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EMBRIOLOGIA …....………...Sistema Urogenital …….….…… O sistema urogenital é dividido funcionalmente em duas partes embriologicamente diferentes: 1. Sistema urinário: 2. Sistema genital; OBS: esses dois sistemas estão associados. O sistema urogenital inclui todos os órgãos reprodutivos e urinários. ● Se desenvolve a partir do mesênquima intermediário (tecido conjuntivo embrionário primordial que consiste de células mesenquimais) que são derivadas da parede corporal dorsal do embrião. ○ OBS: o mesênquima é principalmente responsável pela formação do rim e da genitália interna e de seus ductos. ● Durante o dobramento do embrião no plano horizontal o mesênquima é movido ventralmente e perde sua conexão com os somitos. ● Uma elevação longitudinal do mesoderma, crista urogenital forma-se em cada lado da aorta dorsal. ● A parte da crista que dá origem ao sistema urinário é o cordão nefrogênico, e a parte da crista que da origem ao sistema genital é a crista gonadal. _ DESENVOLVIMENTO DO SISTEMA URINÁRIO. O sistema urinário começa a se desenvolver antes do sistema genital, e consiste em: ● Rins: que produzem e excretam urina; ● Ureteres: que transportam urina dos rins para a bexiga urinária; ● Bexiga urinária: que armazena temporariamente a urina; ● Uretra: conduz externamente a urina da bexiga; ...DESENVOLVIMENTO DE RINS E URETERES... Três conjuntos de rins sucessivos desenvolvem-se nos embriões: 1. Primeiro conjunto: os pronefros é ⇒ rudimentar 2. Segundo conjunto: os mesonefros ⇒ funciona brevemente durante o período fetal inicial. 3. Terceiro conjunto: metanefros forma ⇒ os rins permanentes. _______________PRONEFROS______________ ● São estruturas transitórias bilaterais que aparecem inicialmente na 4ª semana. ● São coleções de células e estruturas tubulares na região do pescoço em desenvolvimento. ● Os ductos pronéfricos percorrem caudalmente e se abrem dentro da cloaca, a câmara dentro da qual o intestino posterior e o alantóide se esvaziavam. ● Os pronefros logo se degeneram ⇒ mas a maioria das partes dos ductos persiste e é usada pelo segundo conjunto de rins. ______________MESONEFRON______________ ● São órgãos excretores grandes, alongados, aparecem no final da 4º semana, caudais aos pronefros. ● Funcionam como rins temporários, durante 4 semanas, até os rins permanentes se desenvolvam e funcionem. ● Os rins mesonéfricos consistem em glomérulos (10-50 por rim) e túbulos mesonéfricos Os túbulos se abrem para ⇒ dentro de ductos mesonéfricos bilaterais, os quais eram originalmente os ductos pronéfricos. Os ductos mesonéfricos se abrem dentro da cloaca. Os mesonefros degeneram em torno do final da 12º semana, porém, os túbulos mesonéfricos se tornam os ductos eferentes dos testículos. _______________METANEFRO______________ ● São os primórdios dos rins permanentes, começam a se desenvolver na 5ª semana, e se tornam funcionais aproximadamente 4 semanas mais tarde. ● A formação da urina continua durante toda a vida fetal, a urina é secretada dentro da cavidade amniótica e forma um dos componentes do líquido amniótico. ● os rins se desenvolvem a partir de duas fontes: ○ broto uretérico (divertículo metanéfrico) é um divertículo ⇒ (evaginação) do ducto mesonéfrico próximo da sua entrada na cloaca. Origina o ureter, pelve renal, cálices maiores e menores e túbulos coletores. ○ blastema metanefrogênico (massa metanéfrica de mesênquima) é ⇒ derivado da parte caudal do cordão nefrogênico, a medida que o broto uretérico se alonga, ele penetra no blastema, uma massa de mesênquima metanéfrica. Origina os néfrons. ● O pedículo do broto uretérico se torna o ureter. A parte cranial do broto sofre ramificação repetitiva, o que resulta na diferenciação do broto nos túbulos coletores, as quatro primeiras gerações de túbulos aumentam e se tornam confluentes para formar os cálices maiores, e as segundas gerações de túbulos aumentam para formar os cálices menores. ● A extremidade de cada túbulo coletor arqueado induz uma coleção de células mesenquimais no blastema metanefrogênico e formarem pequenas vesículas metanéfricas. Essas vesículas se alongam e se tornam túbulos metanéfricos. ● A medida que ocorre ramificações, algumas das células do mesênquima metanéfrico se condensam e formam uma capa de células de mesênquima que sofrem transição ⇒ de mesenquimais para epiteliais e se desenvolvem na maior parte do epitélio do néfron. ○ Constituintes do néfron: glomérulos, túbulos contorcidos proximal e distal, alça de Henle, cápsula glomerular. ● Um túbulo urinífero consiste em duas partes diferentes: ○ nefron: derivado do blastema metanefrogênico. ○ túbulo coletor: derivado do broto uretérico ● os rins fetais são divididos em lobos A lobulação usualmente desaparece no fim do primeiro ano da infância a medida que os néfrons aumentam e crescem. ● O aumento no tamanho do rim após o nascimento resulta no alongamento dos túbulos contorcidos proximais bem como um aumento do tecido intersticial. ● A formação de néfrons está completa ao nascimento exceto em bebês prematuros. Embora a filtração glomerular começa na 9º semana fetal. ● A ramificação do broto uretérico é dependente da indução pelo mesênquima metanéfrico. A diferenciação dos néfrons dependem da indução pelos túbulos coletores. ● O broto uretérico e o blastema metanefrogênico interagem e induzem um ao outro a indução recíproca, a fim de formar os rins permanentes. MUDANÇAS POSICIONAIS DOS RINS ● Inicialmente os rins primordiais se situam próximos um do outro na pelve, ventrais ao sacro. ● Conforme o abdome e a pelve cresce os rins se posicionam no abdome e se afastam. ● Os rins atingem sua posição adulta durante o começo do período fetal. Que acontece pois o embrião cresce caudalmente e se afasta dos rins. ● Inicialmente o hilo de cada rim situa-se ventralmente, mas com a medida que os rins mudam de posição, o hilo roda medialmente quase 90º. ● Na 9ª semana os hilos se encontram direcionados anteromedialmente. E se tornam estruturas retroperitoneais na parede abdominal posterior. na 9ª semana os rins entram em contato com as glândulas suprarrenais. ALTERAÇÕES NO SUPRIMENTO SANGUÍNEO DOS RINS ● Inicialmente os rins recebem o suprimento das artérias renais, que são ramos das artérias ilíacas comuns. ● Mas tarde os rins recebem seu suprimento diretamente da artéria aorta abdominal em sua parte mais distal. OBS: os ramos mais caudais dos vasos renais sofrem involução e desaparecem. ● A posição dos rins se tornam fixam quando entram em contato com as glândulas suprarrenais. ● Os rins recebem o suprimento através das artérias renais, advindas da artéria aorta abdominal. OBS: a artéria direita é mais longa e às vezes está posicionada mais superiormente do que a esquerda. ARTÉRIAS RENAIS ACESSÓRIAS: As variações comuns no suprimento sanguíneo dos rins refletem a maneira pela qual o suprimento sanguíneo se altera continuamente durante a vida embrionária e fetal inicial. ● 25% dos rins adultos têm duas a quatroartérias renais ● Artérias renais acessórias (supranumerárias) se originam da aorta superior ou inferior a artéria renal principal. ● As artérias acessórias podem entrar nos rins diretamente, pelo pólo superior ou inferior. ● Uma artéria acessória para o polo inferior (artéria renal polar) pode cruzar anteriormente ao ureter e obstruí lo, causando hidronefrose, ou distensão da pelve e cálices renais com urina. ● As artérias renais acessórias são terminais, sendo assim, se alguma artéria for danificada ou ligada, a parte do rim suprida por ela se tornará isquêmica. ● As artérias acessórias são aproximadamente 2X mais comuns que as veias acessórias. FIGURA: A) Artérias renais múltiplas. B) Obstrução do ureter → aumento da pelve renal. C e D) Veias renais supranumerárias. ANOMALIAS CONGÊNITAS DOS RINS E URETERES ● Algum tipo de defeitos ocorrem dos rins e nos ureteres entre 3% a 4% nos recém-nascidos. Defeitos em forma e posição são mais comuns. ● Os defeitos podem ser detectados antes do nascimento por ultrassonografia. AGENESIA RENAL: ocorre quando os brotos uretéricos não se desenvolvem ou primórdios (pedículos dos brotos), dos ureteres degeneram. A falha dos brotos em penetrar no blastema metanefrogênico resulta em falha do desenvolvimento do rim. A causa da agenesia renal tem causa multifatorial. Estudos alegam que a involução in utero completo de rins policísticos (muitos cistos) poderia levar a agenesia renal, com um ureter com uma terminação cega no mesmo lado. ↳ Agenesia (ausência) renal unilateral: ocorre 1/1.000 recém nascidos. Afeta mais o sexo masculino, e o rim esquerdo em geral é o que está ausente. Essa doença pode ser assintomática, pois o outro rim sofre hipertrofia compensatória e executa a função do outro rim que está faltando. OBS: deve-se se suspeitar de agenesia renal unilateral quando o RN tem apenas uma artéria uma única artéria umbilical. ↳ Agenesia renal bilateral: é associado a oligoidrâmnio, se desenvolve pois pouca ou nenhuma urina é excretada para a cavidade amniótica. Ocorre 1/3000 RN e é incompatível com a vida pós-natal. Cerca de 20% dos casos de síndrome de Potter são causados por agenesia renal bilateral. Os RN com agenesia renal bilateral geralmente morrem logo após o nascimento de hipoplasia pulmonar que leva à insuficiência respiratória. APLICAÇÃO CLÍNICA: ● síndrome de potter: os RN têm características como os olhos são largamente separados e apresentam pregas palpebronasais (pregas epicânticas), as orelhas estão em posição baixa, o nariz é largo e chato, o queixo é recuado, e há anormalidades dos membros respiratórios. RIM MAL ROTADO: Se o rim deixa de rotar o hilo fica posicionado anteriormente (o rim fetal retém sua posição embrionária). Se o hilo se posicionar posteriormente, a rotação do rim prosseguiu excessivamente. Se ele der face lateralmente, ocorreu rotação lateral em vez de medial. Essa má rotação dos rins é associado aos rins ectópicos. RINS ECTÓPICOS: Podem ocorrer em um ou em ambos rins. A maioria dos rins ectópicos estão localizados na pelve, mas alguns ficam na parte inferior do abdome. Rins ectópicos e rins pélvicos resultam da falha dos rins em ascender. Rins ectópicos recebem o suprimento sanguíneo de vasos perto deles (artérias ilíacas ou externas e/ou aorta abdominal), são supridos por vários vasos. Às vezes um rim cruza para o outro lado, o que resulta em ectopia renal cruzada e 90% desses rins são fundidos. Um tipo incomum de rim anormal é o rim fundido unilateral. Nesses casos os rins em desenvolvimento se fundem após deixarem a pelve, e um rim atinge sua posição normal, carregando consigo o outro rim. ↳ Rins pélvicos: são próximos um do outro e usualmente se fundem para formar um rim discóide (panqueca). RIM EM FERRADURA: em 0,2% da população os rins são fundidos, a maioria das vezes os pólos inferiores que se fundem. O que evidencia o rim em forma de U, geralmente localiza na região púbica, anterior às vértebras lombares inferiores. A causa dos rins fundidos é porque eles ficam presos pela raiz da artéria mesentérica inferior. O rim em ferradura é assintomático, pois o sistema coletor se desenvolve normalmente e os ureteres entram na bexiga, porém se o fluxo de urina dor impedido, pode aparecer sinais e sintomas de obstrução e/ou infecção. Aproximadamente 7% das pessoas com síndrome de Turner têm rins em ferradura. DUPLICAÇÃO DO TRATO URINÁRIO Duplicações da parte abdominal do ureter e pelve renal são comuns. Esses defeitos resultam da má divisão do broto uretérico, essa divisão incompleta resulta em um rim dividido com um ureter bífido, os ureteres separados. Um rim supranumerário com seu próprio ureter, o que é raro, resulta na formação de dois brotos uretéricos. URETER ECTÓPICO: não se abre na bexiga urinária. ● Em homens: o ureter se abrirá no colo da bexiga ou na parte prostática da uretra, também pode entrar no ducto deferente, utrículo prostático ou glândula seminal. ● Em mulheres: o ureter ectópico pode se abrir no colo da bexiga ou na uretra, vagina ou vestíbulo (cavidade) da vagina. A incontinência é a queixa comum resultante de um ureter ectópico porque o fluxo da urina pelo orifício do ureter não entra na bexiga, em vez disso ela está gotejando continuamente. Um ureter ectópico resulta quando o ureter não é incorporado no trígono entre as aberturas dos ureteres na parte posterior da bexiga urinária. Em vez disso ele é carregado caudalmente com o ducto mesonéfrico e é incorporado na parte pélvica média da parte vesical do seio urogenital. DOENÇAS RENAIS CÍSTICAS: ↳ Doença policística renal autossômica recessiva: 1/20.000 nascidos vivos resultam em insuficiência renal. A morte do RN pode ocorrer logo após ao nascimento, com 25% associado a hipoplasia pulmonar, porém mais de 80% dos RN tem sobrevivência além de 1 ano de vida devido a diálise pós-natal e transplante renal. ↳ Doença renal displasia multicística: resulta de dismorfologia, é um desenvolvimento anormal do sistema renal. Doença unilateral em 75% dos casos. São visto menos cistos do que na doença de rins policísticos autossômicos recessiva, e eles variam em tamanho de alguns milímetros e muitos centímetros no mesmo rim. A causa do cisto é a falha do broto uretérico em se unir aos túbulos derivados do blastema metanefrogênico. As estruturas císticas são amplas dilatações de partes contínuas dos néfrons (nas alças de Henle). DESENVOLVIMENTO DA BEXIGA URINÁRIA ● O seio urogenital é dividido em 3 partes: ○ uma parte vesical: que forma a maior parte da bexiga urinária e é contínua com o alantóide. ○ uma parte pélvica: que se torna a uretra no colo da bexiga; a parte prostática da uretra em homens e a uretra interna nas mulheres. ○ uma parte fálica: que cresce na direção do tubérculo genital (primórdio do pênis ou clitóris). ● A bexiga se desenvolve principalmente a partir da parte vesical do seio urogenital. O epitélio da bexiga é derivado do endoderma da parte vesical do seiourogenital, ou parte ventral da cloaca. As outras camadas da parede se desenvolvem do mesênquima esplâncnico adjacente. ● Inicialmente a bexiga é contínua com a alantóide (membrana fetal desenvolvida a partir do intestino posterior). A alantóide logo se constringe e se torna um cordão fibroso espesso, o úraco, que se estende do ápice da bexiga ao umbigo, nos adultos o úraco é o ligamento umbilical mediano. ● A medida que a bexiga aumenta, partes distais dos ductos mesonéfricos são incorporados a sua parte dorsal. Esses ductos contribuem para a formação do tecido conjuntivo no trígono da bexiga. Esses ductos são absorvidos, os ureteres se abrem separadamente para dentro da bexiga. ● Em crianças e bebês a bexiga é encontrada no abdome, mesmo vazia. Ela começa a entrar na pelve maior, por volta de 6 anos, e apenas entra na pelve menor depois da puberdade. ● O ápice da bexiga em adultos é contínuo com o ligamento umbilical mediano, que se estende posteriormente ao longo da superfície posterior da parede abdominal anterior. DEFEITOS CONGÊNITOS DO ÚRACO: em RN um remanescente da luz pode persistir na parte inferior do úraco, em 50% a luz é contínua com a cavidade da bexiga. Remanescentes do revestimento epitelial do úraco pode dar origem a cistos do úraco. A extremidade inferior patente do úraco pode ser dilatar e formar um seio do úraco, que se abre para dentro da bexiga. A parte da luz superior do úraco pode permanecer patente e formar um seio do úrado que se abre no umbigo. Mas raro o úraco interno permanecer patente e formar uma fístula do úraco que permite que a urina escape pelo orifício umbilical. FIGURA: anomalias do úraco. A- cisto do úraco, o local comum deles é na extremidade superior do úraco, imediatamente inferior ao umbigo. B- dois tipos de seio do úraco estão mostrados: um se abre para a bexiga e outro se abre para o bexiga. C- uma fístula de úraco conecta a bexiga e o umbigo. MEGACISTE CONGÊNITA: uma bexiga patologicamente grande, megacisto (megalócito), se resulta de uma afecção congênita do broto uretérico, a qual é associada a dilatação da pelve renal. Também pode resultar de válvulas uretrais posteriores. Muitos bebês com megacistos sofrem de insuficiência renal no início da infância. EXTROFIA DA BEXIGA: é raro, ocorre 1/10.000 a 40.000 RN. A extrofia (eversão) da bexiga usualmente ocorre em homens. A exposição ou a protrusão da superfície mucosa da parede posterior da bexiga caracteriza esse defeito. O trígono da bexiga e os orifícios uretéricos são expostos e a urina goteja na bexiga evertida. A extrofia da bexiga é uma deficiência da parede abdominal anterior, e é causada pelo fechamento médio incompleto da parte inferior da parede. Esse defeito acaba comprometendo ambas: a parede abdominal e a parede anterior da bexiga urinária. Esse defeito resulta em falha da migração do mesoderma entre o ectoderma e o endoderma da parede abdominal, com isso as partes inferiores dos músculos retos são ausentes e os músculos oblíquo externo, interno e transverso do abdome são deficientes. Nenhum m.m ou tecido conjuntivo se forma na parede anterior do abdome sobre a bexiga urinária. A ruptura da membrana cloacal resulta em comunicação ampla entre o exterior e a membrana mucosa da bexiga. A ruptura da membrana antes da ruptura da membrana cloacal produz extrofia da cloaca, resultando em exposição da parede posterior da bexiga. DESENVOLVIMENTO DA URETRA ● O epitélio da maior parte da uretra masculina e da uretra feminina é derivado do endoderma do seio urogenital. ● A parte distal da uretra na glande do pênis é derivado de um cordão sólido de células ectodérmicas, a qual cresce para dentro a partir da extremidade da glande do pênis e se une ao resto da uretra esponjosa.Sendo assim, o epitélio da parte terminal da uretra é derivado do ectoderma da superfície. ● O tecido conjuntivo e o m.m liso da uretra em ambos os sexos são derivados do mesênquima esplâncnico. DESENVOLVIMENTO DO SISTEMA GENITAL ● O sexo cromossômico de um embrião é determinado na fecundação pelo tipo de espermatozoide (X ou Y) que fecunda o oócito. ● As características sexuais só começam se desenvolver a partir da 7ª semana. ● Os sistemas genitais nos dois sexos são similares, porém o período inicial do desenvolvimento genital é um estágio indiferente do desenvolvimento sexual. ____ DESENVOLVIMENTO DAS GÔNADAS_____ ● As gônadas (testículos ou ovários) são os órgãos que produzem as células sexuais (espermatozóides ou oócitos). ● As gônadas são derivadas de 3 fontes: ○ Mesotélio (epitélio mesodérmico) revestindo a parede abdominal posterior. ○ Mesênquima subjacente (tecido conjuntivo embrionário). ○ Células germinativas primordiais (primeiras células sexuais indiferenciadas). GÔNADAS INDIFERENCIADAS ● O estágio inicial do desenvolvimento gonadal ocorre durante a 5ª semana, quando uma área espessada do mesotélio se desenvolve no lado medial do mesonefro (rim primitivo). A proliferação desse epitélio do mesênquima subjacente produz uma saliência no lado medial dos mesonefros, as cristas gonadais. ● Cordões epiteliais digitiformes, crescem para dentro do mesênquima subjacente. ● As gônadas indiferenciadas (órgãos primordiais antes da diferenciação) consistem em um córtex e medula. ● Em embriões com o complexo cromossômico sexual XX, o córtex se diferencia em ovário, e a medula regride, já em embriões com o complexo cromossômico sexual XY a medula se diferencia em testículo, e o córtex regride. ___CÉLULAS GERMINATIVAS PRIMORDIAIS ___ ● São células sexuais grandes e esféricas que são reconhecíveis 24 dias após a fecundação, entre as células endodérmicas da vesícula umbilical, perto da origem do alantóide. ● Durante o dobramento do embrião, a parte dorsal da vesícula umbilical é incorporada no embrião. Com isso as células germinativas primordiais migram ao longo do mesentério dorsal do intestino posterior para as cristas gonadais. ● Durante a 6ª semana, as células germinativas primordiais penetram no mesênquima subjacente e são incorporadas aos cordões gonadais. ________DETERMINAÇÃO DO SEXO_________ ● A determinação do sexo depende de um espermatozoide contendo um cromossomo X ou Y fecundar um oócito que contem um cromossomo X. ● Antes da sétima semana, as gônadas dos dois sexos são idênticos em aparência, e são chamadas de gônadas indiferenciadas. ● Os cordões gonadais se diferenciam em cordões seminíferos (primórdios dos túbulos seminíferos), sob influência do cromossomo Y que determina a diferenciação testicular. ● A ausência do cromossomo Y resulta na formação do ovário. ● A testosterona produzida pelos testículos fetais, a diidrotestosterona e o hormônio antimulleriano (HAM), determinam a diferenciação masculina normal, a qual começa na 7ª semana. ● O desenvolvimento ovariano começa por volta de 12ª senna. ● A diferenciação sexual feminina não depende de hormônios, pois ocorre mesmo se os ovários estiverem ausentes. ____DESENVOLVIMENTODE TESTÍCULOS____ ● O fator determinante dos testículos induz cordões seminíferos a se estenderem para dentro da medula da gônada indiferenciada, na onde se ramificam e se anastomosam para formar a rede testicular. ● A conexão dos cordões seminíferos com o epitélio de superfície é perdida quando uma cápsula fibrosa espessa (túnica albugínea) se desenvolve. O desenvolvimento dessa tûnica é característico do desenvolvimento testicular. ● O testiculo aumento se separa do mesonefro em degeneração e é suspenso pelo próprio mesentério (mesórquio). ● Os cordões seminíferos se desenvolvem nos túbulos seminíferos, túbulos retos e rede testicular. ● Os túbulos seminíferos são separados pelo mesênquima que dá origem a células intersticiais. ● Na 8ª semana as células intersticiais (células de Leydig) começam a secretar hormônios androgênicos, testosterona e androstenediona, que induzem a diferenciação masculina dos ductos mesonéfricos e da genitália externa. ● A produção de testosterona é estimulada pela gonadotrofina coriônica humana, que atinge o pico entre a 8ª até a 12ª semana ● Os testículos produzem uma glicoproteína chamada hormônio antimulleriano (HAM) ou substância inibidora mulleriana (SIM), esse hormônio é produzido pelas células de sustentação (células de Sertoli). Esse hormônio é produzido até a puberdade ● Os túbulos seminíferos não tem luz até a puberdade, ● As paredes dos túbulos seminíferos são compostas de dois tipos de células: ○ Células de Sertoli: que sustentam a espermatogênese, são derivadas do epitélio de superfície do testiculo. Essas células constituem a maior parte do epitélio seminífero no testículo fetal. ○ Espermatogônias: que são células espermáticas primordiais, são derivadas das células germinativas primordiais ● Durante o desenvolvimento fetal tardio, o epitélio de superfície do testículo se achata para formar o mesotélio (uma camada de células) sobre a superfície externa dos testículos. ● A rede testicular torna-se contínua com 15 a 20 túbulos mesonéfricos que se tornam os ductos eferentes. Esses ductos são conectados com o ducto mesonéfrico, que se torna o ducto do epidídimo. ____DESENVOLVIMENTO DOS OVÁRIOS______ ● O desenvolvimento gonadal ocorre lentamente em embriões femininos. ● O cromossomo X possui genes que codificam o desenvolvimento ovariano. ● O ovário não é identificado histologicamente até a 10ª semana. ● Os cordões gonadais não são proeminentes no ovário em desenvolvimento, mas eles se estendem dentro da medula e formam um rete ovarii rudimentar, essa rede de cordões geralmente desaparecem. ● Os cordões corticais estendem-se do epitélio de superfície do ovário em desenvolvimento para dentro do mesênquima subjacente o período fetal inicial. Esse epitélio é derivado do mesotélio do peritônio. A medida que os cordões corticais aumentam em tamanho, as células germinativas primordiais são incorporadas neles. Com 16 semanas, esses cordões começam a se romper em grupos de células isoladas, chamados folículos primordiais, que contém uma oogônia (célula germinativa primordial). ● Os folículos são rodeados por uma cama única de células foliculares achatadas derivadas do epitélio de superfície. ● A mitose ativa das oogônias ocorre durante a vida fetal, produzindo os folículos primordial. ● Não se forma oogônias após ao nascimento. E muitas oogônias degeneram antes do nascimento. Porém 2 milhões de oogônias permanecem o que tornam os oócitos primários. ● Após o nascimento, o epitélio de superfície do ovário se achata para formar uma única camada de células contínuas com o mesotélio do peritônio no hilo ovariano, no qual os vasos e os nervos entram ou saem. O epitélio de superfície se torna separado dos folículos no córtex por uma cápsula fibrosa fina, a túnica albugínea. ● A medida que o ovário se separa do mesonefro em regressão, ele fica suspenso por um mesentério, o mesovário. _DESENVOLVIMENTO DOS DUCTOS GENITAIS_ ● Durante a 5ª e 6ª semana o sistema genital está em estágio indiferenciado, e estão presentes dois ductos genitais. ○ Os ductos mesonéfricos (ductos de Wolf): que desempenham uma parte importante no desenvolvimento do sistema reprodutor masculino. ○ Os ductos paramesonéfricos (ductos de muller): tem papel condutor no desenvolvimento do sistema reprodutor feminino. Se desenvolvem laterais as gônadas e aos ductos mesonéfricos, em cada lado a partir de invaginações longitudinais do mesotélio nos aspectos laterais dos mesonefros (rins primordiais). As bordas desses sulcos se aproximam uma da outra e se fundem para formar os ductos paramesonéfricos. As extremidades craniais desses ductos se abrem para dentro da cavidade peritoneal. Caudalmente, os ductos paramesonéfricos correm paralelos aos ductos mesonéfricos até eles atingirem a futura região pélvica do embrião. Na onde se cruzam ventralmente aos ductos mesonéfricos, aproximam-se um do outro no plano mediano, e se fundem para formar um primórdio uterovaginal em forma de Y. Essa estrutura tubular se projeta para a parede dorsal do seio urogenital e produz uma elevação chamada de tubérculo do seio. _______ DESENVOLVIMENTO DE DUCTOS E GLÂNDULAS GENITAIS MASCULINAS ________ ● Os testículos fetais produzem hormônios masculinizantes (testosterona e SIM. ● As células de Sertoli produzem SIM com 6 a 7 semanas. ● As células intersticiais começam a produzir testosterona na 8ª semana. ● A testosterona estimula os ductos mesonéfricos a formar ductos genitais masculinos, enquanto a HAM faz os ductos paramesonéfricos regrediram. ● Com a influencia da testosterona na 8ª semana, a parte proximal de cada ducto mesonéfrico se torna altamente convoluta para formar o epidídimo. ● A medida que o mesonefro degenera, alguns túbulos persistem e são transformados em dúctulos eferentes, esses ductulos se abrem no ducto epidídimo. ● Distal ao epidídimo, o ducto mesonéfrico adquire um revestimento espesso de mm liso e se torna o ducto deferente. GLÂNDULAS SEMINAIS: evaginações laterais da extremidade caudal de cada ducto mesonéfrico tornam-se as glândulas (vesículas) seminais. Que produzem uma secreção que constitui a maior parte do líquido no ejaculado e nutre os espermatozoides. A parte do ducto mesonéfrico entre o ducto dessa glândula e da uretra se torna o ducto ejaculatório. PRÓSTATA: múltiplas evaginações do endoderma surgem da parte prostática da uretra e crescem dentro do mesênquima circulante. O epitélio glandular se diferencia a partir dessas células endodérmicas, e o mesênquima associado diferencia-se no estroma (arcabouço de tecido conjuntivo) e no mm liso da próstata. As secreções da próstata contribuem para o sêmem (ejaculado). GLÂNDULAS BULBOURETRAIS: são do tamanho de uma ervilha, e se desenvolvem a partir de evaginaçãoes pareadas derivadas da parte esponjosa da uretra. As fibras mm lisas e o estroma se diferenciam do mesênquima adjacente. As secreções dessas glândulas também contribuem para o sêmem. ____ DESENVOLVIMENTO DE DUCTOS E GLÂNDULAS GENITAIS FEMININOS _____ ● Os ductosmesonéfricos dos embriões femininos regridem devido a ausência de testosterona, porém permanecem alguns remanescentes não funcionais. ● Os ductos paramesonéfricos desenvolvem devido a ausência de SIM. E formam a maior parte do trato genital feminino. As tubas uterinas se desenvolvem a partir de partes craniais não fundidas desses ductos. A parte funcional dos ductos formam o primórdio uterovaginal, que da origem ao útero e a parte superior da vagina. ● A fusão dos ductos paramesonéfricos também forma uma prega peritoneal que se torna o ligamento largo e forma dois compartimento peritoneais, a bolsa retouterina e a bolsa vesicouterina. ● O estroma endometrial e miométrio são derivados do mesênquima esplâncnico. ● O desenvolvimento sexual femino durante o período fetal não depende da presença de ovários ou hormônios. ● Estrogênios produzidos pelos ovários materno e pela placenta estimulam o desenvolvimento das tubas uterinas, do útero e da parte superior da vagina. GLÂNDULAS GENITAIS AUXILIARES FEMININAS: evaginações da uretra para dentro do mesênquima formam as glândulas bilaterais uretrais e parauretrais secretoras de muco. Evaginações do seio urogenital forma as glândulas vestibulares maiores no terço inferior dos grandes lábios. Essas glândulas tubuloalveolares também secretam muco e são homólogas às glândulas bulbouretrais nos homens. ______ DESENVOLVIMENTO DA VAGINA ______ ● a parede fibromuscular da vagina se desenvolve a partir do mesênquima circulante. ● o contato do primórdio uterovaginal com o seio urogenital, formando o tubérculo do seio, induz a formação de um par de projeções do endoderma, os bulbos sinovaginais. Esses bulbos se estendem a partir do seio urogenital até a extremidade caudal do primórdio uterovaginal. ● Os bulbos sinovaginais se fundem para formar uma placa vaginal. Mas tarde as células centrais dessa placa se decompõem formando a luz da vagina. O epitélio da vagina é derivado das células da placa vaginal. ● Até o final da vida fetal, a luz da vagina é separada da cavidade do seio urogenital, por uma membrana chamada hímen. Essa membrana é formada pela invaginação da parede posterior do seio urogenital, resultando de uma expansão da extremidade caudal da vaginal. ● O hímem se rompe deixando uma pequena abertura durante o período perinatal (antes, durante ou após o nascimento), e permanece como uma fina prega de membrana mucosa no interior do orifício vaginal. DESENVOLVIMENTO DA GENITÁLIA EXTERNA ● Até a 7ª semana, as genitálias são semelhantes em ambos os sexos. ● As características distintas começam a aparecer durante a 9ª semana. Porém não são completamente diferenciada. ● No início da 4º semana o mesênquima em proliferação produz um tubérculo genital (primórdio do pênis ou clitóris)em ambos os sexos na extremidade cranial da membrana cloacal. ● As saliências labioescrotais e as pregas urogenitais logo se desenvolvem em cada lado da membrana cloacal. ● O tubérculo genital se alonga formando um falo primordical (pênis ou clitoris) ● A membrana urogenital reside no assoalho de uma fenda mediana, o sulco uretral, que é limitado pelas pregas uretrais. ● Em fetos femininos, a uretra e a vagina se abrem para uma cavidade comum, chamada de vestíbulo da vagina. DESENVOLVIMENTO DA GENITÁLIA EXTERNA MASCULINA ● é induzida pela testosterona, que é produzida pelas células intersticiais dos testículos fetais. ● A medida que o fato primordial aumenta e se alonga para formar o pênis, as pregas uretrais formam as paredes laterais do sulco uretral na superfície ventral do pênis. Esse sulco é revestido por uma proliferação de células endodérmicas, a placa uretral, a qual se estende a partir da parte fálica do seio urogenital. ● as pregas uretrais se fundem um com a outra ao longo da superfície ventral do pênis para formar a uretra esponjosa. ● o ectoderma superficial se funde no plano mediano do pênis, formando a rafe peniana e confina a uretra esponjosa dentro do pênis. ● na extremidade da glande peniana, acontece uma invaginação ectodérmica e forma um cordão ectodérmico, que cresce em direção a raiz do pênis para encontrar a uretra esponjosa. ● durante a 12ª semana, uma invaginação circular de ectoderma ocorre na periferia da glande peniana. Quando essa invaginação se decompõe, ela forma o prepúcio, uma prega de pele. ● O corpo cavernoso do pênis (uma de duas colunas de tecido erétil) e o corpo esponjoso do pênis (coluna mediana do tecido erétil entre os dois corpos cavernosos), se desenvolvem a partir do mesênquima do falo. ● As duas saliências labioescrotais crescem uma em direção a outra e se fundem para formar o escroto. A linha de fusão dessas pregas são o rafe escrotal. DESENVOLVIMENTO DA GENITÁLIA EXTERNA FEMININA ● O fato primordial no feto feminino se torna o clitóris. O clitórias é grande até a 18º semana. ● as pregas uretrais não se fusionam, exceto posteriormente, e formam o frênulo dos pequenos lábios. ● as partes não fusionadas das pregas urogenitais formam os pequenos lábios. ● as pregas labioescrotais se fundem posteriormente para formar a comissura labial posterior e anteriormente para formar a comissura labial anterior e o monte do púbis. ● a maior parte das pregas labioescrotais permanecem não fusionadas, mas se desenvolvem em duas grandes pregas de pele, os grandes lábios. AULA 28-09-2020 ● Genitália ambígua - quando não se sabe o sexo do RN. ● determinação sexual: através da genética (cromossômico) XX e XY, Gonádica: ovário ou testículo, genital interno: útero e próstata. Genital externo: penis e vagina. ● Padrão do desenvolvimento sexual: feminino ● cromossomo Y é importante pro desenvolvimento masculino ● o que determina o sexo é a presença ou ausencia do Y. ● o fato determinante testicular (FDT) ● SRY é o gene responsável pelas características masculinas, e está localizado no braço curto do cromossomo Y. ● pseudoautossômica: falso autossômico, cromossomos autossômicos são os numerados de 1 a 22. o cromossomo Y é um pseudoautossômicas.
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