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Dermatopatias mais comuns na infância

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5º SEMESTRE 2021.2 – UNIFTC PEDIATRIA 
JULIANA OLIVEIRA 
 
DERMATOPATIAS MAIS 
COMUNS NA INFÂNCIA 
CAMADAS DA PELE 
➔ Epiderme: 
Camada mais superficial e queratinizada, ou seja, mais 
impermeabilizada, que na sua composição tem os poros, 
pelos e já possui as terminações nervosas, ou seja, também 
é responsável pela sensibilidade. 
 
➔ Derme: 
Camada mais intermediária, mais aprofundada, tem-se as 
glândulas sudoríparas e sebáceas e o folículo piloso com o 
músculo eretor do pelo. 
 
➔ Hipoderme ou TCSC: 
Camada mais profunda que é responsável pela nutrição, 
onde se tem as artérias, veias e o tecido adiposo. 
DIFERENCIANDO AS LESÕES DE PELE 
➔ Máculas: São manchas na pele que podem ser mais 
hiperemiadas ou hipocrômicas, e que ao tocá-la não há 
alteração de relevo. 
➔ Pápulas: Lesão puntiforme em que ao passar a mão, 
há um relevo, mas não possui líquido. 
➔ Vesículas: [pápula + conteúdo líquido cristalino] 
As lesões vesiculares podem ser bolhosas e 
consequentemente maiores, caracterizando a presença 
de uma bolha. 
➔ Pústulas: [pápula + conteúdo líquido purulento] 
➔ Placas: São semelhantes as máculas, no entanto, há 
alteração de relevo. 
DIFERENCIANDO OS EXANTEMAS 
Os exantemas são lesões puntiformes que nós temos, essa 
lesão puntiforme, ao tocá-la, podemos não sentir como 
pápulas, podendo ser mais leve. 
➔ Em relação a cor eritematosa o exantema pode: 
▪ Desaparecer com a vitropressão, logo, é decorrente de 
uma vasodilatação. 
▪ Não desaparecer com a vitropressão, logo, é 
decorrente de extravasamento. (purpúricas) 
Quando as lesões são puntiformes recebe o nome de 
petéquias, quando são manchas chamamos de equimose. 
 
➔ Lesões morbiliformes: 
Zonas acometidas e zonas não acometidas. 
 
➔ Lesões escarlatiniformes: 
Não há alternância entre regiões acometidas e não 
acometidas. 
DERMATITE SEBORRÉICA 
São lesões eritemato-descamativas, papulosas, não 
pruriginosas em couro cabeludo e em região de dobras. 
Sabe-se que a pele do RN passa por um processo de 
adaptação, visto que, tem-se um bebê que estava dentro da 
bolsa de líquido amniótico, na qual havia o vérnix (sebo) 
que recobre a pele do RN quando ele nasce. Quanto maior 
a maturação, mais vérnix ele tem. Esse vérnix é capaz de 
conferir proteção e a hidratação dessa pele, assim, quanto 
mais tempo ele permanecer na pele do bebê, maior a 
proteção e hidratação essa pele terá, estando menos 
susceptível as dermatites. 
➔ Caracteríristas: 
▪ Focal ou generalizada. 
▪ Fase aguda (eritemo-exsudativa) 
▪ Fase crônica (escamas/crostas) 
▪ Tratamento: 
RN: Óleo mineral ou vegetal. 
Adolescentes: Shampoo de cetoconazol (2%) → maior 
associação com fungos. 
 
Orienta-se que o óleo seja utilizado próximo ao banho, 
deixando agir por cerca de 20 minutos e penteei o cabelo 
no sentido contrário para que a descamação mais grosseira 
seja removida. 
 
DERMATITE DE CONTATO 
Tem-se um processo de sensibilização da pele, marcada por 
prurido intenso, eritema e microvesículas. 
➔ Classificação: 
▪ Alérgica: Reação de hipersensibilidade tardia por 
agentes tópicos. 
▪ Irritativa: Contato prolongado. 
 
➔ Tratamento: 
▪ Identificação e eliminação do agente. 
 
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JULIANA OLIVEIRA 
 ▪ Corticosteroides. 
▪ Anti-histamínico oral. 
Habitualmente não se faz uso dos corticoides ou anti 
histamínico oral, normalmente, quando orienta a suspensão 
do agente há uma resolução sem o uso dessas substâncias 
via oral ou tópica. 
Como diferenciar a dermatite de contato causada pela 
fralda de uma dermatite de contato por conta do xixi/cocô? 
Quando se coloca a fralda, e é o tecido da fralda o 
agente que está causando a irritação, tem-se o desenho 
completo da fralda na pele da criança, principalmente onde 
há o elástico, logo, tem-se uma dermatite de contato 
irritativa pela composição da fralda. Já a dermatite de 
contato devido à permanência do xixi ou do cocô, tende a 
se iniciar na zona central e se estende. 
 
 
 
 
Dermatite das fraldas: 
Tem-se a progressão das lesões eritematosas, evoluindo 
como pápulas-vesiculares ou bolhosas, fissuras e erosões, 
podendo favorecer infecções secundárias. 
O tratamento consiste em uma higiene adequada, fazendo 
uma troca mais frequente das fraldas, tentando ao máximo 
deixar a região mais seca, evitando lenços umedecidos e 
expor a região acometida ao sol. 
A pele precisa respirar, por isso, não se deve utilizar as 
pomadas para evitar a assadura a todo o tempo, somente 
quando a troca de fralda for demorar mais para ser feita. 
As pomadas que contêm óxido de zinco objetivam fazer 
barreira → evitando o contato do xixi/cocô com a área 
lesada. 
DERMATITE ATÓPICA 
É uma reação de sensibilização da pele, tem-se uma 
resposta inflamatória seja por um agente aeroalérgeno, 
contato com ácaro, exposição ao sol em que se tem uma 
desidratação da pele, produção do suor ou qualquer outra 
situação que promova a sensibilização e a criança já tenha 
uma reação alérgica nesse sentido. 
Na dermatite por contato tem-se algo pontual, de 
forma que ao passar um determinado produto há a reação 
alérgica, assim, ao retirar não tem mais ocorrência da 
dermatite. Já na dermatite atópica tem-se uma 
predisposição genética associada a uma exposição prévia 
em que se tem essa resposta de maneira mais crônica, logo, 
é uma patologia em que não se tem cura, mas sim controle. 
 
 
 
 
➔ Achados maiores: 
▪ Prurido, envolvimento facial e superfícies extensoras. 
▪ Liquenificação flexural em adultos, sec a cronificação 
dessas lesões, provocando alterações estruturais como 
a perda da camada de queratina, que vai alterar essa 
pele, deixando-a mais avermelhada inicialmente e se 
tornando mais esbranquiçada com a cronificação, 
história pessoal ou familiar de atopia. 
 
➔ Achados menores: 
▪ Intolerância alimentar, ceratose pilar, prega infra-
orbitária de Dennis Morgan, eczema do mamilo, palidez 
facial, ptiriase alba. 
 
➔ Tratamento: 
▪ Profilaxia ambiental. 
▪ Banho 2x ao dia, sendo somente um deles com 
sabonete, de no máx15 a 20 min com água morna ou 
fria. 
▪ Hidratação. 
▪ Anti-histamínico. 
▪ Corticoide: Tópico x VO → intenção de diminuir a 
resposta inflamatória local, contudo, não age somente 
no sistema imune. Hidrocortisona (baixa potência) ou 
metilpredisolona (mais alta pontência). 
Obs: Se indica o uso de corticóide tópico quando se tem 
lesões extensas em que seja necessário diminuir a 
inflamação para evitar que a lesão se cronifique. 
 
▪ Infecções: Antimicóticos → Na presença de lesões 
fúngicas. 
DESIDROSE 
Doença genética, crônica, sem cura 
que se caracteriza por lesões 
vesiculares de conteúdo claro, 
tornando-se mais turvo com a 
evolução das lesões pruriginosas, 
limitadas a mãos e pés. 
➔ Tratamento: 
▪ Banhos de imersão 2-3x por dia – permanganato de K 
+ amido + água. 
▪ Medicação secativa tópia – pasta d’água ou óxido de 
zinco + álcool. 
▪ Hidrocortisona 1%. 
▪ Psicoterapia. 
 
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JULIANA OLIVEIRAESTRÓFULO (PRURIGO ESTRÓFULO) 
Tem-se uma picada de inseto e a substância do bico do 
inseto faz uma reação de hipersensibilidade e por isso tem-
se uma erupção pápulo-eritematosa pruriginosa. 
 
➔ Tratamento: 
▪ Medidas preventivas → barreira, repelentes. 
▪ Banhos de imersão em permanganato de K + amido + 
água. 
▪ Anti-histamínicos. 
▪ Corticoide de baixa potência p.ex. hidrocortisona. 
▪ Tratar infecções. 
URTICÁRIA 
São placas e pápulas eritematosas de tamanho e formas 
variáveis, geralmente pruriginosas, desaparecem a digito-
pressão fugaz, podem vir acompanhada de angioedema. 
 
➔ Tratamento: 
▪ Identificação e eliminação do agente causal. 
▪ Anti-histamínico. 
▪ Adrenalina → quando houver acometimento 
respiratório p.ex. tosse, rouquidão. 
▪ Corticosteroides VO 
É importante alertar os pais que entre as doses da 
medicação se os sintomas surgirem de maneira mais forte, 
o paciente precisa ser reavaliado. 
PTIRÍASE ALBA 
(DARTRO VOLANTE/ECZEMÁTIDE) 
É mais comum em crianças que possuem a pele mais 
desidratada ou xerodérmicas. São lesões arredondadas de 
bordas imprecisas, descamativas, em face, região cervical, 
tórax superior e membros. 
 
▪ Frequentemente tem-se recidivas. 
▪ É importante fazer diagnóstico diferencial com 
hanseníase, ptiríase versicolor e tinea corporis. 
 
➔ Tratamento: 
▪ Controle ambiental. 
▪ Hidratação da pele. 
CELULITE 
É uma infecção mais profunda, cursa 
com uma lesão eritematosa, elevada, 
dolorosa, bordas mal delimitadas e sem 
conseguir definir a porção sadia e 
acometida. 
➔ Tratamento: 
▪ Repouso no leito e elevação do 
membro. 
▪ Higienização da porta de entrada. 
▪ Antibiótico: VO x EV. 
ERISIPELA 
Lesão mais superficial do que a celulite. Tem-se a presença 
dos sinais logísticos, dor, calor, edema e rubor, associado às 
lesões bolhosas/vesiculares com 
conteúdo líquido, normalmente acomete 
MMII ou face e tem bordas bem definidas, 
o que permite a distinção entre áreas sãs 
e áreas acometidas. 
➔ Tratamento: 
▪ Penicilina benzatina 
▪ Orientações 
▪ Repouso no leito com membros elevados 
▪ Higiene 
 
FOLICULITE 
Processo inflamatório associado à um 
processo bacteriano de um folículo 
piloso, assim, tem-se a formação de 
uma lesão pápulo-pustulosa 
centralizadas por um pêlo que pode 
ter ou não o seu crescimento comprometido, sobre uma 
base eritematosa. 
Tende a ter uma resolução sem deixar cicatrizes, mas tende 
a recorrência e cronicidade. 
Os locais preferencialmente acometidos são as regiões de 
face, couro cabeludo e extremidades. 
➔ Tratamento: 
▪ Limpeza com água e sabão. 
▪ Cefalexina – Atb VO. 
▪ Descolonização (redução da população de bactérias) 
estafilocóccica com mupirocina. 
 
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JULIANA OLIVEIRA 
 FURUNCULOSE 
Nódulo de origem bacteriana que não 
tem relação com o folículo piloso, é 
duro, eritematoso, doloroso e 
perifolicular. 
Tem-se um aumento progressivo, que 
devido à presença do pus há a formação de uma zona de 
flutuação, com drenagem de secreção purulenta que 
confere alívio imediato da dor. 
Sua resolução normalmente deixa cicatrizes. 
➔ Tratamento: 
▪ Compressas mornas (poder de anti inflamatório) para 
que haja uma definição da zona de flutuação. 
▪ Antibiótico: Utiliza-se cefalexina ou penicilina 
benzatina, quando diante de antraz (vários nódulos 
com uma saída única), sintomas sistêmicos, celulite, 
área de atrito ou lesão > 3 cm. 
▪ Considerar descolonização estafilocóccica. 
IMPETIGO 
Tem-se dois tipos de impetigo: bolhoso e o crostoso. 
No impetigo bolhoso tem-se a formação de máculas que 
forma vesículas finas que estouram com facilidade, 
formando lesões com crosta espessas que são facilmente 
removíveis ou pode-se ter o surgimento de uma pápula que 
vai levar ao surgimento de uma úlcera crostosa de modo 
que se tem o impetigo crostoso. 
 
Normalmente são pouco dolorosas, ocasionalmente 
pruriginosas (o que favorece a disseminação) e 
linfonodomegalia regional. 
➔ Diagnóstico diferencial: 
▪ Varicela. 
▪ Herpes 
▪ Prurigo estrófulo. 
 
➔ Tratamento: 
▪ Higiene (lavagem com água e sabão e mantê-las secas) 
+ unha dos pacientes cortados. 
▪ Permanganato de K+ → diminui o prurido e tem uma 
ação cicatrizante. 
▪ Antibiótico 
▪ Na recorrência considera-se fazer a descolonização 
estafilocóccica. 
▪ Complicações: GNDA, celulite, artrite séptica e 
osteomielite. 
ESCABIOSE 
Doença parasitária, na qual se tem a formação de lesões 
vesico-papulosas com prurido intenso paroxístico, 
predominantemente noturno. 
Localizam-se interdigitais, punhos, cotovelos, axilares, 
periumbilical e nádegas. 
 
Uma maneira de diferenciar a escabiose da varicela é que 
o conteúdo é menor e a sua evolução não cursa com lesões 
crostosas ulceradas, normalmente é uma lesão puntiforme. 
A varicela tende a poupar palma das mãos, plantas dos pés 
e a região interdigital, que na escabiose é uma região de 
bastante acometimento. 
➔ Tratamento: 
▪ Tratar o paciente e seus contactantes domiciliares. 
▪ Troca de roupas de cama. 
▪ Sol 
▪ Tratar primeiramente as infecções secundárias p.ex. 
celulite sec ao prurido. 
▪ Criança > 2 anos e 15 kg: Utiliza-se ivermectina e 
repetir com 7 a 15 dias. 
▪ Criança < 2 anos: 
Permetrina solução a 25%. 
Monossulfiram 25%. 
Benzoato de benzila 25% (sabonete em que se faz uma 
espuma amarela e enxagua – 3 dias e repetir com 1 
semana). 
Pasta d’água com enxofre 10%. 
LARVA MIGRANS CUTÂNEA 
Lesão eritemato-papulosa encimada por vesícula, 
pruriginosa, localizada em áreas expostas, túnel sinuosa 
levemente saliente com conteúdo seroso, com extremidade 
papulosa onde se localiza a larva. 
 
➔ Tratamento: 
▪ Tende a desaparecer entre 4-6 semanas → retirada da 
larva. 
▪ Tiabendazol com prévia aplicação de gelo 
▪ Infestação maciça: Tiabendazol em jejum, albendazol ou 
ivermectina. 
 
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 PEDICULOSE 
Piolhos fixados com seus ovos na base dos cabelos. 
Seu quadro clínico é marcado por prurido intenso, cabelos 
sem brilho e ressecados. 
➔ Tratamento: 
▪ Tratar o paciente e seus contactantes. 
▪ Passar ferro nas fronhas, colocas os travesseiros para 
tomar sol. 
▪ Secar cabelos ao sol ou secador. 
▪ Retirar as lêndeas. 
▪ Benzoato de benzila a 25%. 
▪ Permetrina a 25%. 
▪ Monossulfiram a 25%. 
▪ Ivermectina também é uma das opções de tratamento. 
▪ Loção de dimeticona a 4%: Tem tido sucesso no 
tratamento. 
PTIRÍASE VERSICOLOR 
Um tipo de lesão fúngica. Tem-se máculas hipocrômicas, 
superfície descamativa fufurácea, com início perifolicular 
com várias lesões circulares que tendem a se coalescer, 
formando uma única. Ocorre em áreas seborreicas e possui 
bordas precisas. 
 
➔ Tratamento: 
▪ Higiene adequada. 
▪ Evitar sudorese excessiva. 
▪ Shampoo de sulfeto de selênio 2,5%. 
▪ Pitirionato de zinco. 
▪ Solução de hipossulfito de sódio 20-40%. 
TINEA CAPTIS 
Lesão fúngica de couro cabeludo. Tem-se 3 formas: forma 
clássica, forma inflamatória e forma descamativa. 
Forma clássica: 
Área de alopecia arredondadas, com descamação central e 
cabelos tortuosos, não cresce certinho. 
 
Forma inflamatória (kerion celsi): 
Eritema, pústulas, abcessosnas áreas de tortuosas. 
 
Forma descamativa: 
Descamação generalizada, de modo que o cabelo cresce 
normalmente. 
 
➔ Tratamento: 
▪ Shampoo de griseofluvina. 
▪ Cetoconazol, fluconazol ou itraconazol. 
 
 
 
 
 
 
 
TINEA CORPORIS 
São lesões arredondadas únicas ou múltiplas, de limites 
nítidos e circinados, associado a sinais inflamatórios com 
descamação central e crescimento centrífugo. 
 
➔ Diagnóstico diferencial: 
▪ Ptiríase alba. 
▪ Granuloma anular. 
▪ Hanseníase. 
▪ Psoríase. 
 
➔ Tratamento: 
▪ Imidazólicos tópicos → lesão pequena. 
▪ Terbinafina → formas disseminadas. 
CANDIDÍASE CUTÂNEO – MUCOSA 
Infecção fúngica em região de fralda, é uma lesão úmida de 
limites circulares, eritema intenso, lesões satélites próximas 
aos limites. Além disso, tem-se áreas descamativas e um 
prurido intenso. 
➔ Tratamento: 
▪ Pomada de nistatina + óxido de zinco. 
▪ Clotrimazol. 
▪ Utiliza-se nistatina quando houver “sapinho” na boca. 
▪ Imidazólicos solução. 
▪ Cetoconazol (casos mais graves/disseminados) 
 
 
 
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JULIANA OLIVEIRA 
 MILIÁRIA 
Não é uma infecção fúngica, bacteriana ou reação alérgica. 
Tem-se uma obstrução dos poros e com isso há uma 
reação que pode ser rubra (brotoeja) ou cristalina 
(sudâmina). 
A miliária cristalina tende a ser mais disseminada, com 
pequenas lesões vesiculares de conteúdo claro, superficiais, 
sem reação inflamatória, em grande extensão corporal e é 
autolimitada. 
Já a miliária rubra consiste em lesões pequenas pápulo-
eritematosas que vão ser pruriginosas e presentes em áreas 
de maior oclusão ou flexurais como pescoço e dobras. Seu 
fundo é mais avermelhado. 
 
➔ Tratamento: 
▪ Resfriamento da pele. 
▪ Manter a pele seca. 
▪ Banho de amido de milho. 
▪ Evitar uso excessivo de roupas, sabonetes e exposição 
ao sol. 
▪ Pode-se utilizar a pasta d’água ou talco em gel, mas não 
é indicado que utilize o talco em pó. 
▪ Favorece a ocorrência de lesões fúngicas ou 
bacterianas. 
MOLUSCO CONTAGIOSO 
É um parasita. Tem-se a formação de pápulas arredondadas, 
peroladas, firmes, com umbilicação, sem sinais inflamatórios 
ao redor, distribuídas por toda a pele, exceto couro 
cabeludo e regiões palmo-plantares. 
 
Tem-se o surgimento de outras lesões circulares na linha 
de uma outra lesão, recebendo o nome de fenômeno de 
Koebner. 
➔ Tratamento: 
▪ Excérese 
▪ Laserterapia 
▪ Crioterapia 
▪ Cimetidina em casos de disseminação. 
VERRUGAS 
São infecções virais. Tem-se sua presença em áreas 
extensoras dos membros, como dorso das mãos, pés e 
periungueais. 
Tem-se três tipos: vulgar, plana e plantar, 
respectivamente. 
 
➔ Tratamento: 
▪ Exérese 
▪ Ácido salicílico ou lático em colódio, pasta ou adesivo. 
▪ Ácido nítrico em ambulatório 
▪ Eletrocoagulação 
VARICELA 
É uma dermatose e caracterizada como uma doença 
exantemática. É uma doença viral que se inicia com febre 
baixa e que aumenta gradativamente, cursa com anorexia, 
cefaleia e dor abdominal. 
De acordo com a evolução da doença surge o exantema 
que é pruriginoso, com várias formas nas diferentes regiões 
(pleomorfismo), principalmente nas regiões palmo-
plantares. 
 
Se inicia com uma pápula, vai para uma vesícula e evolui 
para uma úlcera. A forma de vesícula é a fase contagiosa da 
doença que dura de 7 a 10 dias. 
➔ Complicações: 
▪ Infecção bacteriana secundária. 
▪ Pneumonia intersticial. 
▪ Encefalite. 
 
➔ Tratamento: 
▪ Antitérmicos. 
 
➔ Prevenção: 
▪ Evitar disseminação. 
▪ Vacina → Duas doses (SUS), uma com 15 meses e 
outra aos 4 anos. Três doses no particular. 
▪ Anti-virais/ Imunoglobulinas.

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