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Suturas e Nós Cirúrgicos

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SUTURAS E NÓS 
CIRÚRGICOS 
 
 
INSTITUTO SUPERIOR DE 
CIÊNCIAS DE SAÚDE – ISCISA 
EXTENSÃO DE QUELIMANE 
Júlio A. Artur 
INTRODUÇÃO 
 Dada à importância cirúrgica no âmbito das Técnicas básicas de 
Cirurgia, é crucial conhecer o processo de cicatrização das 
feridas e os tipos de sutura disponíveis para a sua correcção. 
 A escolha do tipo de sutura depende do tecido e da sua 
localização anatómica. A aproximação dos bordos de uma ferida 
pode ser feito por meio de uma sutura natural ou sintética, mono 
ou multifilamento. 
 Três propriedades do material de sutura interferem com o seu 
manuseamento: memória, elasticidade e tensão dos nós. A força 
de tensão, reacção tecidual e capacidade para ser absorvido 
são outras características importantes de um material de sutura. 
SÍNTESE CIRÚRGICA 
 A síntese cirúrgica é uma operação fundamental que consiste 
na aproximação das bordas de tecidos seccionados ou 
ressecados. 
 Tem como objectivo manter a continuidade tecidual e facilitar 
as fases iniciais do processo de cicatrização. 
 É um processo obrigatório na maioria dos procedimentos 
cirúrgicos 
 Entende-se por síntese o conjunto de manobras manuais e 
instrumentais, destinadas a unir os tecidos separados, 
restituindo sua continuidade anatômica e funcional. 
SUTURA 
 Sutura pode ser definida como o acto de aproximar estruturas 
(tecidos histológicos), mediante a utilização de instrumental 
cirúrgico. 
 Sutura ou pontos cirúrgicos são ligações em pele, mucosa, 
musculo, vasos sanguíneos e órgãos com objectivos de manter 
os unidos ou fechado dependendo do local suturado. 
 
 Todas as suturas promovem em maior ou menor grau três 
efeitos básicos: síntese, recobrimento e efeito hemostático. 
SUTURA 
 Para se garantir a eficácia do processo, deve-se utilizar 
materiais que resistam às tensões e trações que serão 
exercidas sobre a ferida nas fases iniciais da cicatrização. 
 A síntese cirúrgica, juntamente com o processo de cicatrização, 
constitui o meio pelo qual a continuidade do tecido é 
restaurada, sendo que a missão da primeira não deve terminar 
antes que a segunda já esteja em pleno curso. 
OBJECTIVOS DE SUTURAS OU 
SÍNTESE CIRÚRGICA 
 Tem como função a aposição das 
bordas do ferimento, facilitando a 
cicatrização e o processo de 
restauração. 
 Para tanto é necessário o uso de 
materiais como os fios de sutura, sua 
agulhas etc. 
 
NORMAS PARA UMA BOA 
SUTURA 
Antissepsia e assepsia correctas 
União de tecidos de mesma natureza, de acordo com os 
diferentes planos 
Hemostasia adequada 
Abolição/redução dos espaços mortos 
Bordas da ferida limpos e sem anfractuosidades 
Ausência de corpos estranhos ou de tecidos desvitalizados 
Emprego de suturas e fios adequados, realizados com técnica 
apropriada. 
 
PRINCÍPIOS A SEREM OBSERVADOS NA 
ESCOLHA DE UM MATERIAL DE SUTURA 
Devem ser tão ou mais fortes do que os tecidos normais 
através dos quais são colocados. 
A pele e a fáscia são os tecidos mais fortes, sendo que o 
estómago, intestino e bexiga urinária são os mais fracos. 
As suturas não são necessárias após a ferida ter cicatrizado 
Suturas monofilamentares suportam mais contaminação do 
que as suturas multifilamentares 
Suturas sintéticas são superiores as suturas naturais 
 
NORMAS PARA EXECUÇÃO DE 
SUTURAS 
Observar distância regular e segura de entrada e saída da 
agulha em relação às bordas da ferida 
Distribuir os pontos com espaçamento uniforme 
Evitar a confecção sobre a linha de cicatrização 
Nos términos de sutura, cortar o fio a uma distância segura dos nos 
Escolher correctamente os fios, calibres e o tipo de sutura de 
acordo com os tecidos ou órgãos a serem suturados. 
Na confecção dos nós, traccionar os terminais apenas o suficiente 
para a adequada aproximação das bordas da ferida evitando 
isquemia e deiscência. 
 
NORMAS PARA EXECUÇÃO DE 
SUTURAS 
Após o fechamento de uma ferida as bordas tornam-se enfraquecidas 
pela colagenólise e o suporte das suturas esta enfraquecido. 
As suturas colocadas a uma distância de mais de 0.5 cm das margens da 
ferida, aparentemente não são afectadas pela colagenólise. 
A inflamação também contribui para diminuir a tensão, é aconselhável 
colocar as suturas mais de 0.5 cm afastadas das bordas em feridas muito 
traumatizadas. 
A tensão máxima junto aos tecidos e também obtida quando as suturas 
são colocadas de 0.5 cm uma das outras. Quando colocadas mais próximas 
de 0.5 cm causam retardamento da cicatrização devido à reacção tecidual 
e comprometimento da circulação sanguínea nas bordas da ferida. 
Uma boa regra seguir é colocar o numero de sutura suficiente para dar 
uma boa captação das bordas. 
 
TIPOS DE SUTURAS 
 As suturas podem ser classificadas segundo a permanência, 
função ou junção das bordas, técnica, planos, visibilidade, , 
quanto a inclusão das camadas. 
 
 Segundo a permanência podem ser 
 Temporárias as que retiram apos algum tempo 
 Definitivas são as que permanecem na intimidade dos tecidos. 
SEGUNDO A FUNÇÃO OU JUNÇÃO 
DAS BORDAS PODEM SER 
 Coaptantes: ocorre a aproximação das bordas da ferida, sem deixar desníveis 
entre as mesmas, com o objectivo de manter a integridade anatômica e funcional 
do tecido. 
 De sustentação: empregada para aproximação dos bordos da ferida que tendem 
a separar se de elasticidade da ferida. 
 Inversante ou invaginante: ocorre a justaposição das bordas, que ficam reviradas 
para fora. E indicada para oclusão de vísceras ocas. 
 Eversante ou evaginante: ocorre a justaposição das bordas pela face externa com 
o objectivo de isolar a parte interna da sutura. E indicada para suturas 
vasculares ou de tensão. 
 Sobreposição: ocorre a sobreposição de uma borda sobre a outra com o objectivo 
de aumentar a superfície de contacto, gerando uma cicatriz mais resistente. E 
utilizada em eviscerações, enventrações e redução do anel herniano umbilical. 
 De hemóstase: utilizada para promover a hemostasia em vasos em forma de 
clamp vascular. 
QUANTO À INCLUSÃO DAS CAMADAS 
 Contaminante: quando a sutura inclui 
todas as camadas do órgão, desde a 
serosa ate a mucosa, entrando na luz do 
órgão suturado. 
 Não contaminante: quando não há 
comunicação com a luz do órgão, 
incluindo as camadas: sero-serosa, sero-
muscular e sero-submucosa 
 
 5. Segundo os planos podem ser 
 Plano por plano – quando se respeitam os 
planos anatómicos. 
 Em massa – quando a sutura e feita sem o 
respeito dos planos anatómicos 
 
 6. Segundo a visibilidade 
 a) Estéticas 
 b) Ocultas 
SEGUNDO A CONTINUIDADE 
PONTOS SEPARADOS OU 
INTERROMPIDOS 
 Pontos Separados ou interrompidos é quando o fio é passado, 
amarrado e cortado individualmente. A sutura interrompida 
pode ser: 
 a) Simples: É uma sutura coaptante, contaminante ou não, 
dependendo do numero de camadas inclusas. 
 É a mais usada nas unidades de emergência, muito fácil, pode 
ser usada em qualquer lugar, e recomendada a lateralização 
de nós evitando deixar sobre a linha de cicatriz. 
 A distância entre a borda e a entrada ou saída do fio deve 
ser a mesma. 
 Deve incluir a derme e epiderme de forma homogênea entre 
os lados. 
PONTO SIMPLES 
 No ponto simples, a derme deve ser transposta pela agulha em sua totalidade. A 
agulha penetra a pele à 90º e, na outra derme em sua totalidade, sai através 
da pele. A distância entre a entrada da agulha e a incisão em uma borda e a 
saída na outra deve ser a mesma. 
 Indicada principalmente para pele, redução dos espaços mortos, fechamento da 
cavidade abdominal e vísceras ocas. 
 
EM “U” VERTICAL OU DE DONATTI: 
 É uma sutura eversante ou evaginante, emboraatravesse 
todas as camadas da estrutura envolvida, não é indicada 
para a sutura de órgãos ocos, dessa forma não pode ser 
classificada como contaminante ou não, indicada 
principalmente para pele. 
 
EM “U” HORIZONTAL OU GILLIES: 
 É uma sutura eversante ou evaginante, contaminante, quando aplicada 
em vísceras, indicada principalmente para pele, entero-anastomose, 
término-terminal. A sutura em U horizontal, ou ponto de Gillies, a agulha 
penetra a pele de forma intradérmica na fase inicial, em uma das 
bordas. 
 
SUTURA EM “X” OU DE SULTAN: 
 É uma sutura coaptante, atravessa as camadas das estruturas 
envolvidas. Não e indicada para órgãos ocos, dessa forma não pode 
ser classificada como sutura contaminante ou não, indicada 
principalmente para o fechamento da cavidade abdominal. 
SUTURA EM JAQUETÃO: 
 É uma sutura em sobreposição, atravessa todas as amadas de 
estruturas envolvidas, no entanto, não e indicada para órgãos ocos, 
dessa forma não pode ser classificada como contaminante ou não. 
Indicada para redução de hérnias abdominais 
SUTURA DE LEMBERT INTERROMPIDA 
 É uma sutura invaginante, não contaminante, podendo incluir as 
camadas sero-musculares ou sero-submucosa. Indicada para 
sutura de órgãos ocos, principalmente a sutura de segunda 
camada (útero, estómago). 
SUTURA DE MAYO: 
 Sobreposição; atravessa todas as camadas das estruturas 
envolvidas, no entanto, não é indicada para órgãos ocos, dessa 
forma não pode ser classificada como sutura contaminante ou 
não; indicada principalmente para redução de hérnias 
SUTURA DE HALSTED: 
 É invaginante, não contaminante, podendo, podendo incluir as 
camadas sero-musculares ou sero-submucosa. E semelhante à 
Lembert, porém, é dupla. Suas indicações são as mesmas que a 
anterior. 
SUTURA DE GELY: 
 Evaginante ou eversante, porém, se não for devidamente 
apertada poderá apresentar aspecto de coaptação. Não 
pode ser classificada como contaminante ou não mesmo 
envolvendo todas as camadas das estruturas, não é indicada 
para órgãos ocos. 
 
SUTURA DE GAMBEE: 
 Sutura coaptante, contaminante, pois atravessa todas as 
camadas das estruturas envolvidas e é indicada para órgãos 
ocos como o intestino. 
SUTURA DE CRUSHING: 
 Coaptante, contaminante, sua confecção e semelhante à simples 
separada, incluindo todas as camadas da estrutura envolvida, 
porém e atada com mais força, esgaçando as camadas 
serosas, musculares e mucosas, permanecendo a sutura ao nível 
da submucosa, é indicada principalmente para sutura do 
intestino. 
SUTURA DE SWIFT 
 É uma sutura coaptante, contaminante, 
sua confecção e semelhante à simples 
separada, incluindo todas as camadas 
da estrutura envolvida, porem, se 
inicia a sutura internamente ao mesmo, 
ficando os nos voltados para o lúmen, 
é uma sutura basicamente utilizada 
para o esôfago, porem, tem sido 
gradativamente substituída por outras 
opções 
 
SUTURA DE RELAXAMENTO: 
 É uma sutura coaptante, embora inclua todas as camadas da 
estrutura, não pode ser considerada contaminante, uma vez 
que não é indicada para órgãos ocos; sua indicação é 
principalmente para auxiliar no fechamento da cavidade 
abdominal. 
 Quando destinada para esse fim, permanecerá sob tensão, 
para que haja relaxamento na linha de sutura principal. 
SUTURA CAPTONADA: 
 É uma eversante o evaginante, pode ser 
contaminante ou não, dependendo das 
estruturas envolvidas. 
 É o tipo de sutura aplicada a diversos 
modelos de confecção, principalmente aos 
duplos como Wolf ou Donatti, pois se 
acrescenta um protector para evitar o 
esgarçamento do órgão, por excesso de 
tensão do fio de sutura sobre o mesmo. 
Indicada para sutura sob tensão a 
redução de prolapso vaginal. 
SUTURA EM “8” 
 E uma sutura coaptante; atravessa 
todas as camadas das estruturas 
envolvidas, porem, não e 
considerada contaminante, pois não 
e indicada para sutura de órgãos 
ocos; sua confecção simula a figura 
de um número oito (8) numa visão 
lateral. Indicada para fechamento 
provisório da camada abdominal 
onde inclui todas as camadas do 
abdómen. 
 
PONTO DE SMEAD-JONES OU 
SUTURA “LONGE-PERTO, PERTO-LONGE”. 
 Sutura coaptante, embora atravessem todas as camadas da estrutura 
envolvida, não pode ser considerada contaminante, pois não e 
indicada para órgãos ocos. 
 Indicada principalmente para estruturas sob tensão, como muco-
periósteo e pele. 
 Início da sutura não difere do ponto simples; após isso, antes do nó, o 
fio retorna à borda inicial em plano superficial e à frente do anterior. 
 
SUTURAS CONTÍNUAS 
 Possuem um nó inicial, o fio não e cortado, estendendo-se do 
ponto de origem após várias passagens pelos tecidos, onde o 
fio e cortado após o nó final. 
 
SUTURA SIMPLES CONTINUA 
OU DE KURCHNER 
 Coaptante, contaminante ou não, dependendo da estrutura 
envolvida, indicada para alguns casos de fechamento de 
cavidade abdominal, aproximação de fáscia muscular, desde 
que não esteja sob tensão ou ainda em entero-anastomoses 
SUTURA FESTONADA, REVERDIN 
OU ANCORADA DE FORD. 
 Coaptante, embora inclua todas as camadas da estrutura 
envolvida, não pode ser considerada contaminante, pois não é 
indicada para estruturas ocas, possui um padrão semelhante 
ao simples contínuo, indicada para alguns casos de fechamento 
da cavidade abdominal, aproximação da fáscia muscular e 
pode ser sutura hemostática. 
SUTURA EM “U” CONTÍNUO 
OU DE COLCHOEIRO 
 Eversante ou evaginante, atravessa todas as camadas da 
estrutura envolvida, porem, não é considerada contaminante. 
Indicada para síntese de uma das camadas musculares. 
 
SUTURA DE LEMBERT 
CONTÍNUA 
 Invaginante ou inversante, não contaminante, inclui as camadas 
sero-muscular e sero-submucosa. Indicada para fechamento de 
órgãos ocos, principalmente como a segunda camada (útero, 
estômago). 
 
SUTURA INTRADÉRMICA 
 Coaptante, não pode ser classificada como contaminante ou 
não. Indicada para sutura da pele. 
SUTURA ZIGUE-ZAGUE 
 Coaptante, não avaliada quanto à contaminação, devido a sua 
aplicação. Indicada para redução de espaço morto 
subcutâneo. 
 
SUTURA DE CUSHING OU 
D’APPOLITO 
 Invaginante ou inversante, não contaminante, pois possui 
apenas camada sero-serosa, sero-muscular ou sero-submucosa. 
Indicada principalmente para suturas de segunda camada em 
órgãos ocos 
SUTURA DE CONNELL 
 Invaginante ou inversante, contaminante, pois atravessa todas 
as camadas de estrutura envolvida. Indicada para órgãos 
ocos, como primeira camada da sutura. A confecção e 
semelhante à Cushing. 
 
SUTURA EM BOLSA DE TABACO 
OU BOLSA DE FUMO 
 Invaginante ou inversante, contaminante, 
pois atravessa todas as camadas da 
estrutura envolvida. 
 Pode ser realizada em duas linhas, onde a 
primeira é contaminante e a segunda não 
contaminante. 
 É indicada principalmente para 
obliteração do fluxo alimentar a nível 
intestinal, na opção de uma nova via de 
transito do bolo alimentar. 
 
SUTURA DE SCHMIEDEN OU DE 
BELL 
 Coaptante, contaminante. Indicada como primeira camada 
para sutura de órgãos ocos como útero e estômago. 
 
PONTO CHINÊS 
 
 É usada para fixar drenos e tubo intracavitários 
 
FIOS DE SUTURA OU 
CIRÚRGICOS 
 É uma porção de material sintético ou derivado de fibras 
vegetais ou estruturas orgânicas, flexível, de secção circular e 
com diâmetro muito reduzido em relação ao seu comprimento. 
 
 
MATERIAL DO FIO 
 Os fios de sutura são classificados considerando sua 
degradação pelo organismo (absorvíveis ou inabsorvíveis), 
sua origem (orgânicos, sintéticos, mistos ou minerais) e à 
quantidade de seus filamentos (multifilamentadosou 
monofilamentados). 
 
 
 
CARACTERÍSTICAS FÍSICAS DE 
MANUSEIO E REAÇÃO TECIDUAL 
 Configuração física: 
 refere-se a composição dos fios quanto aos seus filamentos. 
 Pode ser: 
 
 Monofilamentar: único filamento; 
 Multifilamentar: possui várias fibras trançadas ou 
intercaladas, compondo um único fio. 
 
CARACTERÍSTICAS FÍSICAS 
 Capilaridade: refere-se a capacidade de captar e absorver 
líquidos ao longo do fio. Os fios multifilamentares apresentam 
maior superfície e maior capilaridade. Portanto podem 
apresentar maior aderência microbiana em relação aos 
monofilamentares. 
 
 Diâmetro: é determinado em milímetros e expresso em 
tamanhos com zeros. Quanto menor o diâmetro maior o número 
de zeros 
CARACTERÍSTICAS FÍSICAS 
 Força de tensão: é a quantidade de peso necessário para 
ruptura do fio cirúrgico. A força tênsil varia de acordo com a 
composição do fio cirúrgico. 
 Força do nó: é a força necessária para realizar um certo tipo 
de nó, desliza parcialmente ou completamente. Os fios 
multifilamentares apresentam maior coeficiente de atrito do 
que os monofilamentares, permitindo assim uma fixação mais 
segura do nó, enquanto os monofilamentares apresentam 
deslize do nó, mas a fixação é menos segura, necessitando 
reforçar com nós duplos 
CARACTERÍSTICAS FÍSICAS 
 Elasticidade: é a capacidade inerente do fio de recuperar a 
forma e o comprimento original depois de um estiramento. A 
elasticidade contribui para diminuir a possibilidade de romper 
as bordas de uma incisão cirúrgica e favorecer uma estenose 
em cirurgia vascular. 
 Manuseio: relacionado com a rigidez, ou seja, quão facilmente 
ele pode ser dobrado quanto com o coeficiente de fricção, ou 
seja, quão facilmente o fio desliza através do tecido e dá o nó. 
Um fio cirúrgico com alto coeficiente de fricção, desliza com 
facilidade através dos tecidos. É mais fácil de dar o nó. Certos 
fios são encapados para diminuir o coeficiente de fricção, mas 
não devem ser muito baixo, porque os nós podem se desfazer 
facilmente. 
 
CLASSIFICAÇÃO DOS FIOS 
CIRÚRGICOS 
 Fios absorvíveis: são fagocitados, degradados e assimilados 
pelos tecidos em que são implantados. Os de origem animal 
são fagocitados por meio de atividade enzimática, durante o 
processo de cicatrização. Os de origem sintética são 
hidrolisados quando da reação de molécula de água dos 
líquidos corporais, que são degradados e assimilados pelos 
tecidos em cicatrização. São divididos em dois grupos: 
sintéticos e biológicos. 
 
FIOS CIRÚRGICOS BIOLÓGICOS 
 São conhecidos como CATEGUTE ( origem animal intestino do 
gato), actualmente obtido da submucosa de ovinos ou serosa 
de bovinos. 
 Conforme o tempo de absorção podem ser simples ou 
cromados. 
 Os simples apresentam absorção mais rápida em torno de 8 
dias e os cromados mais lenta, 20 dias. São indicados em 
tecidos com cicatrização mais demorada (intestino, útero...). 
 
FIOS ABSORVÍVEIS 
SINTÉTICOS 
 Ácido poliglicólico: fio multifilamentar com grande 
maleabilidade e tem sido usado em larga escala em 
substituição aos absorvíveis de ação lenta e os inabsorvíveis. 
 Material sintético . De fácil manuseio, forte, flexível, usado nas 
anastomoses gastrointestinais, cirurgias gerais, urológicas e 
ginecológicas (VICRIY). 
 
POLÍMEROS SINTÉTICOS 
MONOFILAMENTARES MAIS RECENTES 
 Fios compostos por polímeros poliglecaprone e polidoxanona. 
São monofilamentares, maleáveis e mantém a resistência de 
tensão por um período mais prolongado. Indicados em idosos, 
pacientes oncológicos e apoio prolongado da ferida. 
NÓS CIRÚRGICOS 
 Os nós cirúrgicos têm extrema importância durante o ato cirúrgico para 
hemostasia e síntese. Eles podem ser feitos manualmente, com o auxílio 
de um porta-agulhas ou serem usados ambos, com o primeiro semi-nó 
realizado com o porta-agulhas e o segundo com as mãos. 
 O nó bem-executado exige atenção aos seguintes itens: 
a. Não deve ser cruzado, sob risco de rompimento; 
b. O primeiro nó não deve estar frouxo; 
c. Deve-se empregar forças iguais em ambos os braços do fio, sem 
deslocar o nó; 
d. Os dedos indicadores acompanham o laço do nó, dirigindo-o e fixando-
o no local apropriado e com tensão apropriada; 
e. Na execução do segundo nó, evita-se a tracção do primeiro já 
executado, pois qualquer tracção mais intensa removerá o primeiro nó; 
 
NÓS CIRÚRGICOS 
 A quantidade de pontos necessária para uma sutura 
adequada depende do local anatómico e sua função e 
do calibre e tipo de fio empregado. 
 O essencial é que se estabeleça os três objectivos 
básicos da sutura (aproximação, recobrimento e 
hemostasia) quanto for necessário. O mesmo deve 
estabelecer o tempo de retirada dos pontos (quando 
necessário). 
 Quanto antes à retirada do fio de sutura, desde que 
observado o tempo para cicatrização do tecido, melhor 
o resultado estético e menor a reacção tecidual. 
PARTES COMPONENTES DE UM NÓ 
CIRÚRGICO 
 •Deslizamento do fio 
 •Numero de semi-nós 
 •Estabilidade 
 •Com a finalidade de promover a necessária segurança do nó 
 ESTRUTURA BÁSICA DO NÓ 
 •Primeiro semi-nó- contenção 
 •Segundo semi-nó- fixação 
 •Terceiro semi-nó- segurança 
 
PRINCÍPIOS GERIAS: 
 1.Deve ser firme 
 2.Menor volume possível 
 3. A fricção entre extremidades do fio deve ser evitada 
 4.Após o 1seminoénecessário manter tracção numa das extremidades do fio para evitar perda da 
lacada 
 5.Semi-nós mais que necessários o adicionam volume ao no, não aumentando a resistência. 
 6.Devem se empregar forcas iguais em ambos os braços do fio, sem deslocar o no 
 7.Os dedos indicadores acompanham o laco do no, dirigindo o e fixando-o no local apropriado e 
com forca adequada 
 8.Na execução do 2º no, evita–se a tracção do primeiro já executado, pois, obviamente, qualquer 
tracção mais intensa removera o primeiro no, principalmente se ocorrer na laqueação de um vaso 
sanguíneo 
 9.O numero de nos variara de acordo com os tipos de fios empregados e com os tipos de tecidos, 
os fios finos e monofilamentares, exigem a exigem a execução de mais de três nos. 
 
LEIS DOS NÓS (LEIS DE LIVINGSTON) 
 1ª Lei - Movimentos iguais de mãos 
opostas executam um nó perfeito. 
 
 2ª Lei - A ponta do fio que muda de 
lado após a execução do primeiro 
semi-nó deve voltar ao lado inicial 
para realizar o outro semi-nó. 
 
TIPOS 
 1.1 - Nó quadrado 
 O nó normalmente é laçado com o 
porta-agulha, sempre paralelo ao 
ferimento e os movimentos no sentido 
perpendicular a ferida cirúrgica, 
usado para ligadura vascular. 
 Exercendo uma tensão uniforme nas 
extremidades da sutura, 
assegurando que o no acabe como 
um quadrado e não como duas 
meias-voltas (resultantes de uma 
tensão desigual nas duas 
extremidades durante a laçada). 
1.2 - NÓ COMUM 
 O seu uso não é muito recomendado, uma vez 
que escorrega e não prende, especialmente 
se a pressão nas extremidades for desigual. 
 Outros nós que tendem a escorregar são 
aqueles que apertam conforme a segunda 
laçada é pressionada, assim como os nós que 
finalizam em uma sutura contínua onde dois 
fios são laçados em um. 
 Para uma boa segurança recomendam-se 
quatro laçadas para fios sintéticos, todas 
quadradas (nó quadrado duplo), ou cinco 
laçadas, duas deslizantes e três quadradas. 
1. 3 - NÓ DE CIRURGIÃO 
 É basicamente igual ao quadrado, excepto que 
a primeira sutura consiste em duas laçadas, 
podendo também ser reforçado pôr nós 
adicionais. É usado quando a primeira laçada 
do nó quadrado não puder ser fixa em posição 
devido à tensão excessiva da borda do 
ferimento, usado na maioria dos procedimentos 
e suturas. 
 a) Técnica do nó com as duas mãosb) Técnica do nó com uma mão 
 c) Nós com Porta-agulhas 
 A maioria dos nós é realizada com o porta-
agulhas. O seu uso é recomendado devido a 
sua adaptabilidade e são económicos quando 
comparados com os nós feitos com as duas 
mãos. Pode-se usar pedaços curtos de material 
e mesmo assim obter uma sutura firme. 
 
TEMPOS 
 I. É feito um laço com a 
parte longa do fio, na ponta 
do instrumento, posicionando 
ao lado da incisão 
 II. A extremidade curta 
é presa pelo porta-agulhas e 
puxado por dentro do laço 
fixando o nó de modo seguro 
- ver o sentido do nó 
 
TEMPOS 
 III. A tracção deve 
ser aplicada no mesmo 
plano do nó, sem 
apertar demais 
 
 
 IV. Dar outra meia 
volta com a parte longa 
do fio ao redor do 
instrumento, mas em 
direcção oposta. 
TEMPOS 
 V. Prende-se a parte curta do fio fazendo-o passar 
através do laço 
 Nota: o nó de cirurgião é feito da mesma maneira, excepto 
que se deve dar duas voltas ao redor do porta-agulhas, na 
primeira parte. 
1 
2 3 4 
12 11 10 9 
7 6 5 8 
13 14 15 
Passos para a confecção de nos com Instrumental 
NÓS MANUAIS 
 Princípios básicos para nós manuais 
 •O fio deve ter de 30 a 40 cm de comprimento e 
ter duas extremidades de tamanhos iguais; 
 •Alguns nós são atados com uma mão enquanto a 
outra mão mantém o fio traccionado; 
 •Um nó de sutura consiste em nó de cirurgião (nó 
duplo), que e feito ao amarrar dois nós simples 
(no plano) 
 
PASSOS PARA CONFECÇÃO DE NÓS MANUAIS 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
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 7.SIMÃO, Manuel Rodrigues; Técnicas Cirúrgicas básicas: Feridas Agudas; Direcção Nacional de Cirurgia; 
Numero 2; Ministério da Saúde; Maputo; Dezembro de 2000; pp. 10 -14. 
 8.VAZ, Fernando; Manual de Cirurgia para Hospitais Rurais; Volume 1; Centro de Documentação do 
Instituto Superior de Ciências de Saúde; 3ª ed.; 2016 pp. 125 – 141.

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