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Sistema Endócrino

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Prof. Ana Lúcia Fernandes Chittó 
Sistema Endócrino 
 
 O sistema endócrino, em conjunto como o sistema nervoso, regula uma série de funções no nosso 
organismo, a fim de manter a homeostasia. Ele é composto por glândulas endócrinas que produzem 
hormônios. 
 
Glândulas endócrinas 
 O nosso corpo possui dois tipos de glândulas: 
1. Glândulas exócrinas: secretam seus produtos em ductos que transportam as secreções para as 
cavidades ou superfícies do corpo. Exemplos: glândulas sudoríparas, salivares, sebáceas, mucosas, 
digestivas. 
2. Glândulas endócrinas: secretam seus produtos, os hormônios no líquido extracelular (LEC), dali eles 
podem se difundir para os capilares sanguíneos. 
 As glândulas endócrinas que constituem o nosso organismo incluem: a hipófise, a tireóide, as 
paratireóides, as supra-renais (adrenais) e a pineal (Fig.1). Muitos órgãos do nosso organismo contêm 
células endócrinas, mas não são glândulas exclusivamente endócrinas. Entre eles estão: o hipotálamo, o 
pâncreas, os ovários, o fígado, o intestino delagado, a pele, o coração e a placenta. 
 
 
Figura 1: Localização das principais glândulas endócrinas. 
Hormônios 
 Os hormônios são substâncias químicas produzidos pelas glândulas endócrinas e liberados na 
corrente sanguínea. Através do sangue os hormônios são transportados para vários tecidos do organismo, 
onde produzirá seu efeito, alterando a atividade de suas células-alvo. 
 
 
Funções gerais dos hormônios 
 
 Regular a composição química e o volume do meio interno (líquido intracelular) 
 Regular o metabolismo e o equilíbrio energético 
 Auxiliar na regulação da contração das fibras musculares lisas e cardíacas e a secreção glandular 
 Auxiliar na manutenção da homeostase 
 Regular certas atividades do sistema imunológico 
 Regular e integras o crescimento e o desenvolvimento do organismo 
 Regular funções relacionadas a reprodução, tais como produção de gametas, nutrição de embrião, 
parto. 
 
Classificação dos hormônios 
Os hormônios podem ser classificados quanto a estrutura química: 
Classe química Síntese Exemplos Local de produção 
1. Derivados de 
lipídios 
 
Hormônios 
esteróides 
A partir do 
colesterol 
Aldosterona, corrisol e androgênios 
Testosterona 
Córtex da supra-renal 
Testículo 
 Estrógenos e progesterona Ovários 
Eicosinóides A partir de um 
ácido graxo 
Prostaglandinas e leucotrienos Todas as células, 
exceto hemáceas 
2. Derivados de 
aminoácidos 
A partir da 
tirosina 
T3 e T4 Tireóide 
 Adrenalina noradrenalina Medula supra-renal 
3. Peptídeos e 
proteínas 
A partir de um 
gene para o 
hormônio 
Todos os hormônios do hipotálamo Hipotálamo 
 Ocitocina e antidiurético (ADH) Hipotálamo 
 Todos os hormônios da adeno-hipófise Adeno-hipófise 
 Insulina, glucagon Pâncreas 
 
Mecanismo de ação hormonal 
 
Receptores 
 Embora os hormônios percorram todo o organismo pela corrente sanguínea, ele só afetará as 
chamadas células-alvo. A maioria destas células apresenta receptores, proteínas localizadas na membrana 
celular, no citoplasma ou no núcleo, que se ligam aos hormônios. Após a ligação do hormônio ao receptor, 
ele causa uma cascata de eventros intracelulares, desencadeando respostas nas células, tais como: síntese de 
proteínas (constituintes, enzimas, hormônios) e ativação ou inibição de rotas metabólicas. A maneira pela 
qual o hormônio interage com seu receptor específico na célula alvo depende da sua solubilidade. Os 
hormônios podem ser hidrossolúveis ou lipossolúveis. Veja os próximos esquemas: 
 
Hormônios lipossolúveis  difundem-se do sangue ao LEC  atravessa a membrana celular  liga-se em 
receptores no citoplasma ou núcleo celular, se for uma célula-alvo  o receptor ativado altera a função 
celular ativando ou inativando genes específicos  transcrição de genes ativados  formação do RNAm  
tradução de novas proteínas que alteram a atividade celular 
 
Hormônios hidrossolúveis  difundem-se do sangue ao LEC  ligam-se em receptores na membrana das 
células-alvo  ATP é convertido em AMP cíclico, um segundo mensageiro  o AMP cíclico ativa enzima 
que catalisam reações químicas  alteração da resposta fisiológica. 
 
 
Controle da secreção hormonal 
 
 A secreção hormonal é regulada, frequentemente, por sistemas de retroalimentação negativa, os quais 
anulam as variações sofridas pelo sistema a fim de manter a homeostase. O controle hormonal por 
retroalimentação negativa pode ser desencadeado por: 
 Níveis de substância química no sangue 
 Impulsos nervosos 
 Secreções químicas do hipotálamo (Hormônios hipotalâmicos) 
 
 
Hipotálamo 
 Localizado no diencéfalo, é um órgão neuro-endócrino. 
 
Relações hipotálamo- hipofisárias 
 
 O hipotálamo e a glândula hipófise atuam de forma coordenada para regular muitos sistemas 
endócrinos. Funcionalmente, o hipotálamo controla a glândula hipófise por mecanismos neurais e 
hormonais. O eixo hipotálamo-hipófise regula: 
 O funcionamento da tireóide 
 O funcionamento do córtex da supra-renal 
 O funcionamento das glândulas reprodutoras (ovário e testículo) 
 O crescimento 
 A produção e ejeção de leite 
 A osmorregulação 
 
 O hipotálamo produz dois grupos de hormônios: 
1. Hormônios reguladores (estimuladores ou inibidores) da Adenohipófise: 
Hormônio Hipotalâmico 
Hormônio hipofisário estimulado ou 
inibido 
TRH (Hormônio liberador de tireotropina) + Tireotropina (TSH) e Prolactina 
GnRH (H. liberador de gonadotropina) + LH e FSH 
CRH (H. liberador de corticotropina) ACTH (adrenocorticotropina),  e -
lipotropina e -endorfina 
GHRH (H. liberador do hormônio do 
crescimento) 
+ GH (H. do crescimento) 
GHIH = somatostatina (H. inibidor do 
hormônio de crescimento) 
- GH, prolactina, TSH e ACTH 
Dopamina (Fator inibidor da 
prolactina=PIF) 
- Prolactina e TSH 
Fator liberador da prolactina (PRF) + prolactina 
Legenda: (+) estimulação; (-) inibição 
 
 
2. Hormônios armazenados na Neuro-hipófise 
- Ocitocina 
- Hormônio anti-diurético (ADH) ou vasopressina 
 
Hipófise (Pituitária) 
 
 Estrutura pequena, arredondada, fixada ao hipotálamo por meio de uma haste delgada, chamada 
infundíbulo. Pode ser dividida em duas partes: a adeno-hipófise e a neuro – hipófise. 
 
1. Adeno-hipófise (lobo anterior) 
 
 É maior que a neuro-hipófise e é formada por células glandulares. Produz e secreta os seguintes 
hormônios: 
 
HORMÔNIO FUNÇÃO 
1. Hormônio de crescimento 
humano (hGH) 
Efeito direto: ativa lipólise, aumenta a glicemia 
Efeito indireto: estimula o fígado a secretar IGF 
(somatomedina), o qual estimula o crescimento geral 
do corpo, principalmente de ossos e músculos 
2. Hormônio folículo-
estimulante (FSH) 
= gonadotropina 
Estimula a produção de espermatozóides pelos 
testículos e a produção de ovócitos e estrógenos pelos 
ovários 
3. Hormônio luteinizante (LH) 
= gonadotropina 
Estimula a secreção de testosterona pelos testículos, a 
secreção de estrógenos e progesterona pelo ovário e 
estimula a ovulação. 
4. Hormônio estimulante da 
tireóide (TSH) = tireotropina 
Controla a secreção da glândula tireóide 
5. Prolactina (PRL) Em conjunto com outros hormônios, inicia e mantém 
a produção de leite pelas glândulas mamárias 
6. Horm. adrenocorticotrópico 
(ACTH)=adrenocorticotropina 
Estimula o córtex da supra-renal a secretar seus 
hormônios 
7. Hormônio melanócito-
estimulante (MSH) 
Afeta a pigmentação da pele, em vertebrados. Função 
desconhecida em mamíferos 
 
 A liberação dos hormônios da adeno-hipófise é controlada pelos hormônios liberadores e inibidores 
produzidos por células neurossecretoras (neurônios) do hipotálamo. Esses hormônios são enviados do 
hipotálamo diretamente à adeno-hipófise pela circulação porta hipotálamo-adenohipófise, sem passar pela 
circulação sistêmica. Seguem dois exemplos. Descreva ao lado do esquema o controle da secreção hormonal 
 
 Controle da produçãoe secreção de prolactina 
 
 
 Controle da produção e secreção do hormônio do crescimento: 
 
 
 
2. Neuro-hipófise (lobo posterior) 
 
 É formada por axônios de neurônios, cujos corpos celulares estão no hipotálamo. Não é considerada 
uma glândula, pois não produz, apenas armazena hormônios produzidos no hipotálamo, a ocitocina e o 
hormônio antidiurético (ADH). 
Age sobre os rins, estimulando a reabsorção de água, diminuindo o volume final de urina. 
 
Ações da ocitocina (OT): 
 Ejeção de leite: Estimula as células contráteis das glândulas mamárias, promovendo a ejeção de leite. 
 Contração uterina: em baixas concentrações promove a contração das células musculares lisas do 
útero grávido. Segue esquema: 
Distensão do colo uterino (porção estreita inferior) pela cabeça e o corpo do bebê  estimulação de 
receptores de estiramento no colo do útero  impulsos nervosos são enviados ao hipotálamo e neuro-
hipófise  liberação de ocitocina no sangue  contração da parede uterina até a hora do nascimento 
 
Hipotálamo 
Adeno- hipófise 
Mamas 
PRF(TRH) (+) Dopamina (-) 
Prolactina 
Leite 
Hipotálamo 
Adeno-hipófise 
Fígado 
GHIH GHRH 
GH 
IGF 
Ações do hormônio anti-diurético (ADH): 
 Aumenta a permeabilidade à água das células principais dos túbulos distais finais e ductos coletores 
dos rins, quando se liga em receptores V2. A água é então reabsorvida (passa dos túbulos renais ao 
sangue), tornando a urina mais concentrada ou hiperosmótica. 
 Contração do músculo liso vascular, constrição das arteríolas e aumento da resistência periférica 
total, quando se liga em receptores V1. 
O aumento da osmolaridade sanguínea é o estímulo fisiológico principal para a regulação da secreção de 
ADH. 
 
 
Tireóide 
 Localiza-se junto à laringe e anteriormente à traquéia. Contém dois lobos conectados por uma massa 
de tecido chamada de istmo. Recebe grande suprimento sanguíneo, podendo liberar altas concentrações de 
hormônios rapidamente, se necessário. É preenchida por folículos tireóides que contém dois tipos celulares: 
1. Células foliculares: produzem a tiroxina ou T4, pois contém 4 átomos de iodo e a triiodotironina ou 
T3 que contém 3 átomos de iodo. Ambos são chamados também de hormônios tireóideos. O T3 é o 
hormônio ativo, mas o T4 é o hormônio produzido em maior concentração pel glândula. Ele é 
convertido na forma ativa nas células-alvo. São hormônios aminados produzidos a partir do 
aminoácido tirosina e de iodo. 
2. Células parafoliculares: produzem a calcitonina que estimula a deposição de cálcio nos ossos. O 
aumento dos níveis de cálcio no sangue estimula a sua secreção. 
 
Ações dos hormônios tireóideos 
 Atravessam a membrana celular, ligando-se em receptores no núcleo. Atuam sobre praticamente 
todos os sistemas e órgãos do corpo, promovendo: 
 Junto com o GH, IGF e insulina, a formação do osso e do sistema nervoso; maturação do sistema 
nervoso 
 Aumentam a intensidade do metabolismo (aumenta o consumo de oxigênio e a produção de calor, 
estimulam a síntese e degradação de proteínas, aumentam a lipólise, a glicogenólise, a 
gliconeogênese e a absorção de glicose); 
 Alteração do sistema respiratório e cardiovascular (aumenta fluxo sanguíneo e a oferta de nutrientes 
aos tecidos) 
 
Regulação da secreção dos hormônios tireóideos 
 A secreção de hormônios da tireóide é regulada por um mecanismo de retroalimentação negativa: O 
baixo nível sanguíneo de hormônios tireóideos estimula o hipotálamo a secretar o TRH, que estimula a 
adeno-hipófise a secretar o TSH, que por sua vez, estimula a secreção de T3 e T4 pela tireóide. 
 
Glândulas paratireóides 
 
São pequenas e arredondadas massa de tecido anexadas á face posterior da glândula tireóide . Normalmente 
duas superiores e duas inferiores em cada lobo da tireóide. 
Contém dois tipos de células epiteliais: 
Células principais: mais numerosas, produzem o hormônio paratireóideo (PTH) 
Células oxofílicas: função desconhecida 
 
Ações do PTH 
Junto com outros hormônios auxilia no controle dos níveis de íons cálcio (Ca
2+
) e fosfato (HPO4
2-
) no 
sangue: 
 Ativa a vitamina D e aumenta a taxa de absorção de cálcio e fosfato do trato gastrintestinal para o 
sangue 
 Aumenta o número e a atividade dos osteoclastos ( células destruidoras do osso), causando a 
degradação do tecido ósseo e a liberação adicionalde cálcio e fosfato no sangue 
 Aumenta a reabsorção de cálcio do filtrado nos túbulos renais, devolvendo cálcio ao sangue e 
aumentando a perda de fosfato pela urina. Mais fosfato é perdido pela urina do que é ganho dos 
ossos. Efeito final: diminuir o nível de fosfato no sangue e aumentar o nível de cálcio. 
Com relação ao nível de cálcio no sangue o PTH e a calcitonina (CT) tem efeitos opostos. Quando o nível de 
cálcio no sangue cai, mais PTH é liberado pelas paratireóides. Quando os níveis de cálcio no sangue sobem 
menos PTH e mais CT é liberada. È um exemplo de controle por retroalimentação negativa. 
Supra-renais (Adrenais) 
 São duas glândulas, cada uma localizada superiormente sobre cada rim. Cada glândula é composta de 
duas regiões: o córtex supra-renal, externo, que compõe a maior parte da glândula e a medula supra-
renal, interna. Cada região produz hormônios diferentes 
 
Córtex supra-renal 
 É subdividido em 3 zonas que produzem diferentes hormônios esteróides: 
 zona glomerular: mais externa, produz mineralocorticóides 
 zona fasciculada: intermediária, produz glicocorticóides 
 zona reticular: mais interna, produz androgênios 
 
Hormônios do córtex adrenal 
Corticosteróides 
 glicocorticóides: produzidos na zona fasciculada. Exs: cortisol (mais abundante), corticosterona 
 mineralocorticoides: produzidos na zona glomerulosa. Exs: aldosterona 
 
Esteróides sexuais 
 Androgênios (hormônios sexuais masculainos): produzidos na zona reticular. Exs: 
Desidroepiandosterona, androstenediona, testosterona e dihidrotestosterona 
 
Ações dos hormônios do adrenocorticais 
Cortisol 
 Promove, junto com outros hormônios, o metabolismo normal, assegurando o fornecimento de ATP 
através de: aumento da proteólise e do transporte de aminoácidos ao fígado para síntese de novas 
proteínas; conversão de aminoácidos em glicose se as reservas de glicogênio e lipídios estiverem 
baixas; lipólise para liberação de ácidos graxos como fonte adicional de energia 
 Promove resistência ao estresse (por medo, temperaturas extremas, cirurgia) já que disponibiliza 
glicose para síntese de ATP, e aumenta a reatividade vascular às catecolaminas, aumentando a 
pressão arterial 
 Os glicocorticóides são compostos antiinflamatórios e imunossupressores, mas podem ser úteis no 
tratamento de inflamações crônicas 
 
Aldosterona 
 Estimula a reabsorção de Na+ e a secreção de K+ nas células principais dos túbulos distais e dutos 
coletores renais 
 Estimula a secreção de H+ nas células intercaladas 
 
Androgênios 
 Em meninos e meninas contribuem para o pico de crescimento pré-puberal e para o desenvolvimento 
inicial dos pelos axilares e púbicos 
 Em mulheres contribuem com o impulso sexual (libido) 
 Em homens, seus níveis são baixos quando comparados com a testosterona secretada pelos testículos 
 
Regulação da secreção dos hormônios adrenocorticais 
 Cortisol: O baixo nível sanguíneo de cortisol estimula o hipotálamo a secretar o CRH, que estimula 
a adeno-hipófise a secretar o ACTH, que por sua vez, estimula a secreção de cortisol. 
 Androgênios: também está sob controle do eixo hipotálamo-adenohipófise, embora já tenha sido 
proposto um controle independente 
 Aldosterona: Também depende do ACTH para a etapa de biossíntese do esteróide, mas depois, 
passa a ser controlada pelo sistema renina-angiotensina-aldosterona. 
 
Sistema Renina-Angiotensina II – Aldosterona 
 PA 
 
 pressão de perfusão renal 
 
 renina 
 Angiotensinogênio AngiotensinaI 
 (substrato de renina) 
 Enzima conversora de 
 angiotensina 
 Angiotensina II 
 
 Aldosterona 
 Vasoconstrição 
 
 reabsorção de Na+ RTP 
 
 volume sanguíneo 
 
 PA em direção ao normal 
 
 
Medula Supra-renal 
 Parte interna da supra-renal. 
 
Hormônios da medula supra-renal: 
 adrenalina (80%) 
 noradrenalina (20%). 
 
Ações dos hormônios da medula supra-renal 
Resposta ao estresse e reação de luta ou fuga: 
 Aumenta a freqüência cardíaca e vasoconstrição aumenta a pressão sanguínea 
 Acelera a taxa respiratória 
 Dilata as vias respiratória (bronquidilatação) 
 Diminui as funções digestivas 
 Aumenta a efeciencia das contrações musculares 
 Aumenta a glicemia 
 Estimula o metabolismo celular 
 
Regulação da secreção dos hormônios da medula supra-renal 
 
Sob estresse, o hipotálamo transmite impulsos nervosos aos neurônios pré-ganglionares simpáticose 
estes estimulam a medula supra-renal, aumentando a produção de adrenalina e noradrenalina. 
 
Pâncreas 
 È uma glândula endócrina e exócrina, achatada, localizada posteriormente e levemente abaixo do 
estômago. A porção endócrina consiste de grupos de células, chamadas de ilhotas pancreáticas ou ilhotas de 
Langerhans. As ilhotas são cercadas por capilares sanguineos e por células exócrinas, os ácinos 
pancreáticos. As ilhotas contém 4 tipos de células produtoras de diferentes hormônios. 
 
Hormônios pancreáticos e suas ações: 
 
 Insulina  produzido pelas células beta, diminui o nível de glicose no sangue (glicemia), através das 
seguintes ações: 
 Acelera o transporte de glicose do sangue para a célula, principlamente nas células musculares 
esqueléticas e tecido adiposo 
 Acelera a conversão de glicose em glicogênio e a síntese de ácidos graxos 
 Acelera o transporte de aminoácidos para o interior da célula, acelerando a síntese de proteínas 
 Diminui a glicogenólise (quebra do glicogênio em glicose) no fígado 
 Diminui a gliconeogênese (síntese de glicose a partir de aminoácidos e ácido lático) 
 
 Glucagon  produzido pelas células alfa, tem efeito oposto ao da insulina através das seguintes 
ações: 
 Acelera a conversão de glicogênio em glicose no fígado 
 Promove a gliconeogênese 
 Estimula a liberação de glicose para o sangue pelo fígado 
 
 Somatostatina  produzido pelas células delta, inibe a secreção de insulina e glucagon, por uma 
ação parácrina 
 
 Polipeptídeo pancreático  produzido pelas células F, regula a liberação de enzimas digestivas pelo 
pâncreas. 
 
Regulação da secreção de insulina e glucagon 
È por um mecanismo de retroalimentação negativa, determinada pelo nível de glicose no sangue. A 
glicemia tem que ser mantida em certos níveis no sangue. O aumento da glicemia e da concentração de 
aminoácidos no sangue estimula a liberação de insulina. A diminuição da glicemia estimula a liberação de 
glucagon. 
 
 
Pineal 
 
Localiza-se próxima ao tálamo, no cérebro. Produz a melatonina. 
 
Ações Fisiológicas da Melatonina 
 Transmite a informação fotoperiódica para todo o organismo, participando do controle dos 
mais variados processos fisiológicos, metabólicos e comportamentais: 
- termorregulação 
- ciclo sono-vigília, torpor e hibernação 
- regulação do sistema cardiovascular, principalmente da pressão arterial 
- regulação da secreção de hormônios como o TRH, CRH, GnRH 
- regulação dos processos reprodutivos: ciclo menstrual humano, reprodução sazonal em animais 
- temporização do feto, gestação e parto 
- crescimento e envelhecimento 
- regulação do metabolismo de carboidratos 
- clareamento da pele em anfíbios 
 
 
Timo 
 Localizado posteriormente ao osso esterno, entre os pulmões. Possui funções imunológicas 
(estimulação da produção de anticorpos) e endócrinas. Produz os hormônios timosina, o fator humoral 
tímico (FHT), o fator tímico (FT) e a timopoietina. Eles promovem o desenvolvimento das células T. 
 
 
Ovários 
 
 São as gônadas femininas, um par de estruturas ovais localizadas na cavidade pélvica. O ovário 
apresenta 3 zonas: o córtex, mais externa e maior, revestido por epitélio germinal, contém os oócitos (cada 
um incluso em um folículo ovariano); a medula, zona média e o hilo, mais interna, por onde passam os 
vasos sanguíneos e linfáticos. O folículo ovariano individual é a unidade funcional dos ovários, formado por 
uma célula germinativa, cercada por células endócrinas das camadas granulosa e tecais. Os ovários, o útero e 
as trompas de Falópio compõem o trato reprodutivo feminino. Os ovários têm duas funções: oogênese e 
secreção dos hormônios sexuais femininos, progesterona e estrogênio. Será discutida a sua função 
endócrina. 
 
Hormônios ovarianos 
 Progesterona e estrogênio (17β-estradiol): produzidos a partir do colesterol nas células da 
granulosa e tecais, células endócrinas do folículo ovariano em crescimento. 
 Inibina: produzida pelas células do folículo em crescimento 
 Relaxina: produzida pelo corpo lúteo e pela placenta durante a gravidez 
 
Ações dos hormônios ovarianos sobre os tecidos-alvo 
Estrogênio 
 Maturação e manutenção do útero, trompas de Falópio, cérvix e vagina 
 Na puberdade, é responsável pelo desenvolvimento das características sexuais secundárias no sexo 
feminino 
 Desenvolvimento mamário 
 Proliferação e desenvolvimento das células da granulosa 
 Efeitos de retroalimentação negativ e poditiva sobre a secreção de FSH e de LF, conforme a fase do 
ciclo menstrual 
 Manutenção da gravidez 
 Abaixa o limiar uterina para os estímulos para a contração 
 Estimula a secreção de prolactina 
 Bloqueia a ação da prolactina sobre as mamas 
 
Progesterona 
 Manutenção da atividade secretória do útero, durante a fase lútea 
 Desenvolvimento das mamas 
 Retroalimentação negativa sobre a secreção de FSH e LH 
 Manutenção da gravidez 
 Aumenta o limiar uterino para os estímulos contráteis, durante a gravidez 
 
Inibina 
 Inibe a secreção de FSH e de LH em menor grau 
 
Relaxina 
 Facilita o parto, relaxando a sínfise púbica e auxiliando na dilatação do colo uterino 
 
 
Ciclo menstrual 
 É uma série de mudanças no endométrio (camada de tecido que reveste internamente o útero) de uma 
mulher não-grávida. Apresenta a fase menstrual, a fase pré-ovulatória (fase folicular ou proliferativa), a 
ovulação e a fase pós-ovulatória (fase lútea ou secretória. Esse ciclo se repete em intervalos de 
aproximadamente 28 dias durante o período reprodutivo da mulher: da puberdade à menopausa. 
 
Ciclo ovariano 
 É uma série mensal de eventos associados à maturação de um ovário. 
 
Os ciclos ovarianos e menstrual são regulados pelo hormônio liberador hipotalâmico GnRh, que estimula a 
liberação de FSH e LH pela adeno-hipófise. 
 
Eventos do ciclo menstrual 
Por convensão o dia 1 marca o início da menstruação 
 
 Fase folicular (dia 1 ao 14): No ovário um folículo primordial se desenvolve até um Folículo de 
Graff (maduro), enquanto os folículos vizinhos tornam-se atrésicos (degeneram). O folículo maduro 
passa a ser chamado de dominante. Os receptores para FSH e LH nas células das teças e granulosa 
foliculares são estimulados por essas gonadotropinas a produzirem estrogênio. Os altos níveis de 
estrogênio promovem a proliferação do endométrio uterino e inibem a secreção de FSH e LH pela 
adeno-hipófise, por meio de retroalimentação negativa 
 Ovulação(dia 15): independente da duração do ciclo a ovulação ocorre 14 dias antes do término do 
ciclo. Ocorre após o aumento de estrogênio que exerce um efeito de retroalimentação positiva sobre 
a adeno-hipófise, causando um surto de FSH e principalmente de LH, promovendo a liberação do 
ovócito maduro. O muco cervical aumenta, torna-se mais aquoso e mais penetrável aos 
espermatozóides. Os níveis de estradiol, de LH e FSH diminuem logo após a ovulação. 
 Fase lútea (dia 15 ao 28): No ovário,o corpo lúteo ou amarelo (contém os restos de um folículo 
maduro ovulado) se desenvolve e começa a secretar estrogênio e progesterona. Os altos níveis de 
progesterona estimulam a atividade secretora do endométrio e aumentam sua vascularização. A 
temperatura corporal aumenta nessa fase porque a progesterona eleva o ponto fixo hipotalâmico para 
temperatura. O muco cervical diminui e torna-se mais espesso. Ao final da fase lútea o corpo lúteo 
regride, se não houver fecundação, formando o corpo albicante. A fonte de secreção de estrogênio e 
progesterona é perdida. 
 Menstruação (dia 1 ao 5): A diminuição de estrogênio e, principalemente de progsterona é perdida, 
fazendo com que o revestimento endometrial e sangue seja descamado. 
 
 
Regulação dos hormônios ovarianos 
 
 As fases foliculares e lútea são caracterizadas por um controle hormonal por retroalimentação 
negativa, onde os níveis circulantes de estrogênio e progesterona, respectivamente, inibem a secreção de 
gonadotropinas pela adeno-hipófise. 
 Na ovulação ocorre um mecanismo de retroalimentção positiva, onde os níveis altos de estrogênio 
circulante estimulam a adeno-hipófise a secretar as gonadotropinas, até a liberação do ovócito. 
 
 
Alguns conceitos importantes: 
Menarca 
Adrenarca 
Puberdade 
Menopausa 
Climatério 
 
 
Testículos 
 
 São um par de glândulas ovais que se desenvolvem na parede abdominal posterior do embrião, e, 
geralmente, iniciam sua descida ao escroto durante o 1º mês de desenvolvimento fetal. Formado por lóbulos, 
cada um contendo 1 a 3 túbulos seminíferos, que produzem espermatozóides por um processo chamado de 
espermatogênese.. Entre os espermatozóides estão as células de Sertoli ou de sustentação, cujas funções são: 
suporte, proteção e nutrição das células espermatogênicas. Entre os túbulos seminíferos estão grupos de 
células intersticiais de Leydig, que produzem testosterona. 
 
Hormônios dos testículos 
Testosterona: principal hormônio androgênico, produzido a partir de colesterol e secretado pelas células de 
Leydig dos testículos. Em alguns tecidos-alvo é convertida em diidrotestosterona (DHT) pela enzima 5α-
redutase. 98% da testosterona circulante está ligada a proteínas plasmáticas, como a globulina fixadora de 
esteróides sexuais e a albumina, servindo como reservatório para o hormônio circulante. 
 
Ações dos androgênios sobre os tecidos-alvo 
Testosterona 
 Diferenciação do epidídimo, canal deferente e vesículas seminais 
 Aumento da massa muscular 
 Surto de crescimento puberal 
 Cessação do suro de crescimento puberal 
 Crescimento do p~enis e das vesículas seminais 
 Abaixamneto do timbre de voz 
 Espermatogênese 
 Retroalimentação negativa sobre a adeno-hipófise 
 Libido 
 
Diidrotestosterona 
 Diferenciação do pênis, saco escrotal e próstata 
 Padrão masculino da implantação de pelos 
 Padrão masculino de calvície 
 Atividade das glândulas sebáceas 
 Crescimento da próstata 
 
Regulação dos hormônios dos testículos 
 O eixo hipotálamo-hipófise é controlado por um mecanismo de retroalimentação negativa, que tem 
duas vias: a testosterona atua sobre o hipotálamo e sobre a adeno-hipófise inibindo a secreção de GnRH e 
LH. A inibina, secretada pelas células de Sertoli, inibe a adeno-hipófise a secretar FSH. 
 O LH estimula as células de Leydig a produzir testosterona. 
 O FSH estimula a espermatogênese e o funcionamento das células de Sertoli 
 
Questionário para estudo – Sistema endócrino 
 
1. Quais os componentes do sistema endócrino? 
2. Quais as funções do sistema endócrino? 
3. O que é hormônio? Onde é produzido? Onde é liberado? 
4. Quimicamente, como podem ser classificados os hormônios? 
5. Qual o mecanismo de ação dos hormônios esteróides e dos hormônios protéicos ou peptídicos? 
6. Como o hormônio reconhece seu tecido alvo ou como o tecido alvo reconhece o hormônio? 
7. Quais os hormônios secretados pelo (a) seguintes glândulas e quais os efeitos de cada um no tecido-
alvo? 
a) hipotálamo 
b) adeno-hipófise (hipófise anterior) 
c) neuro-hipófise (hipófise posterior) 
d) tireóide 
e) córtex adrenal 
f) medula adrenal 
g) gônadas masculinas (testículos) 
h) gônadas femininas (ovário) 
i) pâncreas 
j) paratireóide 
k) pineal 
l) órgãos que contêm células endócrinas: trato gastrintestinal; placenta; rim; pele; coração 
 
8. O hipotálamo produz hormônio inibidor da liberação de prolactina (pela adeno-hipófise) e hormônios 
liberadores de hormônios da adeno-hipófise. O que aconteceria com a liberação dos hormônios da 
adeno-hipófise se o eixo hipotálamo-hipófise fosse bloqueado? 
9. Quais as etapas e as características de cada etapa do ciclo menstrual? 
10. O que é menarca, adrenarca, menopausa e climatério? 
11. A partir de que precursor (substância química) são produzidos os hormônios do córtex adrenal e das 
gônadas masculinas e femininas? 
12. Explique o mecanismo de regulação por feedback, utilizando os hormônios da tireóide ou do córtex 
adrenal. 
13. Existe controle por feedback positivo? Explique-o. 
 
 
 
Bibliografia 
 
COSTANZO, L. S. Fisiologia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2.ed. 
TORTORA, G. J. Corpo Humano: fundamentos de anatomia e fisiologia. Porto Alegre: Artes Médicas, 
4. ed. 2000. 
AIRES, Margarida de M.Fisiologia. 2 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1999. 
GUYTON, A. C. e Hall. Tratado de Fisiologia Médica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,

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