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Somatização

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Introdução
A somatização refere a circunstância em que os problemas (psicológicos) mentais manifestam sob a forma dos sintomas (somáticos) físicos. Embora os sintomas possam ser causados por um problema médico, o problema subjacente frequentemente não específico pode ser encontrado para esclarecer os sintomas ou sua severidade.
O presente trabalho tem por objectivo uma breve revisão sobre o estudo da Somatização e os Transtornos da Somatização, as suas causas, tratamento etc., a fim de fornecer contributos para uma referencial teórico, localizando reflexões sobre as temáticas da Somatização e os Transtornos da Somatização bem como uma revisão de conceitos das mesmas e uma sucinta análise das principais doenças, e classificações. 
1.1 Contextualização
Somatização é quando os sintomas físicos aparecem mas não existe doença orgânica. Isso indica que a causa dos sintomas pode ser emocional.
Por exemplo, na síndrome do pânico a pessoa relata um grande mal-estar físico, como dores no peito, náuseas, tontura, falta de ar, entre outros. A síndrome do intestino irritável (SII) também é um tipo de somatização, já que nesta condição o funcionamento do intestino é alterado por uma questão de neurotransmissores. No entanto, o médico não encontra nenhuma doença física, porque os sintomas vêm desse problema psicológico.
1.2. Objectivos
1.2.1 Objectivos Gerais 
· Conhecer a Somatização.
1.2.2 Objectivos Especifico 
· Conceituar a Somatização; 
· Identificar aspectos das doenças Somáticas;
· Descrever o diagnostico e o seu tratamento. 
1.3. Metodologia
O presente trabalho, do ponto de vista dos procedimentos técnicos usou-se o método bibliográfico, visto que singiu – se em alguns materiais já elaborados, assim como alguns livros didácticos e artigos já publicados apoiando se nele na fundamentação dos conceitos referentes a Saúde Mental.
Materiais usados para este trabalho foram seguintes:
· Computador
· Manuais
· Internet
2. Revisão da literatura ou referencial teórico
2.1. Somatização
A somatização refere a expressão de problemas psicológicos ou emocionais como sintomas (somáticos) físicos. Um exemplo comum é uma dor de cabeça que está sendo trazida sobre pelo esforço.
Somatização é uma tendência a sofrer um desarranjo psicológico que se manifesta mediante sintomas somáticos exigindo intervenção médica. Grosso modo, a somatização expressa-se pela geração de sintomas físicos de uma condição psiquiátrica tal como a ansiedade. O termo "somatizatização" foi cunhado por Wilhelm Stekel em 1924. 
2.1.1. Somatizações mais comuns
Diante de eventos psicologicamente traumáticos (como casamento, divórcio, demissão, sequestro, traição, hospitalização ou morte de pessoa querida...) é comum que um ou mais dos seguintes sintomas sejam somatizados:
· Dor difusa por todo o corpo;
· Dor de cabeça;
· Dor no peito, braços, pernas, costas e/ou articulações;
· Dificuldade para respirar;
· Hipersensibilidade;
· Desmaios;
· Náusea/Mal-estar;
· Vômito;
· Fadiga  (Cansaço excessivo);
· Manchas na pele;
· Tonturas;
· Batimentos cardíacos acelerados (Taquicardia);
· Fraqueza muscular;
· Perda do apetite por longos períodos;
· Sangramento menstrual excessivo;
· Desinteresse sexual.
Em pacientes mais sensíveis, como histriônicos, podem ocorrer sintomas como:
· Amnésia;
· Alucinação;
· Perda de voz;
· Surdez;
· Visão dupla ou borrada;
· Cegueira;
· Dificuldade para caminhar.
2.1.2. Causas
Não se sabe porque a circunstância elevara, mas os peritos acreditam que determinados factores podem ser involvidos, como o seguinte:
· Tendo uma personalidade negativa - uma tendência pensar negativamente pode influenciar como uma pessoa percebe a doença e sintomas físicos.
· Sensibilidade aumentada - alguns povos são fisicamente e emocionalmente mais sensíveis do que outro a determinadas sensações tais como a dor
· Antecedentes familiares - os antecedentes familiares podem influenciar a probabilidade de desenvolver SSD, uma influência que possa ser genética e/ou ambiental.
· Consciência diminuída das emoções ou da dificuldade que processam os - uma capacidade diminuída para reconhecer emoções ou processá-las pode conduzir aos sintomas físicos que transformam-se o foco um pouco do que as emoções
O SSD compartilha de características da perturbação da ansiedade, onde os povos se tornam se preocuparam excessivamente sobre se tornar doentes ou doentes, embora poucos ou nenhum sintoma vão sobre se tornar com perturbação da ansiedade.
2.1.3. Factores de risco
Alguns factores que são sabidos para aumentar o risco de SSD incluem:
· A presença de ansiedade ou de depressão
· A presença de um problema médico ou de estar na recuperação devido a uma
· Uma história de eventos fatigantes tais como a violência, o traumatismo ou o abuso sexual
· Abaixe a educação e o estado sócio-económico
2.1.4. Tipos e Classificações
O CID-10 inclui 7 possíveis diagnósticos a pacientes que apresentem frequentem somatizações:
· Transtorno de somatização CID 10 - F45.0
O transtorno de sintoma somáticos é caracterizado por um ou mais sintomas físicos crônicos acompanhados por níveis significativos e desproporcionais de angústia, preocupação e dificuldade em desempenhar funções diárias, relacionadas a esses sintomas.
· Transtorno somatoforme indiferenciado CID 10 - F45.1
O Transtorno Somatoforme Indiferenciado caracteriza-se por queixas físicas inexplicáveis, com duração mínima de 6 meses, abaixo do limiar para um diagnóstico de Transtorno de Somatização.
· Transtorno hipocondríaco CID 10 - F45.2
A hipocondria é a preocupação com medo ou a idéia de sofrer de uma enfermidade com base numa interpretação errônea de sintomas ou funções corporais, em que o indivíduo teme sofrer de uma doença grave (critério A do DSM-IV) apesar de avaliações e garantias médicas apropriadas (critério B do DSM-IV).
· Disfunção autonômica somatoforme
Disfunção autonômica somatoforme: caracteriza-se por queixas objetivas decorrentes da excitação do sistema nervoso autônomo (como palpitações, sudorese e tremores), que cursam juntamente com sintomas subjetivos e inespecíficos (como sensações de dor, aperto ou ardor incaracterísticos) e que despertam preocupação.
· Transtorno doloroso somatoforme persistente CID 10 - F45.4
Transtorno doloroso persistente é uma neurose caracterizada por dor crônica desencadeada por estresse psicológico  (somatização) desproporcional a qualquer lesão física. A dor muitas vezes é tão grave que impede o paciente de funcionar adequadamente (trabalhar, estudar, socializar, cuidar da casa).
· Outros transtornos somatoformes
· Transtorno somatoforme não especificado CID 10 F45. 9
Transtornos em que há a presença de sintomas físicos que sugerem uma situação médica geral mas sem base médica constatável, pelos efeitos diretos de uma substância ou por qualquer outro transtorno mental.
2.1.5. Sintomas
Os sintomas mais comuns da somatização podem incluir:
· Queda do sistema imunológico; 
· Dores no corpo, pescoço e nas costas; 
· Problemas articulares; 
· Enxaquecas; 
· Formigamento nos braços e pernas; 
· Zumbido no ouvido; 
· Sensibilidade a luz e cheiros; 
· Insônia; 
· Dermatites;
·  Problemas no sistema digestivo (azia, refluxo, diarreia);
· Problemas respiratórios (asma e bronquite, etc);
2.1.6. Diagnostico
· Avaliação de um médico com base em critérios específicos
O médico diagnostica o transtorno de sintomas somáticos em pessoas que fazem o seguinte:
· Apresentam sintomas com os quais se preocupam excessivamente e/ou que perturbam sua vida rotineira
· Pensam constantemente sobre a gravidade de seus sintomas
· Se sentem extremamente ansiosas em relação à sua saúde ou seus sintomas
· Gastam muito tempo e energia com os sintomas e preocupando-se com a saúde
Para determinar se os sintomas são decorrentes de uma doença física, o médico realiza uma avaliação completa e geralmente faz exames.
O transtorno de sintomas somáticos pode ser diferenciado de transtornos de saúde mental semelhantes por seus vários sintomas persistentes e pensamentos e preocupações excessivas sobre os sintomas que os acompanham.Esse transtorno pode passar despercebido em idosos porque certos sintomas, como fadiga ou dor, são considerados parte do envelhecimento ou porque a preocupação com os sintomas é considerada compreensível em idosos, que normalmente apresentam vários problemas médicos e tomam muitos medicamentos.
2.1.7. Tratamento
Geralmente, quando surgem sintomas específicos as pessoas tendem a buscar ajuda médica e pensar que é algo grave. Porém, quando não há qualquer problema somático, o médico deve encaminhar o paciente a um profissional de saúde mental, para uma avaliação psicológica.
O tratamento utilizado irá depender do caso e da abordagem do profissional. Mas, na maioria das vezes a terapia pode ajudar a aliviar os sintomas associados aos transtornos de somatização.
Cabem aos profissionais de saúde validarem e compreenderem a gravidade do sofrimento psicológico e fazerem exames físicos regulares para analisar a progressão dos sintomas inclusive para se certificarem da ausência de outras causas possíveis. Remédios como suplementos vitamínicos, ansiolíticos, analgésicos e pomadas cicatrizantes podem ser benéficos dependendo dos sintomas. O tratamento pode ser considerado bem-sucedido quando melhora a qualidade de vida do paciente e reduz os custos com exames e internações mesmo que os sintomas não desapareçam.
3. Conclusão 
A presença de somatizações não exclui o diagnóstico de outras doenças psiquiátricas, ocorrendo frequentemente em comorbidade (presença simultânea) com estes. Pacientes com transtornos psiquiátricos como depressão, transtorno de ansiedade ou algum transtorno de personalidade descrevem sintomas físicos além dos usados para diagnóstico do transtorno em 72% dos casos.
Referência Bibliográfica
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2. Celina D.S. Lazzaro, Lazslo A. Ávila. (2004) Somatização na prática médica. Arq Ciênc Saúde 2004 abr-jun;11(2):X-X
3. Mai, F. Somatization Disorder, a practical review. Canadian Journal of Psychiatry 2004; 49(10):652–662
4. Organização Mundial da Saúde. Classificação de transtornos mentais e de comportamento da CID-10. Porto Alegre: Artes Médicas;1993.
5. Spitzer RL, Williams JBW, Kroenke K, Linzer M, Hahn SR, Brody D et al. Physical symptoms in primary care. Predictors of psychiatric disorders and functional impairment. Arch Family Med 1994; 3;774-9.
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