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Cistos, Dermatofibroma e Lipoma

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PONTOS PRINCIPAIS 
 Anestesia para exérese: Lidocaína 2% + 
vasoconstritor. Injetar entre a derme e a 
cápsula do cisto para ocorrer 
hidrodescolamento, facilitando a exérese. Não 
injetar o anestésico no interior da lesão, para 
evitar ruptura precoce da cápsula. 
 Cistos são dermatoses frequentes de etiologia 
idiopática. 
CISTO EPIDÉRMICO 
São cistos cutâneos mais comuns em adultos e raros na 
infância. Resultam da oclusão do folículo pilossebáceo, 
ou à implantação por traumatismo, ou ainda a partir de 
células desprendidas ao longo das fendas embrionárias. 
São nódulos móveis, de consistência não endurecida, 
com contornos bem definidos e podem ter um orifício, 
geralmente central, preenchido por um tampão escuro. 
Drenam pelo orifício um material esbranquiçado com 
odor característico de “gordura rançosa”. O conteúdo 
do cisto é formado por queratina. 
 
Lúpia: Cisto epidérmico de ocorrência tardia e com 
localização específica na bolsa escrotal ou nos grandes 
lábios. Pode ser único ou múltiplo e pode se calcificar. 
Cisto de inclusão ou traumáticos: Nódulos duros, 
indolores, localizados preferencialmente nas palmas e 
plantas e nádegas. 
 
 
TRATAMENTO CIRÚRGICO 
Marsupialização: 
 Anestesia intradérmica com lidocaína 2%, 
preferencialmente com vasoconstritor, injetada 
entre a derme e a cápsula do cisto para que já 
ocorra hidrodescolamento. 
 Não injetar anestésico no interior da lesão para 
evitar ruptura precoce da cápsula. 
 A seguir, realizar pequena incisão com bisturi 
para romper a cápsula, seguida de expressão 
lateral para eliminação do conteúdo do cisto e, 
se possível, da cápsula. 
 Caso não seja eliminada, a cápsula pode ser 
removida por descolamento com tesoura 
romba delicada e por puxamento com pinça 
hemostática. 
 Se dúvida sobre a total remoção, pincelar ácido 
tricloroacético em solução saturada no interior 
da ferida operatória. 
 Sutura externa é feita com pontos simples 
separados. 
Excisão: 
 Anestesia local intradérmica com lidocaína 2%, 
preferencialmente com vasoconstritor, injetada 
entre a derme e a cápsula do cisto para que já 
ocorra hidrodescolamento. 
 Faz-se uma incisão em elipse incluindo nela o 
óstio do cisto e procurando não romper a 
cápsula. 
 Com uma pinça hemostática, prende-se a elipse 
e, com uma pinça Kelly curva ou com tesoura 
curva de ponta romba, faz-se o descolamento 
do cisto e sua completa remoção. 
 A hemostasia deve ser cautelosa e a sutura 
interna é indispensável para o fechamento do 
espaço morto. 
 A sutura externa é feita com pontos simples 
separados. 
 
 
 
 
TRATAMENTO DOS CISTOS INFLAMADOS E 
INFECTADOS 
Drenagem: 
 Anestesia Infiltrativa por bloqueio de campo no 
tecido normal circundando a lesão, já que, pelo 
processo infeccioso, o método anestésico 
convencional torna-se menos efetivo. 
 Realiza-se uma incisão com bisturi e 
esvaziamento do conteúdo purulento através 
da expressão. 
 Deixar, necessariamente, um dreno de Penrose 
para eliminação do restante da secreção e da 
nova secreção que pode se formar. 
 Não realizar nenhuma sutura, já que a 
cicatrização ocorrerá por segunda interação. 
Quando houver somente processo inflamatório sem a 
presença de infecção, pode ser utilizada a infiltração 
intralesional com triamcinolona, com resultado 
bastante satisfatório. 
CISTO PILAR/TRIQUILEMAL 
Anteriormente denominado de “cisto sebáceo”. É 
menos frequente que o cisto epidérmico e tem como 
conteúdo a queratina. Quando múltiplo, pode ser 
transmitido geneticamente de modo autossômico 
dominante. São nódulos esféricos, bem delimitados e 
móveis, com localização preferencial no couro 
cabeludo. Pode ser único, no entanto, geralmente, é 
múltiplo. 
 
 
O tratamento cirúrgico é realizado através de uma 
incisão linear ou uma elipse, descolando-se com 
tesoura curva de ponta romba e, com leve expressão, o 
cisto é eliminado, geralmente íntegro e sem maiores 
dificuldades, já que não é aderido a planos profundos. 
O cisto triquilemal proliferativo é uma variante que se 
manifesta clinicamente como um nódulo de 
crescimento indolente no couro cabeludo de mulheres 
idosas. Geralmente são benignos, mas já foram 
relatados casos de crescimento agressivo com 
recorrência e metástases. 
 
CISTO DERMOIDE 
Localiza-se nas regiões periorbitária, no terço lateral 
dos supercílios e, mais raramente, no pescoço, região 
pré-esternal e no nariz. É aderido a planos profundos, 
inclusive ao periósteo. A cápsula tem epiderme e pode 
apresentar qualquer uma das estruturas anexiais 
(pelos, glândulas sebáceas ou sudoríparas) e 
caracteriza-se por ser delgada e romper-se facilmente. 
O conteúdo é sebo, queratina e, às vezes, pelos. 
O tratamento é a excisão cirúrgica cuidadosa, já que a 
cápsula pode ser rompida quando manipulada e perder 
as referências de limites cirúrgicos. As recidivas são 
comuns. 
 
DERMATOFIBROMA 
Lesão dermatológica frequente, única ou em pequeno 
número (2 a 5 lesões) e de etiologia indefinida. Trata-se 
de uma pápula dura, geralmente hipercrômica, 
cupuliforme ou plana, medindo até 1-2 cm, aderente à 
epiderme. Está localizada preferencialmente nas pernas 
de adultos, notadamente em mulheres jovens, embora 
possa surgir em qualquer região. 
*Em pacientes imunodeprimidos ou com doenças 
autoimunes, os dermatofibroma podem ser múltiplos 
em grande número. 
O tratamento pode ser feito por exérese cirúrgica, com 
sutura direta ou criocirurgia com nitrogênio líquido. 
 
LIPOMA 
É um tumor mesenquimal mais frequente, de 
localização dermo-hipodérmica. Tem consistência 
amolecida, por ser lobulado ou liso, às vezes mais 
palpável que visível, encapsulado ou não, móvel, 
constituído por adipócitos maduros. Pode ser único ou 
múltiplo e localiza-se mais nos membros e troncos. 
 Lipomatose: Tumores múltiplos ou mesmo 
volumosos, que, em geral, tem caráter familiar. 
 Lipomatose Assimétrica: É mais 
comum e não tem significado clínico 
além do aspecto estético. 
 Lipomatose Simétrica (Doença de 
Madelung/Doença de Launois-
Bensaude): Massas volumosas de 
gordura não encapsuladas localizadas 
no tórax e pescoço de pacientes 
masculinos, não obesos e alcoólatras. 
Pode apresentar aumento de HDL, 
triglicerídeos e ácido úrico, além de 
intolerância glicídica, hipotireoidismo, 
DM, hepatopatias e tumores de vias 
aéreas superiores. 
O tratamento de escolha é a excisão cirúrgica, embora 
lipoaspiração possa ser utilizada. Injeção intralesional 
de desoxicolato de sódio a 1% tem indicação, 
sobretudo nas lipomatoses. 
 
 
O fechamento é feito com pontos simples separados ou 
intradérmicos contínuos.

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