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Circuitos Elétricos Me. Igor Henrique Nascimento Oliveira C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ. Núcleo de Educação a Distância; OLIVEIRA, Igor Henrique Nascimento Oliveira. Circuitos Elétricos. Igor Henrique Nascimento Oliveira. Maringá-PR.: Unicesumar, 2019. 306 p. “Graduação - Híbridos”. 1. Circuitos. 2. Elétricos. 3. EaD. ISBN 978-65-5615-137-3 CDD - 22 ed. 6.213.192 CIP - NBR 12899 - AACR/2 NEAD - Núcleo de Educação a Distância Av. Guedner, 1610, Bloco 4 - Jardim Aclimação CEP 87050-900 - Maringá - Paraná unicesumar.edu.br | 0800 600 6360 Impresso por: Coordenador de Conteúdo Fábio Augusto Gentilin. Designer Educacional Raquel Baptista Meneses Frata. Revisão Textual Cintia Prezoto Ferreira e Erica Fernanda Ortega. Editoração André Morais de Freitas. Ilustração Welington Vainer Satin de Oliveira. Realidade Aumentada Maicon Douglas Curriel, Cesar Henrique Seidel e Matheus Alexander de Oliveira. DIREÇÃO UNICESUMAR Reitor Wilson de Matos Silva, Vice-Reitor e Pró-Reitor de Administração Wilson de Matos Silva Filho, Pró-Reitor Executivo de EAD William Victor Kendrick de Matos Silva, Pró-Reitor de Ensino de EAD Janes Fidélis Tomelin, Presidente da Mantenedora Cláudio Ferdinandi. NEAD - NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA Diretoria Executiva Chrystiano Mincoff, James Prestes e Tiago Stachon; Diretoria de Graduação e Pós-graduação Kátia Coelho; Diretoria de Permanência Leonardo Spaine; Diretoria de Design Educacional Débora Leite; Head de Produção de Conteúdos Celso Luiz Braga de Souza Filho; Head de Metodologias Ativas Thuinie Daros; Head de Curadoria e Inovação Tania Cristiane Yoshie Fukushima; Gerência de Projetos Especiais Daniel F. Hey; Gerência de Produção de Conteúdos Diogo Ribeiro Garcia; Gerência de Curadoria Carolina Abdalla Normann de Freitas; Supervisão do Núcleo de Produção de Materiais Nádila de Almeida Toledo; Supervisão de Projetos Especiais Yasminn Talyta Tavares Zagonel; Projeto Gráfico José Jhonny Coelho e Thayla Guimarães Cripaldi; Fotos Shutterstock PALAVRA DO REITOR Em um mundo global e dinâmico, nós trabalha- mos com princípios éticos e profissionalismo, não somente para oferecer uma educação de qualida- de, mas, acima de tudo, para gerar uma conversão integral das pessoas ao conhecimento. Baseamo- -nos em 4 pilares: intelectual, profissional, emo- cional e espiritual. Iniciamos a Unicesumar em 1990, com dois cursos de graduação e 180 alunos. Hoje, temos mais de 100 mil estudantes espalhados em todo o Brasil: nos quatro campi presenciais (Maringá, Curitiba, Ponta Grossa e Londrina) e em mais de 300 polos EAD no país, com dezenas de cursos de graduação e pós-graduação. Produzimos e revi- samos 500 livros e distribuímos mais de 500 mil exemplares por ano. Somos reconhecidos pelo MEC como uma instituição de excelência, com IGC 4 em 7 anos consecutivos. Estamos entre os 10 maiores grupos educacionais do Brasil. A rapidez do mundo moderno exige dos educadores soluções inteligentes para as ne- cessidades de todos. Para continuar relevante, a instituição de educação precisa ter pelo menos três virtudes: inovação, coragem e compromisso com a qualidade. Por isso, desenvolvemos, para os cursos de Engenharia, metodologias ativas, as quais visam reunir o melhor do ensino presencial e a distância. Tudo isso para honrarmos a nossa missão que é promover a educação de qualidade nas diferentes áreas do conhecimento, formando profissionais cidadãos que contribuam para o desenvolvimento de uma sociedade justa e solidária. Vamos juntos! BOAS-VINDAS Prezado(a) Acadêmico(a), bem-vindo(a) à Co- munidade do Conhecimento. Essa é a característica principal pela qual a Unicesumar tem sido conhecida pelos nossos alu- nos, professores e pela nossa sociedade. Porém, é importante destacar aqui que não estamos falando mais daquele conhecimento estático, repetitivo, local e elitizado, mas de um conhecimento dinâ- mico, renovável em minutos, atemporal, global, democratizado, transformado pelas tecnologias digitais e virtuais. De fato, as tecnologias de informação e comu- nicação têm nos aproximado cada vez mais de pessoas, lugares, informações, da educação por meio da conectividade via internet, do acesso wireless em diferentes lugares e da mobilidade dos celulares. As redes sociais, os sites, blogs e os tablets ace- leraram a informação e a produção do conheci- mento, que não reconhece mais fuso horário e atravessa oceanos em segundos. A apropriação dessa nova forma de conhecer transformou-se hoje em um dos principais fatores de agregação de valor, de superação das desigualdades, propagação de trabalho qualificado e de bem-estar. Logo, como agente social, convido você a saber cada vez mais, a conhecer, entender, selecionar e usar a tecnologia que temos e que está disponível. Da mesma forma que a imprensa de Gutenberg modificou toda uma cultura e forma de conhecer, as tecnologias atuais e suas novas ferramentas, equipamentos e aplicações estão mudando a nossa cultura e transformando a todos nós. Então, prio- rizar o conhecimento hoje, por meio da Educação a Distância (EAD), significa possibilitar o contato com ambientes cativantes, ricos em informações e interatividade. É um processo desafiador, que ao mesmo tempo abrirá as portas para melhores oportunidades. Como já disse Sócrates, “a vida sem desafios não vale a pena ser vivida”. É isso que a EAD da Unicesumar se propõe a fazer. Seja bem-vindo(a), caro(a) acadêmico(a)! Você está iniciando um processo de transformação, pois quando investimos em nossa formação, seja ela pessoal ou profissional, nos transformamos e, consequentemente, transformamos também a so- ciedade na qual estamos inseridos. De que forma o fazemos? Criando oportunidades e/ou estabe- lecendo mudanças capazes de alcançar um nível de desenvolvimento compatível com os desafios que surgem no mundo contemporâneo. O Centro Universitário Cesumar mediante o Núcleo de Educação a Distância, o(a) acompa- nhará durante todo este processo, pois conforme Freire (1996): “Os homens se educam juntos, na transformação do mundo”. Os materiais produzidos oferecem linguagem dialógica e encontram-se integrados à proposta pedagógica, contribuindo no processo educa- cional, complementando sua formação profis- sional, desenvolvendo competências e habilida- des, e aplicando conceitos teóricos em situação de realidade, de maneira a inseri-lo no mercado de trabalho. Ou seja, estes materiais têm como principal objetivo “provocar uma aproximação entre você e o conteúdo”, desta forma possibilita o desenvolvimento da autonomia em busca dos conhecimentos necessários para a sua formação pessoal e profissional. Portanto, nossa distância nesse processo de crescimento e construção do conhecimento deve ser apenas geográfica. Utilize os diversos recursos pedagógicos que o Centro Universitário Cesumar lhe possibilita. Ou seja, acesse regularmente o Stu- deo, que é o seu Ambiente Virtual de Aprendiza- gem, interaja nos fóruns e enquetes, assista às aulas ao vivo e participe das discussões. Além disso, lembre-se que existe uma equipe de professores e tutores que se encontra disponível para sanar suas dúvidas e auxiliá-lo(a) em seu processo de apren- dizagem, possibilitando-lhe trilhar com tranquili- dade e segurança sua trajetória acadêmica. APRESENTAÇÃO Este livro traz os fundamentos para análise de Circuitos Elétricos que serão essenciais para a boa compreensão de disciplinas específicas da área da Engenharia Elétrica. Ao mesmo tempo que é fascinante, a análise de cir- cuitos elétricos é também desafiadora e isto pode te causar uma impressão de dificuldade. Entretanto, este livro foi escrito para quebrar este conceito e tornar o percurso mais interessante e proveitoso. A Unidade 1 é uma introdução que vem para contextualizar o assunto abordado neste livro dentro do mundo da Engenharia Elétrica. Além disso, apresenta as principais variáveis obtidas a partir de qualquer análisede circuitos: corrente, tensão e potência elétrica. As Unidades 2 a 5 abordam a análise de circuitos em corrente contínua, iniciando pelas Leis Básicas até alcançar os métodos avançados e abran- gentes de análise. A análise de circuitos em corrente contínua é aplicada principalmente em sistemas eletrônicos e de comunicação. As Unidades 6 a 9 estão relacionadas à circuitos em corrente alternada, presentes nas instalações elétricas e nos sistemas de grande potência, mo- nofásicos e trifásicos. Todas as unidades possuem exercícios contextualizados para que você possa mergulhar em situações práticas nos diversos cenários em que o Engenheiro da área Elétrica pode se deparar. Portanto, explore ao máximo cada dica deste livro, sempre busque complementar o seu conhecimento sobre os temas abordados e estude regularmente durante o curso. Muitos conceitos apresentados neste material poderão servir como pesquisa, tanto durante o curso de graduação quanto após a sua entrada no mercado de trabalho. Portanto, guarde este livro! Espero que a sua experiência neste curso seja a melhor possível. Divirta-se! CURRÍCULO DOS PROFESSORES Me. Igor Henrique Nascimento Oliveira É mestre em Engenharia Elétrica com ênfase em Sistemas Eletrônicos/Eletrônica de Potência (UEL), especialista em Sistemas de Potência (Unicesumar) e engenheiro eletricista. É professor dos cursos de Engenharia na Unicesumar desde 2015 e atua como engenheiro de projetos em empresas da área de eletrônica embarcada e eletrônica de potência, como consultor especializado. Currículo Lattes disponível em: http://lattes.cnpq.br/7387790111859738 Fundamentos de Circuitos Elétricos 13 Leis Básicas 41 Técnicas de Análise de Circuitos CC 79 Capacitância e Indutância Circuitos RLC 117 149 Introdução aos Circuitos CA 183 Análise de Circuitos CA Cálculo de Potência em CA 251 Circuitos Trifásicos 279 217 19 Sistema elétrico em um automóvel moderno 28 Conceito de Tensão e Corrente Elétrica 44 Geradores de corrente contínua e corrente alternada 282 Geração de Tensões Trifásicas Utilize o aplicativo Unicesumar Experience para visualizar a Realidade Aumentada. PLANO DE ESTUDOS OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM Me. Igor Henrique Nascimento Oliveira • Obter uma visão geral do curso de Engenharia Elétrica e suas principais áreas de estudos e atuação. • Compreender e aplicar as unidades do Sistema Internacio- nal de Unidades (SI), assim como as potências de base 10. • Entender e aplicar as definições de corrente elétrica. • Entender e aplicar as definições de tensão elétrica. • Compreender e calcular a potência absorvida e a energia dissipada por um circuito elétrico. Introdução Sistema Internacional de Unidades Tensão Potência e EnergiaCorrente Fundamentos de Circuitos Elétricos Introdução Caro(a) aluno(a), este estudo de Circuitos Elétri- cos aborda os conceitos que fundamentam prati- camente todas as subáreas da Engenharia Elétrica. Portanto, neste tópico introdutório, apresenta- remos as principais classificações que dividem o grande universo da Engenharia Elétrica e, em seguida, as principais variáveis físicas e o sistema de unidades que compõe os estudos de circuitos elétricos, como uma preparação para as unidades subsequentes. É comum que, mesmo sendo estudante dos primeiros anos no curso de Engenharia Elétrica, você tenha dúvidas em relação à área que seguirá como profissional. Este tópico tem como objetivo dar uma visão das diferentes especialidades que constituem esta grande área. Vamos lá? 15UNIDADE 1 O Profissional de Engenharia Elétrica O engenheiro eletricista ou bacharel em engenharia elétrica é o profissional que atua em sistemas que são capazes de gerar, transmitir, consumir ou medir sinais elétricos. Ao longo dos anos, os profissionais de engenharia elétrica desempenharam papel fundamental no modo em que vivemos atualmente: computadores, smartphones, equipamentos médicos, veículos automotores, mecanismos industriais e ferramentas elétricas são alguns exemplos que fazem parte da nossa realidade atual e que são fruto da evolução tecnológica e, consequentemente, do trabalho dos engenheiros eletricistas. Esses sistemas são modelados por fenômenos físicos utilizando ferramentas matemáticas, buscando atender às ca- racterísticas práticas. Conheça, agora, as principais subdivisões que compõem a grande área da Engenharia Elétrica: • Sistemas de Potência. • Telecomunicações. • Sistemas Eletrônicos. • Controle e Automação. Os Sistemas Elétricos de Potência ou SEP são aqueles que tratam da geração, transmissão, distri- buição e utilização de eletricidade. Nessa área, estão os projetos das usinas geradoras de energia, como hidrelétricas, eólicas, fotovoltaicas e biomassa. Também estão inclusas as grandes linhas de transmissão que cruzam o país por milhares de quilômetros, passando por subestações até chegarem no poste de distribuição próximo das nossas casas. Desde o projeto dos geradores, condutores e equipamentos ao longo dos circuitos de potência até a análise de proteção e monitoramento do sistema são funções dos profissionais da área. Figura 1 - Usina geradora de energia eólica, fotovoltaica e barragem para energia hidrelétrica 16 Fundamentos de Circuitos Elétricos Os Sistemas de Telecomuni- cação têm foco na transmissão e distribuição da informação e englobam os equipamentos de satélite, televisão, rádio, in- ternet, telefonia e radares. O estudo desses sistemas passa pela compreensão do meio fí- sico pelo qual se propagam os sinais elétricos, sejam eles con- dutores coaxiais, fibras ópticas, atmosfera ou mesmo o espaço fora dela; também engloba o projeto das antenas, transmis- sores e receptores destes sinais, além da modulação aplicada a essas ondas, seja para garantir a entrega correta da informação, seja para sua codificação. Figura 2 - Satélite espacial orbitando a Terra A Eletrônica possui um papel muito importante na evolução da qualidade de vida da sociedade atual. É surpreendente quando tentamos imaginar um mundo hoje sem a presença dos circuitos eletrônicos. O profissional de engenharia elétrica pode participar do projeto, construção, comercialização, instalação e suporte de sistemas eletrônicos. O estudo da eletrônica envolve o conhecimento das características individuais de seus componentes, por exemplo, os transistores e diodos, além da análise do comportamento dos circuitos compostos por estes elementos. A grande vantagem que a eletrônica nos proporcionou foi possibilitar aplicações que processam sinais elétricos com mais rapidez e com mais eficiência, além de permitir um circuito com dimensões extremamente reduzidas. As aplicações dos circuitos eletrônicos são vastas e vão desde o circuito de um computador, o controle de motores elétricos até equipamentos de proteção de sistemas de potência inteligentes. A eletrônica também possibilita tratar de sinais que são gerados por um microfone e amplificá-lo até que possa ser ouvido por meio de um alto-falante. Esses sinais podem ser tratados de forma analógica ou digital, como é feito pelos computadores. 17UNIDADE 1 Figura 3 - Placa de Circuito Impresso (PCI) com compo- nentes eletrônicos soldados Os Sistemas de Controle e Automação pro- cessam os sinais elétricos das variáveis de um processo industrial de forma a regular o produto deste processo. Os sinais elétricos utilizados nos sistemas de controle são gerados por sensores que convertem, em eletricidade, grandezas físi- cas, como temperatura, pressão, nível e posição. A partir desses sistemas, é possível criar mecanismos como a regulação da temperatura de um ambiente sob condições ambientais adversas ou um sistema de piloto automático de um automóvel. O estudo dos sistemas de controle automáticos envolve a modelagem matemática de sistemas físi- cos simples ou complexos, que possibilita aumen- tar a produtividade de uma indústria, a eficiência energética de um sistema de geração ou mesmo asegurança de uma atividade de risco. Figura 4 - Fábrica de automóveis automatizada Embora cada profissional atue em sua área especí- fica, também é necessário que os engenheiros ele- tricistas conheçam as outras áreas que interagem com aquela em que é especializado, de forma a alcançar o objetivo. Sistemas de comunicação, por exemplo, precisam de fontes de energia ininter- ruptas, além de circuitos eletrônicos para operar. Sistemas mais avançados utilizam programação por meio de computadores, que são dotados de sistemas de controle automatizados para inter- pretar e transferir dados. A seguir, veja um exem- plo muito conhecido que mostra como as áreas podem interagir buscando um objetivo comum. Interação entre os sistemas elétricos: automóvel Mesmo os veículos mais antigos já possuíam circuitos elétricos para sua operação. Para que a mistura ar-combustível, que é comprimida no cilindro do motor à combustão, queime e propulsione o veículo, é necessário que uma faísca elétrica aconteça, por meio de um componente conhecido como vela de ignição. Entretanto, para gerar a faísca, são necessários alguns milhares de volts. Esta tensão pode ser gerada com a utilização de uma bobina (elemento que trataremos em nosso estudo como indutor) alimentada pela bateria de 12 volts, que nada mais é que uma fonte de tensão. Contudo, os sistemas de ignição evoluíram e utilizam circuitos eletrônicos de potência para elevar a tensão da bateria para os valores adequados e, assim, possibilitar a criação da centelha. 18 Fundamentos de Circuitos Elétricos Para que a bateria se mantenha carregada e possibilite o bom funcionamento do veículo, um componente, chamado alternador, converte em energia elétrica uma parte da energia mecânica for- necida pelo motor. Além disso, possui um sistema de distribuição de energia que abastece o sistema de ar-condicionado, luzes, som e sensores do veículo. Os sistemas de injeção eletrônica de combustível substituíram os velhos carburadores. Nesta evolução, um componente, chama- do bico injetor, é acionado para que o combustível seja borrifado na câmara dos cilindros para que aconteça a explosão. A solução eletrônica fez com que a injeção de combustível seja feita de forma precisa e adaptativa por meio de complexos sistemas de controle programados em pequenos circuitos eletrônicos integrados, cha- mados microcontroladores, formando a conhecida Unidade Ele- trônica de Controle (ou do inglês, Electronic Control Unit – ECU). A ECU é como o cérebro do veículo, cuja função é comandar desde o sistema de injeção de combustível, bem como os faróis, os sistemas de ABS, vidros elétricos, rádio, dentre outros. Para isso, são enviados sinais elétricos gerados por diversos instrumentos (sensores) para a central eletrônica. Estes são processados e novos sinais elétricos são enviados para os atuadores realizarem as tarefas. Os veículos atuais possuem, ainda modernos sistemas de comu- nicação, podendo estar conectados aos satélites para navegação via GPS e via bluetooth com os smartphones, manipulando o sistema multimídia por comandos de voz ou mesmo fornecendo internet wireless por meio de um chip em rede. Além das fontes de informação que nos conectam com o mundo externo ao veículo, nos proporcionando mais comodidade, exis- te também um sistema de comunicação entre os equipamentos alocados em todo o carro, a chamada rede CAN (Controller Area Network). Essas redes são formadas por protocolos, que são como um conjunto de regras que definem a comunicação. Os principais módulos fornecem as informações do veículo, como os circuitos que monitoram a mistura ar-combustível, sistemas de airbag, con- troles de abertura de portas e janelas, sensores de velocidade, de estabilidade, de estacionamento, dentre vários outros. 19UNIDADE 1 Pensando no futuro, não muito distante, em que carros serão movidos também por motores elé- tricos e poderão ser dotados de autonomia capaz de dispensarem um motorista, a participação do profissional de engenharia elétrica no desenvolvi- mento e aprimoramento dessas tecnologias será essencial. Por meio deste exemplo, você pôde visualizar que existe uma grande interação entre sistemas elétricos das diversas áreas, trabalhando para um mesmo projeto. Sistema elétrico em um automóvel moderno 20 Fundamentos de Circuitos Elétricos O Sistema Internacional de Unidades, cuja abre- viação é SI, é aplicado em todos os ramos de engenharia por todo o mundo. Por esse motivo, também o usaremos em nosso curso de Circuitos Elétricos. Usamos este sistema para padronizar a quantização das principais grandezas presentes nos fenômenos que estudamos, seja deste curso ou não. As principais grandezas estão dispostas no Quadro 1, seguidas da unidade de medida e o símbolo. Sistema Internacional de Unidades 21UNIDADE 1 Quadro 1 - Sistema Internacional de Unidades (SI) Grandeza Unidade Símbolo Comprimento metro m Massa quilograma kg Tempo segundo s Corrente Elétrica ampère A Temperatura grau kelvin K Quantidade de substância Mol mol Intensidade luminosa candela cd Fonte: Nilsson (2009, p. 5). Você pode ter percebido que algumas grandezas estudadas em outros módulos do curso de engenharia não estão presentes no Quadro 1. Podemos definir as grandezas não mencionadas como unidades derivadas, apresentadas no Quadro 2. Quadro 2 - Unidades derivadas do SI Grandeza Unidade Símbolo Energia (Trabalho) joule J Potência watt W Força newton N Carga Elétrica coulomb C Potencial Elétrico volt V Frequência hertz H Resistência Elétrica ohm Ω Condutância Elétrica siemens S Capacitância farad F Indutância henry H Fluxo Magnético weber Wb Fonte: Nilsson (2009, p. 6). É bastante comum que, quando nos deparamos com um problema de circuitos elétricos, as grandezas analisadas no sistema sejam apresentadas em valores muito pequenos ou de enorme valor. Portanto, padronizamos a apresentação dessas utilizando potências de base 10, associadas às unidades de medida. Por exemplo, digamos que o tempo em que um sinal elétrico de um sistema de transmissão de áudio se repete é a cada 0,000001 s. Uma forma alternativa, que usaremos neste livro, é apresentar este mesmo valor como 1 10 6� � s. Apesar das potências de base 10 possibilitarem qualquer expoente, é comum em Circuitos Elétricos utilizarmos apenas as potências divisíveis por três, como é o caso de 10 6− . Seguindo desta forma, podemos substituir as potências de base 10, múltiplas de 3, por símbolos. No caso do exemplo, o símbolo correto seria 1µs. No Quadro 3, são apresentados os expoentes de base 10 utilizados em Circuitos Elétricos. 22 Fundamentos de Circuitos Elétricos Quadro 3 - Potências de base 10 Prefixo Símbolo Potência de base 10 atto a 10-18 femto f 10-15 pico p 10-12 nano n 10-9 micro μ 10-6 mili m 10-3 quilo k 103 mega M 106 giga G 109 tera T 1012 Fonte: Nilsson (2009, p. 6). Uma vez que nós entendemos como quantificar as principais gran- dezas de forma clara e padronizada, vamos conceituar as principais variáveis dos circuitos elétricos. O objetivo deste livro é analisar circuitos elétricos de uma manei- ra que os modelos e estratégias apresentadas possam ser utilizadas para solucionar problemas de projetos de novos sistemas ou diag- nosticar falhas em sistemas existentes, a partir da compreensão do comportamento dos elementos que formam um circuito elétrico. 23UNIDADE 1 Corrente O primeiro fundamento de circuitos elétricos é a compreensão da corrente elétrica. Entendemos como corrente elétrica o fluxo de cargas elétri- cas em movimento, ou a taxa de variação (em função do tempo) com que uma quantidade de carga elétrica passa de um ponto a outro de um circuito elétrico. Veja que, para definir o conceito de corrente elétrica, citamos carga elétrica em um circuito elétrico. Logo, um circuito elétrico é um caminho fe- chado que interliga ao menos dois elementos elétricos, em que é possível que uma corrente elétrica flua continuamente. E cargaelétrica é a quantidade discreta de eletricidade, podendo ser positiva ou negativa. A carga eletrônica ele- mentar possui valor igual a 1,6022 x 10-19 C. 24 Fundamentos de Circuitos Elétricos Dessa forma, podemos expres- sar a variação de carga elétrica, como: i dq dt = (1) Confira a Figura 5, que ilustra os dois sentidos mencionados: D ire çã o da Co rre nt e ( Sen tido Convencional) Direção da Corrente (Sentido Convencional) Fl ux o do s El ét ro ns (S en tid o Re al ) Fluxo dos Elétrons (Sentido Real) FioFio FIO COM CORRENTE ELÉTRICA FIO SEM CORRENTE ELÉTRICA Átomo do Metal Condutor Elétron Livre CORRENTE ELÉTRICA Como conceituamos anteriormente, a corrente elétrica é o fluxo ordenado de elétrons (cargas elé- tricas negativas) e ao sentido deste fluxo denominamos de sentido real. Por convenção introduzida por Benjamin Franklin (1706-1790), o sentido utilizado nas análises de circuitos elétricos é contrário ao movimento dos elétrons, chamado então de sentido convencional da corrente elétrica. Em que: i = corrente elétrica, em ampères (A). q = quantidade de carga elétrica, em coulombs (C). t = tempo, em segundos (s). Figura 5 - Corrente Elétrica: sentido real e sentido convencional 25UNIDADE 1 Em determinados momentos deste livro, tratare- mos a corrente elétrica como constante no tempo, comumente chamada de corrente contínua (cc). Contudo, quando o fluxo de cargas elétricas, atra- vés de um elemento, varia no tempo, como uma função seno, cosseno ou exponencial, chamamos este modelo de corrente alternada (ca). Quando nos referimos às variáveis com letras minúsculas (i.e. " "i ), isso significa que esta variá- vel é uma função no tempo, corrente alternada. Agora, se utilizamos uma letra maiúscula (i.e. “ I ”), estamos nos referindo a uma variável constante no tempo, ou seja, corrente contínua. Figura 6 - Painéis Solares em um sistema de geração de energia renovável A corrente contínua está presente nas pilhas e baterias, comumente aplicada a circuitos ele- trônicos. Hoje, os painéis solares fotovoltaicos (Figura 6) são exemplos de fontes geradores de corrente na forma contínua. A corrente alternada é a presente nos sistemas de transmissão e distri- buição de energia elétrica, até chegar em nossas residências. Esta modalidade de corrente elétrica tem, na sua forma mais pura, o aspecto de uma função periódica senoidal (Figura 7). Figura 7 - Onda periódica senoidal 26 Fundamentos de Circuitos Elétricos Como mencionamos, a corrente elétrica é resulta- do da movimentação de cargas elétricas. Este flu- xo pode ocorrer “a favor” do sentido convencional, recebendo o sinal de “+”. Caso a corrente elétrica circule no sentido contrário, dentro da análise de circuitos, o sinal atribuído a ela é o “-”. A origem desta movimentação se dá por meio da força de separação entre as cargas, comumente chamada de tensão, como veremos a seguir. 27UNIDADE 1 Tensão A separação de elétrons, necessária para o fluxo de cargas em um fio condutor, despende energia e dá origem a uma força elétrica, conhecida como tensão (também chamada força eletromotriz - fem). De outro ponto de vista, quando uma cor- rente elétrica percorre um elemento dentro de um circuito elétrico, aparece sobre os terminais deste elemento uma diferença de potencial (ou ddp), outro termo associado a esta grandeza. Corrente e tensão são as variáveis básicas em um circuito elétrico e é comum que tratamos essas variáveis aplicando o termo sinal. Isso porque essas variáveis, quando mensuradas, fornecem ao técnico informações sobre o comportamento do circuito sob análise. Logo, tensão representa a quantidade de energia necessária para mover uma unidade de carga entre os terminais de um elemento elétrico. Fonte: adaptado de Alexander e Sadiku (2013). 28 Fundamentos de Circuitos Elétricos Podemos expressar a tensão matematicamente, como v dw dq = (2) Em que: v = tensão elétrica, em volts (V). w = energia, em joules (J). q = quantidade de carga elétrica, em coulombs (C). Podemos compreender a tensão elétrica como a diferença de po- tencial entre dois pontos de um circuito. Caso não exista diferença de potencial entre os pontos, não haverá tensão. É possível fazer uma analogia imaginando uma tubulação hi- dráulica preenchida por um fluido. Uma vez que existe uma di- ferença de potencial, ou seja, uma extremidade de uma seção da tubulação está em um nível mais alto que a outra extremidade, haverá escoamento desse fluido. Contudo, se imaginarmos esta tubulação nivelada, sem a diferença de potencial, não haverá fluxo de cargas. Neste exemplo mecânico, tem-se o escoamento do fluido entendido como a corrente em um condutor elétrico e a pressão que causa tal movimento das cargas, como sendo a tensão elétrica. Assim como a corrente, a tensão pode ter o sinal de “+” ou “-” atribuídos, o que depende do referencial definido para a análise. Trataremos com mais detalhes deste procedimento no futuro. A se- guir, falaremos de duas variáveis não menos importantes na análise de circuitos elétricos: Potência e Energia. Conceito de Tensão e Corrente Elétrica 29UNIDADE 1 Ainda que a corrente e a tensão sejam as duas variáveis básicas em um circuito elétrico, muitas vezes a leitura dessas variáveis não é suficiente, para uma análise completa, fazendo necessário conhecer a potência fornecida ou mesmo a ener- gia consumida. A potência e a energia são muito importantes no estudo de sistemas elétricos. Em muitos casos, é por meio da análise da potência que podemos identificar se um sistema está operando em per- feito estado ou se apresenta alguma falha. Além disso, todos os componentes que integram um circuito elétrico possuem limites máximos de potência que devem ser respeitados. Logo, deter- minar a potência em um ou mais elementos do sistema elétrico é essencial para a operação segura. Potência e Energia 30 Fundamentos de Circuitos Elétricos Podemos definir também que a potência é a “rapidez” com que se realiza um trabalho. Portanto, quando dizemos que um equipamento realiza um trabalho em menos tempo em relação a outro, dizemos que este é mais “potente”. Matematicamente, a potência é a taxa de variação da energia por unidade de tempo, logo p dw dt = (3) Em que: p = potência elétrica, em watts (W). w = energia, em joules (J). t = tempo, em segundos (s). A partir da definição em (3), é possível relacionar a tensão e a corrente em um dispositivo com a potência no elemento, multiplicando por dq/dt p dw dt dw dq dq dt = = (4) E, portanto, p vi= (5) Em que p = potência elétrica, em watts (W). v = tensão elétrica, em volts (V). i = corrente elétrica, em ampères (A). A potência p da Equação 5 é uma grandeza variante no tempo e é chamada de potência instantânea. Os sinais da corrente e da tensão são importantes para definir se esta potência está sendo fornecida ou absorvida pelo elemento. Como podemos determinar se a potência é fornecida ou absorvida? Se a corrente elétrica entra pelo terminal negativo, logo, a potência é negativa e, por isso, entendemos que esta é fornecida. De forma análoga, se a corrente entra pelo terminal positivo, a potência p é positiva, ou seja, absorvida pelo elemento. A este conceito damos o nome de Convenção do Sinal de Potência. + – i υ υ p = +υi + – p = -υi i Figura 9 - Sinais de potência definidos pelo sentido da corrente em um elemento de circuitos Fonte: Alexander e Sadiku (2013, p. 10). Tenha sua dose extra de conhecimento assistindo ao vídeo. Para acessar, use seu leitor de QR Code. 31UNIDADE 1 A lei de conservação de energia deve ser respeitada na análise de circuitos. Logo, a soma das potências fornecidas no circuito deve ser igual à soma das potências absorvidas. Podemos determinar a quanti- dade de energia fornecida ou absorvida por um elemento de circuitos elétricos durante um intervalo de tempo: w p t dt v t i t dt t t t t � � � � � � � �� �0 1 0 1(6) As faturas de energia elétrica fornecidas pelas concessionárias apresentam a energia consumida em watts-hora (Wh). Lembrando que 1 Wh = 3600 J. Por fim, podemos resumir os conceitos de energia e potência como: energia é a capacidade de um sistema de realizar trabalho, medida em Joules, e potência é a rapidez com que se executa um tra- balho e pode ser calculada pelo produto da tensão e da corrente elétrica em um elemento. Fonte: adaptado de Alexander e Sadiku (2013). Nesta unidade, apresentamos as variáveis básicas que estão presentes em todos os tipos de circuitos elétricos, seja de uma pequena placa eletrônica alimentada por bateria ou um circuito contendo mo- tores de corrente alternada em uma indústria. Os conceitos aqui apresentados são requisitos da análise de circuitos e serão explorados em todo o conteúdo do livro, por meio dos quais será possível diferenciar o comportamento de um elemento ou mesmo verificar se existem falhas na operação de determinado sistema elétrico. 32 1. A operação em sistemas elétricos de alta tensão exige normas específicas para a execução de cada tarefa e de equipamentos de proteção adequados. Um operador de um Sistema Elétrico de Potência percebeu, na etiqueta de iden- tificação de um equipamento da rede, a tensão 13.200 Volts. Como poderia estar representado este valor se utilizasse uma grandeza da base 10? Escolha a alternativa correta. a) 1,32 kV. b) 13,2 kV. c) 13,2 MV. d) 1,32 mV. e) 132 kV. 2. Como vimos nesta unidade, a corrente elétrica representa o fluxo ordenado de cargas elétrica em um condutor. Em um circuito eletrônico que carrega a bateria de um celular, foi contabilizado que atravessam 150 milhões de elétrons por segundo em um dos terminais da bateria. Qual o valor da corrente elétrica no fio condutor? a) 24,03 mA. b) 24,03 μA. c) 2,403 nA. d) 24,03 pA. e) 0,2403 nA. Você pode utilizar seu diário de bordo para a resolução. 33 3. Aprendemos a calcular a corrente elétrica a partir da variação da carga elétrica em um elemento. De forma análoga, é possível calcular a quantidade de carga armazenada ou despendida a partir do fluxo de cargas. Considere que, em um elemento elétrico de circuitos elétricos atravessa uma corrente elétrica i e At300 2000 . A partir do valor da corrente, calcule o total de carga acumu- lado em um intervalo de tempo de 5 segundos. a) 150 C. b) 15 nC. c) 150 mC. d) 15 μC. e) 1500 nC. 4. Conceituamos a corrente relacionando-a à taxa de variação (derivada) de carga elétrica q no tempo. Suponha que a carga em um elemento qualquer se com- porta conforme o gráfico da Figura 10, em que a amplitude do gráfico represen- ta a quantidade de carga em milicoulomb em cada instante do tempo t. Baseie- -se na Equação 1 para calcular a corrente elétrica que atravessa o elemento no intervalo de tempo 0 a 10 ms, representando-a em um novo gráfico da corren- te elétrica no tempo. 5. Uma bateria automotiva de 40 ampère-hora de 12 V está fornecendo uma cor- rente constante de 500 mA durante 5 horas. O proprietário do veículo percebe que o veículo não consegue dar a partida devido à falta de carga na bateria. a) Calcule a energia fornecida pela bateria ao final do período. b) Por quanto tempo a bateria consegue fornecer esta corrente até atingir 50% da sua capacidade? 8 3 3 7 8 10 Tempo, em ms Carga, em mC 34 6. Conceituamos potência sendo o produto da tensão e da corrente elétrica. A soma das potências em um sistema fechado deve se equilibrar, ou seja, a soma das potências geradas deve ser igual à soma dos valores absorvidos de potência. Para identificar se a potência é fornecida ou consumida, utilizamos a convenção de sinal. Desta forma, utilizando a convenção do sinal de potência, determine, para cada elemento do circuito da Figura, se é fornecida ou absorvida, e calcule o valor da potência em cada um dos elementos. + – + + + – – – + – + – 1 A 1 A 1 A 15 V 7 V 3 V 8 V 5 V 10 V 2 A 2 A 3 A R1 R3 7. As variáveis de circuitos elétricos tensão elétrica e corrente elétrica podem ser constantes no tempo ou variantes no tempo. Matematicamente, significa que podem ser ou não dependentes do tempo. Como vimos nesta unidade, quando dependentes do tempo, tensões e correntes têm o aspecto de funções matemáticas seno ou cosseno. Considere que em um circuito elétrico de corrente alternada por um elemento flui uma corrente cuja expressão no tempo é i = 10 cos (377t) e sob os terminais deste elemento há uma tensão nos seus terminais periódica, cuja expressão é 180 cos (377t). A partir do exposto, determine: a) A expressão da potência neste elemento. b) A energia (em Joules) ao final de 300 milissegundos. 35 Introdução aos Circuitos Elétricos Autor: James Svoboda e Richard Dorf. Editora: LTC Sinopse: Svoboda e Dorf entendem que a solução de problemas é a chave para a assimilação dos conteúdos, por isso têm como meta explorar e apresentar métodos diferentes de solucioná-los. Com o mesmo objetivo, apresentam equa- ções, teoremas e suas demonstrações, proporcionando o desenvolvimento do pensamento crítico nos estudantes. LIVRO 36 ALEXANDER, C.; SADIKU, M. Fundamentos de Circuitos Elétricos. Nova York: McGraww-Hill Education, 2013. NILSSON, J. W. Circuitos Elétricos. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2009. 37 1. Podemos escrever a tensão 13.200 V como 13,2 x 103. Utilizando o Quadro 3, podemos substituir 103 por “k”. Logo, a resposta correta é: B. 13,2 kV. 2. Para determinar a corrente elétrica, precisamos conhecer a quantidade de carga. No caso, foi nos informado pelo enunciado a “velocidade” com que as cargas se movimentam: 150 x 106 e/s. Sabendo que a carga de e de 1 elétron equivale a 1,6022 x 10-19, podemos calcular o valor de q q C� �� � �� � � �� �150 10 1 602 10 2 4033 106 19 11, , . Uma vez que esta quantidade de carga levou 1 segundo para atravessar o dispositivo, pode-se calcular a corrente elétrica fazendo: i q t A� � � � �� �D D/ , / , .2 4033 10 1 2 4033 1011 11 Adequando a unidade de corrente para o sistema de engenharia, tem-se, portanto, i =24,033x10-12que é o mesmo que i =24,033 pA Resposta correta é a letra D. 24,03 pA 3. A quantidade de carga q pode ser obtida por: q e dtt� � �0 5 2000300 resolvendo a integral definida: 300 1 2000 2000 0 15 150 1010000 3/ / ,�� � � � �� �e Logo, a resposta correta é C. 150 mC. 38 4. Para facilitar a solução, divide-se o gráfico em seções. Para cada intervalo, tem-se a equação que define a carga: 0 3 8 3� � � � �t q t t C, / 3 7 8� � � � �t q t mC,� � 7 8 5 43� � � � � � �t q t t mC,� � Logo, para cada uma das seções, deriva-se em relação a t , de onde obtemos as seguintes equações: 0<t<3: 2,667 A 3<t<7: 0 7<t<8: -5 A 8<t<10: 0 O gráfico-resposta é: 39 5. A partir da Equação 6, tem-se: W v t i t dt J t t � � � � � � � � �� � � �� � �� 1 2 12 0 5 5 60 60 108000, Utilizando a notação de engenharia: W=108 kJ. 6. P V A W fornecidaFONTE1 � �� � �� � � � � �10 3 30 P V A W absorvidaR1 15 2 30� �� � �� � � � � P V A W fornecidaFONTE2 5 1 5� �� � �� � � � � � P V A W fornecidaFONTE3 8 1 8� �� � �� � � � � � P V A W absorvidaR3 7 1 7� �� �� � � � � P V A W absorvidaR4 3 2 6� �� � �� � � � � 7. a. p t v t i t cos t W� � � � � � � � � � 9 5 3772 b. w p t mJ� � � ��0 0 3 220 6 , , � 40 Fundamentos de Circuitos Elétricos Leis Básicas Técnicas de Análise de Circuitos CC Capacitância e Indutância Circuitos RLC Introdução aos Circuitos CA Análise de Circuitos CA Cálculo de Potência Em CA Circuitos Trifásicos Sistema elétrico em um automóvel moderno Conceito de Tensão e Corrente Elétrica Geradores de corrente contínua e corrente alternada Geração de Tensões Trifásicas Button 2:
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