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Estudo de Nascente Sazonal no Distrito de Rio Pardo, Porto Velho - RO

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ESTUDO DE NASCENTE SAZONAL NO DISTRITO DE RIO PARDO, PORTO 
VELHO - RO 
 
Kerolaine Ost Medeiros de Matos* 
 Kênia Vitor da Paixão ** 
 
RESUMO 
Este estudo apresenta as consequências sobre o desmazelo ao não 
cumprimento da legislação ambiental quanto à Áreas de Preservação Permanente 
das nascentes; e buscou encontrar e apontar os fatores que tornam o riacho, 
formado pelas nascentes estudadas, intermitente. Os resultados do estudo podem 
contribuir para iniciativas de proteção de nascentes, conforme o âmbito das política 
ambientais e recursos hídricos. 
Palavras-chave: Água. Nascente. Área de Preservação Permanente. 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
As bacias hidrográficas são um sistema aberto onde a água entra em forma 
de precipitação e sai em forma de rios ou enxurradas, sendo, boa parte desta água 
perdida por evapotranspiração das plantas. São as bacias hidrográficas com seus 
solos, encostas e vegetação, as responsáveis pela administração das águas que 
vêm das chuvas. Ela possibilita que a água se torne disponível para o uso, 
armazenamento e conduzindo-a para os lençóis, nascentes e rios1. 
A geomorfologia aborda as nascentes em função da estruturação da rede de 
drenagem, na sua mobilidade na vertente, na forma do relevo na qual se encontram 
e, também, no modo como ocorre a exfiltração2. 
Há diversas abordagens conceituais sobre as nascentes, com isso, cada 
trabalho define as nascentes da forma mais conveniente, normalmente condicionada 
pela formação acadêmica do pesquisador, produzindo uma confusão conceitual na 
 
* Acadêmica de Engenharia Ambiental e Sanitária. E-mail: kerolaineost@gmail.com. Artigo 
apresentado a Faculdade de Educação de Porto Velho-UNIRON, como requisito para obtenção do 
título de Engenheiro Ambiental e Sanitário, 2021. 
** Prof. Orientador Mestre em pós-graduação acadêmica. Coordenadora dos cursos de Engenharia, 
da Faculdade de Educação de Porto Velho-UNIRON. E-mail: kenia.paixao@uniron.edu.br. 
1 NETO, WILSON MENDONÇA DE SOUSA. Avaliação da distribuição espacial de zona de 
armazenamento de água em nascente perene de microbacia instável Barra de Guaraiba, RJ. 
Seropédica-RJ, 2010. 
2 FARIA, A. P. A dinâmica de nascentes e a influência sobre os fluxos nos canais. A Água em 
Revista, Rio de Janeiro, v. 8, p. 74-80, 1997. FELIPPE, MIGUEL FERNANDES. Gênese e dinâmica 
de nascentes: contribuição a partir da investigação hidrogeomorfologica em região tropical. – 
Belo Horizonte, 2013. 
 
2 
 
literatura nacional e internacional. A consequência é que dificilmente consegue-se 
avançar nas generalidades dos estudos sobre nascentes, já que as possibilidades 
de comparação entre diferentes trabalhos (em diferentes contextos geomorfológicos 
mundiais) são comprometidas por esse contexto3. 
A sazonalidade é um elemento fundamental na hidrologia das nascentes. 
Assim como os canais fluviais, as nascentes podem ser consideradas perenes, 
intermitentes ou efêmeras4. A perenidade é garantida pela manutenção do fluxo de 
base durante todo o ano hidrológico. Já as nascentes intermitentes deixam de 
exfiltrar no período de escassez hídrica, sendo comuns em climas com dupla 
estacionalidade. Há ainda nascentes em que a exfiltração limita-se ao momento do 
evento chuvoso, consideradas, então, efêmeras. 
Segundo Alvarenga (2004) a maioria das nascentes está localizada nas 
regiões montanhosas, nas chamadas bacias de cabeceira. A água que jorra de uma 
nascente formará um pequeno ribeirão que irá contribuir para o volume de água de 
outro curso e garantir a vazão dos rios, principalmente em períodos de estiagens, 
podendo formar grandes cursos d’água, fundamentais para o abastecimento urbano, 
agrícola, geração de energia, dentre outras funções. Portanto, o desaparecimento de 
uma nascente poderá resultar na redução do número de cursos d’água, significando 
a diminuição da disponibilidade de água para os diversos usos5. 
Outro fator sazonal de grande importância é a mobilidade das nascentes. 
Com a variação do nível freático entre as estações do ano hidrológico, pode haver a 
migração do local de exfiltração de uma mesma nascente. Assim as nascentes 
podem “descer” a vertente no período de seca. 
Normalmente esse fenômeno ocorre em nascentes que ocorrem em canais 
de drenagem que se estendem a montante do local de exfiltração na forma de 
ravinas ou sulcos erosivos. Sob essa ótica, as nascentes podem ser móveis ou 
fixas6. 
Vários são os fatores que podem comprometer a conservação dos 
mananciais hídricos. Em se tratando do estado de conservação de nascentes, 
alguns parâmetros podem ser apontados como principais agentes de degradação no 
corpo da nascente, no seu entorno bem como em sua área de recarga7. Sendo estes 
parâmetros: 
 
3 (FELIPPE, 2013). 
4 VALENTE, O. F.; GOMES, M. A. Conservação de nascentes: hidrologia e manejo de bacias 
hidrográficas de cabeceiras. Viçosa: Aprenda Fácil, 2005. 
5 CASTRO, P. S.; LOPES, J. D. S. Recuperação e conservação de nascentes. Centro de 
Produções Técnicas. Serie Saneamento e Meio-Ambiente, Manual no 296. Viçosa, 84p. 2001. 
6 (FARIA, 1997). 
7 PEREIRA, LEIDIANE CÂNDIDO. Uso e conservação de nascentes em assentamentos rurais / 
Leidiane Cândido Pereira. – Recife: O Autor, 2012. 
 
3 
 
A disposição do lixo em áreas de nascentes: que segundo Hirata8 (2003) os 
resíduos sólidos, tanto de origem doméstica quanto industrial, são grandes 
causadores de contaminação em águas sub-superficiais e subterrâneas.; e se 
tratando da zona rural, é de grande importância destacar a questão da destinação 
do lixo, caracterizados por populações com menor acesso às medidas de 
saneamento altamente impactantes, podendo interferir na qualidade da água dos 
mananciais. 
Processos erosivos no entorno da nascente: o principal agente erosivo é a 
água que não infiltra no solo, seja por deficiência da cobertura vegetal, por 
compactação ou impermeabilização dos solos. Desta forma a erosão hídrica é um 
dos problemas mais sérios da agricultura, pois reduz a capacidade produtiva do 
solo, transporta sedimentos, nutrientes e agroquímicos, causando problemas na 
qualidade e disponibilidade da água9. 
Para Pereira (2012) a atividade de pecuária e áreas de pastagens no entorno 
de nascentes: as pastagens extensivas constituem-se em grandes vetores de 
processos erosivos, uma vez que a cobertura vegetal é por vezes escassa e o 
pisoteio frequente, provocando a degradação e compactação do solo, aumento o 
escoamento superficial e consequentemente a diminuição da infiltração da água no 
solo. 
Uso de agrotóxicos na agricultura no entorno de nascentes: é de extrema 
importância verificar como é realizado o uso dos agrotóxicos nas áreas rurais, 
principalmente quando contemplam áreas de ocorrência de nascentes, tendo em 
vista que é um fator potencial causador da contaminação de corpos hídricos, que 
ocorre devido à utilização em locais incorretos como em áreas de recarga de 
nascentes, podendo a substância se infiltrar no solo e atingir lençóis sub-superficiais 
ou subterrâneos degradando a qualidade da água, e trazendo riscos à saúde da 
população que faz uso dela. Práticas de Desmatamento e queimadas em áreas de 
nascentes: o desmatamento e a queimada empobrecem o solo, uma vez que seus 
nutrientes são retirados, desprotege o solo diminuindo a sua fertilidade e 
proporciona erosões, comprometendo a qualidade das águas10. 
Tendo como panorama motivador a proteção das nascentes, o objetivo deste 
estudo é encontrar e apontar os fatores responsáveis pela intermitência do riacho 
formado pelas nascentes do estudo, que estão localizadas em quatro propriedades 
na zona rural do distrito de Rio Pardo, Porto Velho. Sendo a retirada da cobertura 
vegetal no entorno das nascentes e a pecuária os fatores responsáveis. Os 
resultados do estudo podem contribuir para iniciativas de proteção de nascentes, 
conforme o âmbito das política ambientais e recursos hídricos. 
 
8 HIRATA, R. Recursos hídricos. In: TEIXEIRA, W. et al. Decifrando a terra. São Paulo: Oficinade 
Textos. p. 421-444. 2003. 
9 MERTEN, G. H.; CAVIGLIONE, J. H.; CIACOMINI, D. C.; RUFINO, R. L.; MEDEIROS, G.; 
SAINTRAINT, D.; RIBAS, G. C.; DEDECEK, R.; KESSLER, C. A. El uso del SIG del modelo USLE 
para determinar mapas de erosion potencial y actual em las microcuencas pilotos de Água 
Grande y Córrego do Pensamento, Mamborê, Paraná, Brasil. Santiago, Chile: Proyeto Regional 
GCP/ RLA/107/JPN. (FAO documento de campo 6). 43p. 1995 
10 (PEREIRA, 2012). 
4 
 
 
2 MATERIAIS E MÉTODOS 
 
 Área de Estudo 
 
A área em que o presente estudo se desenvolveu localiza-se na zona rural do 
distrito de Rio Pardo, 9°32’50.03’’ S 63°54’38.34’’ W conforme Figura 01, criado a 
partir de assentamento ilegal dentro da Floresta Nacional do Bom Futuro, em 1999, 
na porção noroeste do Estado de Rondônia, a qual está inserida no bioma 
Amazônico e com vegetação composta principalmente por floresta ombrófila, na 
bacia do Rio Madeira. Está situada no divisor de águas da micro bacia do Rio 
Candeias do Jamari e Rio Branco11. As unidades de relevo presentes na FLONA do 
Bom Futuro são o planalto rebaixado da Amazônia ocidental e o planalto rebaixado 
do sul da Amazônia, e as categorias de solos mais comuns são o latossolo 
vermelho-amarelo, o podzólico vermelho amarelo e os solos litólicos12. 
 
 
Figura 01 – Área de estudo. 
Fonte: Autor, (2021). 
 
11 NOVAIS, et al. Manutenção dos recursos naturais na floresta nacional do bom futuro e seu 
entorno, Rondônia, Brasil. Universidade Federal de Rondônia, Porto Velho, 2013. 
12 Floresta Nacional do Bom Futuro. Unidades de Conservação no Brasil. Disponível em: 
<https://uc.socioambiental.org/en/arp/639#pressoes>. Acesso em 27 de setembro de 2021. 
5 
 
 
No final de 90, na Floresta Nacional do Bom Futuro, houve um processo de 
ocupação de famílias advindas de vários lugares do país, que em sua maioria, não 
tinham conhecimento de que a área se tratava de uma unidade de conservação, 
pois não havia divulgação por parte dos órgãos ambientais responsáveis13. 
Surgindo pequenas vilas, sendo uma delas Rio Pardo, retratando assim uma 
ocupação desordenada, com prática de desmatamento e queimadas sem controle. 
Uma ocupação sem manejo sustentável, em que os corpos hídricos não possuem o 
mínimo de mata ciliar no seu entorno. 
 
Procedimento Metodológico 
 
Inicialmente foi realizado a trajetória inversa do curso do riacho estudado para 
localizar suas nascentes, sendo esta caracterizada a primeira etapa da coleta de 
dados, realizada no final do período chuvoso do estado de Rondônia. Para esta 
primeira etapa, foram necessárias duas visitas, uma em março e outra em abril, 
devido à dificuldade de acesso em relação ao período chuvoso. 
A segunda etapa foi realizada em maio, o mês de transição do período 
chuvoso para o período seco, quando as chuvas começam a cessar, por meio de 
monitoramento visual do riacho. A terceira etapa foi no início do período seco, foram 
feitas duas visitas às nascentes, uma em junho e outra em agosto. 
A quarta etapa, dada no mês de setembro, mês de transição do período seco 
para o período chuvoso, assim como a segunda, consiste no monitoramento visual 
do riacho. A coleta da amostra de água da nascente para verificar a potabilidade da 
nascente foi realizada em outubro, correspondendo à quinta etapa da coleta de 
dados. 
 
Identificação das Nascentes 
 
A identificação das nascentes foi realizada em campo ao percorrer a trajetória 
inversa do curso do riacho, foram extraídas as coordenadas geográficas com auxílio 
de aplicativo GPS. As quatro nascentes encontradas, o percurso do riacho e o ponto 
 
13 (NOVAIS et al., 2013). 
6 
 
de monitoramento foram identificados com pontos no software Google Earth, 
conforme Figura 02. 
 
 
Figura 02 – Identificação das nascentes, do percurso do riacho e ponto de monitoramento. 
Fonte: Autor, (2021). 
 
 
3 RESULTADOS E DISCUSSÕES 
 
Na primeira etapa da coleta de dados foi possível verificar que três entre as 
quatro nascentes não apresentam Área de Preservação Permanente (APP) em 
concordância com a legislação. Quanto à APP, a lei nº 12.651, deixa claro: 
 
Art. 4º I - as faixas marginais de qualquer curso d’água natural perene e 
intermitente, excluídos os efêmeros, desde a borda da calha do leito regular, 
em largura mínima de: a) 30 (trinta) metros, para os cursos d’água de 
menos de 10 (dez) metros de largura; [...] IV - as áreas no entorno das 
nascentes e dos olhos d’água perenes, qualquer que seja sua situação 
topográfica, no raio mínimo de 50 (cinquenta) metros14. 
 
 
14 BRASIL. Lei nº 12.651, de 25 de maio de 2012. Dispõe sobre a proteção da vegetação, áreas de 
Preservação Permanente e as áreas de Reserva Legal. 
7 
 
No entorno das nascentes 01, 02 e 03, conforme Figuras 03, 04 e 05, a 
cobertura vegetal foi retirada para atividade de pecuária e áreas de pastagens. Com 
a retirada da vegetação que protege as margens dos corpos hídricos o solo 
empobrece, diminui sua fertilidade e proporciona erosões, comprometendo a 
qualidade das águas. 
Sem a cobertura vegetal, as partículas do solo são transportadas pelas 
encostas e depositadas nos córregos, rios, lagos, e em nascentes que estejam 
desprotegidas fisicamente causando assoreamento15. 
 
 
Figura 03 – Nascente 01 (Coord. Geo. 9º33'43.5" S 63º54'09.1"W). 
Fonte: Autor, (2021). 
 
Durante a terceira etapa, foi constatado que as nascentes 02, 03 e 04 secam, 
entretanto, a nascente 01 ainda apresenta fluxo de água contínuo com vazão 
reduzida conforme Figura 03, sendo esta uma nascente perene. 
Com o pisoteio bovino frequente, no entorno da nascente 01, conforme Figura 
03 houve a compactação do solo, o que contribui para o aumento do escoamento 
 
15 (PEREIRA, 2012). 
8 
 
superficial e diminuição da infiltração da água no solo, contribuindo para o processo 
de erosão hídrica. 
 
 
Figura 04 – Nascente 02, a esquerda em abril, a direita em outubro de 2021 (Coord. Geo. 
9º56'23.34"S 63º90'28.47"W). 
Fonte: Autor, (2021). 
 
 
Figura 05 – Nascente 03, a esquerda em abril, a direita em outubro de 2021 (Coord. Geo. 
9º56'25.55"S 63º90'42.64"W). 
9 
 
Fonte: Autor, (2021). 
 
 
Os valores da análise físico-químico e microbiológica da nascente são 
apresentados na Tabela 1, em conjunto com os valores limites indicados pela 
legislação brasileira referente à potabilidade da água. 
 
Tabela 1 - Parâmetros físico-químicos e microbiológicos da nascente. 
Parâmetros Resultados Analíticos Valor Máximo 
Permitido 
Contagem de coliformes 
termotolerantes 
(NMP/100mL) 
2,1x10+0 Até 1,0 x10+3 
Contagem de Coliformes 
Totais (NMP/100mL) 
9,2 x10+0 Não Aplicável 
Contagem de Escherichia 
coli (NMP/100mL) 
1,8 x10+0 
Não Aplicável 
Alcalinidade Total 34,20 Não Aplicável 
Cor Aparente 50,00 Não Aplicável 
Dureza Total 44,15 Não Aplicável 
Turbidez 90,70 Até 100,00 
Oxigênio Dissolvido 
(mg.L-1) 
5,82 ≥ 5,00 
Ph a 25ºC 5,54 De 6,00 a 9,00 
Demanda Bioquímica de 
Oxigênio (DBO) (mg. L-1) 
9,81 Até 5,00 
Demanda Química de 
Oxigênio (DQO) (mg. L-1) 
20,73 Não Aplicável 
Fonte: Autor, (2021). 
 
Esses resultados foram comparados com os parâmetros estabelecidos pela 
CONAMA 357 – Art 15 – Classe II e pela portaria n º 888, de 4 de maio de 2021 do 
Ministério da Saúde/Gabinete do Ministro. A nascente analisada apresentou 
contaminação por coliformes, embora estes não causem doenças, sua presença 
pode ser indicadora de outros micro-organismos causadores de doenças16. De 
 
16 WU, J.; LONG, S.C.; DAS, D.; DORNER, S.M. (2011) Are microbial indicators and pathogens 
correlated? A statistical analysis of 40 years of research. Journal of Water and Health, v. 9, n. 2, 
p. 265-278. 
10 
 
acordo com a Portaria nº 2.914/2011, a presença de coliformes totais em água de 
nascente é considerada tolerável apenas nos casos em que for detectada a 
ausência de Escherichia coli e/ou coliformes termotolerantes; havendo a presença 
destes,é possível afirmar que a água é imprópria para consumo humano. 
 
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
No curso do presente estudo, buscou-se evidenciar os possíveis fatores da 
intermitência do riacho formado pelas nascentes, constatando que as áreas nos 
entornos das nascentes não apresentam concordância quanto a lei nº 12.651. A 
retirada da cobertura vegetal no entorno das nascentes influencia negativamente 
para a conservação das mesmas, pois torna fácil o acesso de bovinos, causando o 
pisoteamento na nascente, que resulta na compactação do solo, contribuindo para o 
processo de erosão hídrica. Outro fator aferido, foi análise físico-químico e 
microbiológica, para verificar sua potabilidade. 
 
STUDY OF SEASONAL SPRING IN THE DISTRICT OF RIO PARDO, PORTO 
VELHO-RO 
 
ABSTRACT 
This study presentes the consequences of neglect of non-compliance with 
environmental legistation regarding the Permanent Preservation Areas of the springs; 
and sought to find and point out the factors that make the stream, formed by the 
sdudied springs, intermittent. The results of the study can contribute to initiatives to 
protect springs, depending on the scope of environmental and water resources 
policies. 
Keywords: Water. Source. Permanent preservation area. 
 
REFERÊNCIAS 
 
11 
 
ALVARENGA, Auwdréia Pereira. Avaliação inicial da recuperação da mata ciliar em 
nascentes. 175 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Florestal). Universidade 
Federal de Lavras, UFLA. 2004. 
 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10520: apresentação 
de citações em documentos. Rio de Janeiro, ago. 2002. 
 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6022: informação e 
documentação – artigo em publicação periódica científica impressa - apresentação. 
Rio de Janeiro, maio 2018. 
 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6023: informação e 
documentação – referências – elaboração. Rio de Janeiro, nov. 2018. 
 
BRASIL. Lei No 12.651, de 25 de Maio de 2012. Dispõe sobre a proteção da 
vegetação. Diário Oficial [da] República Federativa. Brasília, 2012. 
 
CASTRO, P. S.; LOPES, J. D. S. Recuperação e conservação de nascentes. Centro 
de Produções Técnicas. Serie Saneamento e Meio-Ambiente, Manual no 296. 
Viçosa, 84p. 2001. 
 
CASULA, KÁTIA REGINA. Análise da similaridade florística e estrutural das 
formações florestais inundáveis em um trecho do alto Rio Madeira e de seus 
afluentes, Estado de Rondônia, Brasil. Universidade Federal de Rondônia, Porto 
Velho, 2012. 
 
CHEHAB, ISABELLE MARIA CAMPOS VASCONCELOS et al. Reforma agrária, 
conflitos agrários e questões socioambientais. Curitiba, PR: CEPEDIS, 2019. 
 
FARIA, A. P. A dinâmica de nascentes e a influência sobre os fluxos nos canais. A 
Água em Revista, Rio de Janeiro, v. 8, p. 74-80, 1997. 
 
FELIPPE, MIGUEL FERNANDES. Gênese e dinâmica de nascentes: contribuição a 
partir da investigação hidrogeomorfologica em região tropical. – Belo Horizonte, 
2013. 
HIRATA, R. Recursos hídricos. In: TEIXEIRA, W. et al. Decifrando a terra. São 
Paulo: Oficina de Textos. p. 421-444. 2003. 
 
NETO, WILSON MENDONÇA DE SOUSA. Avaliação da distribuição espacial de 
zona de armazenamento de água em nascente perene de microbacia instável Barra 
de Guaraiba, RJ. Seropédica-RJ, 2010. 
12 
 
 
NOVAIS, et al. Manutenção dos recursos naturais na floresta nacional do bom futuro 
e seu entorno, Rondônia, Brasil. Universidade Federal de Rondônia, Porto Velho, 
2013. 
 
PEREIRA, LEIDIANE CÂNDIDO. Uso e conservação de nascentes em 
assentamentos rurais / Leidiane Cândido Pereira. – Recife: O Autor, 2012. 
 
RONDÔNIA. Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental (SEDAM). 
Indicador de Anomalia da Precipitação Mensal: Índice “BMDI” no Estado de 
Rondônia, Período Chuvoso 2017-2018. SEDAM, Porto Velho, 2018. 
 
SAMPAIO, JOSÉ RIDEO. Proteção de Nascentes. – Londrina, 2016. 
 
SPRINGER, A. E.; STEVENS, L. E. Spheresofdischargeofsprings. 
HydrogeologyJournal, v. 17, p. 83-93, 2009. 
 
VALENTE, O. F.; GOMES, M. A. Conservação de nascentes: hidrologia e manejo de 
bacias hidrográficas de cabeceiras. Viçosa: Aprenda Fácil, 2005. 
 
WU, J.; LONG, S.C.; DAS, D.; DORNER, S.M. (2011) Are microbial indicators and 
pathogens correlated? A statistical analysis of 40 years of research. Journal of Water 
and Health, v. 9, n. 2, p. 265-278. 
 
APÊNDICE A – Título do Apêndice 
 
Figura 01 – Área de estudo......................................................................................... 4 
Figura 02 – Identificação das nascentes, do percurso do riacho e ponto de 
monitoramento............................................................................................................. 6 
Figura 03 – Nascente 01 (Coord. Geo. 9º33'43.5" S 63º54'09.1"W).......................... 7 
Figura 04 – Nascente 02, a direita em abril, a esquerda em outubro (Coord. Geo. 
9º56'23.34"S 63º90'28.47"W)...................................................................................... 8 
Figura 05 – Nascente 03, a direita em abril, a esquerda em outubro (Coord. Geo. 
9º56'25.55"S 63º90'42.64"W)...................................................................................... 8

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