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Teorias sobre a natureza jurídica do processo 1- Teorias Privatistas O processo como um contrato Esta corrente é fundamentada pelo antigo direto romano, no qual o processo era visto como um contrato, porque as partes eras ligadas por um nexo semelhante ao do contrato, visto que, tomando a atitude de iniciar o processo tornavam-se voluntariamente submissos à decisão do juiz. É importante mencionar que na época, o estado não estava evoluído a ponto de impor sua vontade sobre a dos litigiantes. Esta teoria foi adotada pela doutrina Francesa dos séculos XVIII e XIX, influenciada pela doutrina política do contrato social de Rousseau. O processo como um quase contrato Posteriormente, com o Código de Napoleão, passou-se a considerar o processo um quase contrato, visto que havia a imposição de obrigações agora previstas por lei. A partir do momento em que as partes compareciam ao juízo, indicavam sua vontade de se sujeitar as obrigações que viriam. 2- Teorias Publicistas Processo como serviço público. Nesta teoria, as regras processuais não são normas jurídicas que impõem certas obrigações com base em certos direitos, mas são instruções que o Estado acredita que podem atingir os fins processuais. O processo não é uma relação jurídica, não havendo obrigatoriedade no processo. O autor nega a existência de relação jurídica e procura ver apenas a relação de fato no processo. Processo como Relação Jurídica Nesta teoria, o processo se dá pela relação jurídica entre as partes e o Estado-juiz, a chamada relação jurídica processual. O principal nome no que diz respeito à esta concepção é o jurista alemão Büllow; para o autor, o processo confronta as partes envolvidas, sendo elas o autor, o juíz e o réu, dando-lhes direitos, poderes, deveres, obrigações, obediência e encargos. Quando esses sujeitos se enfrentam, haverá um vínculo e uma relação entre eles, que não é visível a olho nu, mas os conecta no processo. A relação que produz direitos e obrigações é denominada relação jurídica ou relação jurídica processual, porque está relacionada ao processo. Portanto, a relação processual tem uma natureza triangular, isto é, o juiz, o autor e o réu se comunicam entre si. Processo como instituição Esta teoria compreende o processo como uma instituição jurídica que obedece o ordenamento jurídico e que regula a condição jurídica das pessoas, coisas e atos vinculados ao objetivo da jurisdição. Contudo, o processo se daria por um conjunto de atividades conexas por um fim comum e objetivo. Processo como procedimento Esta teoria é mais recente, trata-se de uma corrente regida pela concepção normativa do direito, considerando o processo como um procedimento, isto é, uma sequência de ações previstas em lei com o fim de um efeito jurídico final. Para essa teoria, a “essência” do processo está no nexo entre estes atos. Processo como situação jurídica Para esta teoria, o processo se dá pela situação da parte enquanto aguarda a sentença do julgamento; situação essa que permite e possibilita a prática e a necessidade de atos para que se obtenha resposta satisfatória, consistindo o processo em situações jurídicas que compreendem possibilidades, expectativas e ônus.
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