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SAÚDE DO IDOSO

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SAÚDE DO IDOSO
DOENÇA DE PARKINSON
Michael J. Fox sobre o Parkinson, de que padece há 30
anos: “Não temo a morte”
O ator está há um ano longe dos holofotes para se dedicar
integralmente à sua fundação, uma ONG que criou em
2000 com o objetivo principal de buscar a cura para sua
doença
JOY DETECTOU O ODOR PELA PRIMEIRA 
VEZ NO MARIDO LES, QUE FOI 
DIAGNOSTICADO COM PARKINSON AOS 
45 ANOS
DOENÇA DE PARKINSON
A doença de Parkinson (DP) é uma doença neurovegetativa,
caracterizadapor distúrbios do movimento mais encontrados na
população idosa, representando até 2/3 dos pacientes que visitam os
grandes centros de distúrbios do movimento em todo o mundo.
A prevalência da DP tem sido estimada entre 85 e 187 casos por
100.000 pessoas e a incapacidade funcional produzida pela doença é
comparável à causada pelos acidentes vasculares encefálicos.
https://www.youtube.com/watch?v=Ankapx8EJ
Mg
DOENÇA DE PARKINSON
A doença de Parkinson é a segunda doença degenerativa
mais comum do sistema nervoso central após a doença de
Alzheimer.
Ela afeta:
•Cerca de 1 em 250 pessoas com 40 anos de idade ou mais;
•Cerca de 1 em 100 pessoas com 65 anos de idade ou mais;
•Cerca de 1 em 10 pessoas com 80 anos de idade ou mais;
A doença de Parkinson normalmente começa entre os 50 e
79 anos. Raramente, ela ocorre em crianças ou
adolescentes.
HISTÓRICO
No ano de 1817, um médico inglês chamado James
Parkinson, membro do Colégio Real de Cirurgiões, e
homem bastante culto para a sua época, publicou sua
principal obra: Um ensaio sobre a paralisia agitante, no
qual descreveu os principais sintomas de uma doença
que futuramente viria a ser chamada pelo seu nome.
DOENÇA DE 
PARKINSON
Doença degenerativa, crônica e progressiva, que
acomete em geral pessoas idosas.
Ela ocorre pela perda de neurônios do SNC em uma
região conhecida como substância negra (ou nigra).
DOENÇA DE 
PARKINSON
Os neurônios dessa região sintetizam o neurotransmissor
dopamina, cuja diminuição nessa área provoca sintomas
principalmente motores.
Entretanto, também podem ocorrer outros sintomas,
como depressão, alterações do sono, diminuição da
memória e distúrbios do sistema nervoso autônomo.
DOENÇA DE PARKINSON
• A deficiência dopaminérgica leva a alterações
funcionais do circuito dos núcleos da base.
• Os gânglios da base ou núcleos da base são um
grupo de estruturas localizadas profundamente no
cérebro, interconectadas ao córtex cerebral, tálamo
e tronco cerebral, que participam controle dos
movimentos. Estão envolvidos em comportamentos
motores e cognitivos
DOENÇA DE PARKINSON
• Acomete pessoas com idade acima de 50
anos, porém evidencias sugerem que sua
incidência e prevalência estão diretamente
relacionadas ao avanço da idade,
aumentando cerca de 1,5% nos idosos acima
de 65 anos e em 2,5% naqueles com mais de
85 anos.
ETIPATOGENIA
Causa desconhecida
Acontece a morte dos neurônios dopaminérgicos da parte 
compacta da substancia negra. 
Alguns fatores podem desencadear a Doença de 
Parkinson como:
Uso exagerado e contínuo de medicamentos;
Trauma de crânio repetitivo;
O fator genético exerce influência, porém é pouco 
representativo neste mal.
Exames para Diagnósticos
• O PET Tomografia por emissão de prótons - mede o metabolismo
da dopamina no corpo estriado. É conhecido como PET Scam –
medicina nuclear / cintilografia.
• Spect - Tomografia por emissão de fóton único - utiliza um
traçador, que é sensível para transportadores de dopamina. Tb é
um exame específico a medicina nuclear. Utiliza-se contraste.
• Hoje alguns estudos, têm demonstrado que a ressonância
magnética pode auxiliar no diagnóstico por imagem da síndrome
parkinsoniana e aparece como exame relativamente mais
simples, acessível e de menor custo em relação a outros métodos
de imagem.
Fatores de risco para a doença
• Hereditariedade: 20 a 25%dos pacientes portadores
de DP têm pelo menos um parente de 1º grau
portador da mesma doença.
• Gênero: afeta mais homens do que as mulheres na
proporção de 3:2 - sem evidência de causa.
• Fatores ambientais: estudos têm demonstrado que a
exposição a alguns componentes químicos, como
algumas toxinas agroindustriais, pode contribuir para
o desenvolvimento da doença.
Sintomas Clínicos
Principais sintomas para o diagnóstico:
✓Tremor de repouso: unilateral, predominantemente 
nas mãos.
✓Bradicinesia: lentidão de movimentos
✓Rigidez muscular.
https://www.youtube.com/watch?v=D0k2CaZb63Q
Sintomas Clínicos
Outros sintomas...
✓ Comprometimento dos reflexos posturais (marcha com passos pequenos,
dificuldade para levantar da cama ou cadeira).
✓ Fácies inexpressiva: o rosto do paciente assume a aparência de uma máscara.
✓ Dificuldades para falar: as alterações vocais mais encontrados são a rouquidão
✓ Salivação abundante - (sialorreia)
✓ Engasgos frequentes; em decorrência da disfagia orofaríngea determinada pelo
prejuízo no transporte do bolo alimentar, alterações no mobilidade laríngea e
lentidão do transito orofaríngeo, intestino lento e hipotensão postural.
✓ Micrografia: diminuição da caligrafia, tornando-se menos legível.
POSTURA FLEXIONADA PARA FRENTE...
✓ Sintomas Secundários: distúrbios do 
sono, déficit cognitivo, déficit de 
memória e demência.
DIAGNÓSTICO
Baseados na identificação dos sinais e sintomas que 
compõem o quadro clínico.
História, exame físico e identificação de dois ou três sinais 
motores.
https://www.youtube.com/watch?v=3JfV5PgGsl4
TRATAMENTO FARMACOLÓGICO
• O tratamento medicamentoso da DP consiste no controle da
sintomatologia.
• Uso de drogas Levodopa - esta substância penetra no sistema
nervoso central e, por ação da enzima dopa descarboxilase
cerebral, é convertida em dopamina (Carbidopa/levodopa=
Sinemet); (Prolopa = Benzerazida)
• há um ↑ gradual da droga até a resposta terapêutica.
• A terapêutica inicial ocorre em doses baixas e permite
observação da resposta sintomática. Cerca de 50% das pessoas
idosas que utilizam a droga continuamente durante um período
de 3 a 5 anos começam apresentar o efeito on/off – flutuação do
efeito /ação “resposta e falta de resposta”
TRATAMENTO FARMACOLÓGICO
A retirada brusca da medicação ou traumas emocionais pode
causar - crises parkinsonianas como:
• exacerbação grave do tremor,
• rigidez
• Bradicinesia
• Todos estes sintomas podem vir acompanhados de ansiedade
aguda, sudorese, taquicardia e hiperpinéia.
Principais Medicações...
LEVODOPA
Indicação: tratamento de doença de Parkinson
Efeitos colaterais: confusão mental e incontinência 
urinária.
Classe farmacológica: antiparkinsoniano.
Cuidados a serem tomados:
• Informar ao paciente e a equipe de enfermagem que 
o uso contínuo da droga pode tornar a urina 
castanho-avermelhada.
• Informar ao paciente e a equipe de enfermagem que 
pode ocorrer tonturas e alucinações.
• Nos casos de atraso de doses, estas devem ser 
ingeridas no prazo máximo de 2 horas antes da 
próxima dose.
Medicações
PRAMIPEXOL / SIFROL – Utilizado junto com a 
Levodopa – alivia sintoma motor protege os 
neurônios dos efeitos nocivos da levodopa
Indicação: tratamento de doença de Parkinson
Efeitos colaterais: confusão e incontinência urinária.
Classe farmacológica: agonista dopaminérgico central.
Cuidados a serem tomados:
• Orientar o paciente e a equipe de enfermagem sobre o fato de que este
medicamento favorece o risco de queda devido a associação de efeitos
colaterais, como sonolência, confusão, tontura, aumento da frequência
urinária e hipotensão postural.
• Devem-se estabelecer medidas preventivas de queda e incentivar a
adesão do paciente e dos familiares e tais recomendações.
• A medicação deve ser ingerida durante a refeição para evitar distúrbios
gastrointestinais.
Acompanhamento de Enfermagem
IMPORTANTE!
• estimular a ingestão hídrica e dieta laxativa;
• prevenir rigidez e contraturas;
• dormir em colchão firme;
• segurança no lar: barras de metal no banheiro, evitar
transportar líquidos quentes – Risco de queda!
• oferecer bengalaou andador;
• encaminhar paciente e família para suporte emocional
O tratamento com cirurgia para Doença de
Parkinson existe desde a década de 1970. No entanto, as
técnicas de cirurgia para Parkinson sofreram uma incrível
evolução. Atualmente, os melhores resultados de Cirurgia
para Doença de Parkinson são obtidos por meio
da Cirurgia de Estimulação Cerebral Profunda (em
inglês, Deep Brain Stimulation - DBS).
Nos Estados Unidos, a cirurgia para Parkinson foi
aprovada pela primeira vez em 1997, para tratar quadros
graves de tremor. Somente em 2016, a cirurgia de DBS foi
aprovada também para estágios intermediários com
sintomas não controlados com medicação.
COMO É FEITA A CIRURGIA DE 
DOENÇA DE PARKINSON COM DBS?
Etapa acordado:
Nesta primeira fase, um anestésico local é aplicado ao couro
cabeludo.
Fios muito finos (com eletrodos nas pontas para fornecer sinais
elétricos) são inseridos no cérebro na região-alvo.
É feita a avaliação do benefício do dispositivo clinicamente
Um neurofisiologista confirma a localização precisa dos eletrodos
no alvo.
Etapa sob sedação:
É realizada anestesia geral.
Um outro fio é implantado para conectar os eletrodos a um
neuroestimulador.
O neuroestimulador é fixado abaixo da clavícula.
O paciente vai para a sala de recuperação anestésica.
Geralmente a cirurgia para Parkinson é
indicada apenas para pacientes que apresentam a
doença por pelo menos quatro anos e que não conseguiram
controlar os sintomas com medicamentos adequadamente.
Os pacientes que experimentam discinesia grave
(movimentos involuntários) como resultado do uso
prolongado de levodopa e o tremor são os pacientes que
apresentam melhor resposta à cirurgia (melhora de cerca de
50-70%).
https://youtu.be/WdR_FrksY4w
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
MEDIDAS GERAIS
•Continuar fazendo o máximo de atividades diárias possível;
•Seguir um programa de exercício regular;
•Simplificar as tarefas diárias – por exemplo, substituindo os botões da roupa
por velcro ou comprando sapatos com fechos de velcro;
•Usar dispositivos de assistência, como puxadores de zíper e ganchos para
botões;
•Fisioterapia podem ajudar as pessoas a incorporarem essas medidas em suas
atividades diárias e também recomendar exercícios para melhorar o tônus
muscular e manter o movimento. Os terapeutas também podem recomendar
auxílio médico, como andadores com roda, para ajudar a manter a
independência da pessoa.
•Retirar os tapetes para evitar que tropecem;
•Instalar barras de apoio nos banheiros e corrimão nos corredores e outros
locais para reduzir o risco de quedas;
Para a constipação, pode ajudar:
•Consumir dieta com alto teor de fibra, incluindo alimentos como ameixa e
sucos de fruta;
•Exercitar-se;
•Beber muito líquido;
•Usar laxantes (como sene concentrada), suplementos (como psílio) ou
laxantes estimulantes (como bisacodil, via oral) para manter a regularidade
do intestino;
A dificuldade em engolir pode limitar a ingestão de alimentos, então a dieta
tem que ser nutritiva. Esforçar-se para inalar mais profundamente tende a
melhorar a capacidade de perceber os odores e acentua o apetite.
CUIDADOS GERAIS
Como a doença de Parkinson é progressiva, as pessoas acabam
necessitando de ajuda para desempenhar as atividades diárias normais,
como comer, tomar banho, vestir-se e ir ao banheiro.
Os cuidadores podem se beneficiar do aprendizado dos efeitos físicos e
psicológicos da doença de Parkinson, e sobre as formas de ajudar as
pessoas a serem mais autônomas. Dado que esses cuidados são esgotantes
e causam ansiedade, é benéfico aos cuidadores relacionarem-se com
grupos de apoio.
A maioria das pessoas com doença de Parkinson acaba se tornando
gravemente incapaz e ficando imobilizada. Podem não conseguir comer,
mesmo com ajuda.
A demência desenvolve-se em cerca de um terço delas. Visto que a
deglutição torna-se cada vez mais difícil, morte devido a pneumonia de
aspiração é um risco. Para algumas pessoas, um centro de cuidados médicos
pode ser o melhor local para os cuidados.
https://www.youtube.com/watch?v=4RE7a_KHWvU
O mais importante....aceitar a patologia e não 
desistir!!!
https://www.youtube.com/watch?v=fbJGN9dP
M-s&t=8s

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