MOV. NORMAL (12 A 20 MRPM) DISPNÉIA DIFICULDADE RESPIRATÓRIA TAQUIPNÉIA MOV. ACELERADO BRADIPNÉIA MOV. LENTO ORTOPNÉIA DIF. EM RESPIRAR DEITADO CUS MAUL AGONIZANTE CHEYNE STOKES IRREGULAR C/ PERÍODO DE APNÉIA APNÉIA AUSÊNCIA DA RESPIRAÇÃO Como o próprio nome sugere, são os procedimentos de emergência que devem ser aplicados à uma pessoa em perigo de vida, visando manter os sinais vitais e evitando o agravamento, até que ela receba assistência definitiva. 5.1. Queimaduras ➔ Quais as queimaduras mais comuns • Contatos com fogo, objetos quentes, água fervente ou vapor; • Contatos com substâncias químicas; • Irradiação solar. ➔ Em casos de acidentes o cuidador DEVE: • Se as roupas estiverem em chamas, evitar que a pessoa corra; • Se necessário, colocar a pessoa no chão, cobrindo-a com cobertor, tapete ou casaco, ou fazê-la rolar no chão; TERMO TÉCNICO AVALIAÇÃO BATIMENTOS P/ MINUTOS NORMAL HOMENS 60 a 100 MULHERES 70 a 90 CRIANÇAS 100 a 120 RECÉM NASCIDOS 120 a 140 NASCITUROS 140 a 160 TAQUICARDIA MOVIMENTO RÁPIDO BRADICARDIA MOVIMENTO LENTO DICRÓTICO IMPRESSÃO DE DOIS BATIMENTOS FILIFORME FRACO E DE DIFÍCIL CONTAGEM 13 • Secar o local delicadamente com um pano limpo ou chumaços de gaze; • Cobrir o ferimento com compressas de gaze; • Manter a região queimada mais elevada do que o resto do corpo, para diminuir o inchaço; • Dar bastante líquido para a pessoa ingerir se estiver consciente. ➔ O cuidador NÃO DEVE: • Tocar a área afetada com as mãos; • Nunca furar as bolhas; • Tentar retirar pedaços de roupa grudados na pele. Se necessário recorte em volta da roupa que está sobre a região afetada; • Usar manteiga, pomada, creme dental ou qualquer outro produto doméstico sobre a queimadura; • Cobrir a queimadura com algodão; • Usar gelo ou água gelada para resfriar a região. ➔ E se a queimadura for com produtos químicos? • Retirar as roupas da vítima tendo o cuidado de não queimar as próprias mãos; • Lavar o local com água corrente por 10 minutos, enxugar delicadamente e cobrir com curativo limpo e seco; • Procurar ajuda médica imediata. 5.2. Corpos Estranhos ➔ Como proceder com um corpo estranho nos olhos? • Não deixe a vítima esfregar ou apertar os olhos; • Pingue algumas gotas de soro fisiológico ou de água morna no olho atingido; • Se isso não resolver, cubra os 2 olhos com compressas de gaze, sem apertar; • Se o objeto estiver cravado no olho, não tente retirá-lo; cubra os 2 olhos; • Se não for possível fechar os olhos, cubra-os com um cone de papel grosso (por exemplo, um copo); • Procure ajuda médica imediata. ➔ E se a vítima engolir um corpo estranho? Como proceder? • Nunca tente puxar os objetos da garganta ou abrir a boca para examinar o seu interior; • Deixe a pessoa tossir com força; este é o recurso mais eficiente quando não há asfixia; • Se a pessoa não consegue tossir com força, falar ou chorar, é sinal de que o objeto está obstruindo as vias respiratórias, o que significa que há asfixia; ➔ E se estiver ocorrendo asfixia? • Você deve posicionar-se de pé, ao lado e ligeiramente atrás da vítima; • A cabeça da pessoa deve estar mais baixa que o peito; • Em seguida, dê 4 pancadas fortes no meio das costas, rapidamente com a mão fechada; a sua outra mão deve ser colocada sobre o peito do paciente; • Se o paciente continuar asfixiado, fique de pé,atrás, com seus braços ao redor da cintura da pessoa. coloque a sua mão fechada com o polegar para dentro, contra o abdome da vítima, ligeiramente acima do umbigo e abaixo do limite das costelas; agarre firmemente seu pulso com a outra mão e exerça um rápido puxão para cima; repita, se necessário, 4 vezes numa seqüência rápida; • Procure auxílio médico. 5.3. Envenenamentos (medicamentos, plantas, produtos químicos, substâncias corrosivas) Você pode provocar vômitos: • se a vítima estiver consciente; • Apenas nos casos de ingestão de medicamentos, plantas, comida estragada, álcool, bebidas alcoólicas. Você NÃO deve provocar vômitos: • Se a vítima estiver inconsciente; • Se a substância ingerida for corrosiva ou derivada de petróleo como removedor, gasolina, querosene, polidores, ceras, aguarrás, thinner, graxas, amônia, soda cáustica, água sanitária, etc. 14 Observação: a indução ao vômito é feita através da ingestão de uma colher de sopa de óleo de cozinha e um copo de água, ou estimulando a garganta com o dedo. 5.4. Convulsões Convulsões são contrações musculares involuntárias de parte ou de todo o corpo, decorrentes do funcionamento anormal do cérebro. Têm duração aproximada de 3 a 5 minutos. Manifesta-se pela contratura generalizada da musculatura (rigidez do corpo e dentes cerrados). • Febre alta (hipertermia) em crianças abaixo de 4 anos. • Intoxicações (por álcool e medicamentos, por exemplo). • Infecções (por HIV e meningites, por exemplo). • Epilepsia. • Traumatismo cranioencefálico. • Tumor cerebral O cuidador deve observar os seguintes sinais: • Perda súbita de consciência, salivação excessiva; • Movimentação brusca e involuntária dos músculos; • Enrijecimento da mandíbula, travando os dentes; • Pode apresentar arroxeamento dos lábios e extremidades devido à dificuldade de respiração; • Pode ocorrer relaxamento dos esfíncteres com perda de urina e fezes. ➔ O que fazer com uma pessoa em estado de convulsão? • Afastar a vítima de lugar que ofereça perigo, como fogo, piscina etc; • Retirar objetos pessoais e aqueles que estiverem ao seu redor que possam feri-la, como óculos, gargantilhas, pedras etc; • Proteger a cabeça, deixando-a agitar-se à vontade; • Proteger a língua, colocando uma trouxinha de pano (não forçar se os dentes estiverem travados); • Retirar próteses quando houver; • Afrouxar as roupas, se necessário; • Observar a respiração durante e após a crise convulsiva; • Procurar socorro médico. Observação: Não se deve jogar água ou oferecer algo para cheirar durante a crise. Você não precisa ter receio com a salivação ("baba") do paciente, ela não é contagiante. 5.5. Parada cardio-respiratória ➔ Como saber se uma pessoa está em parada cardíaca? 1. Observar se o paciente está consciente, perguntando se está tudo bem. 2. Tentar palpar pulso em artérias, principalmente as carótidas, que se situam ao lado da traquéia no pescoço (localizar inicialmente a cartilagem tireóide, também conhecida como pomo de adão, e depois mover lateralmente os dedos, até conseguir palpar o pulso carotidiano). 3. Observar a ausência de movimentos respiratórios, olhando para o peito se há ou não movimento do tórax; 4. Observar ainda se unhas e lábios estão roxos, pupilas dilatadas e fixas, e manchas arroxeadas em todo o corpo. ➔ O que fazer quando uma pessoa está em parada cardíaca? 1. Deve-se proceder às manobras iniciais de ressuscitação cardíaca denominadas de Suporte Básico de Vida. 2. Lembre-se que você deve agir rapidamente, pois o cérebro suporta somente até 4 minutos sem oxigenação adequada. 15 3. Inicialmente, você deve colocar a vítima de costas em local plano e duro (no chão, por exemplo) e iniciar, imediatamente, enquanto providencia a equipe de Resgate, as 3 etapas do Suporte Básico de Vida: a) Abertura de vias aéreas 1. É a primeira manobra a ser executada no suporte básico de vida. 2 .Ajoelhe-se próximo à cabeça da vítima. 3. Coloque uma mão no queixo e outra na testa da vítima, estendendo a cabeça. 4. Nos pacientes com suspeita de traumatismo da coluna cervical (vítima de afogamento, choque elétrico, acidentes), esta manobra não deverá ser executada pelo risco de lesão da medula espinhal. Nesta situação é realizada apenas a abertura da boca, sem a extensão da cabeça.Durante todo o procedimento da ressuscitação, uma mão deverá ficar situada sempre no queixo para manter as vias aéreas livres. b) Ventilação boca a boca 1. Use o polegar e o indicador da mão que estava sobre a testa para fechar o nariz da vítima e impedir que o ar escape. 2. Inspire profundamente e coloque sua boca aberta sobre a boca da vítima. Sopre o ar dentro da boca da vítima, sem deixar escapar o ar. Verifique se o peito da vítima está subindo. Observe se o peito desce, mostrando que o ar insuflado está saindo do pulmão. 3. Repita rapidamente a manobra uma vez e observe se o paciente respira espontaneamente e se apresenta batimentos, palpando o pulso carotidiano. Caso não exista respiração espontânea repetir a ventilação boca a boca. c) Massagem cardíaca externa 1. Caso não seja palpado pulso carotidiano, deverá ser iniciada a massagem cardíaca externa. 2. Você deverá estar situado de joelhos, junto ao tórax do paciente. 3. O local correto da aplicação da massagem cardíaca externa é encontrado palpando-se o encontro das últimas costelas no centro do peito, até encontrar o esterno (osso central do tórax); neste local, são colocados dois dedos transversos e, acima deste ponto, uma das mãos é posicionada sobre o esterno e a outra sobre esta; os dedos não deverão estar em contato com o tórax. 4. O socorrista, com os braços estendidos, deverá produzir uma depressão do esterno. A compressão do esterno é ocasionada pelo peso do movimento do tórax do socorrista. 6. Deverá ser evitada a compressão torácica fora do esterno, pelo risco de complicações como: fratura das costelas, lesão pulmonar ou cardíaca. 7. Após a depressão do esterno o socorrista deixará o tórax retornar à sua posição inicial.
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