BIOÉTICA E HUMANIZAÇÃO EM SAÚDE - N1

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BIOÉTICA E HUMANIZAÇÃO EM SAÚDE – N1
 
Introdução
 
Neste estudo de caso, podemos observar diversos erros cometidos pela enfermeira Carmen, que desrespeita os princípios da ética e da humanização em saúde e da pesquisa em saúde, no atendimento da paciente Maura que possui HIV.
 
Princípios da Bioética
Beneficência / não maleficência, Autonomia e Justiça. 
De acordo com a Carta dos Direitos dos Usuários, todo cidadão tem direito (2006):
1. Todo cidadão tem direito ao acesso ordenado e organizado aos sistemas de saúde;
2. Todo cidadão tem direito a tratamento adequado e efetivo para seu problema;
3. Todo cidadão tem direito ao atendimento humanizado, acolhedor e livre de qualquer discriminação;
4. Todo cidadão tem direito a atendimento que respeite a sua pessoa, seus valores e seus direitos;
5. Todo cidadão também tem responsabilidades para que seu tratamento  aconteça da forma adequada;
6. Todo cidadão tem direito ao comprometimento dos gestores da saúde para que os princípios anteriores sejam cumpridos.
Assim como diversos outros direitos, direito à recusa do tratamento, sigilo profissional, orientação sobre os procedimentos a serem executados, direito a cópia do seu prontuário, entre outros.
 
Segundo Chauí (2000), “ética: estudo dos valores morais (as virtudes), da relação entre vontade e paixão, vontade e razão; finalidades e valores da ação moral; idéias de liberdade, responsabilidade, dever, obrigação, etc.”
 Para Mario Sergio Cortella, “Ética é o conjunto de valores e princípios que usamos para responder a três grandes questões da vida: (1) quero?; (2) devo?; (3) posso? Nem tudo que eu quero eu posso; nem tudo que eu posso eu devo; e nem tudo que eu devo eu quero. Você tem paz de espírito quando aquilo que você quer é ao mesmo tempo o que você pode e o que você deve.”
 
Estudo de Caso
Carmen (enfermeira) desrespeita no mínimo dois dos princípios da Bioética, e não teve ética alguma ao realizar suas ações: 
- Ela sabia que os resultados dos exames de sangue eram sigilosos, e ainda assim contou para seus colegas de trabalho. Desrespeitando o Princípio Beneficência: (Desrespeitou as esferas psíquicas e sociais de Maura, assim como sua dignidade, além da privacidade da paciente).
 
- Também avisou os familiares da paciente, antes mesmo de Maura saber o resultado. Desrespeitando o Princípio Autonomia: (Desrespeitou a quebra de privacidade, além da autonomia da paciente, que poderia ou não contar o resultado do exame para os familiares, mas isso era uma decisão de Maura, jamais da enfermeira. 
 
- Fora isso, fez entrevista com a paciente, para seu trabalho de pós-graduação, usando Maura como cobaia.
 
Conclusão
 Carmen cometeu vários erros, quebra de sigilo e falta de ética. Como profissional de saúde ela deveria saber dos procedimentos, ou em caso de dúvidas solicitar ajuda dos superiores, além de solicitar a permissão da paciente, assim como sua autorização para divulgação de informações tanto de seus exames, quanto da pesquisa acadêmica feita por Carmen. 
  
Referências 
 CHAUI, M. Convite à filosofia.  Pag. 67. São Paulo: Ática, 2000.
 Disponível em: < https://www.pensador.com/mario_sergio_cortella/> Acesso em: 13/9/2021
 Disponível em: <https://www.unasus.unifesp.br/biblioteca_virtual/esf/2/unidades_conteudos/unidade18/unidade18.pdf> Acesso em: 07/09/2021
 Disponível em: <https://anhembi.blackboard.com/webapps/late-course_engine_soap-BBLEARN/Controller?COURSE_ID=_748773_1 / Material Blackboard>  Acesso em: 07/09/2021
 Disponível em: < https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cartas_direitos_usuarios_saude_3ed.pdf>  Acesso em: 11/09/2021