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Métodos Científicos

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As fases do Método Científico 
 
 
. Desde a sua origem, o homem sempre procurou obter conhecimento sobre os 
objetos que o cercam, principalmente conhecimento sobre os fenômenos naturais e o 
ambiente em sua volta. Esse conhecimento primitivo é motivado por algo externo à 
atividade cognitiva propriamente dita: a necessidade de controle dos fenômenos 
naturais com vistas à própria sobrevivência biológica. 
 
. A palavra “método” vem do grego methodos, que significa “caminho para chegar a 
um fim “. O método científico é um conjunto de regras básicas para desenvolver uma 
experiência a fim de produzir novo conhecimento, bem como corrigir e integrar 
conhecimentos preexistentes. A maioria das disciplinas científicas consiste em juntar 
evidências observáveis, empíricas (ou seja, baseadas apenas na experiência) e 
mensuráveis e analisá-las com o uso da lógica. 
 
. Hoje em dia, é comum o uso do método científico nas disciplinas de construção de 
conhecimento. Não é novidade falar sobre a utilização de um método para construção 
de conhecimentos no âmbito escolar. Durante muito tempo, os professores dedicados 
ao ensino de ciências tomaram, para suas práticas de ensino, as contribuições 
provenientes de procedimentos que orientavam os cientistas no desenvolvimento de 
suas pesquisas. 
 
. Embora nem sempre de modo feliz, em alguns casos, tais procedimentos de pesquisa 
pareciam tão eficazes, que não se via razão pela qual também não se aplicassem nas 
práticas escolares. Obviamente foram esses procedimentos ditos científicos que 
atuaram como legitimadores de certa forma de se ensinar ciências (MARSULO; SILVA, 
2005). 
 
. Por trás de qualquer proposta didática de metodologias preocupada com a 
construção do conhecimento, há concepções e ideias mais ou menos formalizadas e 
explicitadas em relação aos processos de ensinar e aprender. Tais processos 
encontram-se alicerçados numa concepção de mundo e de ciência na qual são 
incorporadas as dimensões teórico-conceituais articuladoras das práticas e das teorias, 
bem como as metodologias específicas e os procedimentos que se fazem necessários à 
construção dos conhecimentos (MARSULO; SILVA, 2005). 
 
 
 
. Quanto à metodologia como via de acesso à ciência, pressupõe-se a construção de 
um método a fim de atingir um objetivo, uma meta, conduzindo à busca do 
conhecimento. No método, articulam-se teorias e práticas. “É ele um sumário delas, 
momento de explicitação dos processos de concepção e condução de determinada 
prática social.” (MARQUES, 1996). Atualmente os cientistas e os filósofos preferem 
falar numa diversidade de métodos, que são determinados pelo tipo de objeto a 
investigar e pela classe de proposições a descobrir. 
 
. O método científico engloba algumas etapas, tais como a observação, a questão, a 
formulação de uma hipótese, a verificação, a análise dos resultados, hipóteses 
verdadeiras e falsas e o relatório dos resultados. É importante ressaltar que a 
investigação de determinado fenômeno não precisa, necessariamente, cumprir todas 
as etapas, assim como não existe um tempo predeterminado para realizar cada uma 
delas. 
 
- Segundo os autores Cervo e Bervian (1974) as fases do método científico são: 
 
. Observação: como o próprio nome diz, é a visualização de um fato (ou fenômeno). 
Essa observação deve ser repetida várias vezes, buscando obter o maior número 
possível de detalhes, sendo realizada, portanto, com a maior precisão possível. Deve-
se tomar o cuidado com os “vícios” para que ocorra uma observação correta do fato; 
em muitos casos, a pessoa vê o que deseja ver – não o que está ocorrendo de fato. 
 
. Questão: corresponde à execução de questionamentos sobre o fato observado. Para 
essas perguntas, o pesquisador vai à busca de respostas. Um problema bem formulado 
é mais importante para a ciência do que a sua solução, pois abre caminho para 
diversas outras pesquisas. 
. Formulação da hipótese: a hipótese nada mais é do que uma possível explicação para 
o problema. No jargão científico, a hipótese geralmente equivale à suposição 
verossímil, depois comprovável ou denegável pelos fatos, os quais irão decidir, em 
última instância, sobre a veracidade ou falsidade dos fatos que se pretende explicar. “A 
hipótese é a suposição de uma causa ou de uma lei destinada a explicar 
provisoriamente um fenômeno até que o fato venha a contradizer ou afirmar.” 
(CERVO; BERVIAN, 1974). 
*Que se consegue denegar; merecedor de denegação. 
 
 
 
. Verificação: etapa em que o pesquisador realiza experiências para provar (ou negar) 
a veracidade de sua(s) hipótese(s). Se, após a execução da experiência por repetidas 
vezes, os resultados obtidos forem os mesmos, a hipótese é considerada verdadeira. 
Na Antiguidade, as experiências não eram controladas – experiências empíricas, muito 
usadas pelos alquimistas. Nesse modelo, as experiências eram do tipo tentativa-erro; 
com isso, as descobertas acabavam sendo puramente casuais. 
 
. Análise dos resultados: é a atividade na qual o pesquisador transforma um conjunto 
de dados com o objetivo de poder verificá-los melhor, dando-lhes ao mesmo tempo 
uma razão de ser e uma análise racional. É analisar os dados de um problema e 
identificá-los. A análise de dados possui diferentes facetas e abordagens, incorporando 
diversas técnicas. 
 
. Hipóteses verdadeiras ou falsas: pode ser realizado um teste de hipóteses, que é um 
procedimento que permite tomar uma decisão (aceitar ou rejeitar a hipótese nula) 
entre duas ou mais hipóteses (hipótese nula ou hipótese alternativa) utilizando-se os 
dados observados de um determinado experimento. Há diversos métodos para realizar 
o teste de hipóteses, entre os quais se destacam o método de Fisher (1955) (teste de 
significância), o método de “Neyman–Pearson” em 1933 e o método de “Bayes” em 
1812. 
 
 
 
 
 
 
 
 EXEMPLO: 
 
 
 
 
 
 
 
A estatística pode ser utilizada para auxiliar a tomada de decisões nas mais variadas áreas, veja 
alguns exemplos: „ Estimar a efetividade de um parâmetro de interesse. „ Testar se 
determinada teórica científica deve ser mantida ou descartada. „ Verificar se um lote de 
remédios deve ser desenvolvido por falta de qualidade; entre outras possibilidades. Os testes 
de hipóteses são utilizados para determinar quais resultados de um estudo científico podem 
levar a rejeição da hipótese nula a um nível de significância preestabelecido. O estudo da teoria 
das probabilidades e a determinação da estatística de teste correta são fundamentais para a 
coerência de um teste de hipótese. Se as hipóteses do teste não forem assumidas de maneira 
correta, o resultado será incorreto, e a informação será incoerente com a questão do estudo 
científico. 
 
 
 
 
 
 
. Relatório de resultados: como o próprio nome indica, é revelar o que foi encontrado 
na pesquisa. Essa parte do artigo estará composta dos dados relevantes obtidos e 
sintetizados pelo autor. Primeiramente, apresentam-se as características dos sujeitos 
do estudo. São informações demográficas, socioeconômicas, clínicas ou de outra 
natureza que descrevem o grupo ou os grupos estudados (PEREIRA, 1999). Em geral, 
essa informação é apresentada em uma tabela. O leitor, ao inspecionar esses dados, 
poderá verificar se os procedimentos de seleção adotados produziram a amostra 
adequada para o estudo ou, no caso de estudos analíticos, se os grupos são 
comparáveis. Segundo o autor, serve também para indicar a que população os 
resultados são generalizáveis. Outra conduta recomendada para compor a parte inicial 
da seção de resultados é relatar como se chegou à amostra final utilizada na análise 
dos dados. Se a descrição for complexa para aparecer no texto, sugere-se que seja 
inserido um gráfico de fluxo (ou fluxograma) contendo o detalhamento da seleção dos 
sujeitosda pesquisa e os motivos de exclusão de participantes. 
 
 O método científico como construtor do conhecimento 
científico 
 
. A ciência e o conhecimento científico são definidos de maneiras diferentes pelos 
diversos autores que se lançam à tarefa de refletir sobre eles. Algumas definições são 
bastante semelhantes, enquanto outras levantam algumas diferenças. Contudo, a 
maior parte dos que buscam definir a ciência concorda que “[...] ao se falar em 
conhecimento científico, o primeiro passo consiste em diferenciá-lo de outros tipos de 
conhecimento existentes [...]” 
 
. Segundo França (1994), “conhecer” é atividade especificamente humana. Ultrapassa 
o mero “dar-se conta de” e significa a apreensão, a interpretação. Conhecer supõe a 
presença de sujeitos; um objeto que suscita sua atenção compreensiva; o uso de 
instrumentos de apreensão; um trabalho de debruçar--se sobre. Como fruto desse 
trabalho, ao conhecer, cria-se uma representação do conhecido que já não é mais o 
objeto, mas uma construção do sujeito. O conhecimento produz, assim, modelos de 
apreensão – que, por sua vez, vão instruir conhecimentos futuros. 
 
 
 
. A autora destaca, assim, os principais elementos envolvidos no processo de conhecer: 
o sujeito que conhece a “coisa” conhecida (que, uma vez conhecida, torna-se “objeto”, 
isto é, a “coisa”, elemento da realidade, da perspectiva de quem a conhece, para quem 
se torna “objeto”), o movimento do sujeito em direção ao objeto (que é o próprio 
processo de conhecer) e os instrumentos utilizados neste processo. Um último 
elemento é apresentado pela autora: o fato de que todo processo de conhecimento se 
dá no cruzamento de duas dinâmicas opostas, duas atitudes básicas. 
 
. Após compreender outras formas de conhecimento – filosófico, artístico e ideológico 
–, a construção da ciência na era moderna torna-se mais fácil de ser compreendida. 
Afinal, o conhecimento científico nasce da proposta de um conhecimento diferente 
dos demais, pois busca compensar as limitações do conhecimento religioso, artístico e 
do senso comum. A busca de um conhecimento mais confiável da realidade está 
presente desde a pré-história. 
 
. Contudo, a maior parte dos autores que definem ciência a identificam com um 
momento específico da história da humanidade. Gressler (2003) afirma que um novo 
tipo de abordagem do problema do conhecimento se desenvolveu a partir do século 
XV. Já o método de investigação difundido por Galileu é mais do que simples indução 
ou dedução. Ele compreende uma série de procedimentos para testar criticamente e 
selecionar as melhores hipóteses e teorias para explicar a realidade. 
 
. Assim, a necessidade do homem de uma compreensão mais aprofundada do mundo, 
bem como a necessidade de precisão para a troca de informações, acaba levando à 
elaboração de sistemas mais estruturados de organização do conhecimento. Fourez 
(1995) destaca que, no início, os homens se comunicavam a partir de uma linguagem 
que utilizava um código restrito em que os objetos do mundo são descritos sem uma 
preocupação com o alcance das descrições – não havendo, portanto, uma reflexão 
elaborada. É a linguagem do dia a dia, “[...] útil na prática e que não leva adiante todas 
as distinções que se poderia fazer para aprofundar o meu pensamento [...]” (FOUREZ, 
1995). 
 
. No entanto, com o tempo, os homens passaram a desenvolver um código 
“elaborado” com o objetivo de tornar as noções mais precisas e sistematizar os 
campos de conhecimento. Aqui se tem a origem dos “conceitos”, noção fundamental 
para a formação dos campos disciplinares. De acordo com Maslow (1979), “[...] a 
ciência tem as suas origens nas necessidades de conhecer e compreender (ou 
explicar), isto é, nas necessidades cognitivas [...]”, de um conhecimento difuso, 
espalhado, assistemático e desorganizado, passando a um trabalho de arranjo segundo 
 
 
certas relações, de disposição metódica. Esse processo é fundamental para a 
composição de campos específicos do conhecimento científico. 
 
. Ao apontar o surgimento do método científico no século XV, Gressler (2003) não 
descarta que, desde a Idade Antiga, já houvesse habilidades e preocupações com uma 
linguagem técnica e uma argumentação lógica fundamentada na razão – como bem 
demonstra, por exemplo, a geometria desenvolvida pelos gregos. Contudo, a autora 
particulariza o projeto científico como uma forma específica de conhecer a realidade 
desenvolvida com a contribuição de uma série de personagens. 
 
. O método científico se refere a um aglomerado de regras básicas dos procedimentos 
que produzem o conhecimento científico – seja ele um novo conhecimento ou uma 
correção (evolução) – ou um aumento na área de incidência de conhecimentos 
anteriormente existentes. A maioria das disciplinas científicas consiste em juntar 
evidências empíricas verificáveis, baseadas na observação, sistemáticas e controladas – 
geralmente resultantes de experiências ou de pesquisa de campo – e analisá-las com o 
uso da lógica. Para muitos autores, o método científico nada mais é do que a lógica 
aplicada à ciência. 
 
. Já a metodologia científica, conforme Singh (2006), literalmente refere-se ao estudo 
dos pormenores dos métodos empregados em cada área científica específica e, em 
essência, dos passos comuns a todos esses métodos, ou seja, do método da ciência em 
sua forma geral, que se supõe universal. Embora procedimentos variem de uma área 
da ciência para outra (as disciplinas científicas), diferenciadas por seus distintos 
objetos de estudo, consegue-se determinar certos elementos que diferenciam o 
método científico de outros métodos encontrados em áreas não científicas, como os 
presentes na filosofia, na matemática e até mesmo nas religiões. 
 
. Portanto, de acordo com Muline, Leite e Campos (2013), os indivíduos que participam 
do processo de construção do conhecimento argumentam, integram e têm curiosidade 
mais aguçada, apresentam maiores chances de êxito no processo de construção, 
desconstrução e reconstrução dos conhecimentos científicos. 
 
. A utilização da sequência didática voltada ao ensino de investigação na produção de 
conhecimento é de suma importância, uma vez que oportuniza a atuação dos 
envolvidos como agentes e construtores do conhecimento por meio da investigação 
científica e permite uma inovação em todos os contextos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O método científico e os demais métodos existentes 
 
. Método científico é o conjunto das normas básicas que devem ser seguidas para a 
produção de conhecimentos que têm o rigor da ciência, ou seja, é um método usado 
para a pesquisa e comprovação de um determinado conteúdo. Essa metodologia parte 
da observação sistemática de fatos, seguido da realização de experiências, das 
deduções lógicas e da comprovação científica dos resultados obtidos. Para diversos 
autores, o método científico é a lógica aplicada à ciência. 
 
. O método científico é um trabalho sistemático na busca de respostas às questões 
estudadas, é o caminho que se deve seguir para levar à formulação de uma teoria 
científica. É um trabalho cuidadoso, que segue um caminho sistemático, sendo a 
ferramenta do pesquisador, que, no fim de seu processo de pesquisa, explica e prevê 
um conjunto de ocorrências provenientes da aplicação de suas teses. Um artigo 
científico é o resultado de um estudo realizado e comprovado pelo método científico. 
O método é uma forma de comprovar a veracidade de algumas teses desacreditadas 
pelo ceticismo. 
 
 HIPÓTESES 
 CONCLUSÕES EXPERIMENTO 
 RESULTADOS 
 
*Figura 2. Etapas do método científico. 
 
. Tartuce (2006) apresenta alguns conceitos importantes para melhor se compreender 
a natureza do método científico e afirma que essa é a forma maissegura inventada 
pelos homens para controlar o movimento das coisas que envolvem um fato e montar 
formas de compreensão adequada dos fenômenos. 
 
 
 
*Fatos – acontecem na realidade, independentemente de haver ou não quem os 
conheça. 
 
*Fenômeno – é a percepção que o observador tem do fato. Pessoas diversas podem 
observar no mesmo fato fenômenos diferentes, dependendo de seu paradigma. 
*Paradigmas – são referenciais teóricos que servirão de orientação para a opção 
metodológica de investigação. Mesmo que os paradigmas sejam constituídos por 
construções teóricas, não há cisão entre a teoria e a prática ou entre a teoria e a lei 
científica. Portanto, eles coexistem, gerando o que se pode denominar “praxiologia”. 
 
* Praxeologia que vem do grego praxis (ação, prática) é uma metodologia que tenta 
explicar a estrutura lógica da ação humana. 
 
. Em contraposição ao método científico está o método empírico, que é baseado 
unicamente na experiência, sem nenhum processo científico. Empírico é um fato que 
se apoia somente em experiências vividas, na observação de coisas – e não em teorias 
e métodos científicos. Empírico é aquele conhecimento adquirido durante toda a vida, 
no dia a dia, que não tem comprovação científica nenhuma. 
O método empírico é um método feito por tentativas e erros e é caracterizado pelo 
senso comum – e cada um compreende à sua maneira. O método empírico gera 
aprendizado, uma vez que aprendemos fatos pelas experiências vividas e 
presenciadas, para se obterem conclusões. O conhecimento empírico é muitas vezes 
superficial, sensitivo e subjetivo. Assim, é o conhecimento baseado em uma 
experiência vulgar ou imediata, não metódica e que não foi interpretada e organizada 
de forma racional. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Para a ciência, empírico é um tipo de evidência inicial para comprovar alguns métodos 
científicos: o primeiro passo é a observação, para então se fazer uma pesquisa, que é o 
método científico. Nas ciências, muitas pesquisas são realizadas inicialmente pela 
observação e a experiência. 
 
 
. Em oposição ao pensamento de senso comum, o método dialético se propõe a 
compreender a “coisa em si”, construindo uma compreensão da realidade que 
considere a totalidade como dinâmica e em constante construção social. Ao considerar 
a realidade dessa forma, a dialética rompe com a pseudoconcreticidade, pois desvela 
as tramas que relacionam a essência ao fenômeno. 
*Pseudoconcreticidade: S.F. Teoria de Karl Marx que trata sobre o imediatismo 
 
. Foi por isso que Hegel (2007) preconizava: “O verdadeiro é o todo, mas o todo é 
somente a essência que se implementa através de seu desenvolvimento.”. 
 
. Marx e Engels (2007), ao usarem a dialética, objetivam suprimir a imediaticidade e a 
pretensa independência com que o fenômeno surge, focando a sua essência. Com a 
dialética, os elementos cotidianos deixam de ser naturalizados e eternizados, passando 
a ser encarados como sujeitos da práxis social da humanidade. Nesse sentido, a 
dialética é um esforço para perceber as relações reais (sociais e históricas) entre as 
formas estranhadas com que se apresentam os fenômenos. 
 
. O método dialético irá justamente buscar as relações concretas e efetivas por trás 
dos fenômenos. Sobre essa posição marxiana, Walhens (apud Kosik 1976 p.17) 
escreveu: “O marxismo é o esforço para ler, por trás da pseudoimediaticidade do 
mundo econômico reificado, as relações inter-humanas que o edificaram e se 
dissimularam por trás de sua obra.”. 
* "O marxismo é um esforço para ler, por trás da pseudoimediaticidade do mundo 
econômico reificado as relações inter-humanas que o edificaram e se dissimularam 
por trás de sua obra" 
. Descartes (1973) apresenta o método dedutivo a partir da matemática e de suas 
regras de evidência, análise, síntese e enumeração. Esse método parte do geral e, a 
seguir, segue para o particular. O protótipo do raciocínio dedutivo é o silogismo, que, a 
partir de duas proposições chamadas de “premissas”, retira uma terceira, chamada de 
“conclusão”. 
 
 
 
 
 
. 
Exemplo do método dedutivo 
Todo mamífero tem um coração. Ora, todos os cães são mamíferos. Logo, todos os cães têm 
um coração. No exemplo apresentado, as duas premissas são verdadeiras, portanto, a 
conclusão é verdadeira. 
 
 
 
. Parte-se de princípios reconhecidos como verdadeiros e indiscutíveis, 
possibilitando chegar a conclusões de maneira puramente formal em virtude de 
sua lógica. Esse método aplicação é bastante aplicado na Matemática e na 
Física, cujos princípios podem ser enunciados por leis. Já nas Ciências Sociais, 
seu uso é mais restrito em virtude da dificuldade de se obterem argumentos 
gerais cuja veracidade não possa ser colocada em dúvida.

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