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estágios do desenvolvimento winnicott Texto: O ambiente e os processos de maturação. D Winnicott. Cp. 3 e 16. 1960 Esse período corresponde as primeiras experiências do bebê de amamentação, que duram até cerca dos 4 primeiros meses de vida. A primeira mamada teórica é correspondente a posição esquizo paranoide de Melanie Klein. Para Winnicott, o mais importante nesse momento é o contato com a realidade e as qualidades das experiências com a mãe. Aqui o bebê tem 03 tarefas interligadas de desenvolvimento: Realizar experiências de integração ao meio (espaço e tempo); É a mais básica e fundamental. Para o recém nascido ainda não há sentido de espaço e tempo; ele vive em um continumn, se resumindo a sua temporalidade de ser. Porém, com a repetição de experiências, o bebê começa a desenvolver seu senso de previsilidade, adquirindo as noções de espaço e tempo, além da capacidade de esperar. Winnicott diz que o bebê precisa viver fora de um estado de sobressaltos. O senso de espaço possibilita o bebê um sentimento de lugar para habitar. Personificação - inserção da psique ao ego; A personificação só pode ser estabelecida com a participação de alguém. Esse processo depende da continuidade de um cuidado materno consistente ou da reunião do lactente de recordações do cuidado materno começando gradualmente a serem percebidas como tais. O resultado do progresso normal no desenvolvimento durante essa fase é que o sujeito chega ao que se poderia chamar de estado unitário. Início das relações objetais; no início da vida, o bebê não tem maturidade para saber da realidade externa e se encontra em uma relação fusional com o meio. Aqui a mãe é sentida como um objeto subjetivo (nem interno, nem externo). Para Winnicott, não existem verdadeiras relações de objeto antes da efetiva construção do eu (≠ Melanie Klein). O bebê sente ter um controle mágico sobre as coisas - ilusão de onipotência - e o seu mundo subjetivo é subsidiado por essa ilusão. Esse momento se inicia a partir do 5º mês de vida, e tem ponto de partida na desadaptação gradual da mãe em relação as necessidades do bebê. Tal processo é essencial para poder se pensar no bebê como uma unidade. Essa desadaptação coloca em evidência o processo de separação: a mãe percebe que o bebê se torna capaz de esperar, e então, começa a se cansar das exigências que a dependência absoluta impõe. Assim, começam a ocorrer "falhas" na qualidade das experiências com a mãe, uma delas é o desmame. Com isso, o bebê experiência pequenas frustrações, que são essenciais para o bebê funcionar de acordo com o principio da realidade. No inicio, o bebê tinha a ilusão de que o seio estava sobre seu controle onipotente (objeto subjetivo) - com essa fase da desilusão, os objetos se tornam reais. Ao final desse momento, o bebê passa a reconhecer a limitação do seu controle mágico e a sua dependência das pessoas que lhe rodeiam. Ainda os processos intelectuais começam a ser exercidos, auxiliando o bebê a lidar com suas frustrações. Aqui o bebê desenvolve o sentimento de ser um sujeito no mundo - acontece por volta de 1 ano de idade. A conquista de um eu implica na perca de antigas ilusões. Ao renunciar essas ilusões, o bebê passa a perceber sua mãe como uma igual - estabelece verdadeiras relações de objeto. Com essa experiência há a origem de uma angustia de desintegração; o ego se transforma de um estado não integrado em uma integração estruturada, de modo que o lactente se torna capaz de experimentar a ansiedade que é associada à desintegração. A palavra desintegração começa a ter um sentido que não possuía antes da integração do ego se tornar um fato. A atitude da mãe perante o bebê muda quando este passa a ser um eu constituído, já que o bebê passa a emitir sinais, que guiam o cuidado da mãe.
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