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Somatização da Dor

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Maria Paula M. Mattei | AA UC 13 
Somatização da Dor | Transtornos 
Somatoformes 
 Sintomas somáticos acompanhados por pensamentos, 
sentimentos ou comportamentos excessivos relacionados 
aos sintomas somáticos ou preocupações associadas com a 
saúde. 
 Para caracterizar como somatização, os sintomas devem 
estar presentes por no mínimo 6 meses e os sintomas 
somáticos causam aflição ou resultam em perturbação 
significativa da vida diária 
 
 
 Fatores que aumentam a suspeita de transtorno de 
somatização: 
✓ Várias queixas físicas e em vários órgãos 
✓ Início precoce (antes dos 30 anos) 
✓ Afeta principalmente mulheres 
✓ História de abuso 
 Diagnóstico: 
✓ Ter pelo menos 8 sintomas inexplicados (2 de TGI, 
4 de dor, 1 sexual e 1 pseudoneurológico 
[parestesia, paralisia de membro]) 
 Etiologia do transtorno é desconhecida 
 Teorias para fisiopatologia: 
▪ Apego inseguro – pessoas que têm dificuldade de 
confiar nos outros 
▪ Alexitimia e dificuldades na regulação do humor – 
não conseguem reconhecer suas emoções e de 
outras pessoas e que seu humor é hiper-responsivo 
para situações da vida 
▪ Condições de desenvolvimento adversas 
(negligência, falta de estímulos) 
▪ Distress interpessoal – brigas na família, problemas 
no trabalho pioram ou desencadeiam os sintomas 
Transtorno Doloroso 
 Em vez dos sintomas físicos, o sintoma principal é a dor 
 Dor em 1 ou mais locais 
 Relacionada com fator psicológico ou doença 
 Acomete mais mulheres com 40/50 anos 
 É debilitante e de alta prevalência 
 Dor no peito é a mais comum 
 A dor existe, mas tem fundo psicológico 
Características da Dor: 
 Como qualquer outra dor (neuropática, iatrogênica, 
musculoesquelética...) 
 Perguntar se piora com algum sofrimento emocional 
 Risco de aumento de abuso de drogas lícitas para diminuir 
a dor 
Tratamento: 
 Não dizer ao paciente que são coisas da cabeça dele 
 Antidepressivos tricíclicos 
 Inibidores seletivos da recaptação da serotonina 
 Inibidores seletivos da recaptação de serotonina e 
noradrenalina – duloxetina funciona bem tanto para 
fibromialgia e transtornos somáticos dolorosos 
 Psicoterapia e programas de controle da dor 
Miocardite de Takotsubo ou Síndrome do Coração Partido 
 Situação reversível que mimetiza uma síndrome coronária 
aguda 
 Ocorre após estresse físico ou emocional 
 Predomínio em mulheres na pós-menopausa, apesar de 
também afetar mais jovens e o gênero masculino 
 Apresenta-se como dor torácica ou dispneia, alterações 
eletrocardiográficas sugestivas de infarto agudo do 
miocárdio e ligeira elevação das enzimas cardíacas. 
 Angiografia coronária exclui doença arterial obstrutiva 
Porque as Emoções Afetam o Sistema 
Somatossensorial? 
 A dor é uma experiência essencial para o ser humano que 
inclui componentes sensoriais e afetivos 
 A experiência social ruim pode ser tão nociva quanto o 
perigo físico (cair de um precipício) pelo fato do ser humano 
ser dependente da sociedade 
Maria Paula M. Mattei | AA UC 13 
 Por isso, as áreas do cérebro responsáveis pela 
codificação das ameaças sociais são próximas e atreladas 
às áreas responsáveis pela percepção da dor física – sistema 
límbico, ínsula e córtex cingulado anterior 
Transtorno Somatoforme Indiferenciado 
 Sintomas físicos inexplicáveis que duram no mínimo 6 
meses 
 Pacientes apresentam uma ou mais queixas, envolvendo o 
sistema nervoso, fadiga e fraqueza 
 Abaixo do limiar de somatização – não tem os 8 sintomas 
citados no início 
Tratamento 
 Diminuir a morbimortalidade 
 Abordar aspectos emocionais 
Transtorno da Ansiedade de Doença | 
Hipocondria 
 Alto nível de ansiedade, mas o temor de estar doente não 
é acompanhado por sintomas somáticos 
 Só o medo de ter alguma coisa que ainda não apareceu 
 Preocupação anormal com a sua saúde, desviando sua 
atenção e prejudicando assim os relacionamentos 
 Essa preocupação deve existir por 6 meses ou mais mesmo 
após a consulta médica que diga que o paciente não tenha 
nada. 
 Esse transtorno pode ter início em qualquer idade, sendo 
comum igualmente em homens e mulheres 
 Vão repetidas vezes ao médico 
Tratamento: 
 Psicoterapia 
 Farmacoterapia só se tem ansiedade ou depressão 
associada 
Transtorno de Conversão 
 Presença de um ou mais sintomas neurológicos não 
explicados por doenças coexistentes 
 Comum em adolescentes e adultos jovens 
 São os desmaios, paralisias, movimentos involuntários, 
fraquezas sem nenhuma explicação 
Diagnóstico: 
 Presença de sintomas que afetam as funções motoras e/ou 
sensoriais 
 Relação com fatores psicológicos 
 Dificuldade de excluir doença médica 
Tratamento: 
 Anticonvulsivantes não funcionam 
 Ansiolíticos e exercícios de relaxamento 
Fatores Psicológicos Afetando Outras 
Condições Médicas 
 Paciente tem uma doença já estabelecida e diagnosticada 
 Fator emocional piora essa doença já existente 
 Pode ocorrer negação da doença ou baixa aderência ao 
tratamento 
 Não acredita que tem diabetes, pessoa com fibromialgia 
que tem dores pioradas pelo emocional 
Transtorno Factício 
 Produção intencional (paciente sabe que está fingindo) de 
sinais ou sintomas somáticos ou psicológicos 
 A pessoa quer ter uma doença e faz de tudo para 
desenvolvê-la (se machucam, comem coisa estragada...) 
 Fabricam queixas subjetivas (queixa de dor abdominal 
aguda na ausência de dor), condicionam patologias 
(produção de abscessos por injeção subcutânea de saliva), 
exageram condições médicas gerais preexistentes 
(simulação de uma convulsão) 
 A motivação para fazer isso é inconsciente, 
inconscientemente quer assumir o papel de doente, sem 
incentivos externos para o comportamento. 
 Conhecem bem as doenças e são bem convincentes. 
Grupos: 
→ Com sinais e sintomas predominantemente 
psicológicos: se sinais e sintomas psicológicos 
predominam na apresentação clínica 
→ Com sinais e sintomas predominantemente físicos: 
se sinais e sintomas físicos predominam na 
apresentação clínica 
→ Com sinais e sintomas psicológicos e físicos 
combinados 
 Desconfiamos que é um transtorno factício porque: 
→ Apresentação é mais dramática e incomum 
→ Não respondem ao tratamento convencional e 
muitos já preveem a evolução e história do 
tratamento (esse medicamento não funciona pra 
mim, apenas morfina); 
→ Não quer oferecer contatos porque família fala a 
verdade 
→ História muito extensa 
→ Alergias a muitos medicamentos 
→ Muitas vezes são profissionais da saúde 
→ Não recebe visitas porque família sabe que é uma 
simulação 
Tratamento: 
 Mandar para psicólogo 
 Não ficar com raiva do paciente (contratransferência) 
 Falar que percebi que os sintomas são fingidos, mas que 
entendemos que ele não sabe o porquê que ele faz isso 
Maria Paula M. Mattei | AA UC 13 
 Não confrontar 
Simulação 
 Não é um transtorno mental 
 É consciente tanto a produção dos sintomas quanto a 
motivação 
 Busca algum ganho (aposentadoria, atestado, não precisar 
fazer algo) 
 Simula doenças que conhece – ele já teve, alguém que 
conhece já teve, estudou sobre... 
 
*Transtorno dissociativo é o transtorno de conversão

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