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psicanalise e mitologia 1

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CETEP 
 CENTRO DE ESTUDOS DE TERAPIAS E PSICANÁLISE 
 PSICANÁLISE TURMA 17 
 
 
 
 
 
 
 CRISTIANE MARGARETE AMORIM DOS SANTOS 
 
 MÓDULO 13: PSICANÁLISE E MITOLOGIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 HORTOLÂNDIA, 2021 
Primeiramente, vamos descobrir o que é um mito. 
 
Mito tem um relato fantástico da tradição oral, geralmente protagonizado por seres que 
encarnam as forças da natureza e os aspectos gerais da condição humana. 
A mitologia nasce com o poeta que conta uma história que tem muito a ver o com o nosso 
inconsciente. 
O mito é definido como uma narrativa portadora de verdades religiosas admitidas e 
reconhecidas por todos em uma sociedade, o conto parece nascer de uma falha quando essa 
harmonia se encontra ameaçada. Eles propõem modelos para todos as condutas humanas. Sua 
linguagem simbólica nos desperta para a consciência do divino e dá aos nossos olhos alertas a 
faculdade de contemplar o universo em sua transparência. 
 
Freud começou a perceber que o que acontecia na mitologia acontece dentro do consultório. 
Ele vê comportamentos em seus pacientes e a olhar para os mitos enxerga semelhanças. 
 
O mito é sempre uma descoberta e revelação, ao mesmo tempo ingênuo e complexo, 
transparente e enigmático, possibilitando explorar em uma leitura plural o sentido e as 
margens do sentido. 
Pode-se dizer que Freud reposicionou a interpretação do mito. No pensamento psicanalítico 
de Freud, os mitos não são meramente memórias ancestrais de condições culturais e históricas 
ou interpretações fantasiosas de fatos reais, mas são configurados como expressões simbólicas 
de sentimentos e atitudes inconscientes de uma pessoa, correspondendo a sonhos na vida 
pessoal. 
Resumindo: 
•Um mito é o nada que representa tudo. 
 
 
Análise de um mito: 
Mito de narciso 
É notável no mito do narciso a presença da rejeição do outro, o distanciamento nas 
relações. A persona de Narciso se constrói em volta de sua beleza. Eco completa a 
ideia da relação de narciso com o outro. 
Ele encontra-se impossibilitado de se reconhecer. 
Narciso apresenta-se na narrativa envolto por um paradoxo, ele deixa-se seduzir pela sua 
imagem refletida, assim demonstra uma divisão, um confronto do seu mundo, encontrando 
assim a sua persona e o mundo que ainda que seja seu, permanece sendo um estranho, sendo 
esse a sua sombra. 
Narciso como personagem do mito, apresenta-se na narrativa o equivalente ao ego, sendo o 
ego para Jung que executa a vontade do Self e forma de expressão do mesmo. Os opostos 
apresentados como narciso e seu reflexo tem uma função importante no processo de 
individuação. 
 
Em uma reflexão sobre o mito de Narciso, é presente uma interpretação de que quando nos 
vemos presos demais a uma imagem que temos de nós mesmos, nos vemos impedidos, e 
distantes de poder nos relacionarmos com o outro. Essa capacidade de aproximação nos é 
limitada. Em uma sociedade em que os encontros virtuais são cada vez mais frequentes, se 
torna comum buscar no outro, nas pessoas a nossa volta, a nossa verdadeira essência. 
Assim enfrentamos o perigo de ficarmos reféns de nosso próprio reflexo que não demonstram 
nossa essência em si. A nossa verdadeira imagem, em contrapartida, encontra-se na 
profundidade de nós mesmos. A presença da ninfa Eco no conto, também nos traz a reflexão 
daquele que se torna apenas uma repetição das outras pessoas, sem autenticidade. 
Procurando se validar no outro. 
 
Dado os defeitos de Narciso, a perfeição atua como defesa que esconde os seus aspectos 
negativos, se preocupando em mostrar sempre uma aparência completamente perfeita, e 
assim é a sua persona. Sua sombra é marcada pela sua vulnerabilidade e seus defeitos, sua 
incompletude que também é vista como uma ferida do herói. 
 
MITO DA MEDUSA: 
Poseidon sabia que a sacerdotisa de Atenas deveria ser pura, mas isso não o impediu de 
cortejar a bela Medusa, e ela sempre o evitou. 
Cansado de negar e ser dominado pela paixão, Poseidon decidiu estuprar a sacerdotisa no 
templo e na frente da estátua de Atenas. 
Atena finalmente escolheu puni-la com raiva, transformando seus cabelos em serpentes e seu 
rosto num horrível semblante capaz de transformar em pedra todos que a olhasse nos olhos. 
Poseidon apenas concordou com sua masculinidade, e disse que a culpada era ela, o charme 
dela o seduziu. Medusa foi punida por ter sido estuprada por causa de sua beleza, mas 
Poseidon não foi punido. E, por causa da maldição, ela teve que viver sozinha para sempre, até 
ser morta por alguém que não era hostil a ela, apenas para executar ordens. 
Análise: 
Trazendo para atualidade o mito da Medusa nos confrontamos com o mesmo modelo nos dias 
atuais. Onde podemos perceber que a voz da mulher ainda deixa de ser ouvida. 
Temos nos dias atuais relato de mulheres que são agredidas, humilhadas, estupradas, e muitas 
vezes são desacreditadas pela sociedade. 
Isso quando são colocadas no papel de culpadas, sendo julgadas muitas vezes por ser mulher. 
O "machismo" operante se acha no direito de responsabilizar a mulher por ela ter algo que o 
agrade, como se isso fosse um documento de permissão para que ele desse seguimento as 
suas tentativas, ou seja de sedução, humilhação... 
Embora hoje a mulher tenha conseguido ganhar mais espaço, ainda falta muito para que a voz 
feminina seja ouvida. 
 
 
REFÊRECIA: 
Aula módulo 12, mitologia e psicanálise 07/08/2021 Cetep 
Professor Marcio Aurélio - Psicanalista Especializado em Terapia familiar e de casal

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