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COACHING O Coaching é muito utilizado por atletas e grandes personalidades, e muitas vezes é confundido com um treinamento. No Coaching não existe treinamento, existe troca de informações, intercâmbio de ideias, parcerias e diálogos. Não existe ninguém ditando o que é o certo e como fazer, quem tira suas próprias conclusões sãos os próprios clientes. O Coach utiliza ferramentas para questionar e provocar a reflexão, levando o Coachee a chegar aos seus próprios resultados. Muito diferente de um adestramento convencional, o Coaching liberta e contribui para o crescimento pessoal e profissional de todos os envolvidos. Organização deriva de organismo, então, toda empresa e instituição é um organismo vivo, onde cada setor (órgão) tem sua função específica. E para que tudo funcione perfeitamente os setores devem estar bem equilibrados. Só que muitas vezes não é bem assim que ocorre. A carga de trabalho afeta o relacionamento interpessoal, além dos níveis de absenteísmo que contribuem para o mau funcionamento da Organização. O Coaching tem como um de seus princípios flexibilizar as relações e tornar a convivência harmoniosa, desobstruindo as zonas de tensão. Treinar não resolve nenhum dos problemas citados, ao contrário, contribui com a elevação dos níveis de trabalho, acumulo de informação e estresse. Coaching é a solução correta para o bom funcionamento nas organizações! Coaching X Terapia A principal função das terapias é curar doenças existentes nas pessoas, sejam as doenças de que natureza for. O foco da terapia é a cura, diferentemente do Coaching que tem por foco a prevenção de quaisquer doenças, visando o equilíbrio e bem estar dos indivíduos. Apesar do Coaching utilizar conhecimentos de outras áreas como a neurociência e psicologia, não significa que o Coaching seja uma terapia. O cliente que procura o Coaching como forma de cura deve entender que procurar um profissional na área de saúde é o mais indicado. É preciso desmistificar que nem todos que procuram o Coaching estão com problemas. Muitos dos clientes que participam do Coaching apresentam excelentes resultados e se desempenham bem em suas tarefas, e utilizam o Coaching como uma ferramenta para potencializar suas conquistas. Coaching X Consultoria? O Consultor é alguém que possui um notório saber e conhecimento técnico em sua área. Quem procura um consultor está procurando um parecer, uma opinião, ou até mesmo uma análise sobre determinada situação. Na grande maioria, os consultores aliam o conhecimento teórico com a larga experiência prática, podendo dar soluções mais precisas. Contudo, é necessário esclarecer que o Coaching não é consultoria. O Coach geralmente tem larga experiência em sua área e formação complementar, com cursos que o habilita a trabalhar com Coaching. Vamos citar como exemplo o Coaching Executivo: o Coach é um executivo com formação em Coaching, e o cliente é também um executivo que está procurando os serviços para melhorar seu desempenho. Ambos têm larga experiência em suas áreas, mas é preciso que o Coach entenda as vivências cotidianas de seu cliente, para poder conduzir da melhor forma possível todas as tarefas. Coaching: preocupa-se com a conscientização dos clientes por meio de parcerias voltadas para a realização de metas e objetivos, a curto e médio prazo. Lida diretamente com a realização entre metas e objetivos. Quando um cliente quer realizar uma meta ele estabelece um roteiro e será ajudado pelo Coach na realização dessas metas. Contudo, nem sempre as coisas correm conforme o planejado. Tanto a palavra meta quanto a palavra objetivo são sinônimas uma da outra, e exprimem o sentido de aonde se quer chegar. Imaginemos a seguinte cena: Um chefe de família acorda bem cedo, toma banho, café da manhã, acorda os filhos, dá um beijo na esposa e empolgado informa que eles viajarão a lazer. A alegria é geral e todos se envolvem com a ideia e começam a fazer as malas e organizar o necessário. Tudo pronto! É hora de guardar as malas no carro, e em seguida, todos entram no veículo. O pai fica parado por dois minutos, de repente faz a seguinte pergunta: para onde é que nós vamos mesmo? É muito comum isso ocorrer no Coaching. As pessoas se inscrevem no curso, marcam na agenda o dia das sessões, falam para os amigos e parentes, comparecem aos encontros e quando o Coach pergunta, quais são suas metas? Muitos parecem não ter certeza e ficam “perdidos”. Qual será o problema? Sabemos que não é fácil ter os objetivos de forma bem definida, mas, enquanto isso não ficar claro não será possível experimentar o progresso no processo de Coaching. Por que muitas pessoas não têm isso de forma bem definida, já que é um dos aspectos centrais do Coaching? Simplesmente, porque os indivíduos acabam vivendo no piloto automático. Esquecendo, de serem líderes de suas vidas, e se deixando liderar como um fantoche por forçar externas. Por isso, o Coaching é um processo de autoconhecimento, descobrimento, introspecção. Para que você possa ser o guia de sua vida, e fazer as escolhas de forma consciente. Habilidades e Competências O Coaching trabalha com as habilidades e competências de cada indivíduo envolvido no processo. É importante esclarecer que não existe um caminho certo a ser seguido, pois sempre são vivências novas e cada participante agrega suas experiências e conhecimentos. Desenvolve outras habilidades e competências no trilhar dessa caminhada: • Capacidade de reflexão; • Convicção; • Estabelecimento de metas; • Cumprimento de prazos; • Habilidade para fazer novas amizades; • Interdisciplinaridade; • Comportamento consciente; • Determinação; • Foco; O desenvolvimento destas habilidades depende do esforço constante do Coachee. O Coach, apenas auxilia nesta caminhada. Metáfora: Imagine uma casa bem velha, suja e empoeirada. Os móveis já estão desgastados, mas ainda são passíveis de uso, e no centro desta casa existe um tapete enorme, encobrindo grande parte do chão. O dono da casa a utiliza apenas duas ou três vezes ao ano, ocasião em que tem oportunidade para limpá-la. Só que ele limpa com pressa, sem dar atenção aos detalhes. Para não perder muito tempo vai colocando toda a poeira acumulada debaixo do tapete. E toda a sujeira é deixada no esquecimento, a casa volta a ser trancada e o silêncio que é o hóspede principal volta a reinar. Agora vamos imaginar uma pessoa que tem muitos pensamentos negativos (sujeira, poeira) e se comporta como bem entender, não se preocupa com a aparência (móveis desgastados), nem em firmar uma relação harmônica com as pessoas a sua volta. Convencido, ele procura o Coaching, com uma forma de melhorar seu relacionamento com as pessoas e deixar os pensamentos negativos de lado. Mas, no decorrer do processo acaba esquecendo seu principal objetivo e age da forma mais conveniente para si (colocando a sujeira debaixo do tapete). Só que muitos dos pensamentos e conceitos do passado, começam a entrar em choque com as novas diretrizes. Se não ocorrer uma mudança na postura como ele encara as coisas ao seu redor, ficará difícil de estabelecer boas convivências. Para isso, o Coach explica a importância da reflexão, e pede para que o Coachee comece a perceber como as coisas ao seu redor se comportam. A partir desta habilidade perceptiva o sujeito poderá adquirir uma nova competência, qual seja, o relacionamento interpessoal para aumentar sua sociabilidade. No caso acima, entende-se que é mais do que necessário fazermos “limpezas internas” periodicamente. Comportamentos individuais e pensamentos nocivos só irão contribuir para o individualismo. Uma das formas de criar novas habilidades e competências é estar disposto a aceitar coisas novas e sempre olhar para as mesmas situações de pontos de vista diferentes. Chegamos a um momento que não podemos mais guardar “nossa poeira”debaixo do tapete, pois vem o vento e sacode tudo para cima, e quando isso ocorrer, como será o resultado? Ninguém quer experimentar uma coisa dessas. É mais fácil colocar a poeira debaixo do tapete do que limpá-la, contudo quanto mais poeira tiver, a limpeza será mais demorada e cansativa. Não deixe a sujeira se acumular dentro de si, adote posturas conscientes, e sempre pense antes de agir. As 5 técnicas de coaching que você pode aplicar Allgumas das técnicas de coaching mais utilizadas, de maneira que se explore-as com qualidade nos projetos profissionais. São elas: 1- A técnica do “e o que mais?” Técnica simples, que envolve toda a capacidade argumentativa do coach em extrair mais dos seus coachees. Por exemplo: um deles está com dificuldade em responder a uma pergunta, e seus argumentos são confusos ou superficiais. Nessas situações, o coach pode intervir e perguntar “e o que mais?”. Assim, ele estimula o coachee a elaborar mais a sua resposta, deixando-a mais específica e detalhada. Perceba, também, o quanto isso se converte em uma lição singela de autoconhecimento do seu cliente. Com o tempo, ele mesmo pode aplicar essa, que é uma das mais utilizadas técnicas de coaching, para se orientar com precisão rumo aos seus objetivos. 2- Ancoragem: Mais uma popularíssima, entre as técnicas de coaching, que tem como objetivo principal despertar emoções positivas, nos seus clientes, para fazê-los lembrar desses fragmentos de felicidade com mais frequência. Trata-se de uma técnica neurolinguística e que é aplicada por meio da solicitação do coach para que os seus clientes pensem e descrevam uma lembrança significativa para eles. Assim, à medida que a pessoa contribuir com a sua experiência, ela tende a ficar mais relaxada. Como resultado disso, ela também fica mais receptível. E, aí, é hora de ancorar um gesto qualquer — como um aperto de mãos — para que essa atitude remeta à lembrança e reforce essa sensação positiva gerada. Percebe-se o quanto isso pode ser importante, caso o coachee tenha pânico de interagir em eventos corporativos e queira trabalhar esse aspecto. Ao realizar o networking, ele pode usar a ancoragem para despertar essas lembranças e, por meio de um gesto que ele vai repetir à exaustão, nesse local, o corpo e a mente dessa pessoa vão trabalhar em sinergia positiva. 3- Patrocínio positivo: Importante técnica de reforço, o patrocínio positivo visa a estimulação de atitudes favoráveis do coachee. Por exemplo: uma espécie de gratificação é concedida a cada conquista da pessoa. Algo similar ao sistema de metas e recompensas de uma empresa. Pode ser um elogio, atitudes que representem a sua satisfação e outras https://febracis.com/coaching-x-mentoring/ propostas que ajudem a recompensar a pessoa, e fazê-la sentir-se ainda melhor com a sua evolução. 4- Ensaio mental: Uma das técnicas de coaching mais envolventes, ela consiste em fazer com que o coachee análise alguma situação em que ele deseje mudar, como se fosse um filme. Com isso, ele apresentaria as soluções que o protagonista desse filme poderia fazer para mudar o cenário negativo. Em seguida, o coach pede que ele faça uma nova projeção mental para imaginar a mesma situação, mas com os problemas resolvidos. Isso ajuda a fortalecer a ideia de que é possível, sim, alcançar os objetivos que o próprio coachee acredita ser impossível. Convém, após o exercício, perguntar como ele se sentiu visualizando as metas atingidas. 5- Conquista de confiança: consiste em uma das mais fáceis — mas de profunda relevância: a confiança do coachee. Em primeiro lugar, isso importa para que os coachees não se sintam intimidados. Muitas vezes, eles estão em busca de resoluções para problemas até então impossíveis de serem resolvidos. Por isso, o papel do coach é inspirador e também agregador no sentido de se aproximar e mostrar que entende os desafios e as dificuldades que ele enfrenta. Além disso, essa técnica envolve muitos outros fatores, como: – Ajustar a respiração para que ela se alinhe ao ritmo de cada cliente; – O mesmo vale para a postura corporal e o tom de voz, que ajudam a gerar identificação; – Faça uso contínuo da empatia para se colocar no lugar do seu cliente; – Respeitar as limitações impostas pelo cliente, mas ajudando-o a dissolvê-las; – Ouça mais, deixe-o se abrir e expor as suas questões. Isso tudo ajuda no processo de identificação e do fortalecimento no relacionamento. Só que nem só de técnicas de coaching vive um profissional do ramo. Hoje em dia, ele também tem as suas responsabilidades compartilhadas com ferramentas indispensáveis para a condução do seu trabalho — como veremos algumas delas a seguir. Coaching como Filosofia de Vida Sócrates foi um filósofo ateniense que teve como preocupação as questões inerentes ao homem, desenvolveu um método de investigação chamado de maiêutica- método socrático que consiste na multiplicação de perguntas, induzindo o interlocutor na descoberta de suas próprias verdades e na conceituação geral de um objeto - onde se utiliza de perguntas simples para encontrar contradições na forma de pensar dos alunos. Um dos grandes aspectos da maiêutica é a investigação, fazendo o aluno refletir, procurar respostas. O Coaching incorporou estes conceitos da filosofia socrática em seu método, experimentando grandes avanços nas formas como são abordadas as questões. Então, o https://febracis.com/ferramentas-de-coaching/ Coach provoca o Coachee a sempre investigar o que realmente está impedindo-o de realizar seus objetivos. As respostas deverão ser dadas pelo Coachee que sempre informará o progresso experimentado para que novas metas sejam traçadas. Este método é tão eficaz que o Coaching acabou englobando várias áreas, como negócios, vida (life Coaching), comportamento social, psicologia, neurociência, mundo corporativo, esporte etc. Se aplicado da forma correta é possível experimentar grandes avanços em todas as áreas da vida, por isso que o Coaching é uma filosofia de vida. A liderança é uma das capacidades que mais estão em foco hoje em dia. Ser líder não é para qualquer um, existem pessoas que defendem que a liderança é um dom natural. Outros acreditam que com um bom treinamento e perseverança é possível tornar qualquer pessoa em um líder. Para James C. Hunter autor do livro O Monge e o Executivo “é a habilidade de influenciar pessoas para trabalharem entusiasticamente visando atingir aos objetivos identificados como sendo para o bem comum”. As empresas e instituições estão querendo cada vez mais profissionais com o perfil do líder Coach, pessoas preocupadas com questões mundiais e com visão do futuro que possam gerenciar uma equipe e reconhecer o potencial dela. O líder Coach cria as condições necessárias para o pleno desenvolvimento de seus liderados, sendo o feedback um grande instrumento nesta parceria. Diferentemente de outros tipos de liderança que só delegam funções e atribuições, o líder Coach acompanha o progresso dos trabalhos realizados e se preocupa com o desenvolvimento e bem estar de sua equipe. Entendendo as empresas como organismos vivos, o papel do líder Coach se faz primordial, pois ele será o responsável por conduzir os trabalhos e aliviar as zonas de tensão. Muitas empresas já estão cientes da importância do líder Coach, investindo na capacitação de seus profissionais. MENTORIA/MENTORING Em português, é definido no Dicionário Priberam da Língua Portuguesa como “relação entre o mentor e a pessoa guiada ou aconselhada por ele”. A palavra é originária do grego, referindo-se à figura de Mentor, amigo e conselheiro de Ulisses na Odisseia de Homero. Desde então, mentor passou a ser sinónimo de alguém que compartilha a sua sabedoria, experiência e rede de contatos com alguém com menor experiência. Mentoring é uma espécie de tutoria onde um profissional mais velho e mais experienteorienta e compartilha com profissionais mais jovens, que estão iniciando no mercado de trabalho ou numa empresa, experiências e conhecimentos no sentido de dar-lhes orientações e conselhos para o desenvolvimento de suas carreiras. Embora também possam ter um viés mais pessoal, esses ensinamentos vão ser focados na vida profissiona http://www.ibccoaching.com.br/portal/coaching-carreira/coaching-para-obter-sucesso-na-carreira-profissional/ do mentorado, ajudando-o com as principais dificuldades e barreiras que possam estar atrapalhando o seu sucesso. Isso faz com que essa metodologia seja aplicada principalmente em casos mais específicos, diferenciando-se do Coaching que tem uma abordagem mais ampla e abrangente. Outra diferença que chama atenção entre as metodologias de coaching e mentoring é o tempo, pois o mentoring não possui qualquer artifício que limite o tempo em que as sessões serão realizadas. Já no coaching, esse número é definido já no primeiro encontro, tendo o período de três a seis meses de duração uma média necessária para quem procura essa abordagem. Quem busca um mentor já sabe o quer fazer da vida, tem um objetivo um pouco mais claro. O mentor é um profissional mais sênior que já trilhou uma carreira parecida com a que você quer trilhar e está lá para te dar o caminho das pedras. Em outras palavras, é alguém com bastante experiência na sua área e que vai compartilhar com você informações sobre a carreira dele. Assim, ao contrário do coach, que ajuda o cliente a chegar às próprias conclusões e encontrar as respostas, o mentor lida com um tipo de situação em que o melhor que tem a fazer é dar conselhos objetivos. Se no programa de coaching você pode esperar falar bastante sobre você e suas experiências, durante o mentoring a ideia é você ouvir o máximo possível do que seu mentor tem para compartilhar. O coach é mais isento e imparcial, e não fala sobre ele mesmo Essas duas modalidades possuem características e qualidades bastante distintas. Por isso, combiná-las muitas vezes é a melhor forma de conseguir os melhores resultados. Um profissional que domine as competências de Coaching e Mentoring terá todas as armas ao seu alcance para conseguir trazer à tona o melhor do cliente/aluno. Segundo Boog (2002, p. 82), mentoring é uma ferramenta altamente motivadora, a qual é mais do que uma simples preparação de bons colaboradores. Tem a preocupação de compartilhar experiências, acelerando e aprimorando os desempenhos. “O mentoring pode ser definido como a participação de uma pessoa experiente (o mentor) para ensinar e preparar outra pessoa (orientado) com menos conhecimento ou familiaridade em determinada área” (CHIAVENATO, 2002, p. 133). Assim, a mentoria é uma ferramenta de desenvolvimento pessoal e profissional que consiste, de uma forma resumida, numa relação de entreajuda entre uma pessoa experiente e outra menos experiente, com o objetivo de promover a evolução desta última. Mentorias existiram desde os tempos medievais no campo das artes e dos ofícios. Os artesãos recebiam jovens aprendizes nas suas oficinas. Os aprendizes aprendiam a arte fazendo, em contexto de trabalho, como acontece, atualmente, em algumas modalidades de Formação Profissional. Hoje em dia, a Mentoria é bastante utilizada no acolhimento e formação de colaboradora(e)s recém chegada(o)s às empresas. Esta estratégia tem-se revelado facilitadora e adequadíssima, em muitos casos, na integração consistente de novos trabalhadores. Pode ser transportada para contextos diversos. É uma estratégia que tem dado frutos no empreendedorismo e negócios, mas também, na educação, na procura de emprego. Em síntese, a mentoria é um acompanhamento personalizado, voluntário e gratuito, resultante de um bom período de acompanhamento, por um(a) mentor(a) para responder às necessidades específicas de uma pessoa: a/o mentorada(o), em função de metas para o desenvolvimento/amadurecimento pessoal e profissional, nomeadamente das suas competências e aprendizagens num determinado contexto.É um apoio despojado de hierárquias e de interesses por uma pessoa em relação à outra na agilização de transferências significativas de conhecimentos, de trabalho ou de pensamento. Formas de Mentorias Mentoria informal, existe entre os intervenientes uma relação espontânea não havendo consciência do processo de Mentoria, verificando-se, no entanto, os benefícios da partilha. A Mentoria formal, refere-se a um processo pre-definido e estruturado, coordenado por uma instituição e orientado para o acompanhamento de pessoas que poderão beneficiar deste tipo de processo. Os programas formais de Mentoria estabelecem objetivos a atingir, horários, formação e avaliação para as/os intervenientes. Mentoria Social: É uma forma de mentoria informal na qual as oportunidades de tutoria acontecem casualmente/espontaneamente, iniciando e terminando rapidamente. Acontecem devido a uma determinada necessidade de aprendizagem de alguém. Também é considerada mentoria social aquela que se desenvolve online através das redes sociais. Mentoria Escolar: É a relação estabelecida entre o mestre e o aprendiz; Mentoria técnica: Acontece em forma de entreajuda entre pares; Mentoria de Empresa: Trata-se do acompanhamento de um colaborador/empregado recém-chegado por um colaborador experiente e de sucesso Mentoria de negócios: o Acompanhamento de empreendedores por especialistas do empreendedorismo e levantamento de startups. Algumas ferramentas de desenvolvimento profissional são cada vez mais utilizadas pelas empresas com o intuito de melhorar o desempenho dos colaboradores e, consequentemente, alcançar melhores resultados. Uma destas práticas é o processo de mentoring, que vem crescendo e tornando-se fundamental para o crescimento dos funcionários. Para a empresa, o mentor é o profissional que possui ampla bagagem prática de conhecimento no campo de atuação em que a empresa está inserida. Sua missão é estabelecer uma relação de parceria com o empresário, auxiliando-o a encontrar as melhores pespectivas, possibilidades, estratégias e soluções, sempre com o objetivo de expandir o potencial do empreendimento. Dissociado emocionalmente dos acontecimentos da empresa, o mentor consegue enxergar com uma visão mais clara e ampla.. Desta forma, contribui significativamente com o crescimento da empresa, pois analisa as situações de maneira mais racional. Independente da fase do empreendimento, seja negócio inicial ou já no mercado, é de extrema importância contar com um mentor para melhoria continua do mesmo. É necessário que haja abertura para ouvir as orientações do mentor, bem como receber seus feedbacks de forma positiva, trabalhando ações pautadas nos dados obtidos com foco no crescimento continuo. Isso é reconhecer que, por mais domínio que tenhamos sobre atividade, sempre haverão oportunidade de melhorias. Para ensino- aprendizagem: O programa de mentoria é uma relação entre duas pessoas, uma mais experiente e outra menos, para desenvolver suas habilidades profissionais e pessoais que pode ser estimulada através do mentoring nas empresas. ´Promove o conhecimento de áreas específicas, através do compartilhamento de informações e conquistar mais resultafos. Um processo que pode aumentar a produtividade, a qualidade do serviço e a satisfação de funcionários e clientes. O mentoring nas empresas deve fazer parte dos planos da organização. Não adianta criar um programa apenas para dizer que seus funcionários têm bons treinamentos e suporte de profissionais mais experientes. É preciso fazer um programa que tenha consistência, atraia a atenção de seus colaboradores e ajude a empresa conquistar seus objetivos. Pode buscar diferentes finalidades. alguns dos principais motivos pra implementar este processo nas empresas. • Parte de acesso à empresa – O mentoring nasempresas pode ajudar novos colaboradores a se sentirem como parte da equipe. Aumento do nível de satisfação, engajamento e comprometimento. • Fortalecer o conhecimento – O processo pode usar um profissional experiente para dividir seu conhecimento com jovens profissionais e aumentar os resultados das empresas. Processo acelerado do aumento desempenho. • Identidade profissional – Quando jovens profissionais começam suas carreiras, eles têm dificuldades para entender como aquele mercado funciona e precisam de ajuda para criar sua identidade profissional. Um profissional mais experiente pode passar alguns valores pessoais para esses jovens funcionários. Importante para ter funcionários alinhados à estrutura da empresa. • Desenvolvimento de carreira – O mentoring nas empresas pode ajudar a planejar, desenvolver e gerenciar carreiras promissoras. Isso faz com que os profissionais fiquem mais flexíveis com as mudanças e aprendam mais de forma autônoma. Aprimora seu capital humano. • Criar novas lideranças – A mentoria pode encorajar os seus funcionários a buscarem mais competências de liderança. Dessa forma, a empresa terá ótimos líderes que aprenderam através de bons exemplos. • Suporte à educação – O mentoring nas empresas pode servir como um suporte para aprender mais sobre a teoria da área de atuação e ajudar a implementar esse conhecimento na prática. O conhecimento formal alinhado à prática auxilia no desenvolvimento de habilidades e competências. • Mudança cultural – Cada empresa tem a sua cultura e suas diretrizes, a mentoria pode ser uma forma de passar os valores, visões e missão das organizações para seus colaboradores. É uma estratégia para transmitir esse conteúdo de forma mais dinâmica, com alta performance • Atendimento ao cliente – O mentoring nas empresas também pode servir para melhorar o suporte ao cliente através do compartilhamento de experiências e atendendo especificamente ás necessidades do cliente • Manter funcionários – Os programas de mentoring nas empresas podem funcionar como um atrativo para novos funcionários qualificados e manter os que já tem, reduzindo substancialmente o turnover. • Estabelecimento de estratégias organizacionais mais assertivas - Alcance de resultados em curto espaço de tempo, através de processo estruturado estrategicamente para o alcance dos objetivos organizacionais. . Benefícios da mentoria nas empresas Existem diversos motivos para implementar o mentoring nas empresas. E esses diferentes motivos podem trazer muitos resultados. São benefícios que surgem tanto no mentor – o profissional experiente que está compartilhando seu conhecimento – como no mentorado – o profissional menos experiente. Entre essas principais vantagens estão: Os benefícios para o mentor: • Renovar seu entusiasmo transformando-o em um profissional de alta performance. • Entender melhor as barreiras encontradas pelos novos funcionários. • Fortalecer suas habilidades em treinamentos, ouvir e planejar. • Desenvolver e praticar habilidades de liderança. • Demonstrar e compartilhar conhecimento. • Ter maior consciência de sua importância na empresa. Os benefícios para o mentorado • Ter uma boa transição para o trabalho da empresa. • Melhor futuro profissional e pessoal. • Ter a capacidade de transmitir os valores e visões da empresa para suas ações. • Oportunidade de aplicar seu conhecimento teórico na prática. • Conquistar mais oportunidades na carreira. • Desenvolver novas e diferentes perspectivas. • Ter ajuda com suas ideias. • Demonstrar seu potencial. • Criar relações profissionais e expor mais do seu trabalho.. A organização pode apoiar-se nos serviços da mentoria sempre e em qualquer momento. Entre as situações habitualmente mais procuradas, estão: • Adaptação de novos colaboradores. • Preparação de futuros líderes. • Ascensão e sucessão de funções. • Estímulo á cultural organizacional colaborativa e inovadora. • Readequação e remanejamento de cargos • Retenção de talentos. O Coaching Potencializa os Resultados do Mentoring O processo de coaching não se pauta em sugestões ou conselhos, mas em perguntas poderosas que despertam no coachee suas respostas internas. Este método desfruta do grande impacto positivo do feedback e escuta ativa (ouvir na essência), entre outras técnicas e ferramentas que permitem acessar as verdadeiras motivações que estimularam a busca pelas mudanças almejadas. Mentores que possuem capacitação profissional em Coaching, conseguem atingir um nível mais profundo de transformações que levarão a resultados permanentes, devido ao acesso das questões subjetivas compreendidas através de um processo de autorreflexão durante as práticas de coaching. O maior ativo de uma organização são as pessoas. Portanto, investir em seu capital humano é a estratégia mais efetiva para se sobressair, se desenvolver continuamente e conquistar resultados cada vez mais extraordinários. Psicologia Positiva: uma perspectiva sobre as potencialidades humanas A psicologia positiva não ignora o sofrimento humano e os problemas que as pessoas experienciam, tampouco desvaloriza ou afirma que o estudo das patologias mentais e comportamentais deva ser descartado ou substituído. A Psicologia Positiva começou a se desenvolver, quando Martin Seligman assumiu a presidência da Associação Americana de Psicologia (APA), em 1998. Em 2000, ele e Csikszentmihalyi publicaram um importante estudo – Positive Psychology: an introdution – no qual propõem a discussão sobre a carência de produções científicas que ressaltassem os aspectos virtuosos e positivos, as forças que todos os seres humanos possuem (PALUDO; KOLLER, 2007). Assim, “o objetivo da psicologia positiva é promover um ajuste no foco da psicologia para que aspectos saudáveis também recebam atenção” (PACICO; BASTIANELLO, 2014, p. 13). Por conta desse trabalho, Seligman e Csikszentmihalyi são considerados, por muitos estudiosos, como precursores da Psicologia Positiva. A partir de estudos com o “novo” foco, que foram desenvolvidos na sequência, a Psicologia Positiva tornou-se um movimento, que Sheldon e King (2001) definem como “o estudo científico dos aspectos virtuosos usuais presentes nos indivíduos, o que demonstra a preocupação central desse movimento, que seria estudar o que é típico, ordinário e usual na maioria dos indivíduos” (PALUDO; KOLLER, 2007, p.12). Com essa crença e interesse em buscar essas fontes de força e saúde, que existem na maioria das pessoas, ditas “saudáveis”, os pesquisadores que aderiram a esse movimento passaram a pesquisar fatores positivos, em nível individual e grupal. Um exemplo importante foi dado por Csikszentmihalyi, quando relata uma experiência vivida durante a Segunda Guerra Mundial. Percebeu que muitas pessoas haviam perdido tudo (casa, trabalho, família), mesmo assim algumas se mostravam íntegras e ainda ajudavam o grupo a manter a esperança e não se desestruturar com o caos presente na situação. Isso o fez pensar sobre a origem das forças dessas pessoas. Em uma tentativa de síntese, sobre as diversas possibilidades de pesquisa em Psicologia Positiva, os aspectos abordados e os autores precursores, segue o quadro a seguir: NÍVEL ASPECTOS ABORDADOS FATORES/AUTORES Nível Individual Processos cognitivos e emocionais subjacentes às experiências subjetivas e aos traços de personalidade dos sujeitos, no sentido de facilitar mudanças comportamentais que se traduzam em estratégias de coping (enfrentamento) e competências promotoras das potencialidades individuais (CARR, 2007). Quanto às experiências subjetivas passadas: bem- estar e satisfação pessoal (FUJITA; DIENER, 2005). Experiências presentes: felicidade (DIENER; SELIGMAN, 2002), fluxo (CZIKSZENTMIHALYI, 1990). Projeções para o futuro: esperança (ABI-HASHEM, 2001), otimismo (PETERSON,2000). Traços individuais positivos Altruísmo, espiritualidade, criatividade, coragem. Nível Grupal Virtudes cívicas e institucionais que promovem nos indivíduos maior adequação (MARTÍ, 2006). Cidadania, responsabilidade social, altruísmo, moderação, tolerância e postura ética, dentre outros. Fonte: adaptado de Barros, Martin e Pinto (2010, p. 319). A partir dessa análise, os autores concluem que a Psicologia Positiva trabalha com elementos: da Psicologia Humanista, ao trata da autorrealização das potencialidades humanas; do Construtivismo, ao enfatizar a atividade orientada para a auto-organização; e da Psicologia da Saúde, ao abordar construtos como coping (enfrentamento), hardiness ou resiliência, que traçam uma interface entre esses dois domínios (Psicologia da Saúde e Psicologia Positiva). Por conta dessa “aparente mistura”, epistemologicamente falando, existem algumas controvérsias quanto à origem da Psicologia Positiva, pois enquanto alguns autores entendem que a Psicologia Humanista foi precursora da Psicologia Positiva, outros a entendem como uma nova área (BARROS; MARTIN; PINTO, 2010; PACICO; BASTIANELLO, 2014). Há também uma discussão corrente sobre os métodos de pesquisa aplicados, em sua maioria quantitativos. Enquanto alguns – a exemplo, Rich (2001) –, questionam a possibilidade de quantificação dos fenômenos estudados, outros entendem que os estudos com metodologia quantitativa têm demonstrado robustez e trazido grande contribuição para o entendimento desses fenômenos. Pacico e Bastianello (2014, p. 16) afirmam que “o caráter científico enfatizado por esse movimento sinaliza que a psicologia positiva não deve ser confundida com autoajuda ou com afirmações baseadas no esoterismo ou com qualquer tipo de religião”. AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO A relação entre gestão de desempenho e análise de desempenho A gestão de desempenho é um processo que se dá em ciclos: começam com o estabelecimento de expectativas de desempenho (que são metas, indicadores, competências e comportamentos) e terminam com a avaliação desse desempenho e com o subsequente início de um novo ciclo. A avaliação de desempenho é o encerramento do ciclo de gestão de desempenho, onde se pretende mensurar e avaliar o desempenho do colaborador em relação às expectativas estabelecidas no começo do ciclo. Cada vez mais a qualidade de serviços e produtos é reconhecida como essencial para o desenvolvimento, tanto individual quanto institucional. Dada a importância de se determinar qualidade. A avaliação de desempenho é uma ferramenta utilizada pelo RH, mais especificamente pela área de gestão de pessoas, para mensurar a performance dos colaboradores ou áreas de uma empresa. Ela pode ser realizada periodicamente de acordo com as necessidades da organização. Essa metodologia também ajuda a entender se o funcionário está abaixo, atende ou excede o desempenho esperado pela organização e, a partir de uma análise de hard skills e soft skills, ou seja, de habilidades técnicas e comportamentais, é possível traçar um plano estratégico de acordo com a necessidade daquele funcionário ou time, como treinamentos, promoção, bonificação, desligamento, etc. Além disso, a avaliação de performance auxilia em uma visão estratégica para a empresa, pois coloca em evidência pontos fortes e pontos de melhoria, tanto no que diz respeito a cada funcionário quanto no que concerne às equipes. Dessa forma, fica mais fácil visualizar formas de aprimorar processos e gerar mais resultados. De acordo com Drucker (1989), toda organização sofre da constante tentação de permanecer em uma mediocridade segura; logo, o primeiro requisito para a saúde organizacional é a demanda por alto desempenho. Drucker também alerta para o perigo de se confundir insucesso com baixo desempenho; pois o funcionário medíocre é aquele que não se arrisca, se restringindo ao desempenho seguro e conformista. Ele nos lembra que desempenho é o balanço de sucessos e insucessos. A importância da avaliação, cujas funções primordiais devem ser demonstrar qualidade e permitir a melhoria dessa qualidade (ROGERS; BADHAM, 1994), encorajando riscos que https://www.gupy.io/blog/hard-skills-e-soft-skills https://www.gupy.io/blog/entrevista-de-desligamento possam elevar padrões. Entretanto, o conceito de qualidade é muitas vezes nebuloso, dificultando essa avaliação. Atualmente, do ponto de vista administrativo, os dois principais propósitos do processo são auxiliar o administrador a avaliar desempenho passado e a promover o desenvolvimento de pessoal (REDMON, 1999); contrário do que se fazia até meados da década de 80, quando a maior parte dos sistemas de avaliação se preocupava somente com desempenho passado e não com potencial futuro (FIDLER, 1989). Estudos indicam que avaliações de desempenho trazem quatro benefícios principais: ✓ Maior alinhamento entre metas pessoais e metas institucionais, ✓ melhora no processo de supervisão, ✓ incremento da comunicação entre gestores e funcionários e ✓ maior abrangência do próprio processo de avaliação (KERSTEN; ISRAEL, 2005). Quando se fala em avaliação de desempenho, deveria estar subentendido o processo sistemático de coleta de dados, orientado por critérios pré-estabelecidos e conhecidos por aqueles que serão avaliados, o que permite a formação de um julgamento de valor baseado em evidências (ROGERS; BADHAM, 1994) e a tomada de decisões relativas a desenvolvimento pessoal e planejamento. Este processo requer que funcionários participem da elaboração de indicadores e da coleta de dados que demonstrem seu desempenho. Entretanto, freqüentemente, ao invés de uma avaliação de desempenho, o que se faz é simplesmente um julgamento de valor sem base concreta, sem critérios definidos ou válidos, frequentemente comunicado post factum ao funcionário. Esta atitude, decorrente da falta de preparo e entendimento do processo por parte de gestores e da falta de estrutura institucional para avaliação e treinamento que leva à insatisfação dos funcionários. Avaliação e conflito A literatura na área identifica um conflito básico entre os objetivos da organização e do funcionário em relação à avaliação de desempenho (BEER, 1986 apud FIDLER, 1989). De acordo com Beer, a organização deseja que os funcionários sejam receptivos a informações negativas para que possam melhorar seu desempenho, enquanto os funcionários desejam confirmar sua imagem positiva e obter recompensas. É preciso então estar atento à possibilidade de que, para obter uma boa avaliação, funcionários muitas vezes recorrem à autopromoção e à bajulação; o que, infelizmente, costuma dar resultados (MILKOVICH; BOUDREAU, 2000). Este fato reforça a necessidade de se estabelecerem critérios objetivos de desempenho. Para o gestor, a avaliação tem duas instâncias: ✓ formativa, que visa à melhoria de processos e desempenho futuro; ✓ somatória, que visa à avaliação de desempenho passado; Esse duplo propósito do processo de avaliação é fonte de controvérsia entre estudiosos (REDMON, 1999). O fato de a avaliação de desempenho influenciar recompensas (pagamento e reconhecimento), carreiras (promoção, demissão e reputação), assim como a auto-imagem do funcionário, impede que este esteja aberto ao diálogo franco necessário a sua avaliação e desenvolvimento pessoal (BEER, 1986 apud FIDLER, 1989). O conflito entre objetivos organizacionais e pessoais é maior quando o funcionário tem um desempenho consistentemente abaixo do desejado; situação que pode requerer entrevistas disciplinares (FIDLER, 1989). Fidler também alerta para o fato de que inevitavelmente um processo de avaliação indicará uma minoria com desempenho insatisfatório e que a tentação de se evitar o problema para se manter boas relações é grande; mas esta atitude é somente paliativa e pode minar todo o processo. É preciso lembrar que desempenhoinsatisfatório também pode ser devido a falhas institucionais e/ou de gerenciamento, ou a influências externas, e não só a deficiências do funcionário (STEINMETZ, 1985 apud FIDLER, 1989). De modo a diminuir o conflito entre objetivos organizacionais e pessoais, uma série de medidas é recomendada (BEER, 1986 apud FIDLER, 1989): ✓ separação entre avaliação formativa e somatória, adotando-se dois processos distintos separados no tempo por seis meses; ✓ escolha de critérios apropriados de avaliação; ✓ descrição abrangente e precisa de funções – DESCRIÇÃO DE CARGOS ✓ declaração objetiva e mensurável do desempenho esperado; e descrição clara das habilidades, conhecimento e características pessoais esperadas; ✓ reconhecimento de diferenças individuais no desenho de sistemas de avaliação, já que, por exemplo, funcionários novos podem precisar de avaliações mais frequentes ✓ avaliação de baixo para cima; isto é, permitir que os funcionários também avaliem o desempenho de seu gestor, o que ajuda a quebrar barreiras; ✓ uso apropriado de estilo de entrevista que leve o funcionário a reconhecer que deve melhorar seu desempenho ou que promova uma maior comunicação entre gestor e funcionário e conduza à mudança de atitude deste. São diversos os fatores que podem interferir na eficiência de um processo de avaliação, a começar pelo próprio processo escolhido. Um problema básico é a importação de sistemas de uma organização a outra; o que raramente funciona de modo satisfatório. Davis (2007) nos lembra que o fato de uma prática funcionar bem em um contexto não significa que funcionará em outro. Outros obstáculos são: ✓ falta de comprometimento por parte dos gestores; ✓ ausência de medidas que dêem prosseguimento ao processo, tais como treinamento; tempo necessário; ✓ restrições inerentes ao modelo de avaliação adotado e padrões desiguais de avaliação entre avaliadores (LONG, 1986 apud FIDLER, 1989); ✓ inadequação do processo à cultura organizacional (FIDLER, 1989); que, em si, pode desestimular uma avaliação abrangente e honesta, levando a uma erosão do processo (KERSTEN; ISRAEL, 2005). Indicadores de desempenho Conflito sobre critérios de desempenho pode afetar motivação e satisfação de funcionários (MUCHINSKY, 1990). Blum e Naylor (apud MUCHINSKY, 1990), indicam que esses critérios devem ser confiáveis, realísticos, representativos, relacionados a outros critérios, aceitos por analistas de funções e pela gerência, consistentes de uma situação à outra, previsíveis, de baixo custo, mensuráveis, relevantes, não tendenciosos e sensíveis. Antes de definir os indicadores de desempenho, é necessário estabelecer: 1) áreas a serem avaliadas, 2) fontes de informação, 3) meios e modo de coleta de dados, 4) instrumentos de coleta e 5) período de coleta. O modo como essas informações serão utilizadas também deve ser decidido a priori. A formulação de indicadores mensuráveis de sucesso e a obtenção de dados concretos para a tomada de decisões relativas a pagamento e promoções são os itens que apresentam as maiores dificuldades. De modo a sistematizar essa tarefa, Aspinwall e outros (1994) sugerem que se siga uma série de perguntas relacionadas ao programa ou atividade a ser avaliada: 1. O que se procura alcançar? Determinar o propósito específico da avaliação. 2. Que indicadores de sucesso são apropriados? Desenvolver uma estrutura que relacione as principais áreas de desempenho e respectivos indicadores. 3. Como se deve coletar e processar os dados? Determinar instrumentos a serem usados (questionários, entrevistas, bancos de dados) e método de análise. 4. Com que se podem comparar os resultados da avaliação? Colocar informações em perspectiva: comparar com desempenho em lugares similares, com um período anterior (progresso) e/ou com metas traçadas. 5. Que outras informações podem ajudar a contextualizar os resultados? Levar em conta fatores que podem limitar a validade da comparação (porcentagem clientes, habilidade dos colaoradores, etc.). 6. Que conclusões legítimas se podem tirar? Considerar 1) a relevância das informações com o foco da questão, 2) se as informações refletem a complexidade da questão, 3) se são válidas, isto é, se representam o que devem representar e 4) se são replicáveis, ou seja, se outra pessoa chegaria às mesmas conclusões. 7. Quais ações devem ser tomadas a seguir? Tomar decisões que conduzam à solução de problemas, de outro modo o processo de avaliação não terá valor. Antes de decidir quais indicadores serão utilizados, é interessante que se faça um levantamento de dados disponíveis que possam ser úteis, tais como controle e estatística de presença/absenteísmo, registros de preenchimento assertivos de serviços realizados, Objetivos específicos Uma vez decididas as funções ou desempenho profissional a serem avaliados, os objetivos específicos devem ser claramente descritos. Na elaboração dos instrumentos é preciso relacionar os indicadores a esses objetivos. Os indicadores devem ser elaborados de modo a possibilitarem a medida do desempenho. Este é um processo circular, já que a elaboração dos critérios de desempenho pode ajudar a especificar os objetivos. Para que não haja desentendimentos e avaliações subjetivas, sujeitas a simpatias e antipatias individuais, é preciso que o instrumento seja bastante específico. A avaliação é um processo complexo composto de diversas fases e que deve envolver gestores e funcionários. Apresentação de uma proposta de processo de avaliação que leva em consideração os temas discutidos acima e que incorpora as tendências atuais. A avaliação deve ser vista como uma das principais tarefas administrativas (ROGERS; BADHAM, 1994) já que é um instrumento essencial para a manutenção e melhoria da qualidade do serviço, do produto e da vida na organização. Ela permite localizar “problemas de supervisão e gestores, de integração das pessoas à organização, de adequação da pessoa ao cargo, de localização de possíveis dissonâncias ou carências de treinamento” (CHIAVENATO, 2004). Um processo de avaliação deve, pois, ser implementado de modo sistêmico, abrangendo toda a organização. Deve ser um processo participativo, dinâmico e sujeito a constantes revisões (FIDLER, 1989). O sucesso ou não de um sistema de avaliação não deve ser determinado a partir de casos individuais, já que o próprio conceito de sucesso é variável. Assim, Bracken e outros (2001) sugerem que se defina como um processo bem-sucedido aquele que cria mudanças claras e duráveis de comportamento e/ou desenvolvimento de habilidades em um número suficiente. A avaliação é essencial para a saúde da instituição e para a qualidade de seu serviço e produto. Tipos de avaliação de desempenho ✓ Autoavaliação O colaborador tem a liberdade de se autoavaliar. A empresa tem que ter um questionário de avaliação de desempenho predefinido para que o funcionário siga e responda de acordo com os objetivos da organização. Sugere-se usar esse modelo de avaliação de desempenho em dois momentos: 1. Uma autorreflexão inicial; 2. Seguida, por uma reunião com o gestor, para avaliar as respostas. Atenção para que essa interação posterior não evolua para um conflito. Por mais que o gestor discorde da opinião do profissional, ele deve ir a esse encontro preparado com argumentos para que a negociação por novas metas e melhores resultados seja acordada entre ambas as partes. ✓ Avaliação direta (90 graus) Um dos tipos de avaliação de desempenho utilizado. Permite que o gestor assuma a dianteira, com o auxílio do RH, e faça uma análise diretamente com os colaboradores de sua equipe. Assim, a avaliação sendo positiva, neutra ou negativa, é feita com objetividade, sem intermédio. Isso tende a gerar uma grande eficiência, já que o colaborador ouve o parecer e tem o direito de explorar os pontos abordados.Esse diálogo também pode agregar muito valor à relação tanto da equipe, quanto entre o gestor e os seus subordinados, pois os resultados devem ser monitorados para que o funcionário melhore, continuamente, a cada avaliação realizada. ✓ Avaliação 180 graus Praticada como uma via de mão dupla: o gestor avalia os seus funcionários, mas também é avaliado ao passar pelo mesmo processo com cada um deles. Adquire-se mais flexibilidade para que o diálogo de crescimento venha de ambas as direções, reduzindo, assim, a hierarquia rígida e inflexível de autoridade dentro da empresa. ✓ Avaliação 360 graus Com ainda mais flexibilidade, é um verdadeiro carrossel de análises: https://xerpay.com.br/blog/o-que-e-gestao-de-conflitos/ • Colegas; • Gestores; • Superiores imediatos fazem uma avaliação de todos. Interessante perceber que esse modelo de avaliação de desempenho pode ajudar a compreender não apenas a performance individual, mas a relação de cada indivíduo com os outros colegas, o que permite desdobrar ainda mais insights para o crescimento do setor e da empresa, como um todo. ✓ Avaliação por indicadores São extensos, por isso o RH deve defini-los previamente, para que a gestão saiba quais deles analisar em seus colaboradores no dia a dia. No dia da avaliação, esses pontos já foram analisados, o que torna o processo mais objetivo e eficiente. ✓ Avaliação comportamental A avaliação de desempenho comportamental tem como principal objetivo a identificação de quatro variáveis, com base na metodologia DISC de avaliação. São elas: • Dominância; • Influência; • Cautela; • Estabilidade. ✓ Avaliação por metas e objetivos Se resume em observar se os colaboradores alcançaram as metas estipuladas no encontro anterior, independentemente de terem, ou não, cumprido os outros aspectos quantitativos e qualitativos. ✓ Avaliação baseada no custo Empresas que estão em busca da redução de custos da empresa sem perder a qualidade podem fazer um uso mais específico desse tipo de avaliação de desempenho. A meta principal desse método consiste em analisar o custo/benefício que o funcionário traz para a organização. A proporção do quanto ele retribui para o que é investido na sua força de trabalho individualizada. ✓ Avaliação por distribuição forçada Método comparativo que também apresenta uma dificuldade maior na avaliação justa. Afinal, o paralelo com outros colaboradores é simplório e, muitas vezes, superficial. Por exemplo, como cobrar os mesmos resultados entre dois profissionais sendo que um pode obter vantagens com uma gestão irregular enquanto o outro sofre com bullying no ambiente de trabalho e está sobrecarregado de responsabilidades? ✓ Avaliação por incidentes críticos https://xerpay.com.br/blog/custos-empresa-como-reduzir-sem-perder-qualidade/ https://xerpay.com.br/blog/custos-empresa-como-reduzir-sem-perder-qualidade/ https://xerpay.com.br/blog/bullying-no-ambiente-de-trabalho/ https://xerpay.com.br/blog/bullying-no-ambiente-de-trabalho/ Destaca situações extremas, sejam elas positivas ou negativas. É um método simples, mas que ignora o desempenho do profissional dentro da rotina diária. Deve-se lembrar que o trabalho de um colaborador é construído no dia a dia. ✓ Avaliação do líder Por fim, destacamos a avaliação do líder. Apesar de não ser uma avaliação em 90 graus, ela dispõe aos colaboradores um questionário particular, para que analisem o trabalho dos seus gestores. FEEDBACK E FEEDFORWARD No ambiente organizacional, a oferta de feedback e feedforward é importante para acelerar o desenvolvimento profissional do servidor e/ou colaborador. Tanto o feedback, quanto o feedforward são ferramentas poderosas que auxiliam na transformação e evolução de diferentes perfis. A obtenção de respostas sobre os pontos positivos e os pontos que podem ser melhorados, contribui positivamente para que todos os profissionais evoluam, tanto no âmbito profissional, quanto no pessoal também. Feedback: profissional tem um retorno sobre o seu desempenho e comportamento na organização. Pode ser considerado como uma resposta a um estímulo, sendo oferecida como uma forma de avaliação. No âmbito organizacional, o seu objetivo é levar o profissional ao entendimento de como o seu comportamento foi interpretado ou recebido pelo próximo. Feedforward : Permite um olhar voltado ao entendimento de onde se quer chegar e qual o caminho que precisa percorrer para alcançar seus objetivos. Criado por Marshall Goldsmith, o feedforward significa “olhar para a frente” ou “avançar”. A sua aplicação é baseada na orientação das pessoas sobre as habilidades que devem ser desenvolvidas. Sua função é buscar otimizar o potencial de cada profissional. É fundamental que a instituição possua canais e políticas de comunicação para os colaboradores, voltada à promoção de melhorias e reconhecimentos. Uma das grandes diferenças entre feedback e feedforward é o fato da temporalidade. Enquanto o primeiro é voltado a atitudes passadas, o segundo é voltado às ações futuras. Tem o objetivo de proporcionar o autoconhecimento, alinhar, desenvolver e engajar o profissional, é três pilares: • Presente; • Futuro; • Positividade; Na gestão de pessoas, o feedforward possui algumas características. Dentre elas, estão: • Olhar voltado ao futuro utilizando os erros do passado como aprendizado; • Autoconhecimento; • Desenvolvimento de talentos, estimulando a reflexão e a busca por melhorias comportamentais e profissionais. A sua aplicação é pautada em questionamentos que permitem a autorreflexão, como veremos a seguir: • Quais comportamentos e atitudes você acha que precisa aprimorar ou transformar? • Quais objetivos você pretende alcançar? • Se os seus objetivos forem colocados em prática, como você imagina seu futuro? • Por onde as mudanças devem começar?. Hard Skills são todas as habilidades técnicas que desenvolvemos ao longo da vida. Na maioria das vezes, esse tipo de habilidade é adquirida através de uma educação formal e treinamento. Costumam ser incrivelmente específicas e são consideradas determinantes para que você se encaixe em uma certa profissão. Um verdadeiro profissional deve ser experiente nas Hard Skills necessárias para desempenhar o seu trabalho de forma capaz. E, como se tratam de conhecimentos palpáveis, essas habilidades conseguem ser medidas e examinadas com facilidade. Soft Skills são habilidades desenvolvidas por uma pessoa que dizem respeito ao seu comportamento social e à forma com que se expressa emocionalmente. Elas geralmente aparecem no formato de características que remetem à personalidade, como empatia, comunicação, organização e flexibilidade. São capacidades subjetivas, que atuam no espectro comportamental e social do ser humano e não dependem de diplomas ou certificados. Um estudo realizado pelo LinkedIn em 2019 mostrou que Soft Skills tem se tornado tão importante quanto Hard Skills no momento da contratação. E um estudo realizado pela Deloitte Access Economics prevê que um terço das empresas vão ter Soft Skills como prioridade até 2030. https://business.linkedin.com/talent-solutions/resources/talent-strategy/global-talent-trends-2019 https://www2.deloitte.com/au/en/pages/economics/articles/soft-skills-business-success.html/ https://www2.deloitte.com/au/en/pages/economics/articles/soft-skills-business-success.html/ Referências: PERCIA, André.; SITA, Mauricio. (Coord.). Manual completo de coaching: grandes especialistas apresentam estudos e métodos para a excelência na prática de suas técnicas. São Paulo: Editora Ser Mais, 2011. CARLI, Edson.; MARQUES, José Roberto. Coaching de Carreira – Construindo Profissionais de Sucesso. São Paulo: Editora Ser Mais, 2012. ISERT, Bernd. A Linguagem da Mudança. Rio de Janeiro: Editora Qualitmark, 2004. SELIGMAN, Martin. Felicidade Autêntica. Riode Janeiro: Editora Objetiva, 2004. WILBER, Ken. Uma Teoria de Tudo. São Paulo: Editora Cultrix, 2003. TOLLE, Eckhart. Praticando o Poder do Agora. Rio de Janeiro: Editora Sextante, 2005. COVEY, Stephen. Os 7 Hábitos das Pessoas Altamente Eficazes. Rio de Janeiro: Editora Best Seller, 2005. SOUZA, Paulo Roberto Menezes de. A Nova Visão do Coaching na Gestão Por Competências – A Integração da Estratégia. Rio de Janeiro: Editora Qualitmark, 2011. BIASE, Francisco Di.; ROCHA, Mário Sérgio F. da. Ciência, Espiritualidade e Cura. Rio de Janeiro: Editora Qualitmark, 2005. SHERVINTON, Martin. Coaching Integral. Rio de Janeiro: Editora Qualitmark, 2005
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