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Dermatites: Tipos e Tratamentos

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DERMATITES
Dermatites são um grupo de doenças que causam inflamação na pele, caracterizada por prurido e hiperemia. Podem apresentar ainda edema, vesículas, crostas e saída de material seroso. Eczema é um termo inespecífico também usado como sinônimo de dermatite, porém em alguns casos é utilizado para se referir apenas à dermatite atópica, o tipo mais comum desse grupo.
 DERMATITE SEBORREICA:
- Lesões eritematosas e descamativas em regiões ricas em glândulas sebáceas, como regiões laterais do nariz, sulco nasolabial, sobrancelhas, glabela e couro cabeludo. Pode afetar região próxima à fralda.
- Ocorre mais em crianças entre 3 semanas e 12 meses, sendo o pico na idade de 3 meses (70%).
- Patogenia é desconhecida. A transferência transplacentária de andrógenos maternos estimulam o crescimento de glândulas sebáceas das crianças, mas não é suficiente para causar a dermatite.
- Manifestações clínicas: acúmulo de material amarelado e gorduroso no couro cabeludo, mas de forma assintomática e sem características inflamatórias. Prurido leve na maioria, e a condição não afeta sono e alimentação
- Tratamento: Na maioria a doença é autolimitada e se resolve em semanas ou poucos meses de tratamento. O tratamento é conservador (óleo mineral no couro cabeludo junto com uma escova macia para tirar as áreas descamativas – além de recomendar lavar o cabelo com shampoo suave para bebês). Em casos persistentes e com lesões extensas (corticoides tópicos oi cetaconazol 2% - creme ou shampoo). Os corticoides são indicados em casos que predominam o componente enquanto que o cetaconaxol deve ser usado em casos difusos.
 DERMATITE ATÓPICA:
- Principal causa de dermatite na infância
- 45% surgem durante os primeiros 6 meses, em 60% durante o primeiro ano, e 85% antes dos 5 anos.
- É uma doença inflamatória caracterizada por prurido intenso que afeta o sono e alimentação da criança, além de pele seca (xerose) e hiper-reatividade cutânea a estímulos ambientais variados. As lesões são pouco demarcadas e podem envolver bochechas, couro cabeludo e superfície extensora dos membros.
Lactante: lesões ocorrem principalmente em face (poupando região central- nariz e boca), no couro cabeludo, tronco, e região extensora dos membros, poupando região coberta pela fralda. As lesões são pápulas ou placas eritematosas, pruriginosas com exsudação e crosta hemácia
Pré-puberal (2-10 anos): a pele é xerótica, o prurido é principalmente na fossa antecubital e poplítea, e há liquenficação (espessamento) e placas circunscritas, eritematosas, descamativas e exsudativas. Lesões periorbitárias, periorais, fissuras infralbular, dupla prega palpebral (Dennie Morgan) e olheiras são comuns.
Puberal: as lesões são mais frequentes nas pregas flexoras dos braços, pescoço e pernas. Pode haver acometimento isolado da face ou do dorso das mãos e dos pés
- Uma história familiar positiva de dermatite atopica, asma, e renite alérgica comumente estão presente.
- A fisiopatologia é desconhecida, mas parece envolver uma desregulação imune, disfunção da barreira epidérmica e anormalidades fármaco-fisiológicas.
- Tratamento: objetivo é promover hidratação, diminuir prurido e manejar inflamação. É orientado uso de roupas de algodão, banho de sabonete neutro e hidratação intensiva com óleos. O uso de anti-histamínicos é controverso e o uso de corticoides tópicos é indicado nas crises.
Diagnóstico: depende da exclusão de outros diagnósticos como escabiose, dermatite de contato, dermatite seborreica, linfoma cutâneo, icitose, psoríase, imunodeficiências, entre outras doenças primárias.
Fatores desencadeantes: história familiar de DA.
Infecção há um aumento da colonização da pele das pessoas com DA pelo S.aureus.
Clima: extremas temperaturas. Pouca tolerância de calor e clima seco.
Exposição solar tende a melhorar lesões, mas há prurido nos locais de maior sudorese.
Tratamento: geralmente é ambulatorial, mas tem casos de ir ao serviço de emergencial por exacerbações e infecções secundárias bacterianas ou virais.
- A base é promover hidratação, diminuir prurido e menejar infecção.
- Uso de roupas leves (algodão, tirar etiquetas, evitar lâ e tecido sintético)
- Umidificador nos ambientes mais secos.
- Roupas lavadas a sabão líquido neutro, sem branqueadores
- Banho deve ser rápido (máximo 10 min), com água morna, sabonete com ph fisiológico (5 e 5,5), sem corantes ou perfumes e uso de xampu suave. Secar a pele de forma suave e aplicar hidratante (máximo em 3 min).
- Casos graves pode-se indicar o uso dos sindets (sabonete sintético sem atividade detergente)
- Uso de anti-histaminicos sedantes (hidroxizina, dexclofeniramina). E não sedantes durante o dia.
- Corticoides tópicos: para tratar as crises em associação a hidratação.
- As bases oleosas (pomadas) nas fases crônicas e cremes na fase aguda exsudativa.
- A potencia depende da cronicidade e da localização das lesões, sendo os de baixa potencia como a hidrocortisona 1% usadas mais na face, dobras e região das fraldas. Maior potencia mometasona, betametasona ou triamcinolona utilizadas nas lesões de trinco de uma a duas vezes ao dia até clarear as lesões.
- Imunomoduladores tópicos: Tacrolimus para maiores de 2 anos (pomada o,1% e 0,03%) para DA de moderada a severa.
- Pimecrolimus em creme a 1% inibidor da calcineurina. Aplicar 2 vezes ao dia em DA leve (lesões face) – poupar corticoide.
- Antibióticos: para S aureus.
- DA grave: imunossupressores – corticoides sistêmicos promovem rápido alívio dos sintomas, mas pode dar efeito rebote.
- Medicações mais usadas: ciclosporina, methotrexate, azatioprina e o micofenolato.
- Fototerapia: UV-A, UV-B, combinação de ambos- para a partir de 12 anos.
** Desequilíbrio Th1 e TH2.
 DERMATITE DE CONTATO:
Dermatite de contato por irritados: é a forma mais comum. Causada pela exposição a substâncias que causam irritações físicas, mecânicas ou químicas na pele.
Ex de irritantes: produtos de limpezas, solventes, ácidos, bases, poeiras e componentes do solo.
Apresenta-se com eritema, edema, vesículas e bolhas com secreção serosa. Na forma crônica – lesões liquenificados, hiperqueratose e fissura são comuns.
** Sensibilização.
** Fototóxica
** Fotoalérgica 
Dermatite da área das fraldas (assadura): é a forma mais frequente na criança. Até 2 anos de vida, 25% das crianças apresentarão esse problema.
Causada mais frequentemente pela fricção da fralda na pele, além do aumento da temperatura e umidade local, favorecendo a irritação da pele. Além do contato com urina e fezes, que piora com uso de lenços umedecidos, óleos, pós, pomadas.
Diferente da DA, geralmente pouca éreas de dobras.
Normalmente é restrita à área da fralda, não se disseminando pelo corpo.
São lesões que variam de eritematosas exsudativas a eritemato-papulosas e descamativas. 
Pode estar associada a infecção por candidíase, sendo nesses casos caracterizada por lesões de aparência avermelhada e brilhantes, podendo haver erosões superficiais e envolver áreas de dobras.
Tratamento: troca de fralda frequente, limpeza local e aplicação de pasta de óxido de zinco ou pasta d’água a cada troca de fraldas. Nos casos mais graves, pomadas com hidrocortisona (nistatina ou antimicóticos imidazólicos na suspeita de contaminação por Cândida).
Dermatite de contato alérgica: reação inflamatória da pele e ocorre quando o contato com uma susbtância específica estimula resposta hipersensibilidade tardia (tipo IV).
Exemplo são fragrâncias, antibióticos tópicos, cosméticos, metais, plantas, entre outros.
Caracteriza-se por lesões bem demarcadas, intensamente pruriginosas com erupção eczematosa na área que entra em contato comumente com o alérgeno.
A fase de sensibilização ocorre na exposição ao alérgeno, geralmente na infância. Os alergenos geralmente são substância de baixo peso molecular que penetram na camada superficial da pele, entrando em contato com as células de Langerhans. Essas células processam os antígenos e migram para os linfonodos regionais, apresentando o antígeno aos linfócitos T. Os linfócitos T antígeno-específicosrealizam expansão clonal, criando células de memória que geram uma resposta imune frente a um novo contato com o irritante. Na fase de elicitação, os linfócitos T proliferam e produzem mediadiadores inflamatórios produzindo dermatite local.
É necessário identificar o alérgeno através do teste cutâneo ou IgE, pois um dos princípios do tratamento é evitar o contato com irritantes. Nas crises pode usar corticoides tópicos.
Dermatite juvenil plantar/ Desidrotica (dermatite plantar sicca): é uma doença que envolve região plantar e corre principalmente entre 3 e 14 anos.
Sua patogenia é desconhecida, mas sabe-se que a irritação por materiais sintéticos em sapatos, fricção e sudorese contribuem para esta desordem
Apresenta-se clinicamente com vermelhidão e edema na região plantar dos pés. 
Normalmente é autolimitada que se resolve espontaneamente em alguns anos.
É recomendável orientar evitar meias de materiais sintéticos e frequentemente usar substâncias emolientes para hidratas os pés.

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