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Cálculo I Autor: Professor Sebastião Fernandes Todos os direitos reservados ao autor Sebastião Fernandes: Professor aposentado da Unifei (Universidade Federal de Itajubá), onde lecionou por 32 anos. Capa e sumário feito por um aluno admirador do professor, como pessoa e profissional. Sumário • Aulas de 1 a 6: LIMITES • Aulas de 7 a 19: DERIVADAS • Aulas de 20 a 33: INTEGRAIS • Aula 34: SEQUÊNCIAS E SÉRIES INFINITAS • Aulas 35 a 41: SÉRIES • Aula 42: SÉRIES DE TAYLOR E MACLAURIN PROIBIDO VENDER FÍSICA – LICENCIATURA – EAD Prof. Sebastião Fernandes – UNIFEI – Itajubá – MG CÁLCULO 1 – AULA 01 - LIMITES 1.1 – CONCEITO INTUITIVO DE LIMITE : Nesta aula, iniciaremos o estudo de Limites. Para começarmos a entender o conceito de Limite de uma função num ponto, vamos agir de forma intuitiva. Para isto, vamos considerar, por exemplo, a função definida por ( ) 2 4 2 − − = x x xf , cujo Domínio é ( ) { }2/ ≠ℜ∈= xxfD , isto é, a função é definida para todo valor Real de x , com exceção de 2=x . Vamos estudar o comportamento da função ( )xf nas proximidades (ou vizinhanças) do ponto 2=x , isto é, vejamos o que acontece com a função quando atribuímos à variável x valores cada vez mais próximos de 2. Neste caso, dizemos que vamos fazer x tender a 2. Temos duas possibilidades: 1a: x tende a 2 por valores inferiores a 2: Construindo uma tabela, dando valores para x e efetuando os cálculos, temos: x 1 1,5 1,75 1,9 1,99 1,999 … ( )xf 3 3,5 3,75 3,9 3,99 3,999 … 2a: x tende a 2 por valores superiores a 2: Construindo uma tabela, dando valores para x e efetuando os cálculos, temos: x 3 2,5 2,25 2,1 2,01 2,001 … ( )xf 5 4,5 4,25 4,1 4,01 4,001 … FÍSICA – LICENCIATURA – EAD Prof. Sebastião Fernandes – UNIFEI – Itajubá – MG Analisando os resultados obtidos nas duas tabelas, podemos verificar que: a) ( ) 01,499,301,299,1 <<⇒<< xfx ( ) 01,0401,0401,0201,02 +<<−⇒+<<− xfx ( ) 01,0401,001,0201,0 <−<−⇒<−<− xfx ou b) ( ) 001,4999,3001,2999,1 <<⇒<< xfx ( ) 001,04001,04001,02001,02 +<<−⇒+<<− xfx ( ) 001,04001,0001,02001,0 <−<−⇒<−<− xfx ou Notamos que, quando x tende a 2, ( )xf tende a 4, isto é, quanto mais próximo do valor 2 tomarmos o valor de x , mais próximo de 4 vamos obter o valor de ( )xf . Observamos também que podemos ter ( )xf tão próximo de 4 quanto quisermos. Para isto, basta tomar x cada vez mais próximo de 2. Generalizando, se quisermos que ( )xf esteja próximo do valor 4 de uma distância menor que 0>ε , basta tomar valores de x próximos a 2 de uma distância 0>δ . Por exemplo,se queremos que ( )xf esteja próximo de 4 de uma distância 001,0<ε , devemos tomar x próximo a 2 de uma distância 001,0<δ . ATENÇÃO: Observe que ( )xf não é definida para 2=x . Porém, podemos tomar valores para x tão próximos de 2 quanto quisermos, obtendo valores para ( )xf tão próximos de 4 quanto também o quisermos. Mas jamais estamos fazendo 2=x (e nem podemos fazê-lo). Vamos verificar o que está acontecendo graficamente com esta função nas proximidades (ou vizinhanças) do ponto 2=x . ( ) 01,0401,02 <−⇒<− xfx ( ) 001,04001,02 <−⇒<− xfx PROIBIDO VENDER FÍSICA – LICENCIATURA – EAD Prof. Sebastião Fernandes – UNIFEI – Itajubá – MG 1.2 – DEFINIÇÃO DE LIMITE NO PONTO: Dizemos que o limite de uma função ( )xf quando x tende a a ( ℜ∈a ) é igual a L, e escrevemos ( ) Lxf ax = → lim se, para um número infinitesimal 0>ε , existir em correspondência um número infinitesimal 0>δ , sendo ( )εδδ = , tais que: Observe que “construímos” esta definição no item anterior, quando conceituamos a definição de Limites de uma forma intuitiva. Exemplo: Usando a definição, mostre que ( ) 1747lim 3 =− − x x . SOLUÇÃO: Devemos mostrar que, para qualquer número infinitesimal 0>ε existe um número infinitesimal 0>δ , sendo δ função de ε , tais que ( ) ε<−17xf sempre que δ<− 3x . y x 0 ε+4 4 ε−4 δ−2 2 δ+2 ( ) 2,2 2 4 2 ≠+= − − = xsex x x xf ( ) { } ( ) { }4Im 2 −ℜ= −ℜ= f fD ( ) δε <−≠<− axeaxquesempreLxf FÍSICA – LICENCIATURA – EAD Prof. Sebastião Fernandes – UNIFEI – Itajubá – MG Assim: ε<−− 1747x ε<− 217x ( ) ε<− 3.7 x ε<− 3.7 x ε<− 3.7 x 7 3 ε <−x Portanto, existe 7 ε δ = que satisfaz a definição de limite no ponto. Então podemos dizer que ( ) 1747lim 3 =− → x x . 1.3 – PROPRIEDADES DE LIMITES : Uma vez que conceituamos e definimos o Limite de uma função num ponto, vamos enunciar as suas propriedades. É importante observar que essas propriedades se aplicam para limites gerais, isto é, limites que não tenham indeterminação. O estudo de limites indeterminados será feito mais adiante. Sejam, então, as funções ( )xf e ( )xg , e os números reais k, a, L e M. Vamos, ainda, admitir que ( ) Lxf ax = → lim e lim ax→ ( ) Mxg = . P1: Teorema da Unicidade e Existência: O Limite de uma função, quando existe, é único. Podemos ilustrar esta propriedade graficamente. y x 0 a L ( )xfy = y x 0 a 1 L 2 L ( )xfy = ( ) Lxf ax = → lim ( ) existenãoxf ax lim → PROIBIDO VENDER FÍSICA – LICENCIATURA – EAD Prof. Sebastião Fernandes – UNIFEI – Itajubá – MG Observa-se que o Limite no ponto 2=x da função mostrada no gráfico da direita não existe, pois o comportamento da função é diferente para valores menores e maiores que 2. Estes Limites serão tratados nas próximas aulas. P2: Exemplos: 01) ( ) 3362722 limlimlim 3 3 3 3 3 =+=+=+ →→→ xxxx xxx 02) ( ) 60401008484 limlimlim 5 2 5 2 5 =−=−=− →→→ xxxx xxx P3: Exemplo: 322.16.. limlimlim 4 2 4 2 4 === →→→ xxxx xxx P4: Exemplos: 01) 55lim 1 = →x 02) 100100lim 50 = −→x ( ) ( )[ ] ( ) ( ) MLxgxfxgxf axaxax ±=±=± →→→ limlimlim ( ) ( )[ ] ( ) ( ) MLxgxfxgxf axaxax ... limlimlim == →→→ kk ax = → lim FÍSICA – LICENCIATURA – EAD Prof. Sebastião Fernandes – UNIFEI – Itajubá – MG P5: Exemplo: ( ) 7 4 33 2 2 2 2 2 2 2 lim lim lim =+ = + → → → x x x x x x x P6: Exemplo: ( ) ( ) 125511 3 3 2 2 32 2 limlim == +=+ →→ xx xx P7: Exemplo: 88 3 2 3 2 limlim =−== −→−→ xx xx P8: Teorema do Confronto: Sejam f , g e h funções tais que os seus Domínios sejam subconjuntos de ℜe seja ax = um ponto pertencente a esses subconjuntos. Se ( ) Lxf ax = → lim , ( ) Lxg ax = → lim e se ( ) ( ) ( )xgxhxf ≤≤ nas vizinhanças do ponto ax = , então podemos afirmar que ( ) Lxh ax = → lim . ( ) ( ) ( ) ( ) 0, lim lim lim ≠== → → → Mpara M L xg xf xg xf ax ax ax ( )[ ] ( ) n n ax n ax Lxfxf = = →→ limlim ( ) ( ) Lxfxf axax == →→ limlim PROIBIDO VENDER FÍSICA – LICENCIATURA – EAD Prof. Sebastião Fernandes – UNIFEI – Itajubá – MG A demonstração deste Teorema pode ser feita usando-se a definição de Limites. Entretanto, podemos visualizá-lo graficamente. y x 0 a L f h g FÍSICA – LICENCIATURA – EAD Prof. Sebastião Fernandes – UNIFEI – Itajubá – MG CÁLCULO 1 – AULA 02 - LIMITES 2.1 – CONTINUIDADE NUM PONTO : O conceito de Continuidade, aplicado a funções reais a variáveis reais, é de extrema importância para o Cálculo. Devemos estar atentos para os pontos de descontinuidade de uma função, principalmente quanto ao comportamento da função nas vizinhanças desses pontos. Por exemplo, serão nesses pontos de descontinuidade que o gráfico dafunção pode possuir Assíntotas, que serão estudadas mais adiante. Definimos a Continuidade de uma função da seguinte maneira: ⇒ Dizemos que uma função f definida pela equação ( )xfy = é contínua num ponto ax = do seu Domínio se forem verificadas, simultaneamente, as três condições abaixo: Se pelo menos uma das condições acima não for satisfeita, dizemos que a função é descontínua no ponto ax = . EXEMPLOS: 01) Estudar a continuidade da função ( ) 22 −= xxf no ponto 2=x . SOLUÇÃO: ⇒ ( ) ( ) 22222 2 =⇒−= ff (existe) ⇒ ( ) ( ) 22222 2 2 2 2 2 22 limlimlimlim =−=−=−= →→→→ xxxx xxxf (existe) (1) existe ( )af , isto é, a função possui valor numérico em ax = ; (2) existe e é finito o ( )xf ax lim → ; (3) ( ) ( )afxf ax = → lim PROIBIDO VENDER FÍSICA – LICENCIATURA – EAD Prof. Sebastião Fernandes – UNIFEI – Itajubá – MG ⇒ como ( ) ( )222 2 lim fx x =− → , então a função é contínua no ponto 2=x . Podemos confirmar esta continuidade, pelo esboço do gráfico da função. 02) Verificar se a função definida por ( ) = ≠ − +− = 2,3 2, 2 44 2 xse xse x xx xf é contínua no ponto 2=x . SOLUÇÃO: Para 2≠x , podemos fazer ( ) 2 1 2 2 44 22 −= − − = − +− x x x x xx ⇒ ( ) 32 =f (existe) ⇒ ( ) ( ) 0222limlim 22 =−=−= →→ xxf xx (existe) ⇒ Como ( ) ( )2lim 2 fxf x ≠ → , entendemos que a função é descontínua no ponto 2=x . Graficamente: y x 2− 0 2 2 ( ) 22 −= xxf ( ) ( ) [ )∞−= ℜ= ,2Im f fD y x 0 2 2− 3 ( )xf ( ) ( ) *Im ℜ= ℜ= f fD FÍSICA – LICENCIATURA – EAD Prof. Sebastião Fernandes – UNIFEI – Itajubá – MG 03) Verificar a descontinuidade da função ( ) > ≤− = 3,2 3,2 xse xsex xf no ponto 3=x . SOLUÇÃO: ⇒ ( ) 1233 =−=f (existe) ⇒ Para ( ) ( ) 12323 limlim 33 =−=−=⇒< →→ xxfx xx ⇒ Para ( ) 223 limlim 33 ==⇒> →→ xx xfx Podemos perceber que o comportamento da função para valores de x próximos de 3, mas menores que 3, é diferente do seu comportamento para valores próximos de 3, mas maiores que 3, isto é, o Limite da função à esquerda de 3 é diferente do Limite à direita. Então, de acordo com o Teorema da Unicidade, podemos afirmar que a função dada não possui limite no ponto 3=x . Portanto, a função é descontínua nesse ponto. Graficamente: Os conceitos aqui estudados sobre continuidade e descontinuidade serão muito explorados nas próximas aulas. y x 0 2− 2 3 1 2 ( )xf PROIBIDO VENDER FÍSICA – LICENCIATURA – EAD Prof. Sebastião Fernandes – UNIFEI – Itajubá – MG 2.2 – LIMITES LATERAIS: Para que possamos conceituar Limites Laterais, vamos considerar o seguinte exemplo: Estudar a continuidade da função ( ) ≥+− <+ = 2,62 2,2 xsex xsex xf no ponto 2=x . SOLUÇÃO: Aplicando as condições de Continuidade num ponto, temos: a) ( ) ( ) 226222 =⇒+−= fxf (existe); b) ( ) ????lim 2 = → xf x ⇒ Para ( ) ( ) ( ) 422 limlim 22 =+=⇒+= →→ xxfxxf xx ⇒ Para ( ) ( ) ( ) 26262 limlim 22 =+−=⇒+−= →→ xxfxxf xx De acordo com o Teorema da Unicidade, o limite de uma função num ponto, quando existe, deve ser único. Então, no nosso exemplo, entendemos que não existe o ( )xf x lim 2→ . Portanto, a função é descontínua em 2=x . Graficamente: A descontinuidade apresentada neste exemplo nos permite enxergar o conceito de Limites Laterais. y x 4 2 2− 0 2 3 ( ) 2+= xxf ( ) 62 +−= xxf ( ) ( ) ( )4,Im ∞−= ℜ= f fD FÍSICA – LICENCIATURA – EAD Prof. Sebastião Fernandes – UNIFEI – Itajubá – MG Pode-se observar que, quando x tende a 2 por valores inferiores a 2, ( )xf tende a 4. Neste caso, dizemos que o Limite Lateral à Esquerda de 2=x é igual a 4, e representamos por: ( ) 4lim 2 = −→ xf x . Da mesma forma, quando x tende a 2 por valores superiores a 2, ( )xf tende a 2. Neste caso, dizemos que o Limite Lateral à Direita de 2=x é igual a 2, e representamos por : ( ) 2lim 2 = +→ xf x . Concluímos ainda que, para que uma função ( )xf tenha limite num ponto ax = , é necessário que ela tenha Limites Laterais neste ponto e que eles sejam iguais. Se ( ) ( )xfxf axax limlim +− →→ ≠ , então não existe ( )xf x lim → . OBSERVAÇÃO: Para se estudar os Limites Laterais de uma função ( )xf num ponto ax = , podemos considerar dois pontos, um à esquerda e outro à direita de ax = , situados a uma distância 0>h deste ponto. Pode-se estudar os Limites Laterais da função no ponto ax = , fazendo-se: EXEMPLOS: 01) Calcular os Limites Laterais da função ( ) 3 9 2 − − = x x xf no ponto 3=x e verificar se o limite da função existe neste ponto. SOLUÇÃO: a) Limite Lateral à Esquerda: ha − a ha + x ( ) ( ) ( ) ( )hafxf hafxf hax hax += −= →→ →→ + − limlim limlim 0 0 PROIBIDO VENDER FÍSICA – LICENCIATURA – EAD Prof. Sebastião Fernandes – UNIFEI – Itajubá – MG ( ) ( ) ( ) 666969 33 93 3 9 limlimlimlimlim 00 2 0 2 0 2 3 =−= − −− = − −+− = −− −− = − − →→→→→ − h h hh h hh h h x x hhhhx b) Limite Lateral à Direita: ( ) ( ) ( ) 666969 33 93 3 9 limlimlimlimlim 00 2 0 2 0 2 3 =+= + = −++ = −+ −+ = − − →→→→→ + h h hh h hh h h x x hhhhx Como os Limites Laterais existem e são iguais, podemos afirmar que 6 3 9 2 3 lim =− − → x x x . Graficamente: 02) Repetir o exercício anterior para a função ( ) x x xf − − = 2 2 no ponto 2=x . SOLUÇÃO: a) Limite Lateral à Esquerda: ( ) ( ) 1 22 22 22 22 2 2 limlimlimlimlim 00002 === +− +− = −− −− = − − →→→→→ − h h h h h h h h x x hhhhx b) Limite Lateral à Direita: ( ) ( ) 1 22 22 22 22 2 2 limlimlimlimlim 00002 −= − = − − = −− −− = +− +− = − − →→→→→ + h h h h h h h h x x hhhhx Como x x x x xx − − ≠ − − +− →→ 2 2 2 2 limlim 22 , então não existe o x x x − − → 2 2 lim 2 . y x 6 3 3− 0 3 ( ) 3 9 2 − − = x x xf ( ) { } ( ) { }6Im 3 −ℜ= −ℜ= f fD FÍSICA – LICENCIATURA – EAD Prof. Sebastião Fernandes – UNIFEI – Itajubá – MG Graficamente: x y 1 1− 0 ( ) x x xf − − = 2 2 PROIBIDO VENDER FÍSICA – LICENCIATURA – EAD Prof. Sebastião Fernandes – UNIFEI – Itajubá – MG CÁLCULO 1 – AULA 03 - LIMITES 3.1 – LIMITES ENVOLVENDO INFINITO: Vamos procurar entender o conceito de Limites Envolvendo Infinito de uma forma intuitiva, como fizemos com o Limite de uma função num ponto. Por exemplo, vamos estudar o comportamento da função ( ) 2 1 x xf = nas proximidades (ou vizinhanças) do ponto 0=x , isto é, vamos atribuir valores para x cada vez mais próximos de zero e verificar o que acontece com a função. Temos duas possibilidades: 1a - x tende a zero pela direita: x 1 0,5 0,25 0,1 0,01 0,01 ••• f(x) 1 4 16 100 10.000 1.000.000 ••• 2a - x tende a zero pela esquerda: x -1 - 0,5 - 0,25 - 0,1 - 0,01 - 0,001 ••• f(x) 1 4 16 100 10.000 1.000.000 ••• Os resultados obtidos nas tabelas acima indicam que, à medida em que a variável x tende a zero, a função assume valores cada vez maiores. Como podemos tomar a variável x tão próxima de zero quanto quisermos, a função tende a crescer indefinidamente. Neste caso, expressamos este comportamento da função dizendo que o limite de ( ) 2 1 x xf = , quando x tende a zero, é infinito , e escrevemos: ( ) ∞== →→ 2 00 1 limlim x xf xx FÍSICA – LICENCIATURA – EAD Prof. Sebastião Fernandes – UNIFEI – Itajubá – MG Graficamente: Vamos tomar agora a funçãodefinida por ( ) 2 2 − = x xf , cujo gráfico é apresentado na figura abaixo: Observando atentamente o gráfico acima, podemos verificar que: • quando x tende a 2 pela direita, ( )xf aumenta indefinidamente; • quando x tende a 2 pela esquerda, ( )xf diminui indefinidamente. Expressamos estes fatos escrevendo: ∞= −+→ 2 2 lim 2 xx e −∞= −−→ 2 2 lim 2 xx x y 0 ( ) 2 1 x xf = x y 0 1− 2 ( ) 2 2 − = x xf PROIBIDO VENDER FÍSICA – LICENCIATURA – EAD Prof. Sebastião Fernandes – UNIFEI – Itajubá – MG Em geral, podemos dizer que existem quatro possibilidades para limites laterais num ponto ( )ℜ∈= aax que envolvem o infinito. Para nossa melhor compreensão, vamos visualiza-las graficamente: 1a) 2a) 3a) x y 0 a ( )xf ( ) ∞= +→ xf ax lim y x 0 a ( )xf ( ) ∞= − → xf ax lim y x 0 a ( )xf ( ) −∞= + → xf ax lim FÍSICA – LICENCIATURA – EAD Prof. Sebastião Fernandes – UNIFEI – Itajubá – MG 4a) 3.2 – LIMITES NO INFINITO: Tal como foi feito no item anterior, vamos conceituar Limites no Infinito a partir de um exemplo, isto é, vamos atingir este conceito de uma forma intuitiva. Para isto, vamos tomar a função definida por ( ) x xf 1 = e estudar o seu comportamento quando a variável x cresce ou decresce indefinidamente. 1o Caso: x cresce indefinidamente: x 1 5 10 100 1.000 10.000 ••• f(x) 1 0,2 0,1 0,01 0,001 0,0001 ••• 2o Caso: x decresce indefinidamente: x - 1 - 5 - 10 - 100 - 1.000 - 10.000 ••• f(x) - 1 - 0,2 - 0,1 - 0,01 - 0,001 - 0,0001 ••• Em ambos os casos, observamos que ( )xf tende a zero. Então escrevemos: e y x 0 a ( )xf ( ) −∞= − → xf ax lim ( ) 0 1 limlim == ∞→∞→ x xf xx ( ) 0 1 limlim == −∞→−∞→ x xf xx PROIBIDO VENDER FÍSICA – LICENCIATURA – EAD Prof. Sebastião Fernandes – UNIFEI – Itajubá – MG Graficamente: Vamos tomar, agora, como exemplo, a função definida por ( ) xxf 1 2= cujo Domínio é ( ) ∗ℜ=fD e estudar o seu comportamento nas vizinhanças do ponto 0=x (usando Limites Laterais) e no infinito. a) Limite Lateral à Direita de zero: Se ∞→→∞→⇒→ ∞+ 22 1 0 1 xe x x , portanto ∞= + → x x 1 0 2lim b) Limite Lateral à Esquerda de zero: Se 0 1 2 1 22 1 0 1 → ∞ →→→−∞→⇒→ ∞ ∞−− xe x x , portanto 02 1 0 lim = − → x x c) Limite no Infinito: Se 1220 1 0 1 →→→⇒∞→ xe x x Se 1220 1 0 1 →→→⇒−∞→ xe x x y x 0 ( ) x xf 1 = FÍSICA – LICENCIATURA – EAD Prof. Sebastião Fernandes – UNIFEI – Itajubá – MG Portanto: 12 1 lim = ∞→ x x e 12 1 lim = −∞→ x x Graficamente: y 1 0 x ( ) xxf 1 2= PROIBIDO VENDER FÍSICA – LICENCIATURA - EAD Prof. Sebastião Fernandes – UNIFEI – Itajubá - MG CÁLCULO 1 EXERCÍCIOS - AULA 03 01. Dada a função 2x 4x )x(f 2 − − = , estudar os seus limites laterais no ponto x = 2 e esboçar o seu gráfico. Resp: ( ) ( ) 4lim4lim 22 −== −+ →→ xfexf xx 02. Verifique se existe x x 10 4 3 2 1 lim + → e faça um esboço do gráfico da função. Resp: O limite não existe 03. Achar os limites laterais da função 2 1 2)( −= xxf no ponto x = 2 e esboçar o seu gráfico. Resp: ( ) ( ) 0limlim 22 =∞= −+ →→ xfexf xx 04. Sendo 2 23 )( 2 − +− = x xx xf , pede-se: a) achar os limites laterais de f(x) no ponto x = 2; Resp: ( ) ( ) 1lim1lim 22 −== −+ →→ xfexf xx b) esboçar o gráfico de f(x). FÍSICA – LICENCIATURA – EAD Prof. Sebastião Fernandes – UNIFEI – Itajubá – MG CÁLCULO 1 – AULA 04 - LIMITES ASSÍNTOTAS: 4.1 – Definição: Dizemos que uma reta r é Assíntota da curva de uma função ( )xf se a distância de um ponto variável ( )yxP , da curva até essa reta tende a zero, à medida em que o ponto tende ao infinito. A Assíntota pode ser uma reta vertical, horizontal ou oblíqua. Podemos observar que, quando a curva da função possui uma Assíntota, a curva tende a essa reta. A determinação das Assíntotas de uma curva (quando existem), é feita com a aplicação de limites. Vejamos como isto é feito. 4.2 – Assíntota Vertical: Dizemos que a reta ax = é Assíntota Vertical da função ( )xf se pelo menos uma das condições abaixo for verificada: 1a) y x ( )xf 0 r ( )yxP , ( ) ∞= +→ xf ax lim PROIBIDO VENDER FÍSICA – LICENCIATURA – EAD Prof. Sebastião Fernandes – UNIFEI – Itajubá – MG 2a) 3a) 4a) OBSERVAÇÃO: O ponto ax = deve ser um ponto de descontinuidade da função. EXEMPLO: Seja a função definida por ( ) tgxxf = para 22 ππ <<− x Temos: ∞= − → tgx x lim 2 π e −∞= + −→ tgx x lim 2 π Portanto, as retas 2 π −=x e 2 π =x são Assíntotas Verticais da função ( ) tgxxf = . ( ) ∞= −→ xf ax lim ( ) −∞= +→ xf ax lim ( ) −∞= −→ xf ax lim y x 0 2 π − 2 π ( ) tgxxf = FÍSICA – LICENCIATURA – EAD Prof. Sebastião Fernandes – UNIFEI – Itajubá – MG 4.3 – Assíntota Horizontal: Dizemos que a reta by = , com ℜ∈b , é uma Assíntota Horizontal da função ( )xf se pelo menos uma das condições abaixo for satisfeita: 1a) 2a) EXEMPLO: Seja a função definida por ( ) arctgxxf = . Temos: 2 lim π = ∞→ arctgx x e 2 lim π −= −∞→ arctgx x . Portanto, as retas 2 π −=y e 2 π =y são Assíntotas Horizontais da função ( ) arctgxxf = . 4.4 – Assíntota Oblíqua: Caso uma função ( )xf tenha uma Assíntota Oblíqua, essa Assíntota será uma reta cuja equação tem a forma reduzida baxy += , com ∗ℜ∈a e ℜ∈b , onde: ( ) bxf x = ∞→ lim ( ) bxf x = −∞→ lim y x 0 2 π 2 π − ( ) arctgxxf = PROIBIDO VENDER FÍSICA – LICENCIATURA – EAD Prof. Sebastião Fernandes – UNIFEI – Itajubá – MG OBSERVAÇÃO: Caso ( ) x xf x lim ∞→ seja nulo ou infinito, então não existem Assíntotas Oblíquas. EXEMPLO: Determinar a equação da Assíntota Oblíqua da curva da função definida por ( ) x xx xf 12 2 −+ = . ( ) 1 12 1 12 22 2 limlimlim = −+= −+ == ∞→∞→∞→ xxx xx x xf a xxx ( )[ ] 2121212 limlimlimlim 222 = −= −−+ = − −+ =−= ∞→∞→∞→∞→ xx xxx x x xx axxfb xxxx Portanto, a reta 2+= xy é uma Assíntota Oblíqua do gráfico da função dada. Graficamente: ( ) x xf a x lim ∞→ = ( )[ ]axxfb x −= ∞→ lim y x 0 2− 2 21−− 21+− 2+= xy ( ) x xx xf 12 2 −+ = FÍSICA – LICENCIATURA – EAD Prof. Sebastião Fernandes – UNIFEI – Itajubá – MG OBSERVAÇÃO: Pode-se comprovar também que a reta 0=x (eixo y ) é uma Assíntota Vertical do gráfico desta função, isto é, ∞= −+ −→ x xx x 12 2 0 lim e −∞= −+ +→ x xx x 12 2 0 lim (VERIFIQUE). APLICAÇÃO IMPORTANTE DE ASSÍNTOTAS: O exemplo resolvido a seguir ilustra uma particularidade de certas funções que possuem Assíntotas. Consideremos, então, o problema de se determinar todas as Assíntotas do gráfico da função definida por ( ) 4 2 2 2 − ++ = x xx xf , cujo Domínio é ( ) { }2,2−−ℜ=fD , isto é, esta função é descontínua nos pontos 2−=x e 2=x . a) Assíntotas Verticais: Temos: ∞= − ++ −−→ 4 2 2 2 2 lim x xx x ; −∞= − ++ +−→ 4 2 2 2 2 lim x xx x −∞= − ++ −→ 4 2 2 2 2 lim x xxx ; ∞= − ++ +→ 4 2 2 2 2 lim x xx x Portanto, as retas 2−=x e 2=x são Assíntotas Verticais desta função. b) Assíntota Horizontal: Temos 1 4 2 2 2 lim =− ++ ∞→ x xx x e 1 4 2 2 2 lim =− ++ −∞→ x xx x Portanto, 1=y é Assíntota Horizontal desta função. c) Assíntota Oblíqua: A função dada não possui Assíntota Oblíqua, pois ( ) 0lim == ∞→ x xf a x . De acordo com os resultados obtidos acima, o gráfico desta função,aparentemente, é: PROIBIDO VENDER FÍSICA – LICENCIATURA – EAD Prof. Sebastião Fernandes – UNIFEI – Itajubá – MG Entretanto, existe algo errado com o esboço deste gráfico. O gráfico desenhado acima mostra que as curvas têm simetria com relação ao eixo y . Esta é uma característica das funções pares e a função estudada não é par. Portanto, o gráfico acima está errado. O gráfico correto é mostrado abaixo. y x 0 1 2− 2 21− y x 0 1 2− 2 21− 6− ( ) 4 2 2 2 − ++ = x xx xf FÍSICA – LICENCIATURA – EAD Prof. Sebastião Fernandes – UNIFEI – Itajubá – MG O que ocorreu com esta função é um caso particular em que a curva intercepta a Assíntota. Isto pode ocorrer também com relação à Assíntota Oblíqua. Isto é, se a curva possui uma Assíntota Oblíqua, ela pode interceptar essa Assíntota. Para verificar se o gráfico de uma determinada função intercepta as Assíntotas Horizontal ou Oblíqua (quando existirem), basta igualar a equação da curva com a equação da Assíntota. Se a equação resultante possuir solução Real, é porque existe essa interseção e ela ocorre exatamente sobre a(s) raiz(es). No exemplo anterior isto ocorreu no ponto 6−=x pois, para 1=y , temos: 642421 4 2 22 2 2 −=⇒−=+⇒−=++⇒= − ++ xxxxx x xx PROIBIDO VENDER FÍSICA – LICENCIATURA - EAD Prof. Sebastião Fernandes – UNIFEI – Itajubá - MG CÁLCULO 1 EXERCÍCIOS - AULA 04 01. Determine todas as Assíntotas das funções definidas abaixo e, se possível, faça o gráfico. 5 62 )() − − = x x xfa Resp: 25 == yex ( ) xx x xfb − + = 2 2 1 ) Resp: 11,0 === yexx 62 2 )() 2 − −+ = x xx xfc Resp: 2 2 3 +== x yex ( ) 3 84 ) − − = x x xfd Resp: 34 == xey x x xfe 1 )() 2 − = Resp: xyex == 0 ( ) 1 32 ) 2 23 + + = x xx xff Resp: 32 += xy 02. Sabe-se que o gráfico da função ( ) 3 326 xxxf −= possui uma assíntota oblíqua. Determine a equação dessa assíntota e prove que a curva de ( )xf intercepta a mesma. Resp: 2+−= xy FÍSICA – LICENCIATURA – EAD Prof. Sebastião Fernandes – UNIFEI – Itajubá – MG CÁLCULO 1 – AULA 05 - LIMITES 5.1 – SÍMBOLOS DE INDETERMINAÇÃO: Na resolução de Limites, são freqüentes os casos em que aparecem operações que não têm significado algébrico, isto é, operações que não podem ser realizadas algebricamente. Essas operações recebem o nome de Símbolos de Indeterminação. São elas: EXEMPLOS: 1) 0 0 3 92 3 lim =− − → x x x (indeterminado) 2) ∞= → .0 1 .sen 2 0 lim x x x (indeterminado) 3) ∞ ∞ = +∞→ 1 5 3 2 lim x x x (indeterminado) 4) ( ) ∞−∞=− ∞→ 322lim xx x (indeterminado) 5) 0log 1 0 0lim = +→ x x x (indeterminado) 6) 0log 1 lim ∞= ∞→ x x x (indeterminado) 7) ∞ → = 1log 1 1 lim x x x (indeterminado) Para se resolver um Limite que tenha uma destas indeterminações, é necessário eliminar a indeterminação. Isto pode ser feito, dependendo do Limite, com o uso da Fatoração, da aplicação de Conjugados ou aplicando-se Limites Fundamentais. ∞∞−∞∞∞ ∞ ∞ 1;;.0;0;; 0 0 00 e PROIBIDO VENDER FÍSICA – LICENCIATURA – EAD Prof. Sebastião Fernandes – UNIFEI – Itajubá – MG EXEMPLOS: 1) 0 0 1 133 lim 1 = − +−+ → x xx x (indeterminado) Multiplicando e dividindo por ( )133 +++ xx , que é o conjugado do numerador, temos: ( )( )1331 133 133 133 . 1 133 1 133 limlimlim 111 +++− −−+ = +++ +++ − +−+ = − +−+ →→→ xxx xx xx xx x xx x xx xxx ( ) ( )( ) ( ) 2 1 133 2 1331 12 1 133 limlimlim 111 −= +++ − = +++− −− = − +−+ →→→ xxxxx x x xx xxx 2) ( ) ∞−∞=+−− ∞→ 11lim xx x (indeterminado) Multiplicando e dividindo pelo conjugado ( )11 ++− xx , obtemos: ( ) ( )( ) ( ) ( ) 011 2 11 11 11 11 .11 limlimlim =++− − = ++− −−− = ++− ++− +−− ∞→∞→∞→ xxxx xx xx xx xx xxx 3) ( ) 0 01 33 2 lim =− ++− → ax axax ax ( )0≠a (indeterminado) Fatorando o numerador e o denominador, encontramos: ( ) ( )( ) ( )( ) 2222233 2 3 1111 limlimlim a a aaxx x aaxxax xax ax axax axaxax − = ++ − = ++− −− = − ++− →→→ 5.2 – LIMITE FUNDAMENTAL TRIGONOMÉTRICO: O limite da razão x xsen , quando x tende a zero, é igual à unidade, isto é: 1 sen lim 0 = → x x x FÍSICA – LICENCIATURA – EAD Prof. Sebastião Fernandes – UNIFEI – Itajubá – MG DEMONSTRAÇÃO: Temos dois casos a considerar: 1o Caso: x pertence ao 1o Quadrante << 2 0 π x . Vamos considerar a circunferência trigonométrica, cuja equação é 122 =+ yx . . Da figura , observamos que: tgxxxBDBCAC <<⇒<< sen Tomando os inversos: x x xxtgxxx sen cos1 sen 111 sen 1 >>⇒<< Multiplicando por xsen ( 0sen >x no 1o Quadrante): x x x cos sen 1 >> ou 1 sen cos << x x x (A) y x O A B C D 122 =+ yx tgxBD xBC xAC = = = sen PROIBIDO VENDER FÍSICA – LICENCIATURA – EAD Prof. Sebastião Fernandes – UNIFEI – Itajubá – MG 2o Caso: x pertence ao 4o Quadrante <<− 0 2 x π . . Da figura, podemos notar que: xxtgxACBCBD sen<<⇒<< Tomando os inversos: xxx x xxtgx sen 11 sen cos sen 111 >>⇒>> Multiplicando por xsen ( 0sen <x no 4o Quadrante): 1 sen cos << x x x (B) Percebemos que, tanto no primeiro quanto no segundo caso, as desigualdades são as mesmas, isto é A = B. Tomando, agora, o limite para x tendendo a zero, teremos: 1coslim 0 = → x x e 11lim 0 = →x Portanto, pelo Teorema do Confronto, podemos afirmar que 1 sen lim 0 = → x x x . EXEMPLOS: 1) 0 0 sen lim 0 = → x x x (indeterminado) y x O A B C D 122 =+ yx tgxBD xBC xAC = = = sen FÍSICA – LICENCIATURA – EAD Prof. Sebastião Fernandes – UNIFEI – Itajubá – MG Podemos escrever: 1 1 1 sen 1 sen 1 sen lim limlim 0 00 ==== → →→ x x x xx x x xx 2) 0 0arcsen lim 0 = → x x x (indeterminado) Chamando: txxt senarcsen =⇒= Se 00 →⇒→ tx Então: 1 sen arcsen limlim 00 == →→ t t x x tx Observação: Os limites resolvidos acima também podem ser considerados como fundamentais. 3) 0 0 2 cos lim 2 = −→ x x x π (indeterminado) Se 2 2 ππ →⇒→ x z Da Trigonometria, sabemos que −= xx 2 sencos π . Portanto, podemos escrever: 2 2 2 sen 2 1 2 1 sen 2 2 sen 2 cos limlimlimlim 2222 − − = − − = − − = − →→→→ x x x x x x x x x xxxx ππ πππ Multiplicando o numerador e o denominador por x2 π , teremos: PROIBIDO VENDER FÍSICA – LICENCIATURA – EAD Prof. Sebastião Fernandes – UNIFEI – Itajubá – MG ( ) − − = − − = − →→→→ x x x x x x x x x x x x xxxx 2 2 . 2 2 .sen . 2 2. 2 2 2 sen. 2 2 cos limlimlimlim 2222 π π π π π ππ Fazendo t x x = − 2 2 .π , podemos observar que, se 2→x , então 0→t . Assim, podemosescrever: 4 1. 4 sen . 22 cos limlimlim 022 πππ π === − →→→ t t xx x txx 4) 0 0 2 3 lim 0 = → x tg x x (indeterminado) = = = → → →→→ 2 sen 2 cos.3 2 sen 2 cos.3 3 cos 2 sen 3 2 3 lim lim limlimlim 0 0 000 x x x x x x x x x x tg x x x xxx Dividindo o numerador e o denominador por x3 , temos: 6 1. 6 1 1 2 2 sen .. 6 1 2 cos 6 3 2 sen. 6 1 2 cos 3 2 sen 2 cos 2 3 lim lim lim lim lim lim lim 0 0 0 0 0 0 0 == = = = → → → → → → → x x x x x x x x x x tg x x x x x x x x FÍSICA – LICENCIATURA - EAD Prof. Sebastião Fernandes – UNIFEI – Itajubá - MG CÁLCULO 1 EXERCÍCIOS - AULA 05 01) Mostre que: 3 4 2 321lim 4 ) 16 1 9 1213lim 3 ) 2 = − −+ →−=− +−+ → x x x b x xx x a 10 529 4lim 4 )1 11 434lim 0 ) = −+ + −→−=−+ +−+ → x x x d x xx x c ( ) ( ) 2 3 173 lim )132 lim ) 222 −=+−+−→=−++→ ∞∞ xxxxfxxxxe ( ) 2 lim ) 22 ca dcxxbaxxxg − =++−++→∞ 4 5 4 6 lim) 2 2 2 = − −+ → x xx h x 5 12 2 529 lim) 38 = − −+ → x x i x 02) Determine valores positivos para a e b de modo que 8 1 1 lim 2 2 4 = − − → x b ax bx . Resp: 2 1 16 1 == bea 03) Mostre que: a) 0 xsenx xsen-x lim 0 = +→x b) 2 1 /2)-(x xsen-1 lim 2/ 2 =→ ππx c) 0 1 sen 1 lim 0 = − → tgxxx d) 21 sen lim 21 ππ = −→ x x x 04) Sendo 2 x0com...xcosxcosxcosS 32 π <<+++= , determinar o Sxlim 0x .2→ . Resp: 2 05) Resolver o limite 3 0 sen11 lim x xtgx x +−+ → Resp: 4 1 06) Calcule x x x 5sen 105arcsen lim 0→ Resp: 21 PROIBIDO VENDER FÍSICA – LICENCIATURA – EAD Prof. Sebastião Fernandes – UNIFEI – Itajubá – MG CÁLCULO 1 – AULA 06 - LIMITES 6.1 – LIMITE FUNDAMENTAL EXPONENCIAL: O limite da seqüência x x + 1 1 , quando ∞→x , é igual ao número irracional e, chamado de Número Neperiano e aproximadamente igual a 2,718. DEMONSTRAÇÃO: Queremos provar que e x x x = + ∞→ 1 1lim . Para isto, vamos inicialmente desenvolver a expressão ( )nba + aplicando o conceito de Binômio de Newton. ( ) 011133322211100 ... ababababababba nn n nn n n n n n n n n n n CCCCCC +++++=+ −−−−− Temos: ( ) !0 1 !!0 ! !0!0 !0 == − = n n n n C n ( ) ( ) ( ) !1!1!1 !1 !1!1 !1 n n nn n n C n =− − = − = ( ) ( )( ) ( ) ( ) !2!2 1 !2!2 !21 !2!2 ! 22 nnnn n nnn n n Cn − = − = − −− = − = ( ) ( )( )( ) ( ) ( )( ) !3 23 !3 21 !3!3 !321 !3!3 ! 233 nnnnnn n nnnn n n C n +− = −− = − −−− = − = • • • Fazendo 1=a , x b 1 = e xn = , teremos: •••+ +−+ −+ + = + −−− 3 323 2 22 1 10 1. 1 . !3 23 1. 1 . !2 1. 1 . !1 1. 1 . !0 11 1 xxxx x x xxx x xx x x xx •••+ +−+ −++= + 2 23 1 !3 11 1 !2 1 !1 1 !0 11 1 xxxx x FÍSICA – LICENCIATURA – EAD Prof. Sebastião Fernandes – UNIFEI – Itajubá – MG Tomando o limite para ∞→x , resulta: •••++++++= + ∞→ !5 1 !4 1 !3 1 !2 1 !1 1 !0 11 1lim x x x Pode-se observar que o resultado do limite é uma soma de infinitos termos, que decrescem cada vez mais rapidamente. Esta soma particular recebe o nome de Número Neperiano e é indicada pela letra e. Assim: APLICAÇÕES: 1) Prove que ( ) ex x x =+ → 1 0 1lim Fazendo x t t x 11 =⇒= Se ∞→⇒→ tx 0 Então: ( ) e t x t t x x = +=+ ∞→→ 1 11 limlim 1 0 2) Prove que ( )ℜ∈= + ∞→ ke x k k x x 1lim Fazendo t k xt x k =⇒= Se 0→⇒∞→ tx Então: ( ) ( ) k k t t t k t x x ett x k = +=+= + →→∞→ 1 00 111 limlimlim 3) Prove que ( )ℜ∈= + + ∞→ ke x kx x 1 1lim e x x x = + ∞→ 1 1lim PROIBIDO VENDER FÍSICA – LICENCIATURA – EAD Prof. Sebastião Fernandes – UNIFEI – Itajubá – MG eee xxx k k x x x kx x === + += + ∞→∞→ + ∞→ 1.1. 1 1. 1 1 1 1 limlimlim OBSERVAÇÃO: Os limites resolvidos acima podem ser considerados também como fundamentais. 4) Calcular ( )101lim 0 ≠> − → aea x a x x Podemos verificar que o limite acima possui indeterminação da forma 0 0 . Vamos, então, fazer a substituição: tata xx +=⇒=− 11 Tomando logaritmos na base a em ambos os termos dessa igualdade, teremos: ( ) ( ) logloglog 11 t a t a a a x x ++ =⇒= Se 00 →⇒→ tx Tomando os limites: ( ) log limlim 1 00 1 t a t x x t x a + →→ = − Dividindo o numerador e o denominador por t, resulta: ( ) ( ) ( ) logloglimloglim lim log limlim 11 . 1 1 1 1 1 0 1 0 0 1 00 e a t a t t a t t t a t x x t t t t t x a ==== − + → + → → + →→ Mas: log log log log 1 a ee a a a e a == (Propriedade de Mudança de Bases) O logaritmo de base e é chamado de Logaritmo Natural ou Logaritmo Neperiano e é indicado pela notação: a a e lnlog = . Portanto: a x a x x ln 1 lim 0 = − → FÍSICA – LICENCIATURA – EAD Prof. Sebastião Fernandes – UNIFEI – Itajubá – MG OBSERVAÇÃO: O limite acima deve ser considerado como fundamental a partir dessa demonstração. 5) Calcule x x x x + − ∞→ 1 1 lim Podemos observar que este limite possui a indeterminação da forma ∞ ∞ . Como ele é um limite que envolve Função Exponencial, vamos tentar escreve-lo na forma do Limite Exponencial Fundamental. Podemos fazer: x x x x x x x x xxx x x x x x + −= + − + + = + −+− = + − ∞→∞→∞→∞→ 1 2 1 1 2 1 1 1 111 1 1 limlimlimlim Tomando: 1 2 1 2 −−=⇒= + − t xt x Se 0→⇒∞→ tx Com estas substituições, teremos: ( ) ( ) ( ) 221 0 2 1 0 1 2 0 1.1.11 1 1 limlimlimlim −−− → − → −− →∞→ ==+ +=+= + − eettt x x t t t t t x x 6.2 – LIMITE FUNDAMENTAL POLINOMIAL: Vamos considerar a função polinomial: ( ) mmmm AxAxAxAxP ++++= −− ...22110 onde ℜ∈mAAAA ,...,,, 210 e Ν∈m . Podemos considerar dois casos: 1o Caso: A variável ( )ℜ∈→ aax Neste caso: PROIBIDO VENDER FÍSICA – LICENCIATURA – EAD Prof. Sebastião Fernandes – UNIFEI – Itajubá – MG ( ) )...( 22110limlim m mmm axax AxAxAxAxP ++++= −− →→ ( ) ( )aPAaAaAaAxP mmmm ax =++++= −− → ...22 1 10lim Assim: Isto é, o limite de um polinômio inteiro e racional na variável x , quando ( )ℜ∈→ aax , é igual ao valor numérico desse polinômio para ax = . EXEMPLO: ( ) 1028422.4224 22 2 lim =−+=−+=−+ → xx x 2o Caso: A variável ±∞→x Neste caso: ( ) )...( 22110limlim m mmm xx AxAxAxAxP ++++= −− ±∞→±∞→ A probabilidade desse limite possuir uma indeterminação da forma ∞−∞ é muito grande. Vamos, então, usar o artifício de colocar em evidência o termo de maior grau do polinômio. ( ) ++++= ±∞→±∞→ m mm xx xA A xA A xA A xAxP 0 2 0 2 0 1 0 ...1limlim Porém, quando ±∞→x , podemos verificar que: 0;...;0;0 0 2 0 2 0 1 →→→ m m xA A xA A xA A Portanto, podemos concluir que: Isto é, o limite de um polinômio inteiro e racional na variável x , quando ±∞→x , é igual ao limite quando ±∞→x do seu termo de maior grau. ( ) ( )aPxP ax = → lim ( ) m xx xAxP0limlim ±∞→±∞→ = FÍSICA – LICENCIATURA – EAD Prof. Sebastião Fernandes – UNIFEI – Itajubá – MG EXEMPLOS: 1) ( ) ∞==−+− ∞→∞→ 323 2432 limlim xxxx xx 2) ( ) ( ) −∞=−=−− ∞→∞→ 442 3324 limlim xxx xx 3) ( ) −∞==+− −∞→−∞→ 545 2532 limlim xxxx xx 4) ( ) ( ) ∞=−=−− −∞→−∞→ 55 3324 limlim xxx xx 6.3 – LIMITE FUNDAMENTAL RACIONAL: Vamos considerar a função racional: ( ) ( ) n nnn m mmm BxBxBxB AxAxAxA xQ xP ... ... 2 2 1 10 2 2 1 10 +++ ++++ = −− −− onde: Ν∈Ν∈ℜ∈ℜ∈ nemBBBBAAAA nm ;,...,,,;,...,,, 210210 Podemos considerar dois casos: 1o Caso: A variável ( )ℜ∈→ aax ( ) ( ) n nnn m mmm axax BxBxBxB AxAxAxA xQ xP ... ... 2 2 1 10 2 2 1 10 limlim +++ ++++ = −− −− →→ Neste caso: ( ) ( ) ( ) ( )aQ aP BaBaBaB AaAaAaA xQ xP n nnn m mmm ax = +++ ++++ = −− −− → ... ... 2 2 1 10 2 2 1 10 lim Ou seja: ( ) ( ) ( ) ( )aQ aP xQ xP ax = → lim PROIBIDO VENDER FÍSICA – LICENCIATURA – EAD Prof. Sebastião Fernandes – UNIFEI – Itajubá – MG Podemos fazer três observações a respeito deste resultado: 1a) Se ( ) 0=aP e ( ) 0≠aQ , então ( ) ( ) 0lim = → xQ xP ax ; 2a) Se ( ) 0=aP e ( ) 0=aQ , então ( ) ( ) 0 0 lim = → xQ xP ax (indeterminado) Neste caso, o limite é resolvido com o uso da fatoração, pois tanto ( )xP quanto ( )xQ são divisíveis por ( )ax − . 3a) Se ( ) 0≠aP e ( ) 0=aQ , teremos ( ) ( ) ( ) 0lim aP xQ xP ax = → . Neste caso, devemos aplicar Limites Laterais para verificar a existência ou não do limite. 2o Caso: A variável ±∞→x ( ) ( ) n nnn m mmm xx BxBxBxB AxAxAxA xQ xP ... ... 2 2 1 10 2 2 1 10 limlim +++ ++++ = −− −− ±∞→±∞→ Neste caso, é muito grande a possibilidade de se obter indeterminações das formas ∞−∞ ∞ ∞ ou . Repetindo o procedimento adotado para limites de funções polinomiais, vamos colocar em evidência os termos de maior grau do numerador e do denominador. Assim: ( ) ( ) ++++ ++++ = ±∞→±∞→ n nn m mm xx xB B xB B xB B xB xA A xA A xA A xA xQ xP 0 2 0 2 0 1 0 0 2 0 2 0 1 0 ...1 ...1 limlim Para ±∞→x , teremos: 0;...;0;0;0;...;0;0 0 2 0 2 0 1 0 2 0 2 0 1 →→→→→→ n n m m xB B xB B xB B xA A xA A xA A Portanto: ( ) ( ) n m xx xB xA xQ xP 0 0 limlim ±∞→±∞→ = FÍSICA – LICENCIATURA – EAD Prof. Sebastião Fernandes – UNIFEI – Itajubá – MG Isto é, o limite de uma função racional no infinito é igual ao limite no infinito do quociente dos termos de maior grau do numerador e do denominador dessa função. OBSERVAÇÃO: Podemos tirar três conclusões a respeito deste resultado: 1a) Se nm = , então ( ) ( ) 0 0 lim B A xQ xP x = ±∞→ ; 2a) Se nm > , então ( ) ( ) ±∞= ±∞→ xQ xP x lim ; 3a) Se nm < , então ( ) ( ) 0lim = ±∞→ xQ xP x EXEMPLOS: 1) 9 7 144 568 12.22 52.32.2 12 532 2 2 2 2 2 lim =++ +− = ++ +− = ++ +− → xx xx x 2) 0 5 0 32 12 1 lim ==+ − → x x x 3) 0 0 1 13 1 lim =− − → x x x (indeterminado) Usando a fatoração: ( )( ) ( ) 31111 1 11 1 1 2 1 2 1 3 1 limlimlim =++=++=− ++− = − − →→→ xx x xxx x x xxx 4) 0 1 3 25 lim 3 − = − − → x x x Neste caso, temos que aplicar Limites Laterais para verificar a existência do limite. a) Limite Lateral à Direita: ( ) −∞= −− = −+ +− = − − →→→ + h h h h x x hhx 21 33 3.25 3 25 limlimlim 003 PROIBIDO VENDER FÍSICA – LICENCIATURA – EAD Prof. Sebastião Fernandes – UNIFEI – Itajubá – MG b) Limite Lateral à Esquerda: ( ) ∞= − +− = −− −− = − − →→→ − h h h h x x hhx 21 33 3.25 3 25 limlimlim 003 Como os limites laterais no ponto 3=x são diferentes, entendemos que não existe o limite. 5) ∞=== +− ++ ∞→∞→∞→ 2 3 5 3 45 3 2 6 12 226 limlimlim x x x xx xx xxx 6) 0 5 2 5 2 15 132 limlimlim 3 2 3 2 === − +− −∞→−∞→−∞→ xx x x xx xxx 7) 3 7 3 7 3 7 352 27 limlimlim 9 9 942 59 −= − = − = −− + ∞→∞→∞→ xxx x x xxx xx 8) −∞=== + + −∞→−∞→−∞→ 2 3 2 3 52 23 3 6 9 6 9 limlimlim x x x x x xxx 9) ( ) ( ) ∞=== + − = + − ∞→∞→∞→∞→ 10 45 10 6 105 10 23 52 5 3 2 4 .3 4 .3 12 53 12 53 limlimlimlim x x x x x x x xxxx FÍSICA – LICENCIATURA - EAD Prof. Sebastião Fernandes – UNIFEI – Itajubá - MG CÁLCULO 1 EXERCÍCIOS - AULA 06 01) Mostre que: b a a x = − − → 1e 1e ) bx ax 0 lim a cbx x e cax bax b − ∞→ = + + lim) ( ) 212) lim =− ∞→ x x exc 4 2 3 1 ) lim − + ∞→ = + − e x x d x x 02) Sendo 2xx dcxbxax )x(f 2 23 −+ +++ = , obter a, b, c e d, sabendo que: 1)( lim 1 1)( lim =→=→∞ xfxexfx . Resp: 2,1,1,0 −==== dcba 03) Mostre que 2 a x n a)1n( x... n a3 x n a2 x n a x n 1lim n += −+++ ++ ++ +→∞ . 04) Calcule −++++ ∞→ 2222 1 ... 321 lim x x xxxx Resp: 2 1 05) Se a5bx x2 5ax3 )x(f 2 +−+ − − = , calcule a e b, de modo que: ∞∞∞ +=−→=→ )x(f lim x)b2)x(f lim x)a Resp: a) 5 21 5 7 −=−= bea b) ab 3< 06) Calcule ( ) +− + −+++ ∞→ 2 12 1 12...531 lim n n n n Resp: 2 3 − PROIBIDO VENDER FÍSICA – LICENCIATURA – EAD Prof. Sebastião Fernandes – UNIFEI – Itajubá – MG CÁLCULO 1 – AULA 07 - DERIVADAS 7.1 – INTRODUÇÃO: O estudo de Derivadas, de maneira geral, trata do problema de se determinar a taxa de variação de uma grandeza quando outra grandeza, da qual ela depende, sofrer alterações. A motivação para a descoberta desse conceito veio de problemas físicos simples, como problemas de cinemática onde se quer, por exemplo, conhecer a velocidade de um objeto em movimento num determinado instante. Para se chegar ao conceito de Derivada, é necessário primeiramente que façamos algumas definições, como faremos a seguir. 7.2 – ACRÉSCIMOS: 7.2.1 – ACRÉSCIMO DE UMA VARIÁVEL: Chama-se Acréscimo de uma variável x , e representa-se por x∆ , à diferença entre dois valores particulares 1 x e 2 x dessa variável. 7.2.2 – ACRÉSCIMO DE UMA FUNÇÃO: Seja ( )xfy = uma função cujo Domínio é um subconjunto de ℜ . Se atribuirmos à variável x um acréscimo x∆ , vamos obter em correspondência um acréscimo para a função ( )xfy = , que indicaremos por y∆ . x 1 x 2 x x∆ 12 xxx −=∆ FÍSICA – LICENCIATURA – EAD Prof. Sebastião Fernandes – UNIFEI – Itajubá – MG Graficamente: Temos: ⇒∆=− xxx 12 acréscimo da variável ( ) ( ) ⇒∆=− yxfxf 12 acréscimo da função Como: xxx ∆+= 12 , podemos escrever: ( ) ( ) 11 xfxxfy −∆+=∆ ou, genericamente: Esta é a forma generalizada de se escrever o Acréscimo de uma função definida pela lei ( )xfy = para um Acréscimo x∆ na sua variável x . EXEMPLOS: 01) Achar o Acréscimo da função definida por ( )ℜ∈+= babaxy , Temos: ( ) ( )xfxxfy −∆+=∆ No nosso caso: ( ) ( )baxbxxay +−+∆+=∆ baxbxaaxy −−+∆+=∆ xay ∆=∆ (o acréscimo da função é diretamente proporcional ao acréscimo da variável) 02) Encontrar o Acréscimo da função dada por 2xy = . ( ) ( )xfxxfy −∆+=∆ ( ) 22 xxxy −∆+=∆ 222 2 xxxxxy −∆+∆+=∆ y x 0 ( ) 22 xfy = ( ) 11 xfy = y∆ 1 x 2 x x∆ ( )xfy = ( ) ( )xfxxfy −∆+=∆ PROIBIDO VENDER FÍSICA – LICENCIATURA – EAD Prof. Sebastião Fernandes – UNIFEI – Itajubá – MG ( )xxxy ∆+∆=∆ 2 (O acréscimo da função não é proporcional ao acréscimo da variável). 7.3 – TAXAMÉDIA DE VARIAÇÃO: Chama-se de Taxa Média de Variação (ou Razão Incremental) de uma função ( )xfy = ao quociente de y∆ por x∆ . A Taxa Média indica a “velocidade média de variação” de uma função num determinado intervalo do seu Domínio. EXEMPLOS: 01) Achar a Taxa Média de Variação da função definida por 85 += xy Temos: ( ) ( ) x xfxxf x y ∆ −∆+ = ∆ ∆ No nosso caso: ( ) ( ) x xxx x y ∆ +−+∆+ = ∆ ∆ 8585 x xxx x y ∆ −−+∆+ = ∆ ∆ 85855 5 5 = ∆ ∆ = ∆ ∆ x x x y Conclusão: a velocidade de variação da função é constante em qualquer ponto. 02) Encontre a Taxa Média de Variação da função xxy 32 += no ponto 2=x . Temos: ( ) ( ) x xfxxf x y ∆ −∆+ = ∆ ∆ No nosso caso: ( ) ( ) ( ) x xxxxxx x y ∆ +−∆++∆+ = ∆ ∆ 33 2 2 x xxxxxxxx x y ∆ −−∆++∆+∆+ = ∆ ∆ 3332 222 ( ) ( ) x xfxxf x y MT ∆ −∆+ = ∆ ∆ =.. FÍSICA – LICENCIATURA – EAD Prof. Sebastião Fernandes – UNIFEI – Itajubá – MG ( ) 32 32 +∆+= ∆ ∆ ⇒ ∆ +∆+∆ = ∆ ∆ xx x y x xxx x y No ponto 2=x , teremos: x x y ∆+= ∆ ∆ 7 7.4 – TAXA INSTANTÂNEA: Consideremos, por exemplo, a função definida por 12 += xy . Vamos determinar as Taxas Médias de Variação desta função nos seguintes intervalos: [ ] [ ] [ ] [ ] [ ] [ ]xe ∆+1;105,1;1;1,1;1;2,1;1;5,1;1;2;1 a) Intervalo [ ]2;1 : ( ) ( ) 3 1 25 12 12 = − = − − = ∆ ∆ ff x y b) Intervalo [ ]5,1;1 : ( ) ( ) 5,2 5,0 225,3 15,1 15,1 = − = − − = ∆ ∆ ff x y c) Intervalo [ ]2,1;1 : ( ) ( ) 2,2 2,0 244,2 12,1 12,1 = − = − − = ∆ ∆ ff x y d) Intervalo [ ]1,1;1 : ( ) ( ) 1,2 1,0 221,2 11,1 11,1 = − = − − = ∆ ∆ ff x y e) Intervalo [ ]05,1;1 : ( ) ( ) 05,2 05,0 21025,2 105,1 105,1 = − = − − = ∆ ∆ ff x y f) Intervalo [ ]x∆+1;1 : ( ) ( ) x x xx x fxf x y ∆+= ∆ ∆+∆ = −∆+ −∆+ = ∆ ∆ 2 2 11 11 2 Os resultados obtidos acima parecem nos dizer que a Taxa Média tende a 2 , à medida em que o acréscimo x∆ tende a zero. PROIBIDO VENDER FÍSICA – LICENCIATURA – EAD Prof. Sebastião Fernandes – UNIFEI – Itajubá – MG Portanto, o Limite da Taxa Média de Variação desta função, quando o acréscimo x∆ tende a zero é igual a 2 . Este resultado é chamado de Taxa Instantânea de Variação. Então, definimos: “Taxa Instantânea de uma função ( )xfy = é o limite da Taxa Média de Variação x y ∆ ∆ desta função quando x∆ tende a zero.” 7.5 – DERIVADA OU FUNÇÃO DERIVADA: Vamos considerar uma função definida no campo dos Reais pela lei ( )xfy = .Chama-se de Derivada ou Função Derivada de ( )xfy = ao limite do quociente de y∆ por x∆ , quando x∆ tende a zero. A Derivada da função ( )xfy = pode ser indicada por um dos símbolos abaixo: ( ) ( ) ( )[ ] . . ;;;;; xf dx d xfyxfy dx dy ′′ Neste curso, nos limitaremos a utilizar apenas uma das três primeiras notações apresentadas acima. A Derivada nada mais é do que a Taxa Instantânea genérica, ou seja: EXEMPLOS: Usando a definição, encontre as derivadas das seguintes funções: 01) 22xy = Por definição: ( ) ( ) x xfxxf dx dy x ∆ −∆+ = →∆ lim 0 x y IT x ∆ ∆ = →∆ lim 0 .. ( ) ( ) x xfxxf x y dx dy xx ∆ −∆+ = ∆ ∆ = →∆→∆ limlim 00 FÍSICA – LICENCIATURA – EAD Prof. Sebastião Fernandes – UNIFEI – Itajubá – MG No nosso caso: ( ) x xxx dx dy x ∆ −∆+ = →∆ 22 0 22 lim x xxxxx dx dy x ∆ −∆+∆+ = →∆ 222 0 2242 lim ( ) ( ) x dx dy xx x xxx dx dy xx 424 24. limlim 00 =⇒∆+= ∆ ∆+∆ = →∆→∆ Portanto, a Derivada da função ( ) 22xxf = é a função ( ) xxf 4=′ . 02) 3xy = Por definição: ( ) ( ) x xfxxf dx dy x ∆ −∆+ = →∆ lim 0 No nosso caso: ( ) x xxx dx dy x ∆ −∆+ = →∆ 33 0 lim x xxxxxxx dx dy x ∆ −∆+∆+∆+ = →∆ 33223 0 33 lim ( ) ( ) 222 0 22 0 333 33. limlim x dx dy xxxx x xxxxx dx dy xx =⇒∆+∆+= ∆ ∆+∆+∆ = →∆→∆ 03) ( ) xxf = Por definição: ( ) ( ) ( ) x xfxxf xf x ∆ −∆+ =′ →∆ lim 0 No nosso exemplo: ( ) x xxx xf x ∆ −∆+ =′ →∆ lim 0 Observamos que o limite acima possui uma indeterminação da forma 0 0 . Portanto, vamos fazer uso do conjugado, isto é, vamos tomar: ( ) ( ) ( )xxxx x xxxx xxx xxx xxx x xxx xf xxx +∆+∆ ∆ = +∆+∆ −∆+ = +∆+ +∆+ ∆ −∆+ =′ →∆→∆→∆ limlimlim 000 . ( ) ( ) x xf xxx xf x 2 11 lim 0 =′⇒ +∆+ =′ →∆ PROIBIDO VENDER FÍSICA – LICENCIATURA – EAD Prof. Sebastião Fernandes – UNIFEI – Itajubá – MG 04) ( ) x xf 1 = Por definição: ( ) ( ) ( ) x xfxxf xf x ∆ −∆+ =′ →∆ lim 0 No nosso exemplo: ( ) x xxxxf x ∆ − ∆+=′ →∆ 11 lim 0 ( ) ( ) ( )xxxx x x xxx xxx xf xx ∆+∆ ∆− = ∆ ∆+ ∆−− =′ →→∆ .. limlim 00 ( ) ( ) ( ) 2 0 11 lim x xf xxx xf x −=′⇒ ∆+ − =′ →∆ FÍSICA – LICENCIATURA – EAD Prof. Sebastião Fernandes – UNIFEI – Itajubá – MG CÁLCULO 1 – AULA 08 - DERIVADAS 8.1 – DERIVADA NUM PONTO: Seja ( )xfy = uma função cujo Domínio ( )fD é um subconjunto dos Reais e seja 0 x um ponto desse Domínio. A derivada desta função no ponto 0 x , que indicaremos pelas notações ( ) 0 xf ′ ou ( ) 0 xy′ , é definida por: OBSERVAÇÕES: O1: Como conseqüência da definição, podemos verificar que a função ( )xfy = só será derivável no ponto 0 x se: a) existir ( ) 0 xf , isto é, a função possui valor numérico no ponto 0 x ; b) a função seja definida nas vizinhanças do ponto 0 x (para justificar a aplicação do limite neste ponto); c) exista e seja finito o ( ) ( ) 0 0 lim 0 xx xfxf xx − − → . O2: Se ( ) ( ) 0 0 lim 0 xx xfxf xx − − → existir somente para valores inferiores ou superiores a 0 x , ou se este limite possui resultados diferentes à esquerda e à direita de 0 x , dizemos que se trata de Derivadas Laterais e indicamos por: ( ) ( ) ( ) ⇒ − − =′ −→ − 0 0 0 lim 0 xx xfxf xf xx Derivada Lateral à Esquerda de 0 x ( ) ( ) ( ) 0 0 0 lim 0 xx xfxf xf xx − − =′ → PROIBIDO VENDER FÍSICA – LICENCIATURA – EAD Prof. Sebastião Fernandes – UNIFEI – Itajubá – MG ( ) ( ) ( ) ⇒ − − =′ +→ + 0 0 0 lim 0 xx xfxf xf xx Derivada Lateral à Direita de 0 x O3: Se ( ) ( )00 xfxf +− ′=′ então dizemos que a derivada da função ( )xfy = existe no ponto 0x e é igual a ( ) 0 xf ′ . O4: A derivada de uma função num ponto (quando existe) nada mais é do que o valor numérico da função derivada naquele ponto EXEMPLOS: Usando a definição, achar as derivadas das funções definidas a seguir nos pontos dados: 01) ( ) 23xxf = no ponto 5=x . 1a Solução: Aplicando a definição de Derivada, temos: ( ) ( ) ( ) x xfxxf xf x ∆ −∆+ =′ →∆ lim 0 ( ) ( ) x xxxxx x xxx xf xx ∆ −∆+∆+ = ∆ −∆+ =′ →∆→∆ 222 0 22 0 336333 limlim ( ) ( ) ( ) ( ) xxfxx x xxx xf xx 636 36. limlim 00 =′⇒∆+= ∆ ∆+∆ =′ →∆→∆ No ponto 5=x , teremos: ( ) ( ) 3055.65 =′⇒=′ ff . 2a Solução: Aplicando a definição de Derivada no Ponto: ( ) ( ) ( ) 0 0 0 lim 0 xx xfxf xf xx − − =′ → FÍSICA – LICENCIATURA – EAD Prof. Sebastião Fernandes – UNIFEI – Itajubá – MG ( ) ( ) ( ) 5 753 5 5 5 2 55 limlim − − = − − =′ →→ x x x fxf f xx ( ) ( ) ( )( ) 5 5.5.3 5 25.3 5 limlim 5 2 5 − −+ = − − =′ →→ x xx x x f xx ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 30555.355.35 lim 5 =′⇒+=′⇒+=′ → ffxf x 02) ( ) 1+= xxf no ponto 15=x . ( ) ( ) ( ) 15 41 15 15 15 limlim 1515 − −+ = − − =′ →→ x x x fxf f xx Aplicando o conjugado do numerador, obtemos: ( ) ( )( )41.15 15 41 41 . 15 41 15 limlim 1515 ++− − = ++ ++ − −+ =′ →→ xx x x x x x f xx ( ) ( ) 8 1 15 41 1 15 lim 15 =′⇒ ++ =′ → f x f x 03) ( ) tgxxf = no ponto 4 π =x . ( ) 4 4 4 4 4 limlim 44 π π π π π ππ− − = − − = ′ →→ x tgtgx x fxf f xx − − = − − = ′ →→ 4 cos.cos. 4 cos. 4 sen 4 cos.sen 4 4 cos 4 sen cos sen 4 limlim 44 ππ ππ π π π π ππ xx xx x x x f xx Da Trigonometria, sabemos que: ( )BAABBA −=− sencos.sencos.sen Portanto, pode-se dizer que: −= − 4 sencos. 4 sen 4 cos.sen πππ xxx PROIBIDO VENDER FÍSICA – LICENCIATURA – EAD Prof. Sebastião Fernandes – UNIFEI – Itajubá – MG Assim, podemos escrever: − − = ′ →→ 4 cos.cos 1 . 4 4 sen 4 limlim 44 ππ π π ππ xx x f xx Como o primeiro limite é Fundamental e vale 1, então: 2 4 2 2 1 4 cos 1 4 cos.cos 1 4 2 2 4 lim = ′⇒ = = = ′ → π ππ π π f x f x 04) ( ) 1−= xxf no ponto 1=x . ( ) ( ) ( ) 1 1 1 111 1 1 1 limlimlim 111 − − = − −−− = − − =′ →→→ x x x x x fxf f xxx Porém, de acordo com a definição de Módulo ou Valor Absoluto, podemos escrever: ( ) <−−−=− ≥−−=− 01,11 01,11 xsexx xsexx ⇒ ( ) <−−=− ≥−=− 1,11 1,11 xsexx xsexx Como queremos obter a derivada no ponto 1=x , entendemos que devemos calcular as derivadas laterais neste ponto, isto é: ( ) ( ) ( ) 11 1 1 1 1 1 limlimlim 111 −=−= − −− = − − =′ →→→ − − xxx x x x x f ( ) 11 1 1 1 1 1 limlimlim 111 == − − = − − =′ →→→ + + xxx x x x x f Como ( ) ( )11 +− ′≠′ ff , entendemos que a função dada não possui derivada no ponto 1=x . SUGESTÕES DE EXERCÍCIOS: Para que você se auto-avalie com relação ao assunto estudado nesta aula, sugerimos que você tente resolver os exercícios abaixo: FÍSICA – LICENCIATURA – EAD Prof. Sebastião Fernandes – UNIFEI – Itajubá – MG 01) Mostre que a derivada da função ( ) 1 3 − = x xf no ponto 4=x é igual a 3 1 − . 02) Mostre que a derivada da função ( ) xexf = no ponto 3=x é igual a 3e . 03) Mostre que a função ( ) xxxf 42 −= não possui derivada no ponto 4=x . 8.2 – INTERPRETAÇÃO GEOMÉTRICA DA DERIVADA NO PONTO: Seja ( )xfy = uma função cujo Domínio ( )fD é um subconjunto dos Reais e seja 0 x um ponto desse Domínio. Vamos admitir que o gráfico dessa função possua uma reta tangente pelo ponto 0 x e que essa tangente não seja perpendicular ao eixo x e vamos considerar também uma reta secante curva pelos pontos 0 x e x , conforme se pode ver na figura abaixo: Da figura, temos: α = inclinação da reta tangente (ângulo que a reta tangente forma com o sentido positivo do eixo x ); β = inclinação da reta secante (ângulo que a reta secante forma com o sentido positivo do eixo x ); 0 xxx −=∆ (Acréscimo da variável); ( ) ( ) 0 xfxfy −=∆ (Acréscimo da função) y x 0 ( )xf ( ) 0 xf α β β y∆ x∆ 0 x x ( )xfy = Reta secante Reta tangente PROIBIDO VENDER FÍSICA – LICENCIATURA – EAD Prof. Sebastião Fernandes – UNIFEI – Itajubá – MG ( ) ( ) 0 0 xx xfxf tg x y tg − − =⇒ ∆ ∆ = ββ Tomando limites para 0 xx→ nos dois membros dessa igualdade: ( ) ( ) 0 0 limlim 00 xx xfxf tg xxxx − − = →→ β Porém, quando 0 xx→ então αβ → . Assim, podemos dizer que: ( ) ( ) β αβ tg xx xfxf xx limlim 0 0 0 →→ = − − Mas: ( ) ( ) ( ) 0 0 0 lim 0 xf xx xfxf xx ′= − − → e αβ αβ tgtg = → lim Portanto, concluímos que: Isto é, a derivada de uma função num ponto (quando existe) é numericamente igual ao coeficiente angular da reta tangente à curva dessa função nesse ponto. A princípio este parece ser um conceito muito elementar. Porém, em aulas futuras, teremos a oportunidade de observar aplicações importantes deste resultado. Para a melhor fixação desse conceito, vamos mostrar algumas aplicações simples do mesmo. EXEMPLOS: 01) Obter a equação geral da reta tangente à curva da função ( ) xxf = pelo ponto 1=x . Solução: No estudo da Geometria Analítica, aprendemos que a equação de uma reta que passa por um ponto dado ( ) 00 , yx e tem coeficiente angular conhecido m é dada por: ( ) 00 xxmyy −=− ( ) αtgxf =′ 0 FÍSICA – LICENCIATURA – EAD Prof. Sebastião Fernandes – UNIFEI – Itajubá – MG No nosso caso: 1 0 =x e ( ) 111 0 === fy Como a reta procurada é tangente à curva de ( )xf pelo ponto 1=x , devemos ter ( )1fm ′= , ou seja: ( ) ( ) ( ) 1 1 1 1 1 limlim 11 − − =⇒ − − =′= →→ x x m x fxf fm xx Como o limite obtido é indeterminado, vamos multiplicar e dividir pelo conjugado do numerador, isto é: ( )( ) ( )( ) ( )( )11 1 11 11 limlim 11 +− − =⇒ +− +− = →→ xx x m xx xx m xx 2 1 1 1 lim 1 =⇒ + = → m x m x Então, a equação procurada é: ( )1 2 1 1 −=− xy Na forma geral: 012 =+− yx 02) Determine a equação da reta tangente à curva da hipérbole definida pela equação x y 4 −= pelo ponto 2−=x . Solução: A equação procurada tem a forma: ( )( ) 000 . xxxfyy −′=− onde: 2 0 −=x e 2 2 4 0 =− −=y ( ) ( ) ( ) ( )2 2 2 lim 2 −− −− =−′ −→ x fxf f x ( ) ( )2. 24 2 2 4 2 limlim 22 + −− = + −− =−′ −→−→ xx x x xf xx PROIBIDO VENDER FÍSICA – LICENCIATURA – EAD Prof. Sebastião Fernandes – UNIFEI – Itajubá – MG ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 1222 2. 2.2 2 limlim 22 =−′⇒ − =−′⇒ + +− =−′ −→−→ f x f xx x f xx Portanto, a equação da reta é: ( )2.12 +=− xy Na forma reduzida: 4+= xy 03) Mostre que a equação da reta tangente à curva da função ( ) gxxf cot= no ponto 3 2π =x é 3 3 9 8 3 4 −+−= π xy . Solução: A equação procurada tem a forma: ( )( ) 000 . xxxfyy −′=− onde: 3 2 0 π =x e 3 3 3 2 cot 0 −= = π gy 3 2 3 2 sen 3 2 cos sen cos 3 2 3 2 cotcot 3 2 limlim 3 2 3 2 π π π π π π ππ − − = − − = ′ →→ x x x x ggx f xx −− − = − − = ′ →→ 3 2 sen.sen. 3 2 3 2 sen 3 2 sen.sen. 3 2 3 2 cos.sencos. 3 2 sen 3 2 limlim 3 2 3 2 ππ π ππ ππ π ππ xx x xx xx f xx 3 4 2 3 1 3 2 sen.sen 1 . 3 2 3 2 sen 3 2 2 3 2 3 2 limlim −= −= −− − = ′ →→ ππ π π ππ xx x f xx Portanto, a equação da reta é: 9 8 3 4 3 3 3 2 3 4 3 3 ππ +−=+⇒ −−= −− xyxy FÍSICA – LICENCIATURA – EAD Prof. Sebastião Fernandes – UNIFEI – Itajubá – MG Na forma reduzida: 3 3 9 8 3 4 −+−= π xy OBSERVAÇÃO: Exercícios como os mostrados acima se tornarão mais fáceis de resolver quando conhecermos as regras de derivação, pois não precisaremos mais de resolver Limites. Este assunto será objeto de estudo a partir da próxima aula! PROIBIDO VENDER FÍSICA – LICENCIATURA - EAD Prof. Sebastião Fernandes – UNIFEI – Itajubá - MG CÁLCULO 1 EXERCÍCIOS - AULA 08 01) As retas tangentes ao gráfico da função ( ) 754 23 −+−= xxxxf pelos pontos 1=x e 3=x são concorrentes num ponto P. Encontre as coordenadas desse ponto. Resp: −5, 2 5 P 02) Achar os pontos sobre a curva 16xy 2 −= onde as tangentes são paralelas à reta 2x5y3 =+ . Resp: )3,5( − e )3,5( FÍSICA – LICENCIATURA – EAD Prof. Sebastião Fernandes – UNIFEI – Itajubá – MG CÁLCULO 1 – AULA 09 - DERIVADAS REGRAS GERAIS DE DERIVAÇÃO: Neste item vamos começar a estudar as regras que nos permitem obter as derivadas de todas as funções da forma ( )xfy = .Este assunto começará a ser desenvolvido nesta aula e se estenderá para as aulas seguintes. 9.1 – FUNÇÃO CONSTANTE: Seja a função definida por ( ) kxf = , onde ℜ∈k . Por definição: ( ) ( ) ( ) x xfxxf xf x ∆ −∆+ =′ →∆ lim 0 No nosso caso: ( ) ( ) 00limlim 00 = ∆ =′⇒ ∆ − =′ →∆→∆ x xf x kk xf xx Portanto: EXEMPLOS: 01) ( ) ( ) 01 =′⇒= xfxf 02) ( ) ( ) 07 =′⇒−= xfxf 03) ( ) ( ) 013 =′⇒= xfxf 04) ( ) ( ) 0 11 3 =′⇒ = xftgxf π 9.2 – FUNÇÃO LINEAR: Seja ( ) baxxf += , onde ℜ∈a e ℜ∈b , isto é uma Função Linear. Por definição: ( ) ( ) ( ) x xfxxf xf x ∆ −∆+ =′ →∆ lim 0 ( ) ( ) 0,, =′ℜ∈= xfentãokcomkxfSe PROIBIDO VENDER FÍSICA – LICENCIATURA – EAD Prof. Sebastião Fernandes – UNIFEI – Itajubá – MG Neste caso: ( ) ( ) ( ) x baxbxxa xf x ∆ +−+∆+ =′ →∆ lim 0 ( ) ( ) ( ) aaxf x xa xf x baxbxaax xf xxx ==′⇒ ∆ ∆ =′⇒ ∆ −−+∆+ =′ →∆→∆→∆ limlimlim 000 Portanto: EXEMPLOS: 01) ( ) ( ) 1=′⇒= xfxxf 02) ( ) ( ) 575 −=′⇒+−= xfxxf 03) ( ) ( ) 3 2 1 3 2 =′⇒−= xfxxf 04) ( ) ( ) loglog 5 2 5 2 5 . =′⇒+ = xfxxf π 9.3 – FUNÇÃO POTÊNCIA: Seja a função definida por ( ) nxxf = . Por definição: ( ) ( ) ( ) x xfxxf xf x ∆ −∆+ =′ →∆ lim 0 No nosso caso: ( ) ( ) x xxx xf nn x ∆ −∆+ =′ →∆ lim 0 Fazendo o desenvolvimento do Produto Notável ( )nxx ∆+ por Binômio de Newton, teremos: ( ) 033322211100 ... xxxxxxxxxxxx nn n n n n n n n n n n CCCCC ∆++∆+∆+∆+∆=∆+ −−− ( ) ( ) ( )( ) nnnnnn xxxnnnxxnnxxnxxx ∆++∆−−+∆−+∆+=∆+ −−− ..... !3 21 .. !2 1 .. 33221 Substituindo no limite: ( ) ( ) ( )( ) x xxxx nnn xx nn xxnx xf nnnnnn x ∆ −∆++∆ −− +∆ − +∆+ =′ −−− →∆ ..... !3 21 .. !2 1 .. 33221 0 lim ( ) ( ) axfentãobeacombaxxfSe =′ℜ∈ℜ∈+= ,, FÍSICA – LICENCIATURA – EAD Prof. Sebastião Fernandes – UNIFEI – Itajubá – MG ( ) ( ) ( )( ) x xxx nnn xx nn xnx xf nnnn x ∆ ∆++∆ −− +∆ − +∆ =′ −−−− →∆ 13221 0 ..... !3 21 .. !2 1 .. lim ( ) ( ) ( )( ) ( ) 113221 0 ...... !3 21 .. !2 1 .lim −−−−− →∆ =′⇒ ∆++∆ −− +∆ − +=′ nnnnn x xnxfxxx nnn xx nn xnxf Portanto: EXEMPLOS: 01) ( ) ( ) ( ) 7188 8.8 xxfxxfxxf =′⇒=′⇒= − 02) ( ) ( ) 99100 100xxfxxf =′⇒= 03) ( ) ( ) ( ) ( ) 2 21 1.1 1 x xfxxfxxf x xf −=′⇒−=′⇒=⇒= −− 04) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) x xfxxfxxfxxfxxf 2 1 . 2 1 . 2 1 2 1 1 2 1 2 1 =′⇒=′⇒=′⇒=⇒= −− 05) ( ) ( ) ( ) ( ) 4 43 3 3 .3 1 x xfxxfxxf x xf −=′⇒−=′⇒=⇒= −− 06) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 5 5 1 1 5 4 5 4 5 4 5 4 5 4 5 4 x xfxxfxxfxxfxxf =′⇒=′⇒=′⇒=⇒= −− 9.4 – FUNÇÃO SOMA: Seja tvuy −+= , onde ( )xuu = , ( )xvv = e ( )xtt = , isto é, u , v e t são funções de x . Se atribuirmos à variável x um acréscimo x∆ , obtemos em correspondência acréscimos y∆ , u∆ , v∆ e t∆ para as funções y , u , v e t , respectivamente. Assim, podemos escrever: ( ) ( ) ( )ttvvuuyy ∆+−∆++∆+=∆+ ttvvuuyy ∆−−∆++∆+=∆+ ( ) ( )tvutvuyy ∆−∆+∆+−+=∆+ ( ) ( ) 1., −=′= nn xnxfentãoxxfSe PROIBIDO VENDER FÍSICA – LICENCIATURA – EAD Prof. Sebastião Fernandes – UNIFEI – Itajubá – MG Como tvuy −+= , então: tvuy ∆−∆+∆=∆ Dividindo os dois membros dessa igualdade por x∆ , teremos: x t x v x u x y ∆ ∆ − ∆ ∆ + ∆ ∆ = ∆ ∆ Tomando os limites para 0→∆x : x t x v x u x y xxxx ∆ ∆ − ∆ ∆ + ∆ ∆ = ∆ ∆ →∆→∆→∆→∆ limlimlimlim 0000 Porém, de acordo com a definição de Acréscimos, podemos afirmar que: Se 0→∆x , então 0→∆y , 0→∆u , 0→∆v e 0→∆t Isto significa que todos os limites relacionados acima representam derivadas, ou seja: dx dt dx dv dx du dx dy −+= ou tvuy ′−′+′=′ Portanto: Podemos interpretar este resultado afirmando que “a derivada de uma soma algébrica de funções é igual à soma algébrica das derivadas das parcelas”. EXEMPLOS: 01) 256367 367 xxxyxxxy +−=′⇒+−= 02) 334 4047 xyxyxy =′⇒−=′⇒−= 03) 2 1 2 11 xx y x xy −=′⇒+= 9.5 – FUNÇÃO PRODUTO: Seja a função definida por vuy .= , onde ( )xuu = e ( )xvv = , isto é, y é definida por um produto de funções de x . Se atribuimos à variável x um acréscimo x∆ , obtemos acréscimos correspondentes y∆ , u∆ e v∆ para as variáveis y , u e v , respectivamente. tvuyentãotvuySe ′−′+′=′−+= , FÍSICA – LICENCIATURA – EAD Prof. Sebastião Fernandes – UNIFEI – Itajubá – MG Assim, podemos escrever: ( )( )vvuuyy ∆+∆+=∆+ . vuuvvuuvyy ∆∆+∆+∆+=∆+ Como uvy = , podemos simplificar e escrever: vuuvvuy ∆∆+∆+∆=∆ Dividindo membro a membro por x∆ , fica: x v u x u v x v u x y ∆ ∆ ∆+ ∆ ∆ + ∆ ∆ = ∆ ∆ . Tomando os limites para →∆ →∆ →∆ ⇒→∆ 0 0 0 0 v u y x : x v u x u v x v u x y xxxx ∆ ∆ ∆+ ∆ ∆ + ∆ ∆ = ∆ ∆ →∆→∆→∆→∆ .limlimlimlim 0000 x v u x u v x v u x y xxxx ∆ ∆ ∆+ ∆ ∆ + ∆ ∆ = ∆ ∆ →∆→∆→∆→∆ ... limlimlimlim 0000 De acordo com a definição de Derivada, temos como resultado: vuvuyou dx du v dx dv u dx dy ′+′=′+= .. Portanto: EXEMPLOS: 01) 3010 .xxy = Temos: 910 10xuxu =′⇒= e 2930 30xvxv =′⇒= Então: vuvuyvuy ′+′=′⇒= . 2910309 30..10 xxxxy +=′ 393939 403010 xyxxy =′⇒+=′ ( ) ( ) vuvuyentãoxvvexuuondevuySe ′+′=′=== ,,. PROIBIDO VENDER FÍSICA – LICENCIATURA – EAD Prof. Sebastião Fernandes – UNIFEI – Itajubá – MG 02) ( ) 11 22 +==⇒+= xvexuxxy ( ) 1.1.2 2xxxy ++=′ xxyxxxy 2322 222 +=′⇒++=′ 03) xve x ux x y x x y ==⇒=⇒= 1 . 1 xxx x y xx x x y 2 1 2 1 . 1 . 1 22 +−=′⇒+−=′ OBSERVAÇÃO: Se tivermos um produto de 3 ou mais funções, a regra de derivação é semelhante. Assim, por exemplo, se tvuy ..= , onde ( )xuu = , ( )xvv = e ( )xtt = , então: uvtutvvtuy ′+′+′=′ EXEMPLO: =′⇒= =′′⇒= =′⇒= ⇒= 56 45 34 654 6 5 4 .. xtxt xvxv xuxu xxxy 545644653 ..6..5..4 xxxxxxxxxy ++=′ 14141414 15654 xyxxxy =′⇒++=′ 9.6 – FUNÇÃO QUOCIENTE: Seja a função definida pela equação v u y = , onde ( )xuu = e ( )xvv = . Atribuindo à variável x um acréscimo x∆ , obtemos acréscimos y∆ , u∆ e v∆ , para as funções y , u e v , de modo que podemos escrever: vv uu yy ∆+ ∆+ =∆+ v u vv uu yy vv uu y − ∆+ ∆+ =∆⇒− ∆+ ∆+ =∆ FÍSICA – LICENCIATURA – EAD Prof. Sebastião Fernandes – UNIFEI – Itajubá – MG ( ) ( ) ( )vvv vvuuuv y ∆+ ∆+−∆+ =∆ . .. ( ) ( )vvv vuuv y vvv vuuvuvuv y ∆+ ∆−∆ =∆⇒ ∆+ ∆−−∆+ =∆ .. Dividindo membro a membro por x∆ , teremos: ( ) xvvv vuuv x y ∆∆+ ∆−∆ = ∆ ∆ .. Podemos ainda escrever esta igualdade na forma: ( )vvv x v u x u v x y ∆+ ∆ ∆ − ∆ ∆ = ∆ ∆ . Tomando os limites para →∆ →∆ →∆ ⇒→∆ 0 0 0 0 v u y x ( ) 2 0 00 0 .. . .. lim limlim lim v dx dv u dx du v dx dy vvv x v u x u v x y x xx x − =⇒ ∆+ ∆ ∆ − ∆ ∆ = ∆ ∆ →∆ →∆→∆ →∆ Portanto: EXEMPLOS: 01) =′⇒= =′⇒= = 67 1920 7 20 7 20 xvxv xuxu x x y ( ) 12 14 26 14 2626 27 620719 13 137207..20 xy x x x xx y x xxxx y =′⇒= − =′⇒ − =′ 02) =′⇒−= =′⇒+= − + = 12 353 2 53 vxv uxu x x y ( ) ( ) ( ) ( ) ( )222 2 11 2 5363 2 53.12.3 − − =′⇒ − −−− =′⇒ − +−− =′ x y x xx y x xx y ( ) ( ) 2 ,, v vuvu yentãoxvvexuuonde v u ySe ′−′ =′=== PROIBIDO VENDER FÍSICA – LICENCIATURA – EAD Prof. Sebastião Fernandes – UNIFEI – Itajubá – MG 9.7 – FUNÇÃO COMPOSTA: Sejam ( )ufy = e ( )xgu = . Então ( )[ ]xgfy = , isto é, a variável dependente y é escrita como uma função composta da variável independente x . Se atribuirmos à variável x um acréscimo x∆ , vamos obter em correspondência um acréscimo u∆ para a função u e um acréscimo y∆ para a função y . Nestas condições, podemos escrever: x u u y x y ∆ ∆ ∆ ∆ = ∆ ∆ . Tomando os limites para →∆ →∆ ⇒→∆ 0 0 0 y u x x u u y x y xux ∆ ∆ ∆ ∆ = ∆ ∆ →∆→∆→∆ limlimlim 000 . Portanto, de acordo com a definição, podemos escrever: Com isto, concluímos que a derivada da função composta é igual ao produto das derivadas das funções em relação às suas variáveis imediatas. Esta regra é conhecida como Regra da Cadeia e é igualmente válida para funções compostas de três ou mais partes. Assim, por exemplo, se ( )ufy = , ( )tgu = e ( )xht = , então podemos empregar a Regra da Cadeia e afirmar que: Esta regra é considerada a mais importante entre todas as regras de derivação, uma vez que é ela quem nos permite obter a derivada de certas funções aparentemente complicadas, conforme teremos oportunidade de comprovar nas próximas aulas. EXEMPLOS: 01) Encontre dx dy , sendo 2uy = , 3vu = , 4tv = e 5xt = dx du du dy dx dy .= dx dt dt du du dy dx dy ..= FÍSICA – LICENCIATURA – EAD Prof. Sebastião Fernandes – UNIFEI – Itajubá – MG Pela Regra da Cadeia: dx dt dt dv dv du du dy dx dy ...= 432 5.4.3.2 xtvu dx dy = A derivada já está pronta na expressão acima. Entretanto, como entendemos que y é uma função composta na variável x , então a derivada y′ deve ser também uma função de x . Para obter essa função, basta substituir as funções na expressão obtida para a derivada, ou seja: ( ) ( ) 435243 ....120 xxtv dx dy = ( ) ( ) 4158534 ....120 xxxt dx dy = ( ) 119415406041540125 120....120....120 x dx dy xxxx dx dy xxxx dx dy =⇒=⇒= 02) Achar dx dy , sabendo que 72 −= uy , 2tu = e 5xt = Pela Regra da Cadeia: dx dt dt du du dy dx dy ..= 1945104524 20...20...205.2.2 x dx dy xxx dx dy xxt dx dy xtu dx dy =⇒=⇒=⇒= 9.8 – FUNÇÃO INVERSA: Vamos considerar uma função definida pela lei ( )xfy = , que seja bijetora num intervalo ℜ⊂I e que seja derivável nesse intervalo. Nestas condições, podemos afirmar que: x y y x ∆ ∆ =′ →∆ lim 0 existe e é finito para todo Ix∈ . Como, por hipótese, a nossa função ( )xfy = é bijetora no intervalo I , podemos definir nesse intervalo a sua função inversa, isto é: Se ( )xfy = , então ( )yfx 1−= (Inversa) PROIBIDO VENDER FÍSICA – LICENCIATURA – EAD Prof. Sebastião Fernandes – UNIFEI – Itajubá – MG Portanto, de acordo com a definição de derivada, podemos também escrever: y x x y ∆ ∆ =′ →∆ lim 0 (lembrando que, se 00 →∆⇒→∆ yx ) Podemos, ainda, escrever: x y x x y x x y ∆ ∆ =′⇒ ∆ ∆ =′ →∆ →∆ lim lim 0 0 11 Finalmente, percebemos que: Conclusão: A derivada da função inversa é igual ao inverso da derivada da função. Tanto quanto a regra da função composta, estudada anteriormente, a regra da função inversa será de grande aplicação para obter as derivadas de certos tipos de funções, como as trigonométricas, por exemplo. EXEMPLO: Seja xy = , com 0>x , isto é, ( )xfy = . Então, podemos escrever 2yx = , ou seja, ( )yfx 1−= (função inversa). Neste caso: yx 2=′ Como x y ′ =′ 1 , então: x y y y 2 1 2 1 =′⇒=′ OBSERVAÇÃO: Este resultado está comprovado, pois já foi obtido anteriormente. x you y x ′ =′ ′ =′ 11 FÍSICA – LICENCIATURA – EAD Prof. Sebastião Fernandes – UNIFEI – Itajubá – MG CÁLCULO 1 – AULA 10 - DERIVADAS 10.1 – FUNÇÃO POTÊNCIA: Na aula anterior aprendemos a regra para se derivar funções da forma nxy = , cuja derivada é 1. −=′ nxny . Agora, que já conhecemos a regra da Função Composta, vamos aprender a derivar funções potência da forma ( )[ ]nxfy = , onde ( )xf é uma função qualquer. Fazendo nuy = e ( )xfu = , percebemos que y é uma função composta da variável x . Pela Regra da Cadeia: dx du du dy dx dy .= Temos: 1. −= nun du dy e ( )xf dx du ′= Portanto: ( )xfun dx dy n ′= − .. 1 , ou seja: EXEMPLOS: 01) ( )10023 3845 −+−= xxxy ( ) ( )8815.3845.100 29923 +−−+−= xxxxx dx dy Este exemplo mostra, com bastante clareza, a importância e praticidade desta regra. Observe que a derivada foi obtida rapidamente e, principalmente, na forma fatorada. Caso esta regra não existisse, teríamos primeiramente que desenvolver o produto notável, isto é, elevar o polinômio à centésima potência, dando origem a um polinômio de grau 300, e só depois o derivarmos para obter um polinômio de grau 299. Além do trabalho de se desenvolver o polinômio, teríamos ainda o trabalho de deriva-lo e fatorá-lo. ( )[ ] ( )xfxfn dx dy n ′= − .. 1 PROIBIDO VENDER FÍSICA – LICENCIATURA – EAD Prof. Sebastião Fernandes – UNIFEI – Itajubá – MG 02) 5 52 23 + − = x x y Fazendo 52 23 + − = x x u , teremos 5uy = Pela Regra da Cadeia: dx du du dy dx dy .= Temos: ( ) ( ) ( ) ( )22 52 19 52 23.252.3 + = + −−+ = xx xx dx du e 45u du dy = Portanto: ( ) 4 2 52 23 . 52 95 + − + = x x xdx dy 10.2 – FUNÇÃO EXPONENCIAL: Seja a função exponencial definida por xay = , onde 0>a e 1≠a . Por definição, sabemos que: ( ) ( ) x xfxxf dx dy x ∆ −∆+ = →∆ lim 0 Então: ( ) x aa dx dy x aa dx dy xx x xxx x ∆ − =⇒ ∆ − = ∆ →∆ ∆+ →∆ 1. limlim 00 x a a dx dy x x x x ∆ − = ∆ →∆→∆ 1 .limlim 00 O primeiro limite é imediato e o segundo é um limite fundamental exponencial. Portanto: Esta regra, aplicada para exponenciais da forma xay = , pode ser estendida para funções exponenciais da forma ( )xfay = , isto é, na forma composta. Se aplicarmos a estas funções a Regra da Cadeia, veremos que a derivada será quase a mesma que acabamos de mostrar. Basta trocar x por ( )xf e multiplicar o resultado por ( )xf ′ , ou seja: aa dx dy entãoaeacomaySe xx ln.,10, =≠>= FÍSICA – LICENCIATURA – EAD Prof. Sebastião Fernandes – UNIFEI – Itajubá – MG EXEMPLOS: 01) 3ln.33 xx dx dy y =⇒= 02) xxx e dx dy ee dx dy ey =⇒=⇒= ln. Observe que, quando a base for Número Neperiano e, a constante irracional aln é 1. 03) xdx dy xdx dy y x xx 2 5ln.5 2 1 .5ln.55 =⇒=⇒= 04) 33 22 .2 −− =⇒= xx ex dx dy ey 10.3 – FUNÇÃO LOGARÍTMICA: Como já aprendemos a derivar funções exponenciais e funções inversas, podemos obter a derivada das funções logarítmicas aplicando essas regras, uma vez que as funções logarítmicas são inversas das exponenciais. Seja, então a função logarítmica definida pela equação: log x a y = , onde 10,0 ≠>> aeax . Nestas condições, podemos dizer que yax = (função inversa). Aprendemos também que, para duas funções inversas: x y ′ =′ 1 . No nosso caso: ax y aa yaax y y ln. 1 ln. 1 ln. =′⇒=′⇒=′ Porém: log ln 1 ln ln ln 1 e aaa e a =⇒= (pela Propriedade de mudança de bases em logaritmos) ( ) ( ) ( )xfaa dx dy entãoaySe xfxf ′== .ln., PROIBIDO VENDER FÍSICA – LICENCIATURA – EAD Prof. Sebastião Fernandes – UNIFEI – Itajubá – MG Portanto: Observe que log e a é uma constante irracional e que se tornará igual a 1 quando a base do logaritmo for a base Natural e, ou seja, 1log = e e . Uma vez que a regra está demonstrada para log x a y = , podemos utilizar a Regra da Cadeia e estende-la para funções da forma ( ) log xf a y = , isto é: EXEMPLOS: 01) loglog 33 1 ex x yy =′⇒= 02) x y x yxy e e 11 ln log =′⇒=′⇒= 03) logloglog 555 2 1 . 2 1 eex x y x x yy =′⇒=′⇒= 04) ( ) 1 12 1ln 2 2 +− − =′⇒+−= xx x yxxy loglog 1 , e a x a x yentãoySe =′= ( ) ( ) ( ) loglog ., e a xf a xf xf yentãoySe ′ =′= FÍSICA – LICENCIATURA – EAD Prof. Sebastião Fernandes – UNIFEI – Itajubá – MG CÁLCULO 1 – AULA 11 - DERIVADAS 11.1 – FUNÇÕES TRIGONOMÉTRICAS: A) FUNÇÃO SENO: Seja a função definida por xy sen= . Por definição: ( ) ( ) x xfxxf dx dy x ∆ −∆+ = →∆ lim 0 No nosso caso: ( )
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