Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Resumo do livro “O primo Basílio” – Eça de Queirós O narrador inicialmente apresenta uma típica família burguesa de Lisboa. Em um domingo, após o almoço, o casal Jorge e Luísa está na sala de jantar lendo. O marido fecha o volume e fica pensando, muito aborrecido, sobre sua viagem de trabalho à região do Alentejo: “Era a primeira vez que se separava de Luísa.” Logo depois, o autor descreve como se dera o casamento de ambos. A esposa, folheando um jornal, lê a notícia da chegada de seu primo Basílio a Lisboa. A viagem de Jorge para o interior, deixando Luísa só e entediada, e a chegada de Basílio, o primo que fora seu primeiro amor e que a abandonara, constituem o clima propício ao adultério. Basílio, que no passado fora para o Brasil, arruinado, retoma a Lisboa não apenas enriquecido, mas esnobe e prepotente. Reencontrando a prima, passa a cortejá-la, a fim de ter com ela uma aventura inconsequente, com a qual pudesse diminuir o tédio de sua permanência na cidade, onde teria de ficar por algum tempo. Luísa, por sua vez, deixa-se levar pelas conversas do primo sobre as seduções da vida aventureira. Após uma ida ao campo, Basílio resolve alugar um lugar para que eles possam estar mais à vontade, e longe da maledicência dos vizinhos. A ideia de um “ninho de amor”, tal qual aparecia nos romances que lia, deixa Luísa extremamente excitada. Já se imaginava em um lugar ricamente decorado, sofisticado e sensual – nem mesmo o endereço que sinalizava uma região pobre da cidade lhe tirava da imaginação o seu Paraíso. Ao chegar, a decepção arrebata-a. Para compensar a decepção do lugar, Basílio seduz Luísa com novos e excitantes carinhos, fazendo-a esquecer-se da “pocilga” em que se encontravam. Com o passar dos dias e das novidades dos primeiros encontros, Basílio vai se tomando cada vez mais rude e grosseiro com a amante, fazendo-a compará-lo com o tão delicado e atencioso marido. Certo dia, ela se atrasa e quando consegue chegar ao Paraíso não encontra mais o amante. Irritada, chega em casa e, ao encontrá-la ainda em desordem, desconta toda sua ira na empregada juliana. Ofendida, esta revela que tinha em seu poder uma carta escrita pela patroa ao amante. Ouvindo os conselhos de seu amigo Reinaldo, Basílio deixa Lisboa subitamente, depois que Luísa, ofendida, recusa sua ajuda financeira para calar a empregada. Sem outra opção, Luísa começa a fazer o serviço doméstico e dar presentes à Juliana, que se comporta como dona da casa. Mas, com o retorno de Jorge, a situação complica-se: A situação toma-se cada vez mais humilhante e perigosa para Luísa, que, desesperada, recorre ao amigo da família, Sebastião. Este, com a ajuda de um policial, intimida e consegue reaver as cartas, alegando que chantagem é crime e que ela poderia ir parar na cadeia. Em um acesso de cólera, Juliana, que tinha problemas cardíacos, morre, atingida por um colapso nervoso. Diante de toda a tensão sofrida, Luísa acaba por apresentar uma “febre nervosa”. Durante esse período chega uma carta de Basílio para a prima. Jorge, depois de muito hesitar, resolve abri-la e descobre o adultério da esposa. Quando Luísa melhora, Jorge mostra-lhe a carta e exige explicações. Luísa tem uma recaída: volta-lhe a febre cerebral, de maneira mais intensa e fatal. Jorge, ao pé da cama, desesperado, assegura-lhe que a perdoaria, que não se falaria mais sobre o caso. Mas Luísa morre. A última cena do romance revela-se a maior e mais fina ironia da obra: Basílio retorna a Lisboa e, ao procurar Luísa em sua casa, descobre que ela morreu. O fato lhe desperta apenas um silêncio resignado e o seguinte comentário a seu amigo Reinaldo (quando este observa que o amigo ficaria sem mulher em sua estada em Lisboa):
Compartilhar