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av1 peça constitucional

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INSTRUÇÕES 
 Esta avaliação deve ser respondida pelo(a) aluno(a) e devolvida em formato PDF; 
 A postagem da avaliação deve ser feita no TEAMS, na aba “Trabalhos da Disciplina”; 
 O prazo limite para a postagem é até 07/10/2021, às 22h20mi; A avaliação é 
constituída de 01 (uma) peça processual. 
 Não serão aceitos os envios feitos em desacordo com estas orientações. 
 BOA PROVA! 
 
 COMPOSIÇÃO DA AV1 
 
 TRABALHO (VALOR 2 PONTOS) + PROVA (VALOR 8 PONTOS) 
 
Questão 01 - Peça processual (Valor: 8,0 pontos): 
José Silva foi preso em flagrante por suposta prática de roubo. A ação, segundo as testemunhas, 
ocorreu dentro de um ônibus por volta de 14h da tarde em avenida bastante movimentada da 
capital Belém - PA. Além disso, José Silva teria utilizado uma arma de fogo para ameaçar as 
vítimas, tendo, inclusive, apontado o revólver para a cabeça de uma criança de apenas sete anos 
de idade. Em fuga, a apenas alguns quarteirões do incidente, a polícia conseguiu realizar a prisão 
e recuperar os pertences das vítimas, como relógios, celulares e mais de R$ 2.000,00 em espécie. 
Ao apreciar o requerimento do Ministério Público de conversão da prisão em flagrante em prisão 
preventiva, o juiz decidiu pela manutenção da custódia, utilizando como únicos argumentos que 
a liberdade do indiciado representaria uma ameaça à garantia da ordem pública nos termos do art. 
312, do Código de Processo Penal, tendo em vista “o clamor público em torno do ocorrido e a 
credibilidade da justiça”. 
Passados dois meses sem o oferecimento de denúncia pelo Ministério Público, a Defensoria 
Pública do Estado ajuizou, perante o mesmo magistrado, pedido de revogação da prisão 
preventiva, que foi indeferido pelos mesmos argumentos da decisão anterior, mantendo-se a 
segregação cautelar. Não satisfeita com as decisões do juiz de primeiro grau e preocupada com a 
saúde de José Silva frente à pandemia da COVID-19, sua mãe decide procurar advogado para 
tentar conseguir o restabelecimento da liberdade. 
Como advogado de José Silva, redija a peça processual cabível para o caso. 
 CURSO: DIREITO 
PROFESSOR ( A ) : RICARDO THOMAZ SANTOS 
DISCIPLINA : PRÁTICA SIMULADA CONSTITUCIONAL 
 ALUNO(A): JOSÉ AUGUSTO OLIVEIRA SILVA MATRÍCULA: 201902562331 
TURMA: CCJ026 1 TURNO: NOTURNO 
DATA: 0 6 / 10 / 202 1 
AV1 
 Nota dos trabalhos: _______________ 
 
Nota da Prova: _______________ 
 
Nota Final : _______________ 
 
Assinatura Prof ª ) ( .: ________________________ 
 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO EGRÉGIO 
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARÁ 
 
 
 
 
RÉU PRESO 
 
 
 
ADVOGADO DO RÉU, brasileiro, solteiro, advogado, inscrito na OAB/XX sob o 
nº 00.000, com endereço profissional situado à ___________ nº ___, Sala __, Bairro ____, Belém – PA, CEP 
_____-___onde receberá notificações, vem, com respeito e acatamento à presença de Vossa Excelência, com 
fulcro nos artigos 647 e 648 do Código de Processo Penal e artigo 5º, inciso LXVIII da Constituição Federal, 
impetrar ordem de 
 
HABEAS CORPUS REPRESSIVO COM PEDIDO DE LIMINAR 
 
em favor de JOSÉ SILVA, procuração em anexo, nacionalidade, estado civil, profissão, portador da 
cédula de identidade nº ______, inscrito no CPF sob o nº _________-__ residente e domiciliados à___n° ___, 
bairro, Belém do Pará, atualmente recolhido e segregado na Cadeia Pública de _____, contra decisão do 
Douto Magistrado da ___ª Vara da Comarca de Belém NOME DO JUÍZ, o que de logo é indigitada 
Autoridade Coatora, sendo fato de total ilegalidade e evidente abuso de poder e autoridade que é atacado de 
pronto, devendo ser julgado pelo “remédio iure” que ora se interpõe. 
 
 
 
https://juristas.com.br/
 
 
1. RESUMO DOS FATOS 
O Réu foi preso em flagrante por suposta prática de roubo. A ação, segundo as testemunhas, ocorreu 
dentro de um ônibus por volta de 14h da tarde em avenida bastante movimentada da capital Belém - PA. Além 
disso, O Réu teria utilizado uma arma de fogo para ameaçar as vítimas, tendo, inclusive, apontado o revólver 
para a cabeça de uma criança de apenas sete anos de idade. Em fuga, a apenas alguns quarteirões do incidente, 
a polícia conseguiu realizar a prisão e recuperar os pertences das vítimas, como relógios, celulares e mais de 
R$ 2.000,00 em espécie. 
Ao apreciar o requerimento do Ministério Público de conversão da prisão em flagrante em prisão 
preventiva, o juiz decidiu pela manutenção da custódia, utilizando como únicos argumentos que a liberdade 
do indiciado representaria uma ameaça à garantia da ordem pública nos termos do art. 
312, do Código de Processo Penal, tendo em vista “o clamor público em torno do ocorrido e a 
credibilidade da justiça”. 
Passados dois meses sem o oferecimento de denúncia pelo Ministério Público, a Defensoria Pública 
do Estado ajuizou, perante o mesmo magistrado, pedido de revogação da prisão preventiva que, é 
inacreditável, foi indeferido pelos mesmos argumentos da decisão anterior, mantendo-se a segregação 
cautelar. 
 
DO DIREITO 
 
É sabido que, dos Direitos tutelados pelo estado, o direito à vida é aquele com está no topo. Sem vida 
não se tem gozo de quaisquer direitos. Claro que viver sem dignidade é como uma comida sem sabor, não traz 
prazer, é nulo e obsoleto. Pois bem o direito de ir e vir, é Direito constitucional e fundamental num Estado 
Democrático de Direito e sendo esse direito ferido ou ofuscado, a Carla Magana traz o ora remédio para que 
o restabeleçam. 
A esse respeito: 
“Direitos fundamentais são os considerados indispensáveis à pessoa humana, necessário para 
assegurar a todos uma existência digna, livre e igual. Não basta ao Estado reconhecê-los formalmente; deve 
buscar concretizá-los, incorporá-los no dia a dia dos cidadãos e de seus agentes” (PINHO, 2006, p. 67). 
Aqui, ruge salientar que, até a presente data nem o Ilustre Representante do Ministério Público 
ofereceu denúncia contra o Réu, tampouco fora relaxada a prisão do paciente. 
O Código de Processo Penal em seu artigo 46 impõe: O prazo para oferecimento da denúncia, 
estando o réu preso, será de 5 (cinco) dias, contado da data em que o órgão do Ministério Público receber 
os autos do inquérito policial, e de 15 (quinze) dias, se o réu estiver solto ou afiançado. No último caso, se 
houver devolução do inquérito à autoridade policial (artigo16), contar-se-á o prazo da data em que o órgão 
do Ministério Público receber novamente os autos. 
Desta forma é nítido que a prisão preventiva tornou -se ilegal, uma vez que o Ministério Público 
não ofereceu denúncia contra o indiciado até a presente data que se soma mais de 60 dias desde o início do 
cárcere importo ao Réu. 
É cediço que a prisão preventiva tem caráter provisório e só se justifica a partir da fundamentação de 
uma das hipóteses propugnadas pelo art. 312, do Código de Processo Penal. De outro modo, a exacerbação 
dessa providência processual, por meio da manutenção do preso provisório, encarcerado por mais tempo do 
que o previsto, vai de encontro com o princípio constitucional da presunção de inocência. Ora, por se tratar 
de medida limitadora da liberdade individual, a prisão cautelar só pode ser utilizada em estrita observância ao 
ordenamento jurídico, sob pena de desrespeito à dignidade da pessoa humana, além da legislação processual 
penal. 
Assim, vê-se o caráter excepcional da prisão preventiva, devendo os requisitos para sua 
manutenção serem observados rigorosamente pelo Poder Judiciário e pelo Ministério Público. Já 
respeito do excesso do prazo, o Supremo Tribunal Federal editoua Súmula 697, permitindo o 
relaxamento da prisão processual por excesso de prazo até mesmo nos casos de crime hediondo, 
advindo posteriormente a lei 11.464/2007 que suprimiu a proibição da liberdade provisória 
naqueles crimes. 
Não é outro o entendimento da jurisprudência do Ordenamento Pátrio: 
 HABEAS CORPUS. INQUÉRITO POLICIAL EM CURSO. 
PRISÃO PREVENTIVA DECRETADA. EXCESSO DE PRAZO 
PARA O OFERECIMENTO DA DENÚNCIA. 
CONSTRANGIMENTO ILEGAL CONFIGURADO. ORDEM 
CONCEDIDA. 1. Habeas corpus impetrado com o objetivo 
fazer cessar o suposto constrangimento ilegal por excesso de 
prazo na prisão preventiva do paciente decretada no curso de 
inquérito policial. 2. O paciente foi preso preventivamente em 
22 de agosto de 2010 e até o presente momento não foi 
ofertada denúncia, eis que o inquérito policial continua em 
curso.3. Ultrapassado, em muito, o lapso previsto no artigo 46, 
1ª parte, do Código de Processo Penal, é de se reconhecer o 
constrangimento ilegal para o réu cautelarmente preso 
advindo do excesso de prazo para o oferecimento da denúncia. 
3. Ordem de habeas corpus concedida.461ªCódigo de 
Processo Penal (TRF3 - HC 38917 SP 2010.03.00.038917-4, 
Relator: JUIZA CONVOCADA SILVIA ROCHA, Data de 
Julgamento: 29/03/2011, PRIMEIRA TURMA) 
 
Na mesma linha de entendimento, o magistério de FERNANDO TOURINHO NETO, in Processo 
Penal. São Paulo; Ed. Saraiva, 2008: 
“Sabe-se que a prisão provisória, por se medida odiosa, coarcta, ainda mais, o status libertatis do réu, 
e, por isso mesmo, sempre que estiver preso em caráter provisório, não só o procedimento informativo deve 
ficar concluído em diminuto espaço de tempo, como também a instrução criminal deve tramitar com 
celeridade. Daí as regras dos artigos. 10, 46 e 401 do CPP.” 
No STF, domina o entendimento no sentido de que os prazos se contam separadamente, não sendo 
possível considerar-se que o constrangimento ilegal surja apenas quando se tenha excedido o total dos prazos, 
de modo que o excesso de uns possa ser compensado pela economia de outros (cf. RTJ, 33:191, 33:785, 33:585, 
39:368 e 39:544, apud “Informações da Associação Paulista do Ministério Público”, ficha 6). 
Já decidiu a Excelsa Corte: “Habeas Corpus. Excesso de prazo. Os prazos processuais hão de 
verificar-se, separadamente, para efeito de aferição de eventual excesso injustificado. Pode o réu, em 
novo habeas corpus, alegar ocorrência de demora injustificada, na formação da culpa, em fase processual 
subsequente à que foi objeto de apreciação no pedido anterior…” (cf. STF, RHC, 59.246-5-PR, DJU, 23 out. 
1981, p. 10629) 
 
 
DA ADMISSIBILIDADE DO PRESENTE REMÉDIO CONSTITUCIONAL 
 
É cabível o presente HABEAS CORPUS, pelo constrangimento ilegal a que resta submetido, nos 
termos do artigo 5.º, inciso LXVIII da Constituição da República Federativa do Brasil, combinado com o artigo 
648, do Código de Processo Penal. 
Neste sentido, Lúcio Santoro de Constantino (CONSTANTINO, Lúcio Santoro de. Recursos criminais, 
sucedâneos recursais criminais e ações impugnativas autônomas criminais. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 
2004, página 274), leciona: 
“A justa causa é o motivo legal. Se estivermos frente a uma atipicidade material, ou seja, a conduta 
não é crime, ou atipicidade formal, significa dizer que não foi observada determinada regra processual, temos 
ausência de justa causa. Nestes casos, frente ao constrangimento ilegal ou ao risco de constrangimento ilegal, 
é cabível o HABEAS CORPUS.” 
 DO PEDIDO DE LIMINAR 
O “habeas corpus” é “remedium juris” que sara de maneira cabal e célere, a liberdade de locomoção. 
É a verdadeira garantia constitucional a amparar o direito à liberdade ambulatória do cidadão. 
Portanto, é princípio basilar em pedido de “habeas corpus” fazer estancar o constrangimento ilegal, ou 
a ameaça de um ilegal constrangimento, concretizado ou a se concretizar, imposto ou a ser imposto a qualquer 
cidadão. 
A liminar da Ordem se guia pelo pressuposto das medidas cautelares, que são o “periculum in 
mora” e “fummus boni iure”. É por essas medidas que a eficácia se caracteriza, jugulando-se o arbítrio, o abuso 
de poder e de autoridade, cessando o constrangimento ilegal e a coação, até que o Sodalício reunido, decida o 
mérito. 
A lei processual penal codificada, em seu artigo 660, § 2o. contempla a concessão da liminar, haja vista 
que textualmente impõe: “Se os documentos que instruem a petição evidenciam a ilegalidade da coação, o 
juiz ou o tribunal ordenará que cesse imediatamente o constrangimento.” 
Frente à flagrante ilegalidade da manutenção da prisão, haja vista o profundo e indisfarçável desrespeito 
ao disciplinamento normativo, aguarda os impetrantes haja por bem Vossas Excelências, num gesto de estrita 
justiça, conceder LIMINAR DA ORDEM. Ademais, considerando-se as agruras e transtornos que a injusta e 
ilegal medida, tomada pela Douta Autoridade coatora, tem provocado ao paciente, impossibilitando-o de gerir 
seus negócios e laborar para o sustento de sua família, a LIMINAR DA ORDEM é medida que não pode ser 
denegada por Vossa Excelência. 
Com as nossas reverências homenagens a este Egrégio Tribunal, encontrando-se o paciente guarida em 
nossa legislação processual penal, doutrina, bem como na Jurisprudência de nossos Tribunais, pelos motivos 
alhures articulados, apontando como autoridade coatora a Exma. Sra. Dr. Juiz da ___ª Vara da Comarca de 
Belém, aguarda-se a concessão da LIMINAR, e, afinal, o julgamento favorável do presente pedido, com a 
definitiva concessão do writ. 
 
DO PEDIDO 
Diante do Exposto, comprovado o constrangimento ilegal da liberdade de ir e vir do paciente, face ao 
excesso de prazo para o oferecimento da denúncia, bem como a ausência de justa causa e o flagrante desrespeito 
aos princípios constitucionais do devido processo legal e da presunção de inocência, requer a V. Exa. a 
concessão da ordem de habeas corpus, expedindo-se o competente alvará de soltura em favor dos paciente 
José Silva. 
 
Termos em que, 
Pede e Espera Deferimento. 
 
Belém, dia, mês e ano. 
 
NOME DO ADVOGADO 
0AB/LOCAL

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