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Resumo para a monitria de Teoria do Estado

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Resumo para a monitoria de Teoria do Estado – 2011/2 – Carlos Eduardo Sousa – Professor 
Roberto Luiz Quadros – FDUFMG. 
 
 
Formas de Estado: unitário, regional, autônomo, federal. 
Sistemas de governo: presidencial, parlamentar, semi-presidencial, diretorial. 
Sistemas eleitorais: majoritário, proporcional, distrital. 
 
Estado Moderno 
 
Formação do Estado Moderno: em 1942 invasão das Américas por 
Cristóvão Colombo e retomada de Granada (sul da Espanha), com a expulsão 
dos mouros. 
 
Focos de Poder do Estado Moderno: Rei, senhores feudais (nobres) e servos 
Período Anterior 
Poder fragmentado, não concentrado 
Domínio de Império (multinacional, multiétnico – imperador não 
assume diretamente administração do império) 
 
Formação do Estado Moderno na Europa 
Unificação econômica (moeda nacional e bancos nacionais) 
Unificação do poder interno (formação de exército nacional) 
Formação de polícia nacional 
Estabelecimento de soberania interna 
Afirmação do poder do rei perante os poderes dos nobres 
(senhores feudais) 
Poder do rei mantido por justificativa (teoria do direito divino) 
 Estabelecimento de soberania externa 
Afirmação do poder interno sobre os poderes externos (Impérios 
e Igreja) 
Não submissão automática ao papa e ao poder imperial 
(multiétnico, multinacional e descentralizado) 
Resumo para a monitoria de Teoria do Estado – 2011/2 – Carlos Eduardo Sousa – Professor 
Roberto Luiz Quadros – FDUFMG. 
 
 Unificação 
 Expulsão dos mais diferentes 
 Uniformização dos menos diferentes 
Rei unifica o Estado moderno; torna o direito territorial (antes era 
vinculado ao vassalo). 
 Assume um reino multiétnico 
 
Métodos de Uniformização de Valores e Comportamentos 
Religião 
Fator uniformizador fundamental dos grupos étnicos 
Intolerância religiosa e cultural como consequência 
Espanha: religião católica (unificadora dos espanhóis). 
 Escolha de idioma comum 
Itália: apenas 3% da península itálica falava italiano em 1860; 
 Espanha: castelhanos (grupo hegemônico); 
 França: francos (grupo hegemônico); 
 Reino Unido: ingleses (grupo hegemônico sobre os escoceses, 
irlandeses e galeses). 
 Comportamento 
Fiscalização do comportamento dos integrantes do Estado; 
Dificuldade de lidar com diferenças, com minorias (Estado 
intolerante, uniformizador). 
Uniformização no Direito 
 Direito de família 
 Direito de propriedade 
 
Finalidades da Uniformização de Valores e Comportamentos 
Construção de uma identidade nacional como requisito para o exercício 
do poder soberano 
Criação de uma nacionalidade (conjunto de valores de identidade) 
Resumo para a monitoria de Teoria do Estado – 2011/2 – Carlos Eduardo Sousa – Professor 
Roberto Luiz Quadros – FDUFMG. 
 
Padronização do comportamento 
 
Idiomas oficiais da Espanha (nacionalidades espanholas pré-existentes) 
Castelhano, basco, galego, catalão, valeciano e andaluze. 
Fragmentação da Iugoslávia 
Macedônia, Sérvia, Croácia, Montenegro, Bósnia, Eslovênia e Kosovo. 
 
Formação do Estado Moderno na América Latina 
Estado nacional formado a partir de lutas pela independência 
Estado construído por parcela minoritária da população (elites 
econômicas e militares) 
Exclusão de milhões de índios e africanos imigrantes da ideia de 
nacionalidade 
Processo de alienação, aculturamento e perda das raízes 
Direito de família e direito de propriedade estabelecido pelo invasor 
europeu 
 
 
 
 
 
Resumo para a monitoria de Teoria do Estado – 2011/2 – Carlos Eduardo Sousa – Professor 
Roberto Luiz Quadros – FDUFMG. 
 
 
 
Características do Estado Moderno 
 Territorial 
 Poder organizado 
 Povo nacional 
 Soberania interna (poder supremo) e soberania externa (independência) 
 
Comprometimento da soberania interna 
 FARC na Colômbia 
 favelas no Rio de Janeiro 
 movimento zapatista no México 
 
Direito do Estado Moderno 
 Direito de família 
 Direito de propriedade 
 
Turquia 
 Grandes cidades ocidentalizadas (Ancara, Istambul) 
 Interior com grande influência oriental 
 
Toda teoria surge de determinado contexto (necessidade de contextualização). 
Toda teoria é construída para explicar uma realidade específica, temporal e 
espacialmente. 
 
Estado Moderno 
 Absolutista 
 Constitucional: Liberal, Social, Socialista e Nazifascista 
 
Elementos essenciais do Estado constitucional 
Resumo para a monitoria de Teoria do Estado – 2011/2 – Carlos Eduardo Sousa – Professor 
Roberto Luiz Quadros – FDUFMG. 
 
Limitação do poder do Estado 
Normas de organização do Estado 
Normas de distribuição de competências 
Normas de separação de poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário) 
 Declaração dos direitos fundamentais do indivíduo 
 
1ª Fase do Estado Constitucional Liberal 
Busca trazer a segurança jurídica por meio da Constituição (ausência de 
elemento superior à Constituição). 
Constituição Inglesa: 
 Constituição costumeira / consuetudinária (Israel, Canadá, Austrália e 
Nova Zelândia) 
 Ausência de poder constituinte originário (ausência de Constituição no 
sentido formal) 
Ausência de texto sistematizado e organizado 
Bases da Constituição Inglesa 
1º status quo (direito estatutário): norma escrita e produzida pelo 
Parlamento inglês (leis esparsas desde o século XII) 
2º decisões judiciais (common law e cases law) 
common law: direito comum ou consuetudinário (presente 
nas decisões judiciais, nas sentenças); precedente judicial 
semelhante à jurisprudência, mas leva em consideração a 
situação fática (vida do caso), sendo um direito vivo, mais 
detalhado e aprovundado 
 3º convenções constitucionais (constitutional conventions) 
Constituição dos Estados Unidos 
 Produto formal de poder constituinte originário (presença de 
Constituição no sentido formal) 
 Presença de Constituição no sentido material 
 Houve somente 1 texto constitucional, mas diversas interpretações 
distintas 
Resumo para a monitoria de Teoria do Estado – 2011/2 – Carlos Eduardo Sousa – Professor 
Roberto Luiz Quadros – FDUFMG. 
 
 Mudança de significado das palavras com o tempo 
“todos os homens nascem livres e iguais em direito”: em 
1776, homens como homens brancos (exclusão de negros, 
índios e mulheres); em ???, após a guerra civil americana, 
homens como homens brancos e negros (exclusão de 
índios e mulheres); em 1964, homens como homens do 
sexo masculino (exclusão de mulheres); em 1972, homens 
como todas as pessoas (homens e mulheres) 
necessidade de integridade do sistema, de coerência, lógica 
entre interpretações sucessivas 
 
Resumo para a monitoria de Teoria do Estado – 2011/2 – Carlos Eduardo Sousa – Professor 
Roberto Luiz Quadros – FDUFMG. 
 
 
Estado liberal 
 Poder limitado 
 Direitos individuais e direitos políticos (voto censitário) 
 Ausência de direitos sociais e de direitos econômicos 
Função do Estado 
Manutenção da ordem interna (polícia) e da soberania externa 
(Forças Armadas) 
 Pilares da liberdade liberal (alimentação da economia liberal) 
 Estado mínimo 
 Propriedade privada 
 Justificativa do voto censitário 
quanto mais dinheiro a pessoa tem, mais ela colabora 
economicamente com o Estado, devendo ter mais direitos na 
vida política do Estado 
 
Problemas do Estado liberal no final do século XIX 
 1-) desigualdade de condições de competição 
acúmulo de capital como condição para a revolução burguesa: 
vantagem inicial da burguesia em relação ao restante da 
população; conquista do Oeste americano como o maior caso de 
mobilidade social da história 
 2-) conservadorismo econômico 
 Criação de mecanismos de conservação do espaço econômico 
conquistado pelos ricos 
 Ex: dumping (manutenção do preço do produto abaixo do custo, 
até destruir o concorrente mais fraco) 
 3-) desregulamentação 
 Lógica da economia liberal: 
 Políticas Resultados 
 Estado mínimo livre iniciativa 
Resumo para a monitoria de Teoria do Estado – 2011/2 – Carlos EduardoSousa – Professor 
Roberto Luiz Quadros – FDUFMG. 
 
 propriedade privada livre concorrência 
 desregulamentação livre mercado 
 
Necessidade de criação de um Estado regulamentador, de modo a conseguir 
os resultados esperados (livre iniciativa, livre concorrência e livre mercado). 
Lei Sherman (1890): primeira lei moderna que marca o intervencionismo 
estatal para combater a prática do conservadorismo econômico. 
 
1980: entrada do ultraconservadorismo no poder nos Estados Unidos, Reino 
Unido, Alemanha e Japão; sob o pretexto de realizar liberalismo econômico, 
realizam a desregulamentação da economia; isso ocasionou forte processo de 
concentração econômica, embora a teoria e o discurso fossem liberais 
 
 
 
Resumo para a monitoria de Teoria do Estado – 2011/2 – Carlos Eduardo Sousa – Professor 
Roberto Luiz Quadros – FDUFMG. 
 
 
Capitalismo Liberal x Capitalismo Conservador 
 
A prática econômica é liberal mas, a partir dela, surge o capitalismo 
conservador. 
Determinadas políticas econômicas levam a determinados resultados: 
 Lógica da economia liberal: 
 Políticas Resultados 
 Estado mínimo livre iniciativa 
 Propriedade privada livre concorrência 
 Desregulamentação livre mercado 
Liberais desejam modificar as políticas para alcançar os resultados. 
 
Século XIX 
Uso das máquinas em larga escala, na produção de bens. 
Elevado grau de exploração do trabalhador. 
Revolução Francesa: foi uma revolução moderna, mas os vitoriosos foram os 
liberais. 
O Estado liberal não regula a relação de trabalho nem a relação econômica. 
 
Presença de revolta difusa (criminalidade) na sociedade. 
Principal causa da criminalidade é econômica: 
 90% da criminalidade é de origem econômica 
 Solução para isso é a política econômica, não o direito penal 
 
O Estado é conduzido por pessoas que representam interesses particulares. A 
eficiência ou ineficiência do Estado depende de tais pessoas. 
 
Os conservadores criam uma justificativa / ideologia / estória, com distorção 
proposital da realidade: 
Resumo para a monitoria de Teoria do Estado – 2011/2 – Carlos Eduardo Sousa – Professor 
Roberto Luiz Quadros – FDUFMG. 
 
 o problema do crime é o criminoso 
o criminoso teria escolhido o caminho do mal, devendo ser 
enquadrado no direito penal (penitenciária) 
o criminoso seria um louco, denvendo ser tratado pela psiquiatria 
(manicômio) 
 na realidade, é o sistema que gera condutas criminosas 
criminalidade e psquiatria não resolvem o problema da 
criminalidade, pois não combatem o fato gerador 
 o não combate ao fato gerador possui dois destinos possíveis: 
Estado totalitário ou caos social 
 
 
Fases do Estado Moderno 
 
1ª Fase 
Poder limitado 
Direito individual 
Direito político 
Voto censitário 
 Requisitos: nacionalidade (1º), idade (2º), escolaridade (3º), gênero (4º) e 
econômica (5º) 
 
2ª Fase 
Poder limitado 
Direito individual 
Direito político 
Voto igualitário masculino 
Requisitos: nacionalidade (1º), idade (2º), escolaridade (3º) e gênero (4º) 
 Na Suíça, até 1972, a mulher não tinha direito a voto. 
 Nesta fase, o requisito econômico para votação é extinto, com inserção 
significativa de novos votantes. Isso altera a composição do parlamento, visto 
Resumo para a monitoria de Teoria do Estado – 2011/2 – Carlos Eduardo Sousa – Professor 
Roberto Luiz Quadros – FDUFMG. 
 
que os novos votantes apóiam partidos com interesses diversos dos partidos 
até então dominantes. Com isso, há mudança das leis, o que será um passo 
para a 3ª fase do Estado moderno liberal. 
 
3º Fase (Transição) 
Poder limitado 
Direito individual 
Direito político 
Fase de transição entre o constitucionalismo liberal e o novo 
constitucionalismo. O Estado, gradualmente, deixa de ser liberal e passa a ser 
intervencionista. A lei constitucional não se altera, mas a legislação 
infraconstitucional sofre modificações. Surgem os direitos trabalhistas e os 
direitos previdenciários. 
Na França, já no início do século XIX, havia uma legislação trabalhista. A 
legislação previdenciária inicia-se na Áustria, em 1870, sendo seguida pela 
Alemanha. Na Europa, o marco são os movimentos sociais de 1870, 
antecedidos pelos de 1848. 
O Estado começa a mudar de postura, iniciando a preocupação social. 
Na década de 1920, alguns estados norte-americanos criam algumas leis 
trabalhistas. A Suprema Corte americana interpretou que tais leis eram 
ofensivas à liberdade do indivíduo em trabalhar ou não. Por exemplo, proibir 
um menor de trabalhar era retirar seu direito de escolha pelo trabalho. 
As leis trabalhistas e previdenciárias são insuficientes para mudar a conjuntura 
de desigualdade e conflitos do mundo ocidental. 
A 1ª Guerra Mundial é o marco divisor de águas para o Constitucionalismo, 
com o declínio do Estado liberal clássico. Surgem dois novos tipos de Estado: 
o Estado social e o Estado socialista. No mundo, a 1ª Constituição social 
surgiu em 1917, com a Revolução Mexicana (Emiliano Zapata), sendo a 1ª 
constituição a trazer conteúdos econômicos e sociais em seu texto. 
Na Europa, a 1ª constituição social surgiu na Alemanha, foi a Constituição de 
Weimar. Na Alemanha, sobe ao poder o partido moderado SPD (Partido 
Socialista Democrata), que depois se dividiu em KPD e o USPD (Partido 
Socialista Democrata Independente). Os grandes empresários alemães, ao 
Resumo para a monitoria de Teoria do Estado – 2011/2 – Carlos Eduardo Sousa – Professor 
Roberto Luiz Quadros – FDUFMG. 
 
cederem a reivindicações históricas dos trabalhadores alemães, oriundas de 
1870, acabam enfraquecendo o SPD. A Constituição de Weimar é 
interpretada de diferentes formas: uma mais social-democrática 
(predominante); uma socialista; uma direitista. 
Do ponto de vista formal, a maior parte das constituições do mundo são 
sociais e democratas. Formalmente, não há mais textos constitucionais 
liberais, nem nazi-fascistas. 
A Constituição social delimita normas que organizam a estrutura do Estado, 
separam os poderes do Estado e distribuem as respectivas competências. O 
Estado pode fazer somente aquilo que a lei expressamente autoriza; os 
cidadãos podem fazer tudo, exceto o que a lei expressamente não autoriza 
(proíbe). O Estado social não rompe com as conquistas do Estado liberal, não 
havendo ruptura absoluta com o passado: separação dos poderes; garantias 
fundamentais; limites do poder do Estado. O Estado social rompe com o 
Estado liberal ao trazer novos direitos, que são os direitos sociais e os direitos 
econômicos. Os direitos fundamentais que existiam no Estado liberal são 
revistos (relidos), surgindo também novos direitos, que passam a ser 
considerados direitos fundamentais da pessoa: os direitos sociais (trabalhistas, 
previdenciários, saúde pública, educação pública, moradia); os direitos 
econômicos (o Estado passa a exercer a atividade econômica ao lado do setor 
privado, bem como regulamentar a atividade econômica do setor privado). 
Surge também um princípio jurídico que é a ideia da função social da 
propriedade; antes, a propriedade privada era direito absoluto do proprietário; 
agora, estabeleceram-se mecanismos de acesso à propriedade e ao uso da 
propriedade, com a necessidade de cumprir a função social da propriedade. 
Na Suécia, nenhuma terra pode ser cercada para impedir o acesso das pessoas, 
que podem usá-la para recreação em rios, por exemplo. Na Constituição 
brasileira, a propriedade possui três funções sociais: função social da 
propriedade rural (produtividade, respeito ao meio ambiente, respeito ao 
trabalhador rural e dignidade do morador rural); função social da propriedade 
urbana, que inclui IPTU progressivo (Arts. 184, 185 e 186 da Constituição). 
Surge a ideia da indivisibilidade (indissolubilidade) dos direitos humanos, ou 
seja, os direitos humanos são considerados interdependentes. Tal idéia passa 
se consolida no mundo a partir de uma resoluçãoda ONU de 1973. A 
Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948) possui 20 artigos que se 
Resumo para a monitoria de Teoria do Estado – 2011/2 – Carlos Eduardo Sousa – Professor 
Roberto Luiz Quadros – FDUFMG. 
 
referem a direitos individuais e políticos. Os dois pactos do bloco socialista 
enfatizam os direitos econômicos. Em 1973, uniram-se os direitos individuais 
e políticos aos direitos econômicos, em uma relação de interdependência. 
O Estado social apresenta diferentes designações, utilizadas neste curso como 
sinônimos: Estado providência; Estado assistencialista; Estado de bem-estar 
social; Estado social-liberal. 
Um dos principais teóricos do Estado social no pós-Segunda Guerra Mundial 
será John Maynard Keynes, avançando no grau de sofisticação teórica. 
 
A Constituição de 1988 estabelece 4 formas de ganho: juros, com limite de 
12% ao ano; renda (especulação, aluguéis) 
 
Três formas de Estado: Estado liberal; Estado socialista; Estado social 
(híbrido entre os dois anteriores). Pode haver governos com políticas mais 
socializantes ou mais liberalizantes. A 
 
 
No Brasil, a 1ª Constituição é de 1824, sendo fruto de um acordo entre 
latifundiários. A 2ª Constituição é de 1891, que é formalmente liberal, mas 
conservadora na prática. Formalmente, o voto era livre (voto não censitário); 
na prática, o havia controle dos votos pela política do café com leite. A 1ª 
experiência real brasileira com democracia representativa, com sufrágio 
universal, foi em 1946, após a 2ª Guerra Mundial. A fase de transição do 
Estado liberal (3ª fase) inicia-se em 1920, com os movimentos sociais, embora 
ainda dominem os conservadores. Segundo Washington Luís, a questão social 
é uma questão de polícia. A 3ª Constituição do Brasil é uma constituição 
social. 
 
 
 
Resumo para a monitoria de Teoria do Estado – 2011/2 – Carlos Eduardo Sousa – Professor 
Roberto Luiz Quadros – FDUFMG. 
 
 
Ler Constituições: URSS; Alemanha; Itália; Estados Unidos. 
Bem Vindo ao Deserto do Real Zizek 
Criança, a Alma do Negócio Reportagem do Youtube 
Ideologia e Constitucionalismo José Luis Quadros de Magalhães 
 
Estado Socialista 
Formado em 1917, com a revolução bolchevique, que forma, em 1918, a 
URSS, primeiro Estado socialista do mundo. Há uma ruptura (não absoluta) 
com a estrutura capitalista e com os princípios do constitucionalismo liberal. 
Manteve-se a idéia de Estado, de poder limitado, de separação de poderes, de 
divisão de competências. Presença dos quatro tipos de direito: individuais, 
políticos, sociais e econômicos. 
No liberalismo, prevalece o individualismo: direito individual, liberdade 
individual, propriedade privada, privacidade. No socialismo, prevalece o 
coletivismo: igualdade, solidariedade e coletivismo. O Estado social busca um 
equilíbrio entre o direito individual e o direito coletivo. 
No socialismo, os direitos individuais e políticos são limitados, condicionados 
à concepção de um objetivo maior: a constituição de uma sociedade 
comunista. O Estado socialista teria por finalidade preparar a sociedade para o 
comunismo, em que não existe Estado. No primeiro momento, haveria a 
ruptura com o capitalismo; no segundo momento, haveria a consolidação de 
uma sociedade socialista; no terceiro momento, haveria a formação de uma 
sociedade comunista. 
Condicionantes aos direitos individuais e políticos: a liberdade é condicionada 
à concepção de um 
Três principais diferenças entre o Estado social e o Estado socialista: 
1ª Diferença: econômica 
 No Estado social, há a formação de uma economia de mercado 
regulamentada pelo Estado para atingir determinadas finalidades econômicas e 
sociais. Há a propriedade privada, a propriedade do Estado e a propriedade 
coletiva. 
Resumo para a monitoria de Teoria do Estado – 2011/2 – Carlos Eduardo Sousa – Professor 
Roberto Luiz Quadros – FDUFMG. 
 
 No Estado socialista, há uma ruptura da economia capitalista 
(propriedade privada da indústria, dos bancos, do comércio, do campo – 
círculo virtuoso de acumulação e investimento). Na economia socialista, há o 
círculo virtuoso de produção e repartição. Há a propriedade do Estado e a 
propriedade coletiva. 
 (No Estado liberal, há a propriedade privada). 
2ª Diferença: direitos humanos 
 No Estado social, os direitos individuais e políticos são direitos de 
implementação imediata, enquanto os direitos sociais e econômicos eram 
direitos de implementação gradual. Na prática, muitos dos direitos sociais e 
econômicos permaneceram somente no âmbito constitucional, uma vez que 
não havia mecanismos jurídicos para implementar tais direitos na prática. 
Atualmente, o Judiciário vem suprindo as deficiências do Executivo em 
garantir os direitos sociais dos cidadãos. 
 No Estado socialista, os direitos individuais e políticos eram 
sacrificados em favor da constituição do comunismo, dando prioridade aos 
direitos sociais (educação, saúde, moradia) e econômicos. 
3ª Diferença: finalidade 
 A finalidade do Estado social é a permanência do Estado social, a 
efetividade da Constituição social. 
 A finalidade do Estado socialista é acabar o Estado socialista e criar o 
comunismo. A contradição é que se aumentou o poder do Estado para, 
posteriormente, acabar com tal poder; o problema é que o poder é cativante. 
 
A Revolução Industrial russa ocorreu em 1905. A revolução de 1917 
expandiu-se em regiões mais pobres, menos industrializadas. 
 
1. Nazifascismo 
Interesses Conservadores 
Conservadores: grandes corporações que criarão mecanismos de conservação 
de seu espaço no mercado; defesa do processo de conservação de riqueza; 
diminuição do espaço do mercado de livre concorrência. 
Resumo para a monitoria de Teoria do Estado – 2011/2 – Carlos Eduardo Sousa – Professor 
Roberto Luiz Quadros – FDUFMG. 
 
O capitalismo social tenta restringir os privilégios dos conservadores, ao passo 
que o socialismo rompe totalmente com os privilégios dos conservadores. 
Financiadores à ascensão de Hitler ao poder: Mannesman, General Motors, 
Standard Oil, Ford, Krupp etc. 
Fascismo no Japão: Yamaha, Suzuki, Mitsubishi 
Fascismo na Itália: Fiat. 
 
2. Grandes Potências 
Grandes potências industriais de 1910 era dividida em 2 grandes grupos: um 
dos países que tinham grande espaço para a exploração dos recursos naturais 
(EUA, Inglaterra e França); um dos países que não tinham muito espaço para 
a exploração dos recursos naturais (Alemanha, Itália e Japão). Inglaterra: 
Austrália, Nova Zelândia, parte da China, Iraque, Kuwait. França: Líbano, 
Síria, noroeste da África, Guiana Francesa. As causas das duas grandes guerras 
mundiais são econômicas: disputa pela exploração dos recursos naturais das 
colônias. Alemanha, Itália e Japão precisam de espaço e organizam-se por sua 
disputa. 
Finalidades do nazifascismo: 
 Reordenação da economia; 
 Afastamento da ameaça da expansão do socialismo; 
 Espaço para a expansão econômica. 
 
3. Eugenia 
No século XIX, um médico alemão defendia a purificação alemã, por meio do 
controle da reprodução. Isso partia do princípio de um padrão de perfeição do 
ser humano. 
Nos Estados Unidos, em 1904, Theodore Roosevelt defendia o controle da 
reprodução no país, de modo a evitar que pessoas “inadequadas” tivessem 
descendentes. Para ele, o bebê ideal para a reprodução era branco, de pele 
rosada, cabelos claros. 
Na Suécia, o projeto eugênico durou até 1972. A política era de incentivo ou 
desestímulo à reprodução. 
Resumo para a monitoria de Teoria do Estado – 2011/2 – Carlos Eduardo Sousa – Professor 
Roberto Luiz Quadros – FDUFMG. 
 
Na Alemanha, o processo foi intensificado. O discurso era de que o povo 
alemão estava contaminado pelos estrangeiros, o que resultava no nascimento 
de alemães com defeitos físicos ou mentais. Chegaram a exterminar cerca de 
70 mil alemães que apresentavam defeitos físicos ou mentais. Em 1939, surgiu 
uma fazendaem que se escolhia os melhores reprodutores homens, que 
faziam sexo com várias mulheres, para gerar bebês ideais. 
Na URSS, também houve projeto de eugenia, mas com outras matrizes 
ideológica e biológica. A idéia era a criação do ser humano socialista, 
intelectualmente evoluído. Stalin descobriu o projeto e mandou matar os 
médicos envolvidos. 
No Brasil, no século XIX, houve uma política de branqueamento, realizava via 
o estímulo à imigração de suíços. A Constituição de 1934 atribui, entre as 
funções do presidente da República, estabelecer política de eugenia no país. 
A estratégia nazista é tocar as pessoas pela emoção: as propagandas eram 
sofisticadas; o discurso de Hitler era muito organizado, com música 
nacionalista, marcha militar, vários adeptos do nazismo com bandeira; 
valorização dos adeptos do nazismo; todos usando o mesmo uniforme; 
realização de discurso de socialização. Hitler busca filiação de diferentes 
grupos: operários desempregados; jovens; operários; camponeses. Hitler evita 
qualquer discurso de conflito de classes, que desune a Alemanha. Hitler 
distorce o discurso socialista de internacionalização do conflito entre o 
proletariado e o empresariado para o discurso de conflito entre as raças. Entre 
o operariado, há uma resistência (sindicatos), que é fortemente esmagada. 
Nazismo: Partido Nacional Socialista Operário Alemão 
 
 
Resumo para a monitoria de Teoria do Estado – 2011/2 – Carlos Eduardo Sousa – Professor 
Roberto Luiz Quadros – FDUFMG. 
 
Democracia: governo do povo. 
Até meados do século XVIII, o exercício do poder político se legitima na 
tríade formada por religião, tradição e autoridade (como algo a mais que a 
pessoa tem que lhe dá direito de falar sobre isso). Essa tríade irá se 
fragmentar aos poucos: inicia-se com a Revolução Puritana e a Religião 
Gloriosa; consolida-se com a Revolução Francesa. A partir de então, prevalece 
o princípio da soberania popular (democracia: prevalência do princípio da 
vontade popular). Há divergências entre os autores sobre o que é democracia. 
Se é vontade do povo, o povo não poderia a todo tempo alterar suas 
vontades? Nesse caso, não seria a democracia uma permanente instabilidade, 
tendo em vista que o povo altera sua vontade a todo tempo. A democracia 
tenderia a ser um regime instável. 
A característica fundamental da Constituição moderna é que ela é um texto 
dotado de supralegalidade: não pode ser alterado por leis. Assim, a vontade do 
povo só pode mudar as coisas dentro do que a Constituição permite que ele 
mude. A finalidade da Constituição, nesse caso, é a permanência (estabilidade, 
ordem) de direitos fundamentais do indivíduo. 
A Constituição atual estabelece direitos fundamentais que permite que o povo 
exerça seu poder, representado por deputados e senadores, respeitando tais 
direitos, pois o povo tende a ser “ditatorial”. Somente quando se garante os 
direitos fundamentais da pessoa, é que a pessoa. 
Entre democracia e Constituição, há tensão, não oposição. 
Em certos momentos da história, pode ser que a Constituição não responda 
mais aos anseios da vontade do povo. Nesse caso, pode ocorrer uma 
revolução, instituindo-se nova Revolução. 
 
 
 
 
Resumo para a monitoria de Teoria do Estado – 2011/2 – Carlos Eduardo Sousa – Professor 
Roberto Luiz Quadros – FDUFMG. 
 
 
Pós Segunda-Guerra Mundial (1939-1945) 
URSS 
EUA 
1-) New Deal (1933) 
2-) Conferência de Bretton Woods (1944) 
 
Causas das Guerras Mundiais 
Conflito de interesses entre as seis grandes potências mundiais (Reino Unido, 
França e Estados Unidos x Alemanha, Itália e Japão). 
As grandes empresas da Alemanha, Itália e Japão, ao lado das grandes 
empresas norte-americanas, financiam os regimes nazifascistas. 
Quem tinha reivindicação, financia o regime nazifascista para a guerra e 
beneficia-se no final da guerra, tendo suas reivindicações atendidas: grandes 
empresas da Alemanha, Itália, Japão, junto com as grandes empresas dos 
Estados Unidos, Reino Unido e França. 
 
1ª Guerra Mundial: guerra que destruiu o campo, mas desestabilizou as 
economias. 
2ª Guerra Mundial: guerra que destruiu o campo e o parque industrial. 
 
Formação do G7 
Reunião para discutir a Europa reunida, após a Segunda Guerra Mundial. Era 
necessário criar um espaço econômico comum na Europa, a criação de um 
espaço federal que garantisse a união econômica entre os países da Europa. 
Havia, na Europa Oriental, uma expansão do socialismo real, iniciada na 
União Soviética. Quase todos os regimes socialistas eram alinhados a Moscou, 
com exceção da Iugoslávia e da Albânia, esta durante certo período. 
Reunião com 600 líderes da Europa Ocidental, liderados por Winston 
Churchill. Tratados formados: Benelux, Euraton, Europa do Carvão e do Aço; 
Tratado de Roma. Alemanha, Itália e Japão ganharam mercado, para poder 
unir a Europa Ocidental contra a expansão socialista. 
A resistência aos regimes nazifascistas na Europa foi realizada principalmente 
por socialistas e comunistas. No Japão, isso não ocorreu. Contudo, os países 
vencedores não colocaram no poder dos países derrotados os socialistas e os 
comunistas, dada a ameaça socialista. 
Resumo para a monitoria de Teoria do Estado – 2011/2 – Carlos Eduardo Sousa – Professor 
Roberto Luiz Quadros – FDUFMG. 
 
Para reconstruir a economia dos países arrasados, os Estados Unidos 
precisavam de indivíduos aptos e capazes de estabelecer o capitalismo: Krupp, 
Olivete, Mannesman, Ferrari. Assim, suas empresas foram devolvidas a eles. 
É formada uma aliança para criar um estado de bem-estar social na Europa. 
Criam-se constituições nos países derrotados. 
 
Mundo Bipolar Pós-Guerra 
Expansão socialista até a década de 1980: China, Vietnã, Laos, Camboja, 
Moçambique, Angola, Guiné-Bissau, Cabo Verde, Egito, Cuba, Nicarágua, El 
Salvador, Guatemala e Honduras. 
 
Episódios Importantes do Mundo Pós-Guerra: 
 
1-) New Deal 
Plano de intervencionismo estatal, que aplicou a teoria de Keynes. Reação à 
crise de 1929, que foi uma crise de superprodução, decorrente da falta de 
planejamento macro. Os empresários não encontravam mercado para seu 
produto, os bancos não recebiam o retorno do financiamento fornecido aos 
empresários (cerca de 1000 bancos quebraram em 1929 nos Estados Unidos). 
O Estado começa a regulamentar a economia, de modo a manter o equilíbrio 
entre o consumo e a produção, evitando inflação, deflação e quebra das 
empresas. Condições para o crescimento econômico: capacidade de produção; 
capacidade de geração de energia; infraestrutura básica (rodovias, portos, 
aeroportos). O Estado é o único capaz de investir nas condições para o 
crescimento econômico. 
Aplicando a teoria de Keynes, Roosevelt inicia investimento estatal em obras 
de infraestrutura, gerando ciclo virtuoso: criação de empregos; aumento do 
consumo agrícola e industrial; crescimento da produção agrícola e da 
produção industrial. Além disso, Roosevelt investe no bem-estar social: cria 
sistema de previdência social. 
 
2-) Conferência de Bretton Woods 
Participação dos países capitalistas vencedores da Segunda Guerra Mundial. 
Discussão de como construir um sistema capitalista razoável, de modo a evitar 
o surgimento de novos conflitos mundiais. 
Antes da 2ª Guerra Mundial: total ausência do Estado na economia; câmbio 
flutuante; especulação desenfreada; competição internacional. 
Resumo para a monitoria de Teoria do Estado – 2011/2 – Carlos Eduardo Sousa – Professor 
Roberto Luiz Quadros – FDUFMG. 
 
Objetivo de conseguir um mínimo de estabilidade econômica mundial. 
Keynes sugeriu a criação de uma forma de economia cooperativa, em que os 
estados mais ricos auxiliassem os mais pobres em situações de desestabilização 
econômica. A proposta de Keynes não foi aceita. 
Proposta aceita: proposta norte-americana; criação de um sistema econômico 
para a estabilidade, mas sem cooperação econômica entre os países, mas 
competição econômica. Medidas da proposta americana:dólar como moeda 
internacional; câmbio fixo entre o dólar americano e o ouro; lastro da moeda 
norte-americana em ouro, o que dava sustentação à emissão do dólar. 
O Sistema de Bretton Woods dura até 1971, com o fim do câmbio fixo 
garantido pelos Estados Unidos. 
Instituições criadas em Bretton Woods: Fundo Monetário Internacional (FMI) 
e Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD). 
FMI 
Criado para socorrer o sistema financeiro. Sua finalidade é evitar crises 
econômicas como a crise de 1929, por meio de empréstimos a países com 
necessidades econômicas (pagamento de dívidas dos países). Ex: empréstimo 
do FMI ao Brasil, para pagamento ao Bank Boston e para o Citibank. A crise 
de 2008 foi muito superior à capacidade do FMI em socorrer. 
BIRD 
Banco internacional para promover a reconstrução da Europa e o 
desenvolvimento dos países capitalistas menos desenvolvidos. O auxílio 
financeiro do BIRD é condicionado à adoção de políticas econômicas pelo 
país auxiliado. Isso provocou uma padronização do modelo econômico, que 
causaria a globalização econômica na década de 1990. 
 
3-) Plano Marshal (1947-1953) 
Projeto de reconstrução da Europa Ocidental, em que os Estados Unidos 
transferem bilhões de dólares para a Europa, sendo que parte desse recurso é 
fundo perdido (sem pagamento). No pós-guerra, a Europa Ocidental estava 
completamente arrasada, destruída: os alvos iniciais da guerra eram indústrias, 
quartéis, infraestrutura (usinas de energia, aeroportos, portos). 
Vantagens aos Estados Unidos: único país capaz de fornecer serviços, 
produtos e bens de produção à Europa; gratidão européia ao país; garantia de 
que a Europa Ocidental permanecesse capitalista, ficando sob comando dos 
Estados Unidos. 
 
Efeitos 1947-1980 
Resumo para a monitoria de Teoria do Estado – 2011/2 – Carlos Eduardo Sousa – Professor 
Roberto Luiz Quadros – FDUFMG. 
 
Europeu 
Retomada do crescimento econômico: aumento da arrecadação de tributos 
sem aumentar a alíquota tributária (manutenção da mesma carga tributária); 
grande geração de emprego (criação de sociedades de quase pleno emprego); 
redução da demanda social (excluídos do sistema econômico). 
Tripê do estado de bem-estar social: saúde pública; educação pública; 
previdência social. 
Estados Unidos 
Ideia de estacionar a arrecadação econômica, de modo a dar maior 
lucratividade às grandes empresas. 
 
O Estado e as empresas dependem um do outro. O Estado viabilizou o 
capitalismo. 
Atualmente, há muito mais dólar do que riqueza real produzida. Atualmente, 
95% da circulação monetária mundial é virtual. 
Atualmente, Suécia cresce a um ritmo de 6% ao ano, com elevada carga 
tributária e economia combinada. Forte adoção da política de bem-estar social 
nos países escandinavos. 
 
Organização Territorial do Estado (Formas de Estado) 
1-) Unitário 
 Simples 
 Desconcentrado (delegação) 
 Descentralizado 
2-) Regional 
3-) Autonômico 
4-) Federal 
 2 níveis ou 3 níveis 
 simétrico ou assimétrico 
 centrífugo ou centrípeto 
 
Resumo para a monitoria de Teoria do Estado – 2011/2 – Carlos Eduardo Sousa – Professor 
Roberto Luiz Quadros – FDUFMG. 
 
A maior parte dos Estados do mundo atual são estados unitários 
descentralizados: Uruguai, Chile, Bolívia, Equador, Portugal, Grécia, 
Dinamarca. 
O Estado regional e o Estado autonômico são formas que vão aparecer no 
século XX. 
O Estado regional aparece com a Constituição da Itália de 1947. Reino Unido, 
Bolívia, Equador e Chile passam por um processo de descentralização. 
O Estado autonômico aparece com a na Espanha em 1978, existindo 
atualmente somente na Espanha. 
O embrião do federalismo ocorreu com as cidades-estados gregas. Os suíços, 
desde o século XIII, formam a Confederação Helvética, constituída de 
cidades-estados: eles se unem não para uniformizar; a união é para manter a 
diversidade e a autonomia de cada cidade frente ao surgimento do 
absolutismo. Posteriormente, surgirão cidades-estados francesas e cidades-
estados italianas. Cada cidade-estado suíça possui sua própria Constituição, 
seu próprio Direito Penal. 
Os Estados Unidos formaram uma confederação em 1777, um ano após a 
transformando-se em federação somente em 1787 
Confederação: união de Estados soberanos. 
Federação: união de Estados membros, não soberanos. 
Atualmente, há 27 federações, correspondendo a 40% da população mundial. 
Brasil,Argentina, México, Estados Unidos, Canadá, Rússia, Índia, África do 
Sul, Austrália são Estados federais.Suíça, Bélgica, Áustria, Malásia e Indonésia 
também são Estados federais. 
O Brasil é um Estado federal de 3 níveis, simétrico e centrífugo. Os Estados 
Unidos são de 2 níveis, simétrico e centrípeto. O Canadá é assimétrico e 
centrífugo. 
 
Separação horizontal: Executivo, Legislativo e Judiciário. 
Separação vertical: União, Estados e Municípios. 
 
Estado Unitário 
Primeira forma de organização do poder do Estado moderno. 
Resumo para a monitoria de Teoria do Estado – 2011/2 – Carlos Eduardo Sousa – Professor 
Roberto Luiz Quadros – FDUFMG. 
 
Estado Unitário simples: o rei exerce todo seu poder na esfera territorial do 
Estado. Os comandos do rei eram enviados às cidades por decreto real, 
através de um mensageiro. Era necessário alguém que fiscalizasse se a vontade 
do rei é cumprida. Para cada cidade importante do reino, o rei nomeava um 
representante: para dizer a vontade do rei e fiscalizar se sua vontade está 
sendo cumprida. Tais pessoas exercem o poder em nome do rei. Tal Estado é 
inviável, devido à necessidade de um mínimo de desconcentração de poder: o 
rei deveria delegar poder a seus representantes. O representante não tem 
autonomia, não decidindo por conta própria. Tal poder absoluto estava dentro 
dos limites de comunicação e possibilidade de fiscalização da época. A ideia de 
delegação de competência, surgida nessa época, existe até os dias atuais. 
 
Portugal e Espanha: aumentam a organização de poder territorial. 
Modelo da França: Estado nacionais; regiões; departamentos; comunas; avan 
???. 
Modelo da Espanha: comunidades autônomas; províncias; municipalidades; 
Modelo de Portugal: 
A mesma terminologia é utilizada com funções diferentes em países 
diferentes. 
 
Há determinadas funções administrativas típicas de cada divisão do território. 
O território de Minas Gerais foi dividido em 25 regiões administrativas em 
1994. 
Em São Paulo, foi implantado o sistema das subprefeituras. 
 
A divisão em regiões administrativas é adequado para facilitar a fiscalização 
pela população. Cada região é criada baseada a partir de uma identidade, com 
problemas comuns. 
As províncias ou os departamentos são uniões de municípios. 
 
Os problemas sociais em geral (transporte, saneamento, habitação, coleta de 
lixo, etc.) continuam aumentando. O Estado do século XX não consegue 
tratar de tudo sem a descentralização: há descentralização de serviços e de 
Resumo para a monitoria de Teoria do Estado – 2011/2 – Carlos Eduardo Sousa – Professor 
Roberto Luiz Quadros – FDUFMG. 
 
território. O Estado cria uma estrutura desconcentrada de serviços cada vez 
mais complexa; tal estrutura cresce muito e fica cada vez mais pesada, 
impossibilitando que tudo passe pelo poder central. Na desconcentração, o 
representante delegado não pode decidir por conta própria. Surge então a 
necessidade de descentralização. Na descentralização vai existir a autonomia. 
Autonomia como capacidade de se autogerir, de se autoadministrar, de fazer 
leis próprias. O Estado inicia a descentralização dos serviços e dos territórios. 
O Estado confere a cada província, região, município, uma personalidade 
jurídica própria (existente com responsabilidades próprias, patrimônio 
próprio, competências próprias). A descentralização é muito recente para a 
maior parte dos Estados unitários: a França sofre descentralização a partir de 
1982; a Itália, a partir de 1870. 
Um órgão público(prefeitura, ministério da educação, etc.) não tem 
personalidade jurídica, mas o município (autarquia territorial) tem 
personalidade jurídica. 
Com a descentralização, há transferência de competência para a pessoa 
jurídica. Tais esferas passam a ter governos próprios, administradores 
próprios. 
O Estado unitário descentralizado (descentralização de competência 
administrativa, mas não legislativa ou judiciária). 
 
 
 
No Brasil, fundação pública e autarquia são a mesma coisa atualmente no 
Brasil. Autarquia: criada pelo Estado, sem fins econômicos, atuando em 
setores na qualidade do Estado sem fins econômicos; possui gestor, recurso e 
orçamento próprios. Há autonomia das universidades brasileiras em relação 
ao governo; a atribuição de indicação do reitor da universidade não deveria ser 
do presidente da República ou do governador do Estado. A universidade é um 
espaço de construção do conhecimento livre, não devendo depender nem do 
mercado, nem do governo. 
O Estado cria duas entidades públicas para atuar na economia: empresa 
pública (Caixa Econômica, Cemig); Sociedade de Economia Mista (parte do 
capital é aberto para o setor privado) (Petrobrás, Cemig, Banco do Brasil). 
Resumo para a monitoria de Teoria do Estado – 2011/2 – Carlos Eduardo Sousa – Professor 
Roberto Luiz Quadros – FDUFMG. 
 
 
 
 
 
Há três tipos de fundação: 
Fundação de direito público: igual à autarquia na prática. 
Fundação de direito privado com natureza pública, mas com recursos 
privados. 
Fundação de direito privado com natureza pública, mas criada com recursos 
públicos (Fundep). 
 
1-) Estado Unitário 
 Simples 
teórico, impossível de ser implementado 
 Desconcentrado 
delegação de competências (autorização a outro de atuar em 
nome do detentor do poder) 
divisão do Estado Unitário em diversas esferas administrativas – 
Estado nacional, regiões, províncias ou departamentos e 
municipalidades 
desconcentração tanto territorial quanto de serviços () 
Descentralizado 
 Surgimento de um ente autônomo, com personalidade jurídica 
própria (transferência de competências) 
Criação de entes descentralizados de serviços: autarquias, 
fundações públicas, sociedades de economia mista, empresas 
públicas 
Autarquias e fundações públicas: hospitais, escolas, 
universidades. 
 
Descentralização do Estado Unitário 
Resumo para a monitoria de Teoria do Estado – 2011/2 – Carlos Eduardo Sousa – Professor 
Roberto Luiz Quadros – FDUFMG. 
 
Poder Executivo: competências administrativas e competências de 
governo; maior parte das competências no Estado Unitário. 
 Poder Legislativo: competências legislativas ordinárias e competências 
administrativas 
 Poder Judiciário: competências juridicionais 
 Competências constitucionais: poder soberano, poder constituinte. 
No Estado Unitário Descentralizado, há apenas descentralização de 
competências executivas. O Legislativo continua unitário. O Judiciário é 
unitário, porém desconcentrado (juiz singular ou juiz de 1ª instância 
localizado nas principais cidades). 
 
A França é um Estado Unitário Descentralizado. 
 
2-) Estado Regional 
Além da descentralização administrativa em 4 níveis, há também a 
descentralização legislativa em 2 níveis: poder legislativo nacional e 
poderes legislativos nas diversas regiões. 
O primeiro Estado Regional surgiu na Itália em 1939. O grau de 
descentralização permitido na Itália é muito superior ao grau de 
descentralização de Estados Unitários. 
Na França e na Itália, há a preponderância do Executivo (desequilíbrio 
dos três poderes). A ideia de equilíbrio dos poderes é formulada nos 
Estados Unidos. Existência de normas administrativas. 
Norma administrativa ou ato administrativo normativo: decreto, 
regulamento, estatuto, regimento, instrução normativa, resolução, 
enunciado, portaria, ordem de serviço, circular do Banco Central. No 
Brasil, os atos administrativos normativos não podem criar direitos. Na 
França e na Itália, podem. 
 Lei ou norma legislativa: pode criar direito. 
A única coisa que muda de um Estado Regional em relação ao Estado 
Unitário Descentralizado é que há uma descentralização de 
competências legislativas em 2 níveis. 
 
Resumo para a monitoria de Teoria do Estado – 2011/2 – Carlos Eduardo Sousa – Professor 
Roberto Luiz Quadros – FDUFMG. 
 
3-) Estado Autonômico. 
Além da descentralização administrativa em 4 níveis, da 
descentralização legislativa em 2 níveis, há mudança da forma como o 
Estado nacional é organizado, ordenado: no Estado Regional, o estado 
Nacional elabora o estatuto de autonomia para todas as regiões; no 
Estado Autonômico, os estatutos de autonomia são elaborados pelas 
próprias comunidades autônomas e, então, são submetidos ao Estado 
nacional (necessária aprovação do Parlamento). Verificação do estatuto 
de autonomia pelo Parlamento: não violação à Constituição do país; 
não viesado politicamente (ausência de viés político). 
A Espanha é um Estado Autonômico. A Constituição estabelece 
competência para o Estado espanhol. Todas as competências não 
previstas na Constituição, os entes autônomos podem assumir ou abrir 
mão delas (escolha realizada periodicamente). Geralmente, os entes 
autônomos assumem as competências possíveis. 
 
 
No Brasil: justiça comum federal; justiça do trabalho (federal); justiça eleitoral 
(federal); justiça militar (federal); justiça comum dos Estados. Há somente três 
estados membros em que ainda há justiça militar: São Paulo, Minas Gerais e 
Rio Grande do Sul. No Brasil, não há juiz municipal, mas juiz estadual de 1ª 
instância localizado em cidade do interior. 
Justiça Estadual: cuida das questões criminais, cíveis, etc. 
Juiz Singular (1ª instância) → Juiz do Tribunal de Justiça (2ª instância) 
(aplica a lei federal) → Juiz do Superior Tribunal de Justiça (divergência 
entre interpretações de tribunais de justiça) → Juiz do Supremo 
Tribunal Federal (guardião da Constituição) 
Justiça Federal 
Juiz Federal (1ª instância) → Juiz do Tribunal Regional Federal (2ª 
instância) → Juiz do Superior Tribunal de Justiça (divergência entre 
interpretações de tribunais de justiça) → Juiz do Supremo Tribunal 
Federal (guardião da Constituição) 
Justiça do Trabalho 
Resumo para a monitoria de Teoria do Estado – 2011/2 – Carlos Eduardo Sousa – Professor 
Roberto Luiz Quadros – FDUFMG. 
 
Juiz do Trabalho (1ª instância) → Juiz do Tribunal Regional do 
Trabalho (2ª instância) → Juiz do Tribunal Superior do Trabalho (3ª 
instância) → Superior Tribunal Federal (guardião da Constituição) 
Justiça Eleitoral: sazonal (funciona em época de eleição – juízes emprestados 
de outros poderes) 
Juiz Eleitoral (1ª instância) → Juiz do Tribunal Regional Eleitoral (2ª 
instância) → Juiz do Tribunal Superior Eleitoral 
Juiz Militar 
 Juiz Militar (1ª instância) → Juiz do Tribunal Superior Militar (2ª 
instância) 
Em todas as justiças, se envolver questão constitucional, cabe recurso ao 
Superior Tribunal Eleitoral (STF). 
 
Finalidade teórica do direito: justiça, não paz social. Finalidade prática do 
direito: paz social, não justiça. 
 
pessoa jurídica: invenção do século XIX; atualmente, há até dano moral a 
pessoa jurídica e crime praticado por pessoa jurídica 
 
Estado Unitário: descentralização apenas das competências administrativas. 
Estado Regional e Estado Autonômico: descentralização também das 
competências legislativas; descentralização de cima para baixo no regional e de 
baixo para cima no autonômico. 
 
Federalismo 
Forma de Estado mais descentralizada de Estado: descentralização de 
todas as competências. Atualmente, há 24 países que adotam a forma 
federal: com exceção da China, os de grandes dimensões territoriais 
adotam o Federalismo. 
Competências Administrativas do Governo (três esferas de competências 
administrativas) 
Resumo para a monitoria de Teoria do Estado – 2011/2 – Carlos Eduardo Sousa – Professor 
Roberto LuizQuadros – FDUFMG. 
 
 União: pessoa jurídica de direito público interno; somente no Estado 
federal, fala-se em União. 
 Estados Membros: pessoas jurídicas de direito público interno. 
 Municípios: pessoas jurídicas de direito público interno. 
Em cada uma das esferas (níveis de entes federados), pode haver uma 
descentralização interna das consequências. O município de São Paulo 
é o único município descentralizado do Brasil: existência de diversas 
subprefeituras, que possuem autonomia, recursos próprios e gestores 
próprios. Em Belo Horizonte, há uma desconcentração administrativa. 
A Constituição de Minas Gerais previu a possibilidade de criação de 25 
regiões administrativas no estado, no intuito de facilitar a gestão do 
território: o governador nomearia um gestor para auxiliá-lo na 
administração do Estado. Nem por desconcentração, essas regiões se 
consolidaram. Ao se criar a estrutura institucionalizada das regiões, 
esvaziar-se-ia o poder político das autoridades locais. 
Estado Federal: pessoa jurídica de direito público internacional; único 
autorizado a representar o país e seu povo na ordem internacional. 
Não há hierarquia entre as três esferas: cada uma possui sua 
competência, seu recurso e seu legislador. Porém, as três esferas são 
subordinadas ao Estado Federal: todas devem observar a Constituição 
Federal. 
Presidente da República: acumula a função de chefe de Estado (Estado 
Federal) e de chefe de governo (União). 
Competências legislativas (três esferas) 
 Legislativo da União: senadores e deputados federais. 
Legislativo dos Estados Membros: deputados estaduais. 
Legislativo dos Municípios: vereadores. 
Não se pode descentralizar internamente cada uma das esferas: a 
descentralização depende de alteração constitucional. Não há hierarquia 
entre as esferas. 
Competências Judiciais (duas esferas) 
 Judiciário Federal (União) 
 Judiciário Estadual (Estados Membros) 
Resumo para a monitoria de Teoria do Estado – 2011/2 – Carlos Eduardo Sousa – Professor 
Roberto Luiz Quadros – FDUFMG. 
 
Havendo controvérsias entre os tribunais (federal e estadual) de 
interpretação de uma lei federal, realiza-se um recurso especial no STF 
(uniformização). 
Nos Estados Unidos, há uma terceira esfera: o juiz de condado. 
Competências Constitucionais (ponto central do federalismo, essência do 
federalismo) 
Somente no federalismo ocorre descentralização de competências 
constitucionais (essência do federalismo). Geralmente, ocorre 
descentralização em duas esferas (dois níveis): dos 24 Estados Federais, 
21 possuem 2 esferas. No Brasil, há 3 esferas; na Bélgica e na 
Venezuela, também. Cerca de 3% dos condados norte-americanos já 
adotam suas próprias constituições. 
Federalismo de 2 esferas: União (esfera autônoma, mas não soberana); 
Estados Membros. 
 Federalismo de 3 esferas: União; Estados Membros; 
Não há subordinação do Estado em relação a qualquer competência da 
União na formação de sua Constituição. Porém, há uma subordinação 
da Constituição Estadual em relação à Constituição Federal. Não se 
trata de uma subordinação hierárquica, política, mas de controle da 
constitucionalidade realizada pelo judiciário da União sobre as 
Constituições Estaduais. No caso de omissão da Constituição Federal, 
em cada matéria há uma interpretação de constitucionalidade ou 
inconstitucionalidade da Constituição Estadual. 
Antes, os municípios apresentavam uma lei complementar estadual, 
única para todos os municípios; os municípios não eram entes federais, 
sendo subordinados aos Estados Membros. A partir da Constituição de 
1988, os municípios brasileiros receberam competências 
constitucionais, deixando de ser organizados pelos Estados Membros: 
cada município terá sua Constituição Municipal ou Lei Orgânica 
Municipal; os municípios passam a ter poder de se auto-organizar.

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