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Embriologia do Aparelho Urinario e Genital

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FMC 
HEAS EMBRIOLOGIA 
LIS ABREU BARCELOS 2026.2 
Embriologia do Aparelho Urinario 
 
O sistema urogenital é dividido funcionalmente em duas 
partes embriologicamente diferentes: o sistema urinário e 
o sistema genital; entretanto, elas são estreitamente 
associadas. 
O sistema urogenital se desenvolve a partir do 
mesênquima intermediário. 
 
Durante o dobramento do embrião no plano horizontal o 
mesênquima é movido ventralmente e perde sua conexão 
com os somitos. Uma elevação longitudinal do 
mesoderma da cavidade celomática, a crista urogenital, 
forma-se em cada lado da aorta dorsal. A parte da crista 
urogenital que dá origem ao sistema urinário é o Cordão 
Nefrogênico e a parte da crista que dá origem ao sistema 
genital é a Crista Gonadal. 
 
O Aparelho Urinário começa a se desenvolver antes do 
Aparelho Genital e consiste em: 
→ Rins, que produzem e excretam urina. 
→ Ureteres, que transportam urina dos rins para a 
bexiga urinária. 
→ Bexiga urinária, que armazena temporariamente a 
urina. 
→ Uretra, que conduz externamente a urina da bexiga. 
 
O desenvolvimento embriológico do Aparelho Urinário 
situa-se entre a 4ª e a 8ª semana. 
 
RINS 
A formação básica do Aparelho Urinário é 
desenvolvimento sucessivo de 3 conjuntos de Rins que se 
desenvolvem nos embriões humanos. 
 
Esses conjuntos são formados a partir dos Cordões 
Nefrogênicos que percorrem o embrião 
longitudinalmente. 
 
Logo na 4ª semana de desenvolvimento embrionário, 
esses cordões formam pequenos tubos, que chamamos 
de Prónefro, é um rim rudimentar não funcionante nos 
mamíferos, logo se degenera, mas uma parte persiste e 
auxilia na formação do segundo rim, o Mesonefro, esse 
tem a projeção de alguns tubos que entram em contato 
com vasos, formando os Néfrons primitivos. O Mesonefro 
pode funcionar de maneira rudimentar, mas uma parte 
dele degenera e os seus ductos mesonéfricos persistem e 
auxiliam na formação do Rim definitivo, o Metanéfro. 
 
→ Prónefro: estrutura bilateral transitória que aparece 
na 4ª semana e logo se degenera, mas a maior parte 
dos ductos pronéfricos persistem e são utilizados, a 
partir do Rim seguinte. 
 
→ Mesonefro: se forma ainda na 4ª semana, mas logo 
também se degenera. Mas, a maior parte dos ductos 
 
 
 
mesonéfricos persistem e também são utilizados pelo 
conjunto seguinte. No homem, o Mesonefro participa 
da formação de algumas porções do aparelho 
reprodutor. 
 
→ Rim Metanéfrico: são os Rins definitivos que 
começam a se desenvolver na 5ª semana. 
RIM DEFINITIVO 
No ducto mesonéfrico, aparece uma projeção chamada 
de Divertículo Metanéfrico, esse cresce e forma um tubo 
que se direciona para a outra parte do Mesoderma 
Intermediário, formando o Blastema. 
 
O Blastema forma uma série de tubos metanéfricos que 
vão se aprofundar em contato com os vasos sanguíneos e 
se ligam aos vasos coletores, formando os Néfrons, tubo 
contorcido proximal e distal, alça de Henle e etc. 
 
Grande parte dos Ductos Mesonéfricos são reabsorvidos, 
uma porção entra na composição de alguns Ductos 
Urinário, mas a porção do Seio Urogenital cresce. 
Quando a porção do Seio Urogenital cresce, ele incorpora 
a porção de onde o Divertículo Metanéfrico saiu, assim 
passamos a ter o rim definitivo abrindo independente da 
porção do Ducto Mesonéfrico. 
ROTAÇÃO MEDIAL E “ASCENÇÃO” RENAL DA 
PÉLVIS PARA A CAVIDADE ABDOMINAL 
Os Rins se desenvolvem na pelve, mas conforme o 
embrião cresce, e “sobe” proporcionando a modificação 
dos vasos que os irrigam. 
→ Inicialmente, as artérias renais são ramos das ilíacas; 
 
→ Mas ao longo do desenvolvimento, outros vasos são 
formados e eles passam a ser irrigados por ramos da 
aorta. 
 
Os ramos da ilíaca se regeneram e, ainda, superiormente 
outras ramificações da aorta aparecem e as demais são 
regeneradas também. 
 
 
Não é incomum que em alguém, algum vaso não se 
regenere. Além disso, em alguns bebês meninos quando 
nascem apresentam um rim dilatado, pois o ureter está 
dobrado, essa dobra acontece por causa do vaso que se 
formou embrionariamente. Quando o neném cresce, o 
ureter se estende e os rins voltam ao normal 
Aparelho Urinario ´ 
 
FMC 
HEAS EMBRIOLOGIA 
LIS ABREU BARCELOS 2026.2 
NÉFRON 
O Néfron é, inicialmente, um pequeno tubo que se liga 
aos ductos coletores e na extremidade é pressionado 
pelos vasos sanguíneos, formando a capsula de Bawman. 
Esse tubo cresce e se enovela formando uma alça em 
forma de U que se estendo córtex até a medula. 
 
 
CLOACA 
Na 4ª semana de desenvolvimento identificamos as 
Flexuras Cefálicas e Laterais, com o reposicionamento de 
alguns órgãos e a incorporação do Saco Vitelínico, 
formando um tubo dentro do embrião, esse será o 
Intestino Primitivo. 
 
A porção final do Saco Vitelínico + o Alantoide, forma a 
Cloaca. 
 
A Cloaca é comum ao Aparelho Digestório e Urinário; ao 
longo das semanas, a Cloaca é separada pelo Septo 
Urogenita, formando a porção ventral e a porção retal. 
 
 
 
 
 
A Membrana Anal e a Membrana Urogenital permanecem 
e quando rompem proporcionam a comunicação dessas 
estruturas com o meio externo, assim, o bebê pode 
nascer com o ânus imperfurado. 
 
ANORMALIDADES DO APARELHO URINÁRIO 
Durante o desenvolvimento embrionário do Aparelho 
Urinário bastante coisa pode acontecer. 
DUPLICAÇÃO RENAL 
Pode haver a formação de dois divertículos metanéfricos, 
estimulando duplamente o Blastema, formando um Rim 
com DUAS pelves e DOIS ureteres, nesse caso pode até 
formar dois Rins. 
Além disso, o crescimento do Divertículo pode não 
alcançar o Blastema e não formar o Rim. 
 
RIM EM FERRADURA 
Como o Rim é formado na pelve, a massa do Blastema 
pode formar um Rim em formato de ferradura, ele não 
consegue sair da pelve, já que ficam meio “amarrados”. 
 
 
BEXIGA 
A bexiga se desenvolve principalmente a partir da parte 
vesical do seio urogenital. 
O epitélio inteiro da bexiga é derivado do endoderma da 
parte vesical do seio urogenital, ou parte ventral da 
cloaca. 
Inicialmente, a bexiga é contínua com a alantoide, a 
membrana fetal desenvolvida a partir do intestino 
posterior. 
→ Quando incorporamos o Saco Vitelínico para formar o 
intestino primitivo, durante um tempo temos um 
tubo que liga a porção do Saco Vitelínico até o cordão 
Umbilical, esse canal é o úraco, é uma porção da 
alantoide que logo se constringe e se torna um 
cordão fibroso espesso, o úraco. Ele se estende do 
ápice da bexiga ao umbigo. Em adultos, o úraco é 
representado pelo ligamento umbilical mediano. 
 
→ O úraco, ao formar o cordão fibroso, forma um 
ligamento, que pode permanecer aberto, causando a 
“persistência do úraco”, assim a urina pode sair pela 
uretra e pelo umbigo. 
 
FMC 
HEAS EMBRIOLOGIA 
LIS ABREU BARCELOS 2026.2 
 
 
O sexo cromossômico de um embrião é determinado na 
fecundação pelo tipo de espermatozoide (X ou Y) que 
fecunda o oócito. Características morfológicas masculinas 
e feminina não começam a se desenvolver até a sétima 
semana. Os sistemas genitais precoces nos dois sexos são 
similares; portanto, o período inicial do desenvolvimento 
genital é um estágio indiferenciado do desenvolvimento 
sexual. 
As gônadas (testículos ou ovários) são os órgãos que 
produzem as células sexuais (espermatozoides ou 
oócitos). 
As gônadas são derivadas de três fontes: 
→ Mesotélio (epitélio mesodérmico) revestindo a 
parede abdominal posterior. 
→ Mesênquima subjacente (tecido conjuntivo 
embrionário). 
→ Células germinativas primordiais (primeiras células 
sexuais indiferenciadas). 
 
GÔNADAS INDIFERENCIADAS 
Os estágios iniciais do desenvolvimento gonadal ocorrem 
durante a 5ª semana, quando uma área espessada de 
mesotélio se desenvolve no lado medial do mesonefro, 
rim primitivo. 
A proliferação desse epitélio e do mesênquima subjacente 
produz uma saliência no lado medial dos mesonefros, as 
Cristas Gonadais. 
Cordões epiteliais digitiformes, os Cordões Gonadais, logo 
crescem para dentro do mesênquima subjacente. 
As gônadasindiferenciadas (órgãos primordiais antes da 
diferenciação) agora consistem de um córtex externo e 
uma medula interna. 
 
Em embriões com um complexo cromossômico sexual XX, 
o córtex da gônada indiferenciada se diferencia em 
ovário, e a medula regride. Em embriões com um 
complexo cromossômico sexual XY, a medula se 
diferencia em um testículo, e o córtex regride. 
 
→ As células germinativas primordiais são células 
sexuais grandes e esféricas que são reconhecíveis 
pela primeira vez aos 24 dias após a fecundação entre 
as células endodérmicas da vesícula umbilical perto 
da origem da alantoide, no saco vitelínico. 
 
Durante a sexta semana, as células germinativas 
primordiais penetram no mesênquima subjacente e são 
incorporadas aos cordões gonadais. 
 
As células germinativas são recobertas pelo epitélio da 
região, formando cordões genitais. 
 
DIFERENCIAÇÃO DO CROMOSSOMO X E Y 
Inicialmente, o que determina a diferenciação do 
aparelho reprodutor indiferenciado é a presença ou a 
ausência do cromossomo Y. 
 
 
O cromossoma Y faz a diferenciação do sexo masculino, se 
não tiver o Y, a diferenciação é do sexo feminino. 
 
Antes da sétima semana, as gônadas dos dois sexos são 
idênticas em aparência e são chamadas gônadas 
indiferenciadas. 
DIFERENCIAÇÃO MASCULINA 
O desenvolvimento de um fenótipo masculino 
(características de um indivíduo) requer um cromossomo 
Y funcional. 
O gene SRY (região determinante do sexo no cromossomo 
Y) para o fator determinante do testículo foi localizado na 
região do braço curto do cromossomo Y. É o fator 
determinante do testículo regulado pelo cromossomo Y 
que determina a diferenciação testicular. 
Sob a influência desse fator organizador, os cordões 
gonadais se diferenciam em cordões seminíferos 
(primórdios dos túbulos seminíferos). 
 
Ao formar os testículos, a testosterona passa a ser 
produzida, ela auxilia na diferenciação da genitália interna 
e externa posteriormente. 
DESENVOLVIMENTO DO TESTÍCULO 
O fator determinante dos testículos induz os cordões 
seminíferos a se condensarem e se estenderem para 
dentro da medula da gônada indiferenciada, onde eles se 
ramificam e se anastomosam para formarem a rede 
testicular, uma rede de canais. 
Os túbulos seminíferos são separados pelo mesênquima 
que dá origem às células intersticiais (células de Leydig). 
Pela oitava semana, essas células começam a secretar 
hormônios androgênicos, testosterona e 
androstenediona, os quais induzem a diferenciação 
masculina dos ductos mesonéfricos e da genitália externa. 
DIFERENCIAÇÃO FEMININA 
A ausência de um cromossomo Y resulta na formação de 
um ovário. 
O desenvolvimento do fenótipo feminino requer dois 
cromossomos X. Vários genes e regiões do cromossomo X 
têm papéis especiais na determinação do sexo. 
O desenvolvimento ovariano começa por volta da 12 a 
semana. A diferenciação sexual feminina primária não 
depende de hormônios; ela ocorre mesmo se os ovários 
estiverem ausentes. 
DESENVOLVIMENTO DOS OVÁRIOS 
O cromossomo X possui genes que contribuem para o 
desenvolvimento ovariano. Os cordões gonadais não são 
proeminentes no ovário em desenvolvimento, mas eles se 
estendem adentro da medula e formam uma rete ovarii 
rudimentar. 
 
 
Aparelho Genital 
 
FMC 
HEAS EMBRIOLOGIA 
LIS ABREU BARCELOS 2026.2 
DESENVOLVIMENTO DA GENITÁLIA EXTERNA 
Ao lado dos Ductos Mesonéfricos, são formados os 
Ductos Paramesonéfricos. 
 
Os Ductos Mesonéfricos e Paramesonéfrico formam a 
genitália interna, em um estágio da vida temos os dois 
Ductos, que é o período indiferenciado. 
 
→ Mas com a presença de Testosterona e do Fator 
Anti-Mulleriano, somente os Ductos Mesonéfricos 
evoluem e os Paramesonéfricos regridem. 
 
→ Sem a Testosterona os Ductos Paramesonéfricos 
evoluem, formando as trompas que se unem e 
formam o primórdio do útero-vaginal. 
 
 
 
Durante um tempo, a genitália externa é indiferenciada 
também. No início da na quarta semana, o mesênquima 
em proliferação produz um Tubérculo Genital, esse cresce 
e passamos a chama-lo de FALO, além dele também 
encontramos duas pregas: 
→ Pregas Urogenitais 
→ Pregas Labioescrotais 
COM TESTOSTERONA 
→ Falo: cresce formando o corpo do pênis e a Glande; 
→ Pregas Urogenitais: se fundem formando o corpo da 
uretra; 
→ Pregas Labioescrotais: se fundem e formam os 
Testículos. 
SEM TESTOSTERONA 
→ Falo: não cresce e permanece como um tubérculo 
formando o Clitóris; 
→ Pregas Urogenitais: não se fundem e permanecem 
como os pequenos lábios; 
→ Pregas Labioescrotais: não se fundem e formam os 
grandes lábios. 
 
ANORMALIDADES DO APARELHO GENITAL 
HIPOSPÁDIA 
O orifício uretral é na junção do pênis e do escroto. 
EPISPÁDIA 
A uretra se abre na superfície dorsal do pênis. 
DESCIDA DO TESTÍCULO 
A descida dos testículos está associada: 
→ Ao aumento dos testículos e atrofia do mesonefro 
(rins mesonéfricos), permitindo o movimento dos 
testículos caudalmente ao longo da parede 
abdominal posterior. 
→ À atrofia dos ductos paramesonéfricos induzida pela 
SIM, possibilitando o movimento transabdominal dos 
testículos para os anéis inguinais profundos. 
→ Ao aumento do processo vaginal que guia o testículo 
através do canal inguinal para dentro do escroto. 
 
Com 26 semanas, os testículos já desceram 
retroperitonealmente (externos ao peritônio) da região 
lombar superior da parede abdominal posterior para os 
anéis inguinais profundos. 
 
O testículo fora da bolsa testicular, fica em uma 
temperatura inadequada, ele pode se desenvolver 
em células cancerosas e formar tumor. 
HÉRNIA INGUINAL 
Quando o testículo desce o canal inguinal se fecha, mas 
pode não fechar. Assim, com o peristaltismo pode haver 
forças sobre porções do intestino em direção ao canal 
inguinal formando a Hérnia Inguinal. 
 
Hérnia Inguinal: protusão da alça intestinal para 
dentro do canal inguinal. 
HÍMEN IMPERFURADO 
Quando ela ficar mocinha, não tem por onde sair o 
sangue menstrual, ela vai reter o sangue, e será 
atendida cirurgicamente. 
 
SINÉQUIA DE PEQUENOS LÁBIOS 
Quando os pequenos lábios se colam, pode usar 
algumas pomadas a base de hormônios para 
separar, mas quando fica mocinha abre também, na 
puberdade por causa dos hormônios.

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