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Compostos Complexos ou Compostos de Coordenação Breve Histórico ➲ Uso ⇨ Templos bíblicos – complexos de alizarina ➲ Síntese casual ⇨ 1597 – Alchemia (Libavius) – ião tetramino-cobre (II) ⇨ 1704 – Diesbach – azul da prússia (KCN.Fe(CN)2.Fe(CN)3) ➲ Estudo sistemático ⇨ 1822 a 1856 – diversos pesquisadores: ! Gustav Magnus, Willian Zeise, Thomaz Grahan, Carl Claus, Christian Blonstrand e Sophus Jörgensen. ! 35 compostos amino-cobálticos reportados !2 Breve Histórico (cont.) ➲ Teoria da Cadeia de Blomstrand – Jørgensen: (segunda metade do Séc. XIX, até início do Séc. XX) ⇨ Influência da Química Orgânica, em pleno desenvolvimento; ⇨ (-NH3-NH3-NH3-) semelhante a (-CH2-CH2-CH2-); ⇨ Proposta para o composto amino-cobáltico CoCl3.6NH3: !3 ClNHNHNHNH ClNH ClNH Co 3 3 3 3 3 3 Alfred Werner (Alemão) e Sophus Jörgensen (Dinamarquês) ➲ Estudo independente, sistemático e aprofundado ➲ Compostos que, formalmente, tinham características dos então conhecidos sais duplos ➲ Algumas propriedades bem simples eram diferentes Ex: solubilidade ⇨ Sal duplo NaKSO4 (s) ⇒ Na+(aq) + K +(aq) + SO42-(aq) ⇨ Composto de coordenação CoCl3.6NH3(s) ⇒ [Co(NH3)6]3+(aq) + 3Cl-(aq) Teoria de Werner (1893) ➲ Conceito de átomo central; ➲ Conceito de número de coordenação; ➲ Conceito de valência primária e secundária; !5 Co NH3 NH3 NH3 NH3 NH3 NH3 3+ 3 Cl- ➲ Antecipação dos conceitos de ligações iónica e covalente; ➲ Sugere arranjo octaédrico da espécie química CoCl3.6NH3. Bases empíricas da Teoria de Werner ➲ Na síntese de compostos amino-cobálticos, a variação da proporção CoCl3 : NH3 levava à formação de substâncias complexas com características diferentes. ➲ Exemplo: CoCl3 : 6 NH3 e CoCl3 : 5 NH3 !6 Bases empíricas da Teoria de Werner ➲ Além da variação das características organolépticas, ocorriam variações de propriedades físico-químicas. ➲ Condutividade eléctrica das soluções: !7 Composto Condutividade molar (ohms.mol-1) Composição iónica CoCl3.6NH3 432 3:1 CoCl3.5NH3 262 2:1 CoCl3.4NH3 150 1:1 CoCl3.3NH3 3.5 0:0 Bases empíricas da Teoria de Werner ➲ Nº de iões Cl- ionizáveis precipitados do CoCl3.nNH3, como AgCl, por AgNO3. !8 Composto Nº de íons Cl- Composição iónica CoCl3.6NH3 3 3:1 CoCl3.5NH3 2 2:1 CoCl3.4NH3 1 1:1 CoCl3.3NH3 0 0:0 Postulados da Teoria de Werner 1. Valência principal e secundária (auxiliar) ➲ Valência principal - esfera externa ou de ionização ➲ Valência secundária - esfera interna ou de coordenação 2. A valência secundária ou auxiliar tem carácter direccional 3. A valência principal pode ser convertida em auxiliar e vice-versa 4. Quando um ião negativo estiver situado na esfera interna ele atende à valência auxiliar, quando estiver na esfera externa atende à valência principal !9 Composição dos complexos ➲ Átomo central – ácido de Lewis (aceita electrões) ⇨ Geralmente metais na forma catiónica ⇨ Diferentes NOX incluindo zero ou negativo ➲ Grupos periféricos (ligandos) – bases de Lewis (dadores de electrões) ⇨ Aniónicos, moleculares, radicalares !10 Composição dos complexos ➲ Pode-se entender a formação de um complexo como uma reacção de neutralização ácido-base de Lewis. !11 ➲ A formação dos complexos está relacionada à acidez (de Lewis) ⇨ desempenho do ligando frente a um determinado ião central depende da sua basicidade (de Lewis) Composição dos complexos ➲ Esfera de coordenação (esfera interna): ⇨ valência secundária – formação de ligações coordenadas com bases de Lewis ➲ Esfera de ionização (esfera externa): ⇨ valência principal – NOX do átomo central após formação da esfera de coordenação !12 [Co(NH3)6]Cl3 Esfera interna ou de coordenação: • valência auxiliar 6 Esfera externa ou de ionização: • valência principal 3+ [CoCl(NH3)5]Cl2 Esfera interna ou de coordenação: • valência auxiliar 6 Esfera externa ou de ionização: • valência principal 2+ Composição dos complexos ➲ O ião central deve ter: ⇨ raio pequeno ⇨ carga ou NOX elevado ⇨ disponibilidade de orbitais para acomodar os pares electrónicos cedidos pelo ligando (base de Lewis) ➲ O ligando pode ser: ⇨ qualquer molécula ou anião (ou até mesmo catião) com disponibilidade de par electrónico (ácido de Lewis) ⇨ molécula com electrões π !13 Teoria de coordenação de Werner ➲ Elementos possuem dois tipos de valência: ⇨ Valências primárias - relacionadas com o estado de oxidação do elemento e satisfeitas por aniões ⇨ Valências secundárias - relacionada com o número de ligandos à sua volta e satisfeitas por aniões ou moléculas neutras Ex: [Co(NH3)6]Cl3: Valência Primária = 3 e Secundária = 6 Valências secundárias ditam a estrutura geométrica e tridimensional do complexo 14 !15 Importância dos compostos complexos Importância do estudo dos complexos Catálise Propriedades ópticas Extracção de metais e hidrometalurgia Medicina e biologia Propriedades magnéticas ➲ Complexo: agregado ± estável, formado por um átomo ou ião central, normalmente de um metal de transição, ligado a um certo número de moléculas neutras ou iões de carga contrária 16 Compostos complexos: conceitos e terminologia Compostos complexos: conceitos e terminologia ➲ Ligando: molécula neutra ou ião de carga contrária que “doa” ao átomo central pares de electrões livres (ligação covalente dativa) ➲ Número de coordenação: n° de ligações feitas ao/pelo átomo central (por vezes = ao nº de ligandos) ⇨ Números de coordenação mais frequentes: 4 e 6 ➲ Ligando monodentado: doa somente um par ➲ Ligando polidentado: doa mais do que um par (formação de anéis, estabilidade adicional) ➲ Ligando ambidentado: possui mais de um átomo capaz de doar electrões 17 Compostos complexos: conceitos e terminologia ➲ Átomo central – átomo ou ião ao qual estão covalentemente ligadas as outras espécies ➲ Ligandos – moléculas ou iões ligados por covalência dativa ao átomo central ➲ Complexo ou ião complexo ➲ Carga do ião complexo ➲ Carga do átomo central 18 Compostos complexos: ligandos polidentados Ião dietilenodiaminocobalto (III) 19 Compostos complexos Complexo Metal-EDTA (Kinst = 10-10 a 10-25) Ex. de uso do EDTA: 1. Determinar da dureza da água. 2. Mascarar determinados componentes na análise química. 20 Nomenclatura dos compostos complexos ➲ Todos os nomes são escritos sem deixar espaço entre as palavras ➲ Ião negativo nomeado em 1º lugar, seguindo-se então o ião positivo (regra geral em Química) ➲ Prefixos di, tri, tetra, penta, hexa para designar a quantidade de um determinado ligando ➲ Ligandos escritos em ordem alfabética, sem levarmos em conta os prefixos ➲ Ordem de ligandos na fórmula: negativos, neutros e finalmente os positivos 21 Nomenclatura dos compostos complexos ➲ Quando o ligando tiver um nome composto (ex: dimetilsulfóxidoetilenodiamina): ⇨ não usamos os prefixos di, tri, tetra, etc; mas ⇨ bis, tris, tetraquis, para indicar o número de ligandos presentes ➲ Escrevemos no final o nome do átomo central, seguido do seu estado de oxidação (escrito entre parênteses) em algarismos romanos, inclusive quando o estado de oxidação for zero 22 Regras para designar os ligandos ➲ Haleto ou cianeto - substituímos a terminação eto por o, Ex: fluoreto (pré- ligando) → fluoro (ligando) ➲ Oxianiões e radicais derivados de hidrocarboneto - geralmente mantém o mesmo nome. Ex: carbonato → carbonato; metil → metil ➲ Os pré-ligandos que terminam pela letra a, são modificados para terminarem com a letra o. Ex: etilenodiamina → etilenodiamino (en) 23 Nomenclatura dos compostos complexos Nomenclatura de compostos complexos neutros e catiónicos 24 Composto Nome [CoCl2(NH3)4]+ Ião tetraminodiclorocobalto (III) [Ni(CO)4] Tetracarbonilníquel (0) Cd(SCN)4]2- Ião tetratiocianatocádmio (II) [Zn(NCS)4]2+ Ião tetraisotiocianatozinco (II) [Co(NH3)6]Cl3 Cloreto de hexaminocobalto (III) [Co(NO2)(NH3)5](NO3)2 Nitrato de pentaminonitrocobalto (III) 25 Nomenclaturade compostos complexos aniónicos composto nome K4[Fe(CN)6] Hexacianoferrato(II) de potássio [PtCl6]2- Ião hexacloroplatinato (IV) NH4[Co(SO3)2(NH3)4] Tetraminodissulfitocobaltato(III) de amónio [Pt(Py)4][PtCl4] Tetracloroplatinato(II) de tetrapiridinoplatina (II) Q U ESTÕ ES? QUESTÕES? QUESTÕES? Ligação química nos compostos complexos Modelos actuais: ➲ Teoria da ligação de valência (TLV) (conceptualmente mais simples) ➲ Teoria do campo cristalino (TCC) (de utilidade mais prática) ➲ Teoria de orbitais moleculares (TOM) (complexa) 27 Teoria da ligação de valência (TLV) ➲ Ligação covalente dativa envolvendo orbitais híbridas do átomo central e as orbitais atómicas dos ligandos ➲ Ligandos – bases de Lewis ➲ Hibridização (envolvendo orbitais s, p e d) ➲ Geometria molecular ➲ Propriedades magnéticas (diamagnético ou paramagnético) 28 Teoria da ligação de valência (TLV) 29 Dedução da estrutura e hibridização de um complexo 1. Escrever a configuração electrónica do átomo central. Ex: Fe [Ar]3d64s2 2. Deduzir a configuração electrónica do ião, retirando o n° de electrões correspondentes. Ex: Fe2+ [Ar]3d64s0 ➲ Pela TLV é possível prever o tipo de hibridização (estrutura), propriedades magnéticas,... ⇨ Estas previsões deverão ser confirmadas para cada complexo por meio de outros dados Teoria da ligação de valência (TLV) Ex. 1: [Fe(CN-)6]4- (octaédrico e diamagnético) ZFe = 26 30 Hibridização do tipo d2sp3 26Fe 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d6 26Fe2+ 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s0 3d6 Teoria da ligação de valência (TLV) Ex. 2: [Fe(H2O)6]2+ com arranjo octaédrico mas com momento magnético comparável ao do Fe2+: 31 ➲ Sem informação sobre o momento magnético não teria sido possível distinguir os 2 casos ➲ A ocorrência de um ou outro tipo de estrutura, também, depende da natureza do átomo central e do ligando Hibridização do tipo sp3d2 Q U ESTÕ ES? QUESTÕES? QUESTÕES? Teoria do campo cristalino (TCC) ▪ Estuda a influência do campo criado pelos ligandos nas orbitais d do átomo central. ➲ Interação electrostática entre o átomo central e os ligandos ➲ Ligandos – cargas pontuais ➲ Átomo central sujeito ao campo eléctrico criado pelos ligandos à sua volta 33 Teoria do campo cristalino (TCC) Num arranjo octaédrico um electrão ocupando as orbitais dZ2 e dX2-Y2 sofre maior repulsão que um electrão ocupando as orbitais dXY, dXZ ou dyZ. 34 TCC (num campo octaédrico) 35 As orbitais do átomo central que estiverem dirigidas para os ligandos aumentam de energia (menos estáveis) e os restantes diminuem de energia (mais estáveis). TCC - interacção metal-ligando Parâmetro de desdobramento do campo cristalino (Δ) ➲ Orbitais dz² e dx²-y² denominados eg (energias mais altas) ➲ Orbitais dxy, dxz, dyz denominadas t2g (menor energia) ➲ Δo – parâmetro de desdobramento do campo ligante ou cristalino octaédrico [10Δo, cm-1] ➲ Δo = diferença de energia entre t2g e eg num campo octaédrico ➲ Δo - medida por métodos espectroscópicos 37 TCC num campo octaédrico Diagrama de níveis de energia de orbitais d num campo octaédrico E dz² dx²-dy² dxy dxz dyz dz² dx²-dy² dxy dxz dyz orbitais d do metal ΔO eg t2g campo octaédrico +3/5ΔO -2/5ΔO 38 Parâmetros de desdobramento do campo cristalino (Δ) ➲ Natureza do ião metálico (central) ➲ Estado de oxidação do ião metálico (> nox → > Δ) ➲ Natureza do ligando ➲ Número e geometria dos ligandos 39 Série espectroquímica I- < Br- < Cl- < NO3- < F- < OH- < H2O e ião oxalato < EDTA < NH3 < < o-fenantrolina < NO2- < CN- Espécie ∆o (kJ/mol) [CrCl6]3- 163 [Cr(H2O)6]3+ 213 [Cr(NH3)6]3+ 259 [Cr(CN)6]3- 314 40 Variação de ∆o com a natureza do ligando Variação do Δ em função do ligando 41 Série espectroquímica - Ryutaro Tsuchida ➲ Natureza do ligando I-< Br-< S2-< SCN-< Cl-< NO3-< N3-< F-< ureia, OH-< ox, O2-< H2O < NCS-< CH3CN < py < NH3< en < bipy, phen < NO2-< PPh3< CN-< CO ➲ Natureza e NOX do ião metálico Mn2+< Ni2+< Co2+< Fe2+< V2+< Fe3+< Co3+ < Mo3+ < Rh3+< Ru3+ < Pd4+ < Ir3+ < Pt4+ 42 Complexos com spin alto e spin baixo (regra de Hund) ➲ Spin alto/livre (ligando fraco): maior n° de electrões desemparelhados 43 E Complexos com spin alto e spin baixo (regra de Hund) ➲ Spin baixo/emparelhado (ligando forte): menor n° de electrões desemparelhados 44 E Energia de Estabilização do Campo Cristalino Espécies Exemplo Campo Fraco Campo forte Configuração EECC Configuração EECC d0 Sc3+ t2g0 eg0 0.0 Δ0 t2g0 eg0 0.0 Δ0 d1 Ti3+ t2g1 eg0 −0.4 Δ0 t2g1 eg0 −0.4 Δ0 d2 V3+ t2g2 eg0 −0.8 Δ0 t2g2 eg 0 −0.8 Δ0 d3 Cr3+ t2g3 eg0 −1.2 Δ0 t2g3 eg0 −1.2 Δ0 d4 Mn3+ t2g3 eg1 −0.6 Δ0 t2g4 eg0 −1.6 Δ0 d5 Fe3+ t2g3 eg2 0.0 Δ0 t2g5 eg0 −2.0 Δ0 d6 Co3+ t2g4 eg2 −0.4 Δ0 t2g6 eg0 −2.4 Δ0 d7 Rh2+ t2g5 eg 2 −0.8 Δ0 t2g6 eg1 −1.8 Δ0 d8 Ni2+ t2g6 eg2 −1.2 Δ0 t2g6 eg2 −1.2 Δ0 d9 Cu2+ t2g6 eg 3 −0.6 Δ0 t2g6 eg3 −0.6 Δ0 d10 Zn2+ t2g6 eg4 0.0 Δ0 t2g6 eg4 0.0 Δ0 45 EECCOctaédrico = (-0.4nt2g + 0.6neg) Δ0 TCC aplicado a um campo tetraédrico Num arranjo tetraédrico as orbitais dZ2 e dX2-Y2 tem menor energia que as orbitais dxy, dyz e dxz 46 Orientação das orbitais vs posição dos ligandos TCC – estrutura tetraédrica 47 Número de coordenação 4 Energia Tetraedro TCC - campo tetraédrico E dz² dx²-dy² dz² dx²-dy² dxy dxz dyz dxy dxz dyz Orbitais d do metal Δt eg t2g Campo tetraédrico +3/5ΔO -2/5ΔO 48 Diagrama de níveis de energia de orbitais d num campo tetraédrico ∆t ≅ 4/9∆o TCC – estrutura quadrada-planar 49 Ex: [PtCl2(NH3)2] ; [Ni(CN)4]2- Número de coordenação 4 Energia Quadrado planar TCC – estrutura octraédrica 50 Ex: [MnO4]-(d0); [RuO4]-(d1); [FeO4]2-(d2); [MnCl4]2-(d5); [FeI4]2- (d6); [CoCl4]2-(d7); [Zn(OH)4]2- (d10). Octaédrica TCC – estrutura quadrada-piramidal 51 Número de coordenação 5 Energia Quadrado piramidal TCC – estrutura pentagonal bipiramidal 52 Pentagonal bipiramidalNúmero de coordenação 7 TCC – estrutura trigonal bipiramidal 53 Trigonal bipiramidal Número de coordenação 5 TCC – estrutura quadrada antiprismática 54 Quadrada AntiprismáticaNúmero de coordenação 8 Q U ESTÕ ES? QUESTÕES? QUESTÕES? Isomeria nos compostos complexos ⇨ isomeria geométrica (estereoisomeria) ⇨ isomeria óptica (estereoisomeria) ⇨ isomeria de ligação (isomeria estrutural) ⇨ isomeria de coordenação (isomeria estrutural) ⇨ isomeria de ionização ⇨ isomeria de solvatação (hidratação) ⇨ isomeria de polimerização 56 ➲ Fenómeno pelo qual 2 ou mais substâncias compartilham a mesma fórmula molecular mas apresentam arranjos geoméricos/espaciais diferentes. Isomeria geométrica ➲ Surge nos complexos octaédricos ou com estrutura planar-quadrada. ligandos podem ocupar posições vizinhas (cis) ou posições contrárias (trans). 57 Isomeria geométrica (cis-trans) 58 Isomeria óptica ➲ isómeros podem desviar a luz polarizada para a direita (d-dextrógiro) ou para a esquerda (l-levógiro) ➲ chamados enantiómeros ➲ formam uma mistura racémica (50% de cada não ocorre o desvio da luz polarizada) ➲ comum nos compostos de carbono ➲ No espelho: imagens assimétricas e não sobreponíveis 59 Isomeria óptica (cont.) 60 uma substância opticamente activa não deve apresentar plano de simetria! Isomeria de ligação ➲ surge nos complexos cujos ligandos têm na sua estrutura mais de um átomo dador de electrões. 61 ião nitritopentaquocobalto(III) ião nitropentaquocobalto(III) Isomeria de coordenação ➲ Devido à troca de posições de ligandos dos dois iões complexos quando tanto o catião assim como o anião são iões complexos Ex: [Co(NH3)6][Cr(CN)6] e [Cr(NH3)6][Co(CN)6] [Co(NH3)4(CN)2] e [Cr(NH3)2(CN)4] 62 Isomeria de ionização ➲ Devido à troca de posição entre grupos ocupando posições que satisfazem a valência primária com os grupos que satisfazem as valências secundáriasdo átomo central ➲ Em solução produzem iões diferentes! Ex: [Co(NH3)5Br]SO4- e [Co(NH3)5SO4]Br. 63 Isomeria de solvatação (hidratação) ➲ surge da capacidade que a água tem de aparecer nos complexos, tanto como um ligando satisfazendo as valências secundárias do átomo central ou como água de hidratação ocupando posições no retículo cristalino Ex: [Cr(H2O)6]Cl3 | [Cr(H2O)5Cl]Cl2.H2O | [Cr(H2O)4Cl2]Cl.2H2O 64 Isomeria de polimerização ➲ Ocorre nos compostos com a mesma fórmula empírica mas cujos pesos moleculares são múltiplos um do outro. Ex: [Pt(NH3)2Cl2] e [Pt(NH3)4][PtCl4] [Pt(NH3)4][Pt(NH3)Cl3]2 e [Pt(NH3)3Cl]2[PtCl4]. 65 Reacções dos complexos 66 Estabilidade dos compostos complexos �67 Estabilidade dos complexos ❑ Para a equação global do processo M + nL = MLn 68 ❑ Kequil = Kf = Kc ❑ Há, contudo, regras adicionais que nos ajudam a explicar certos fenómenos relacionados aos complexos ➲ A tendência da formação de um complexo é medida pela respectiva constante de formação, Kf, ou constante de estabilidade, que não é mais do que a constante de equilíbrio para a reacção de complexação. Reacção Kf Ag+ + 2 NH3 Ag(NH3)2+ 1.5×107 Cu2+ + 4 NH3 Cu(NH3)42+ 5 ×1013 Hg2+ + 4 CN- Hg(CN)42- 2.5 ×1041 Estabilidade dos complexos Estabilidade: efeito quelato 70 ➲ Complexos contendo ligandos bidentados ou polidentados apresentam uma estabilidade maior do que os compostos do mesmo metal coordenado a um ligando monodentado através do mesmo átomo… Absorção da luz e côr de complexos 71 frequência (nm?) faixa do espectro absorvido côr da substância 400 - 420 violeta verde-amarelada 420 – 490 azul amarela azul-claro laranja Azul-esverdeado vermelho 490 - 575 verde púrpura 575 - 585 amarelo 585 - 647 laranja 647 - 710 vermelho verde !∆ = 𝐸 . 𝑁𝐴 = h . 𝜗 . 𝑁𝐴 = h𝐶𝑁𝐴 𝜆 Q U ESTÕ ES? QUESTÕES? QUESTÕES? Geometria dos compostos complexos �73 Número de coordenação 2: estrutura linear Ex: [AgCl2]- , [Hg(CH3)2] e [CuCl2]- Geometria dos compostos complexos �74 Número de Coordenação 3: estrutura trigonal planar Ex: [Cu(CN)3]2-; [Ag(PPh3)3]+; [Pt(P(Ph3)3] Geometria dos compostos complexos �75 Número de coordenação 5: trigonal bipiramidal e piramidal quadrada
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