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Lei da Oferta e Demanda

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Lei da Oferta e Demanda 
 
 De acordo com Samuelson (2012, p. 7), “os fatores de produção ou insumos 
são matérias-primas ou serviços utilizados para produzir bens e serviços. Uma 
economia usa a tecnologia disponível para combinar os insumos e gerar os 
produtos”. Ainda conforme esse autor, os insumos podem ser classificados 
em três grandes grupos: 
1. A terra: recursos naturais e/ou tudo que vem da natureza. O uso sustentável 
desse grupo de recursos que provêm da terra (como água, 
minérios, combustíveis fósseis e outros) deve estar no centro do debate 
de qualquer alternativa de produção, visto que, se não são eficientemente 
utilizados, criam mais custos no futuro, devido ao aumento da escassez. 
2. O trabalho: é o tempo despendido pela mão de obra para a realização 
da produção de determinado bem ou serviço. É tido como o fator mais 
importante, pois, por mais que as máquinas façam muita coisa nos dias 
atuais, tem sempre um cérebro humano por trás de toda a parafernália 
tecnológica. Aqui é muito importante a capacitação constante da mão 
de obra, para que ela possa ser bem utilizada no processo produtivo. 
3. O capital: se refere às máquinas e aos equipamentos que servirão para 
a produção de outros bens. Logo, esses bens duráveis que servem à 
produção de outros (computadores, máquinas a laser, fornos, tratores 
e tantos outros) são chamados de bens de capital. 
 A curva ou fronteira de possibilidades de produção (FPP) nos mostra quanto 
podemos produzir de bens específicos, dadas as tecnologias disponíveis e uma 
quantidade fixa de fatores de produção, conforme conceituam Troster e 
Mochón (2002). Segundo Vasconcellos e Garcia (2014), quando a FPP se 
desloca para a 
direita, significa que a economia está crescendo (Figura 2), devido a alguns 
fatores isolados ou em conjunto: 
• aumento da quantidade física de fatores de produção, que propicia a 
maior produção de bens; 
• maior aproveitamento dos recursos já existentes; 
• melhora na tecnologia, propiciando maior produtividade dos recursos 
produtivos; 
• melhora na eficiência produtiva e organizacional da empresa; 
• melhoria nos níveis de qualificação da mão de obra. 
 Por outro lado, de acordo com Samuelson (2012), alguns fatores podem fazer 
com que a economia não use eficientemente os fatores de produção, o que 
pode empurrar a economia para dentro da FPP, e não sobre a FPP. O que 
seriam esses fatores “gargalos”? Como exemplo, podemos citar a falta de 
controle ambiental e da devida regulação sobre a poluição, que faz com que os 
recursos utilizados sejam desperdiçados, e não repostos. A mão de obra mal 
utilizada também é um exemplo de fator que pode causar uma retração para a 
esquerda da FPP. 
 Vimos que, para produzir bens, precisamos de fatores de produção, que são 
escassos. Assim, são necessárias escolhas para saber o que produzir. 
 
Vejamos a seguir quais tipos de bens existem em uma economia. 
 De acordo com Troster e Mochón (2002), os bens podem ser classificados de 
acordo com: seu caráter: livres ou econômicos; sua natureza: de capital ou de 
consumo; sua função: intermediários ou finais. Os bens livres estão disponíveis 
para todos em quantidades ilimitadas e não podem ser apropriados por 
ninguém (exemplos: ar e mar), conforme Troster e Mochón (2002). Já os bens 
econômicos são aqueles que são limitados (escassos), são passíveis de 
propriedade privada e se dividem em várias classes. Para entender melhor 
sobre os bens econômicos, é importante entender sobre os setores 
econômicos de um país. Estes estão divididos em primário, secundário e 
terciário. No setor primário, temos os bens que provêm da terra e/ ou de áreas 
rurais, como da agricultura, da pecuária e do extrativismo, segundo Troster e 
Mochón (2002). É importante salientar que, nesse ponto, os bens têm baixo 
valor agregado, pois ainda não foram refinados — estão no seu estágio bruto e 
seguem determinado padrão. Assim, em uma economia aberta (com comércio 
exterior), esses bens podem ter preços internacionais em bolsas de valores 
específicas (como soja, milho, arrouba de boi e outras commodities), o que 
deve influenciar no preço e na produção no mercado nacional. No setor 
secundário, são produzidos bens da indústria, refinados e com um valor 
agregado maior. São exemplos desse setor: máquinas e equipamentos, bens 
de consumo duráveis e não duráveis, construção civil e energia, conforme 
apontam Troster e Mochón (2002). Esse setor tende a utilizar como parte dos 
insumos de produção os bens do setor primário, processando-os (como 
transformar o limão em suco de limão) e costuma ser fornecedor para o setor 
terciário. No que se refere ao setor terciário, está ligado principalmente à 
prestação de serviços (como advogados, consultorias, professores e outros) e 
à comercialização de bens provenientes dos outros setores (BRASIL, 2017). É 
importante observar que, dentro dos setores da economia, as subcategorias 
econômicas vão se modificando constantemente. Conforme a economia vai 
crescendo, vão surgindo, dentro dos setores primário, secundário e terciário, 
novas categorias de classificação, que ajudam a entender o comportamento da 
economia brasileira. 
 Agora que entendemos sobre o que cada setor da economia produz de bens 
e serviços, podemos classificar e explicar os bens quanto à sua natureza: 
 Bens de capital: são utilizados para a produção de outros bens, como 
máquinas, equipamentos e computadores usados na produção. De acordo com 
Troster e Mochón (2002), podem também ser chamados de bens de 
investimento, visto que visam a satisfazer a sociedade no médio e no longo 
prazo com bens de consumo.  
 Bens de consumo: os bens de consumo podem ser divididos entre bens 
duráveis (como eletrodomésticos e automóveis) ou bens não duráveis (como 
alimentação e sabonetes). Ainda, no que se refere à sua função, os bens 
podem ser bens intermediários, que são aqueles que serão transformados em 
outros bens para posterior consumo, e bens finais, que já sofreram essas 
transformações e estão prontos para chegar ao consumidor final, conforme 
Troster e Mochón (2002). 
 Quando se fala em economia, fala-se também sobre o estudo da escassez, 
isto é, procura-se estudar a produção, a alocação e a distribuição dos bens que 
se encontram escassos. O objetivo disso é maximizar o bem-estar dos 
indivíduos, considerando a utilização efi caz dos recursos, de modo que as 
próximas gerações também possam usufruir deles, satisfazendo as suas 
necessidades, que são ilimitadas. 
 Entre as consequências da limitação da disponibilidade de água potável, está 
também o aumento dos preços sobre esse bem. São exemplos os preços de 
bens agrícolas, que apresentam baixa produção em épocas de estiagem, 
fazendo os preços aumentarem para compensar os custos fixos mais a 
lucratividade desejada pelos produtores. Outro exemplo são os aumentos nas 
contas de luz ou de água, em locais e/ou períodos em que existe a falta de 
chuva e, portanto, falta desse recurso. Sem contar com a comercialização de 
água engarrafada. O uso do mecanismo dos preços é uma forma de disciplinar 
a atitude do ser humano perante a utilização mais racional desse bem. 
 O ar já tem sido considerado um bem econômico, pois devido à poluição e ao 
corte ilegal e irregular de árvores, responsáveis pelo nosso oxigênio, sua 
qualidade e disponibilidade têm diminuído. Desse modo, um bem que seria 
considerado um bem livre (uso ilimitado por todos os indivíduos) deixa de o ser 
(a possibilidade de sua escassez como um bem puro é enorme). Cidades que 
concentram maior número de indústrias emissoras de poluentes oferecem 
ainda mais probabilidade de doenças respiratórias para sua população. Esse 
fato, inclusive, levou alguns países a estabelecerem metas de emissão de 
poluentes atmosféricos, pensando nas condições de saúde da população em 
longo prazo. 
 Porém, no âmbitoda economia, a escassez não está relacionada apenas à 
escassez de recursos naturais, mas também de bens e serviços que não 
podem ser consumidos do modo ou na quantidade desejada pelos indivíduos, 
dada a limitação dos bens, assim como das suas condições financeiras, o que 
os leva a escolher um bem (ou serviço) em detrimento de outro. São exemplos 
os fatores de produção disponíveis, ou seja, recursos que são necessários para 
a produção de bens e serviços (terra – recursos naturais–, trabalho – esforço 
físico e intelectual – e capital – máquinas, equipamentos, instalações). 
 De modo geral, os bens econômicos se constituem em uma preocupação 
constante e crescente entre os estudiosos de economia. Existem outros fatores 
de influência, mas destacam-se três fatores fundamentais: 
• Primeiro fator: é a necessidade humana que se renova diariamente, 
exigindo o contínuo suprimento dos bens para atendê-la. 
• Segundo fator: é o aumento do crescimento populacional, que tem 
sido cada vez maior devido às melhores condições de saúde da 
população mundial, que reduz a mortalidade infantil e aumenta a 
expectativa de vida, resultando em um número maior de indivíduos 
para consumir bens e serviços no planeta. 
• Terceiro fator: é o surgimento constante de novos desejos e 
necessidades, que já não estão relacionados a uma questão de 
consumo por sobrevivência, mas sim motivados pela busca contínua 
do aumento do nível do padrão de vida. 
 Considerando que a economia é a uma ciência social que se preocupa com a 
administração dos recursos escassos nas diferentes sociedades, no sentido de 
satisfazer as necessidades humanas que são ilimitadas, frente à 
disponibilidade limitada de recursos, surgem conceitos que podem auxiliar os 
indivíduos na escolha dos melhores usos para tais recursos. 
 Relação custo-benefício negativa: ocorre quando os custos (ou 
desvantagens) da alternativa em questão são superiores aos benefícios (ou 
vantagens). No exemplo da ampliação do chão de fábrica, a decisão mais 
acertada do proprietário (ou da alta administração da empresa) seria a não 
realização do projeto. 
 Relação custo-benefício positiva: quando a relação custo-benefício for 
positiva, significa que os custos (ou desvantagens), ao contrário do anterior, é 
inferior aos benefícios (ou vantagens). Desse modo, o empreendedor (ou os 
responsáveis pelas tomadas de decisão) irão optar pela ampliação do chão 
dessa fábrica de calçados. 
 Esse tipo de análise (custo-benefício) também pode ser considerada como 
análise de viabilidade econômica de um projeto, e existem vários instrumentos 
que podem auxiliar no levantamento e na identificação desses custos (ou 
desvantagens) ou benefícios (vantagens). A análise do custo-benefício também 
pode ser utilizada em outros tipos de abordagens, que saem do campo da 
microeconomia (consideração das unidades econômicas – indústrias, 
consumidor), como a macroeconomia (agregados econômicos). 
 
 O governo, por meio de suas políticas macroeconômicas, tem teoricamente 
como alicerce suas funções. Segundo Mankiw (2005), as funções do governo, 
no que tange ao orçamento público, dividem-se da seguinte forma: 
• Função distributiva — refere-se à busca de melhoras na distribuição 
de renda no país. 
• Função alocativa — procura equilibrar a produção de bens e serviços 
com a demanda dentro de uma economia. 
• Função estabilizadora — manutenção da estabilidade de preços para 
que haja investimentos produtivos e financeiros dentro da economia, 
sem grandes riscos para a sociedade. 
 Dessa maneira, segundo Vasconcellos e Garcia (2014), a macroeconomia 
estuda a oferta e a demanda agregadas de: 
• bens e serviços — que vão determinar a produção total de uma 
economia 
e os níveis gerais de preços da mesma; 
• mercado de trabalho — que vão determinar o nível geral de emprego 
e os salários médios de uma economia; 
• mercado monetário — que vão determinar a taxa de juros e também 
pode influenciar os níveis gerais de preços; 
• mercado de títulos — que determinam o valor destes e, de certa 
maneira, 
a taxa de juros da economia (como a taxa Selic); 
• mercado de moeda estrangeira (divisas) — que vão determinar a taxa 
de câmbio dentro de um país. 
 No que se refere especificamente ao mercado de bens e serviços, vale 
ressaltar que este é muito importante, pois corresponde à produção nacional e, 
portanto, à renda que o país pode auferir. Quando a economia está produzindo 
muito e, por consequência, há uma grande oferta agregada, é importante que 
haja possibilidades de renda por parte da demanda agregada, para que esta 
possa consumir sem que haja grandes quedas de preços para os produtores e 
estes sejam desestimulados a produzir posteriormente. Nesse sentido, como é 
possível estimular a demanda agregada? Por meio do próprio mercado e das 
políticas econômicas implementadas pelo governo com esse fim. O governo 
pode, por exemplo, reduzir as alíquotas dos impostos sobre a renda; dessa 
maneira, as pessoas teriam mais renda para consumo, o que, por sua vez, 
estimularia a maior produção nacional. 
 Se uma economia não consegue oferecer uma infraestrutura adequada que 
facilite a produção — como qualificação da mão de obra, meios de transportes 
diversos, tecnologias diversificadas em processos e serviços, instituições 
estruturadas para exportações e importações e impostos compatíveis com os 
setores —, a oferta agregada fica limitada a alguns setores e até pode, no curto 
prazo, ter maior produção, mas no longo prazo fica bem mais difícil. 
 A contabilidade nacional é “um conjunto de contas que quantificam anual ou 
trimestralmente a despesa, a renda e a produção globais de um país”, 
conforme Samuelson e Nordhaus (2012, p. 581). Sendo assim, a contabilidade 
nacional define um padrão de medida da oscilação da atividade econômica, do 
PIB, por meio de duas óticas, principalmente: produção (oferta agregada de 
uma economia) e despesa (demanda agregada da economia), conforme 
Troster e Mochón (2002). 
 A lei da oferta (de um bem ou serviço), refere-se ao fato de que quanto mais 
elevado for o preço de um bem ou serviço, maior será a disposição do 
empresário em disponibilizar o seu produto para os consumidores. 
 O preço do bem pode influenciar de forma positiva ou negativa o desejo do 
empresário em ofertar os seus bens no mercado. O preço influencia 
positivamente quando o seu nível for mais alto, pois quanto mais caro for o 
produto, bem como maior a quantidade vendida, maior será o faturamento, ou 
receita oriunda daquele bem. Porém, um baixo nível de preços influencia a 
quantidade ofertada de forma negativa, pois não é vantajoso financeiramente 
para o produtor. Então, quanto mais baixo for o preço, menor será a quantidade 
ofertada no mercado.

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