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bases das relacoes privadas av1 2ºsemestre

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AULA 1 – DISCIPLINA: BASES DAS RELAÇÕES PRIVADAS 
 EMENTA: TEORIA DA RELAÇÃO JURÍDICA, ELEMENTOS DA RELAÇÃO JURÍDICA E A LEI DE INTRODUÇÃO AO DIREITO 
1.TEORIA DA RELAÇÃO JURÍDICA 1.1. O HOMEM COMO SER SOCIAL / A VIDA EM SOCIEDADE “É impossível ser feliz sozinho” – João Gilberto/Wave 1.2 O PAPEL DO ORDENAMENTO JURÍDICO Proibir, Ordenar ou Permitir O ato que importe no descumprimento da lei também é uma relação jurídica? Art. 186, Código Civil 1.3 CONCEITO DE RELAÇÃO JURÍDICA: uma relação jurídica é fruto das relações entre indivíduos e que por seus efeitos podem repercutir no âmbito social. Pode se dizer que um fato jurídico é qualquer acontecimento que cria, modifica ou extingue uma determinada relação jurídica. 1.4 ELEMENTOS DA RELAÇÃO JURÍDICA a) SUJEITOS: Sujeito ativo pode ser classificado como a pessoa que tem o direito subjetivo, ou seja, pode exigir da outra pessoa o cumprimento de uma prestação.Já o sujeito passivo é aquele que dever cumprir a obrigação em favor do outro, prestação essa, denominada dever jurídico. Art. 1º, Código Civil – Pessoa (Leitura) (Ativo/Passivo) (Pessoa Natural/Pessoa Jurídica/Entes Despersonalizados) b) OBJETO (Bens/Serviços) : pode ser explicado como a coisa sobre a qual recai o direito do sujeito ativo, e o dever do sujeito passivo, sempre será um bem, que pode ser patrimonial ou não, ou seja, pode possuir valor financeiro ou não. Exemplos: Bens Corpóreos, Bens Incorpóreos, Bens Materiais, Direitos Personalíssimos. Art. 481, Código Civil – Compra e Venda (Leitura) Art. 593, Código Civil – Prestação de Serviço (Leitura) Art. 28, Lei nº 9.610/1998 – Direitos Autorais (Leitura) Art. 122, Lei nº 9.279/1996 - Marcas e Patentes (Leitura) c) VÍNCULO : pode ser explicado como a ligação entre os sujeitos da relação, estabelecendo os sujeitos ativos e passivos de cada relação. Elemento de Ligação, União, Conexão, Liame ! LEI Art. 5º, XXXV, Constituição da República (Leitura) 2. LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DO DIREITO – LINDB : É uma norma jurídica que visa regulamentar outras normas jurídicas, determinando seu modo de aplicação e entendimento no tempo e espaço. Embora seja anexa ao Código Civil, é autônoma e aplica-se a todos os ramos de direito, exceto se o tema for regulado de forma diversa na legislação específica. Decreto-Lei nº 4.657/1942 2.1 OBJETIVO DA LINDB : Seu objetivo foi orientar a aplicação do código civil, dirimindo controvérsias que foram surgindo desde a edição do primeiro código civil, em 1916. a) Forma de Aplicação das Leis – Norma de Sobredireito : é a norma que disciplina a emissão e aplicação de outras normas jurídicas b) Normas de Direito Internacional Privado c) Interpretação das Leis 2.2. VALIDADE DA NORMA :  Norma válida é aquela que tem valor, deve ser cumprida por ser legal (legalidade). a) Aspecto Formal (Processo Legislativo) Iniciativa ! Deliberação ! Votação ! Sanção/Veto ! Promulgação ! Publicação 
 b) Aspecto Material (Compatibilidade) 
 2.3 VIGÊNCIA DA NORMA: Questão temporal da lei. Tempo de atuação da lei em que se pode ser invocada para produção de efeitos.  
 Art. 1º, LINDB (Leitura) 
 Vacatio Legis : É o período entre o inicio da vigência da lei e o momento de sua entrada em vigor (Momento em que a lei ganha obrigatoriedade.) prazo entre a publicação da norma e a sua vigência
 a) Território Nacional :45 dias
 b) Estados Estrangeiros :3meses(90dias)
 c) Nova Publicação 
 d) Correções Posteriores 
 2.4 PRAZO DA VIGÊNCIA 
a) Princípio da Continuidade :A lei terá vigor até que outra a modifique ou revoge. b) Leis Temporárias : contém em seu texto o período de sua vigência.
 2.5 REVOGAÇÃO, DERROGAÇÃO E AB-ROGAÇÃO 
 a) Revogação : Fim da Vigência. Revogação Tácita: a norma revogadora é implícita e a revogação resulta da incompatibilidade entre as normas. / Revogação Expressa:  a lei indica o que está a ser revogado.
 b) Derrogação :Revogação Parcial .
 c) Ab-Rogação : Revogação Total. 
 Art. 2º, §1º e 2º, LINDB (Leitura) 
 d) Efeito Repristinatório : efeito repristinatório é a reentrada em vigor de norma aparentemente revogada, ocorrendo quando uma norma que revogou outra é declarada inconstitucional.
 LEIS “A” “B” e “C” 
 Lei “B” Revoga a Lei “A”. Posteriormente, a Lei “C” Revoga a Lei “B”. A Lei “A” volta a ter validade e produzir efeitos? A resposta é, em regra, negativa. O sistema jurídico brasileiro não admite a repristinação, salvo se a revogação se der com cláusula expressa de repristinação.
 e) Desuetudo : O mesmo que desuso, quando uma lei deixa de ser aplicada por já não corresponder à realidade em que se insere – Entre Eficácia: Uma lei é eficaz quando cumprida a sua função social. e Eficiência 
 A lei para viger por falta de uso? 
 Art. 2º, §3º, LINDB (Leitura) 
 2.6 PRINCÍPIO DA OBRIGATORIEDADE DAS LEIS : Art. 3º, LINDB (Leitura) “Ninguém se escusa de cumprir a lei, alegando que não a conhece.” Erro de Direito – Art. 139, III, Código Civil (Leitura) 
 2.7 LACUNAS E MECANISMOS DE INTEGRAÇÃO DA LEI 
 O ordenamento jurídico é completo? Regula todos fatos sociais de forma exaustiva? 
 O juiz pode alegar existência lacuna ou inexistência de lei para não julgar uma ação? 
 Non Liquet e Iura Novit Curia Arts. 140 e 376, Código de Processo Civil (Lei nº 13.105/2015) 
 a) Analogia 
 b) Costumes 
 Secundum Legem :  está em conformidade com a legislação vigente, fundamentado pela lei. Ocorre quando a lei determina o uso de costumes locais, normativos jurídicos, segundo fatos ocorridos anteriormente.
Contra Legem: refere aoscostumes que se opõem à lei vigente. Este instrumento também é utilizado com a finalidade de, implicitamente, revogar disposições legais, geralmente quando há norma em desuso. Praeter Legem : é utilizada quando não há lei vigente para atender a situação, ou quando a legislação é omissa quanto ao caso que o requeira. 
 c) Princípios Gerais do Direito 
 Igualdade, Dignidade, Solidariedade, Liberdade 
 d) Outras Fontes do Direito 
 2.8 FINALIDADE SOCIAL 
 Art. 5º, LINDB (Leitura) “ Na aplicação da lei, o juiz atenderá aos fins sociais a que ela se dirige e às exigências do bem comum.”
 Bem Comum/Coletividade 
 2.9 EFICÁCIA DAS LEIS NO TEMPO 
 Art. 6º, LINDB (Leitura):  A Lei em vigor terá efeito imediato e geral, respeitados o ato jurídico perfeito, o direito adquirido e a coisa julgada. / Art. 5º, XXXVI, Constituição da República “ a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada;”
 Princípio da Irretroatividade da Lei Civil :  a norma não poderá retroagir, ou seja, a lei nova não será aplicada às situações constituídas sobre a vigência da lei revogada ou modificada (princípio da irretroatividade).
 Art. 2.035, Código Civil 
 Fundamento: Segurança Jurídica/ Estabilidade das Relações a)Ato Jurídico Perfeito: Atos e Contratos b) Direito Adquirido: Leis c) Coisa Julgada: Decisões Judiciais. 3. A PESSOA NATURAL: pessoa natural é o ser humano considerado como sujeito de direitos e obrigações. Pessoa natural, designa o ser humano tal como ele é. 
 3.1 PERSONALIDADE JURÍDICA 
 a) Conceito : trata-se do atributo reconhecido a uma pessoa para que possa atuar no plano jurídico e reclamar a proteção jurídica dedicada pelos direitos da personalidade
 Art. 1º, Código Civil ( Leitura) 
 Pessoas Naturais/ Pessoas Jurídicas 
 b) Aquisição 
 Art. 2º, Código Civil ( Leitura) “A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro.”
 Nascimento + Vida Funcionamento do Aparelho Cardiorrespiratório/Separação do Ventre 
 Docimasia Hidrostática de Galeno 
 c) Pessoa/Nascituro: O nascituro é o ser que já foi concebido e ainda não nasceu /Concepturo:  ainda não foi concebido, embora haja a esperança de que venha a ser  
 d) Correntes Doutrinárias 
 Natalista : a teoria natalista nega ao nascituro até mesmo os seus direitos fundamentais, relacionados com a sua personalidade, caso do direito à vida, à investigação de paternidade, aos alimentos, ao nome e até à imagem
 Concepcionista : a personalidade civil da pessoa natural já existe no nascituro, sem necessidade do preenchimento de nenhum outro. Desse modo, a personalidade jurídica da pessoa natural é adquirida desde a concepção.
 Condicionalista : defende que a personalidade começa com a concepção, desde que atendida uma determinada condição, qual seja, o nascimento com vida.
 e) Leis e Artigos :Arts. 542 e 1.798, Código Civil ( Leitura) Art. 7º, Lei nº 8;069/1990 - Estatuto da Criança e do Adolescente Art. 124, Código Penal - Aborto Necessário e Humanitário Art. 2º, Lei nº 11.804/2008 – Alimentos Gravídicos 
 f) Jurisprudência :FETO ANENCÉFALO – INTERRUPÇÃO DA GRAVIDEZ – MULHER – LIBERDADE SEXUAL E REPRODUTIVA – SAÚDE – DIGNIDADE – AUTODETERMINAÇÃO – DIREITOS FUNDAMENTAIS – CRIME – INEXISTÊNCIA. Mostra-se inconstitucional interpretação da gravidez de feto anencéfalo ser conduta tipificada nos artigo 124, 126 e 128, incisos I e II, do Código Penal. (STF; Tribunal Pleno, ADPF 54/DF, Rel. Marco Aurélio) O Superior Tribunal de Justiça no Recurso Especial nº 1.120.676/SC, de Relatoria do Ministro Paulo de Tarso Sanseverino, julgado em 07/12/2010, decidiu que a perda do feto (morte do nascituro) em razão de acidente de transito gera aos genitores recebimento do seguro obrigatório (DPVAT), aplicando-se o conceito de dano-morte ao nascituro, com fundamento no art. 7º do Estatuto da Criança e do Adolescente. Caso Glória Trévis, O STF reconheceu o direito do nascituro à determinação de sua paternidade (STF; Reclamação Constitucional nº 2.040; Relator Ministro Neri da Silveira) - g) Natimorto :  feto que morre ainda dentro do ventre da mãe ou durante o parto.
Posuem Direitos? 
 Enunciado nº 1, Jornadas de Direito Civil do Conselho da Justiça Federal – A proteção que o Código defere ao nascituro alcança o natimorto no que concerne aos direitos da personalidade, tais como nome, imagem e sepultura .
1.PERSONALIDADE JURÍDICA (ART.1º, CC/02: Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil.) 
 1.1. CONCEITO : Trata-se do atributo reconhecido a uma pessoa para que possa atuar no plano jurídico (titularizando relações diversas) e reclamar a proteção jurídica dedicada pelos direitos da personalidade 
 1.2 MOMENTO DE AQUISIÇÃO (ART. 2º, CC/02:  A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro.) 
 NASCIMENTO + VIDA = PESSOA 
 DOCIMASIA HIDROSTÁTICA DE GALENO 
1.3TEORIAS EXPLICATIVAS A) NATALISTA B) CONCEPCIONISTA C) CONDICIONAL 
1.4JURISPRUDÊNCIA: FETO ANENCÉFALO. INTERRUPÇÃO DA GRAVIDEZ. MULHER. LIBERDADE SEXUAL E REPRODUTIVA. SAÚDE. DIGNIDADE. AUTODETERMINAÇÃO. DIREITOS FUNDAMENTAIS. CRIME. INEXISTÊNCIA. Mostra-se inconstitucional interpretação da gravidez de feto anencéfalo ser conduta tipificada nos artigo 124, 126 e 128, incisos I e II, do Código Penal. 1.5 LEIS: Arts. 542 e 1.798, Código Civil “ A doação feita ao nascituro valerá, sendo aceita pelo seu representante legal.” Art. 7º, Lei nº 8.069/1990 (ECA) “A criança e o adolescente têm direito a proteção à vida e à saúde, mediante a efetivação de políticas sociais públicas que permitam o nascimento e o desenvolvimento sadio e harmonioso, em condições dignas de existência.” Art. 124, Código Penal” Provocar aborto em si mesma ou consentir que outrem lho provoque: Pena - detenção, de um a três anos.” Art. 2º, Lei nº 11.804/2008 (Alimentos Gravídicos) “Parágrafo único. Os alimentos de que trata este artigo referem-se à parte das despesas que deverá ser custeada pelo futuro pai, considerando-se a contribuição que também deverá ser dada pela mulher grávida, na proporção dos recursos de ambos.” 1.6 EMBRIÕES ,PESQUISAS COM CÉLULAS-TRONCO ,AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE Nº 3510/STF , LEI Nº 11.105/2005 (Lei de Biossegurança) 1.7 FIM DA PERSONALIDADE : termina com o fim da existência da pessoa natural, ou seja, com a morte . QUAL O CRITÉRIO PARA DETERMINAR A MORTE?MORTE ENCEFÁLICA 2. CAPACIDADE CIVIL 2.1 CONCEITO : é a aptidão para adquirir direitos e os exercer por si só. 2.2 ESPÉCIES : A capacidade de direito é aquela que se estabelece como sendo a aptidão para obtenção de direitos e deveres. A capacidade de direito se inicia com o nascimento com vida. Já a capacidade de fato é a aptidão para exercer por si só os atos da vida civil, pela aptidão que tem a pessoa de discernir o lícito do ilícito. A) INCAPACIDADE ABSOLUTA (ART. 3º) : na qual o sujeito necessita de estar Representado por pessoa com a capacidade civil plena. ! MENORES DE 16 ANOS B) INCAPACIDADE RELATIVA (ART. 4º):  que impõem estar o sujeito de direitos Assistido por pessoa com capacidade civil plena. !MAIORES DE 16 E MENORES DE 18 ANOS; ÉBRIOS HABITUAIS E VICIADOS TÓXICOS; CAUSA TRANSITÓRIA OU PERMANENTE, QUE IMPEDE DE EXPRIMIR A VONTADE; PRÓDIGOS. C) CAPACIDADE PLENA: é quando uma pessoa é totalmente responsável por seus atos, ou seja, quando é apta a tomar suas próprias decisões. 2.3 ESTATUTO DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA (Lei 13.146/2015) Art. 6º (Capacidade Civil) : quando uma pessoa é apta a realizar atos da vida civil. 3. EMANCIPAÇÃO CAPACIDADE CIVIL ≠ PUTABILIDADE PENAL 3.1 ESPÉCIES A) VOLUNTÁRIA: CONCESSÃO DOS PAIS B) JUDICIAL : SENTENÇA JUDICIAL, OUVIDO O TUTOR C) LEGAL: CASAMENTO, EMPREGO PÚBLICO EFETIVO, COLAÇÃO DE GRAU ENSINO SUPERIOR e ESTABELECIMENTO CIVIL OU COMERCIAL 
 
1. DIREITOS DA PERSONALIDADE 1.1 CONCEITO E DENOMINAÇÃO : Ao contrário dos direitos patrimoniais, os direitos da personalidade são intransmissíveis. 1.2 NATUREZA DOS DIREITOS DA PERSONALIDADE 1.3 TITULARIDADE 1.4 CARACTERÍSTICAS A) ABSOLUTOS:  são oponíveis contra todos, impondo à coletividade o dever de respeitá-los B) GERAIS: são outorgados a todas as pessoas C) EXTRAPATRIMONIAIS: não podem ser mensurados para comércio. D) INDISPONÍVEIS: nem por vontade própria do indivíduo o direito da personalidade pode mudar de titular E) IMPRESCRITÍVEIS: não têm “prazo de validade” F) IMPENHORÁVEIS:  não podem ser utilizados para o pagamento de obrigações G) VITALÍCIOS:  permanecem até a morte, ou até mesmo após a morte 1.5 CLASSIFICAÇÃO A) VIDA, INTEGRIDADE FÍSICA (CORPO VIVO, CADÁVER E VOZ) ART. 5º, CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA: Art. 5º. Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito à indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação; ART. 121, CÓDIGO PENAL: Art. 121. Matar alguém :Pena - reclusão, de seis a vinte anos... ART. 6º, PACTO INTERNACIONAL SOBRE DIREITOS CIVIS E POLÍTICOS ART. 13, 14 e 15, CÓDIGO CIVIL : Art. 13. Salvo por exigência médica, é defeso o ato de disposição do próprio corpo, quando importar diminuição permanente da integridade física, ou contrariar os bons costumes.Parágrafo único. O ato previsto neste artigo será admitido para fins de transplante, na forma estabelecida em lei especial.Art. 14. É válida, com objetivo científico, ou altruístico, a disposição gratuita do próprio corpo, no todo ou em parte, para depois da morte.Parágrafo único. O ato de disposição pode ser livremente revogado a qualquer tempo.Art. 15. Ninguém pode ser constrangido a submeter-se, com risco de vida, a tratamento médico ou a intervenção cirúrgica. ART. 9º, LEI 9.434/1997 (DOAÇÃO DE ÓRGÃOS E TECIDOS): Art. 9o É permitida à pessoa juridicamente capaz dispor gratuitamente de tecidos, órgãos e partes do próprio corpo vivo, para fins terapêuticos ou para transplantes em cônjuge ou parentes consangüíneos até o quarto grau, § 3º Só é permitida a doação referida neste artigo quando se tratar de órgãos duplos, de partes de órgãos, tecidos ou partes do corpo cuja retirada não impeça o organismo do doador de continuar vivendo sem risco para a sua integridade e não representegrave comprometimento de suas aptidões vitais e saúde mental e não cause mutilação ou deformação inaceitável, e corresponda a uma necessidade terapêutica comprovadamente indispensável à pessoa receptora.§ 4º O doador deverá autorizar ART. 90, §2º, LEI Nº 9.610/1998 (DIREITOS AUTORAIS:  são os direitos que todo criador de uma obra intelectual tem sobre a sua criação.) ! PROCEDIMENTOS ESTÉTICOS, TRANSFUSÃO DE SANGUE, TRANSGENITALIZAÇÃO, ABORTO, EUTANÁSIA, TESTAMENTO VITAL, CRIOGENIA B) INTEGRIDADE PSÍQUICA E CRIAÇÕES INTELECTUAIS (LIBERDADE, INTIMIDADE, PRIVACIDADE E SEGREDO) ART. 21, CÓDIGO CIVIL: A vida privada da pessoa natural é inviolável, e o juiz, a requerimento do interessado, adotará as providências necessárias para impedir ou fazer cessar ato contrário a esta norma.  
ART. 3º, I e IV, CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA:  Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil: I - construir uma sociedade livre, justa e solidária; IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. ART. 5º, II e X, CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA: Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante; X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação; Art. 7º, LEI 9.610/1998 : São obras intelectuais protegidas as criações do espírito, expressas por qualquer meio ou fixadas em qualquer suporte, tangível ou intangível, conhecido ou que se invente no futuro, tais como:I - os textos de obras literárias, artísticas ou científicas; ! BIOGRAFIAS NÃO AUTORIZADAS, DISCURSO DE ÓDIO, BULLYING C) INTEGRIDADE MORAL (HONRA, NOME, IMAGEM E IDENTIDADE PESSOAL) ART. 5º, X, CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA: X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação; ART. 16, 17, 18, 19 e 20, CÓDIGO CIVIL: Art. 16. Toda pessoa tem direito ao nome, nele compreendidos o prenome e o sobrenome.Art. 17. O nome da pessoa não pode ser empregado por outrem em publicações ou representações que a exponham ao desprezo público, ainda quando não haja intenção difamatória.Art. 18. Sem autorização, não se pode usar o nome alheio em propaganda comercial.Art. 19. O pseudônimo adotado para atividades lícitas goza da proteção que se dá ao nome.Art. 20. Salvo se autorizadas, ou se necessárias à administração da justiça ou à manutenção da ordem pública, a divulgação de escritos, a transmissão da palavra, ou a publicação, a exposição ou a utilização da imagem de uma pessoa poderão ser proibidas, a seu requerimento e sem prejuízo da indenização que couber, se lhe atingirem a honra, a boa fama ou a respeitabilidade, ou se se destinarem a fins comerciais. Parágrafo único. Em se tratando de morto ou de ausente, são partes legítimas para requerer essa proteção o cônjuge, os ascendentes ou os descendentes. ART. 55, LEI Nº 6.015/73: Quando o declarante não indicar o nome completo, o oficial lançará adiante do prenome escolhido o nome do pai, e na falta, o da mãe, se forem conhecidos e não o impedir a condição de ilegitimidade, salvo reconhecimento no ato. Parágrafo único. Os oficiais do registro civil não registrarão prenomes suscetíveis de expor ao ridículo os seus portadores. Quando os pais não se conformarem com a recusa do oficial, este submeterá por escrito o caso, independente da cobrança de quaisquer emolumentos, à decisão do Juiz competente. ! HONRA OBJETIVA: é o juízo que os demais formam de nossa personalidade, e através do qual a valoram /SUBJETIVA: a honra subjetiva cuida do conceito que a pessoa tem de si mesma, dos valores que ela se autoatribui e que são maculados com o comportamento levado a efeito pelo agente. ! IMAGEM RETRATO: representação física da pessoa, como um todo ou em separada, desde que identificáveis, por meio de pinturas, sites, fotografias e etc., que requer a autorização do retratado. /ATRIBUTO: é o conjunto de qualidades fomentado pela pessoa, reconhecido socialmente, como por exemplo, habilidade, competência, lealdade e etc. ! PSEUDÔNIMO nome adotado por autor ou responsável por uma obra, que não usa o seu nome civil verdadeiro. 1.6 PROTEÇÃO DOS DIREITOS DA PERSONALIDADE A) PREVENTIVA: ou tutela preventiva busca prevenir a ocorrência de lesão ao direito personalíssimo. ! ART.22, LEI 11.340/2006 B) REPRESSIVA (ART. 12 e 20, CC/02):  ou tutela repressiva busca indenizar por perdas e danos a pessoa que teve seu direito personalíssimo lesionado. ! REPARAÇÃO CIVIL / SANÇÃO CRIMINAL ! ART. 186, 187, CC/02 ! ART. 5º, X, CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA E se a pessoa que foi alvo da ofensa for uma pessoa que morreu?Nesse caso, quem sofre são os familiares...
1. AUSÊNCIA:  é a presunção da morte da pessoa física, para fins civis, em virtude de desconhecimento de seu paradeiro, após longo tempo e cujas circunstâncias levam a fundadas dúvidas da continuação de sua existência. 1.1 MORTE REAL: Pressupõe a existência de um cadáver. Acha-se o corpo ou restos dele. A morte real é atestada pela morte encefálica. É feita uma certidãode óbito, registrada em registro público. ! COMORIÊNCIA! (ART. 8º, CC/02) : é o instituto pelo qual se considera que duas ou mais pessoas morreram simultaneamente, sempre que não se puder averiguar qual delas pré-morreu, ou seja, quem morreu em primeiro lugar. 1.2 MORTE PRESUMIDA: SEM DECLARAÇÃO DE AUSÊNCIA :ART. 7º, CC/02. Pode ser declarada a morte presumida, sem decretação de ausência: I – se for extremamente provável a morte de quem estava em perigo de vida; II – se alguém, desaparecido em campanha ou feito prisioneiro, não for encontrado até dois anos após o término da guerra. Parágrafo único. A declaração da morte presumida, nesses casos, somente poderá ser requerida depois de esgotadas as buscas e averiguações, devendo a sentença fixar a data provável do falecimento. 1.3 PROCEDIMENTO DE JUSTIFICAÇÃO DE ÓBITO :ART. 88, LEI 6.105/1973 (LEI DOS REGISTROS PÚBLICOS). Poderão os juízes togados admitir justificação para assento de óbito de pessoas desaparecidas em naufrágio, inundação, incêndio, terremoto ou qualquer outra catástrofe, quando estiver provada a sua presença no local do desastre e não for possível encontrar-se o cadáver para exame. 1.4. MORTE PRESUMIDA: DECLARAÇÃO DE AUSÊNCIA ART. 22, CC/02 / ART. 23, CC/02 ! Desaparecimento do domicílio, sem notícias e sem procurador dos bens, negócios e demais obrigações ! Desaparecimento, sem notícias; há procurador, mas este não queira ou não possa continuar o mandato. ART. 6º, CC/02. A existência da pessoa natural termina com a morte; presume-se esta, quanto aos ausentes, nos casos em que a lei autoriza a abertura de sucessão definitiva. A) CURADORIA DOS BENS DO AUSENTE :  nesta fase, o legislador se preocupa com a proteção dos bens do ausente. A curadoria (ADMINISTRAR) tem, em regra, duração de 1 ano. Caso o ausente tenha deixado procurador, o prazo passa a ser de 3 anos. Essa fase se encerra, pela confirmação da morte do ausente; pelo seu retorno ou pela abertura da sucessão provisória. B) SUCESSÃO PROVISÓRIA: os herdeiros podem entrar na posse dos bens do ausente, desde que prestem garantia da restituição deles, em caso de retorno do ausente. Essa fase, durará, em regra, 10 anos (contados do trânsito em julgado da decisão que abre a sucessão provisória). O prazo se reduz para 5 anos, se o ausente tiver mais de 80 anos e de mais de 5 anos datarem suas últimas notícias. Essa fase se encerra pela pela confirmação de morte do ausente, pelo seu retorno ou pela abertura da sucessão definitiva. REQUISITOS: ART. 26, CC/02. Decorrido um ano da arrecadação dos bens do ausente, ou se ele deixou representante ou procurador, em se passando três anos, poderão os interessados requerer que se declare a ausência e se abra provisoriamente a sucessão. C) SUCESSÃO DEFINITIVA:  nesta que é a última fase, os herdeiros podem solicitar o levantamento das garantias prestadas, adquirindo assim, o domínio dos bens deixados. No entanto, o domínio será resolúvel, uma vez que, caso o ausente retorne, terá seus bens de volta, porém, no estado em que se encontrarem. Todavia, é importante ressaltarmos que o ausente só terá esse direito, se retornar em até 10 anos contados da abertura da sucessão definitiva, depois disso, não mais terá direito aos bens. REQUISITOS: ART. 37, CC/02. Dez anos depois de passada em julgado a sentença que concede a abertura da sucessão provisória, poderão os interessados requerer a sucessão definitiva e o levantamento das cauções prestadas. ART. 38. Pode-se requerer a sucessão definitiva, também, provando-se que o ausente conta com oitenta anos de idade, e que de cinco anos datam as últimas notícias dele. REGRESSO DO AUSENTE ! ART. 39, CC/02: . Regressando o ausente nos dez anos seguintes à abertura da sucessão definitiva, ou algum de seus descendentes ou ascendentes, aquele ou estes haverão só os bens existentes no estado em que se acharem, os sub-rogados em seu lugar, ou o preço que os herdeiros e demais interessados houverem recebido pelos bens alienados depois daquele tempo.Parágrafo único. Se, nos dez anos a que se refere este artigo, o ausente não regressar, e nenhum interessado promover a sucessão definitiva, os bens arrecadados passarão ao domínio do Município ou do Distrito Federal, se localizados nas respectivas circunscrições, incorporando-se ao domínio da União, quando situados em território federal.
1.INTRODUÇÃO 2. TEORIAS EXPLICATIVAS DA NATUREZA JURÍDICA A) TEORIA NEGATIVISTA : negava a existência da pessoa jurídica. B)TEORIA AFIRMATIVA B.1) TEORIA DA FICÇÃO: a pessoa jurídica não teria existência social, mas somente existência ideal, sendo produto da técnica jurídica. Em outras palavras, pessoa jurídica como ente fictício, já que só a pessoa natural é sujeito de direito. B.2) TEORIA DA REALIDADE OBJETIVA: a pessoa jurídica teria existência social e consiste em um organismo vivo na sociedade (ou seja, com atuação na sociedade). Pessoas jurídicas como realidade viva e não mera abstração B.3) TEORIA DA REALIDADE TÉCNICA: reconhece a atuação social da pessoa jurídica, admitindo ainda que a sua personalidade é fruto da técnica jurídica. 3. PRESSUPOSTOS EXISTENCIAIS DA PESSOA JURÍDICA A) VONTADE HUMANA: concentra-se na intenção de criar uma entidade com personalidade distinta da de seus membros. A vontade humana materializa-se no ato de constituição através do estatuto, contrato social ou escritura pública; ou testamento, estes no caso das fundações. B) OBSERVÂNCIA DAS CONDIÇÕES LEGAIS : instrumento particular ou público, registro, autorização ou aprovação do Governo, A aquisição da personalidade jurídica exige, na forma da legislação em vigor, a inscrição dos seus atos constitutivos (contrato social ou estatuto) no registro peculiar. C) LICITUDE DO OBJETO: Não há que se reco nhecer existência legal e validade à pessoa jurídica que tenha ob jeto social ilícito ou proibido por lei, pois a autonomia da vontade não chega a esse ponto. A autonomia da vontade é limitada pela lei, neste sentido.4. CARACTERÍSTICAS( direitos relacionados com a personalidade (a rt. 52, CC). Ex.: nome. direito das coisas (a pessoa jurídica pode ser proprietária ou possuidora); direitos obrigacionais gerais (são sujeitos de direito) ,direitos industriais quanto às marcas e aos nomes (art. 5º, XXIX da CF) , direitos sucessórios (a pessoa jurídica pode adquirir bens mortis causa, por sucessão testamentária) ,admite-se a possibilidade da pessoa jurídica sofrer dano moral, na esteira da Súmula 227 do STJ. ) A) PERSONALIDADE JURÍDICA: Trata-se do atributo reconhecido a uma pessoa para que possa atuar no plano jurídico (titularizando relações diversas) e reclamar a proteção jurídica dedicada pelos direitos da personalidade. B) PATRIMÔNIO: o corolário da responsabilidade limitada dos sócios é a diferenciação de patrimônio de cada sócio e o patrimônio da sociedade. Há patrimônio do sócio investido, que corresponde ao patrimônio conferido ao capital social. Este é o patrimônio que se torna o patrimônio da sociedade, sujeito aos riscos do negócio e que, portanto, confere segurança a terceiros para que contratem com a empresa.os bens pessoais dos sócios nada têm de relação com o patrimônio da sociedade e também não devem ser confundidos com este. 5. SURGIMENTO DA PESSOA JURÍDICA: CC de 2002, art. 45: Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito privado com a inscrição do ato constitutivo no respectivo registro, precedida, quando necessário, de autorização ou aprovação do Poder Executivo, averbando-se no registro todas as alterações por que passar o ato constitutivo. ! ATO CONSTITUTIVO ART. 46, CC/02 ART. 1º, II, LEI Nº 8.934/1994 ART. 120, LEI Nº 6.015/1973 ! SOCIEDADE IRREGULAR : é uma sociedade com contrato social não registrado. 6. CAPACIDADE E REPRESENTAÇÃO DA PESSOA JURÍDICA : Considerando sua estrutura organizacional, moldada a partir da técnica jurídica, esse ente social não poderá, por óbvio, praticar todos os atos jurídicos admitidos para a pessoa natural. Por se tratar de um ente cuja personificação é decorrência da técnica legal, sem existência biológica ou orgânica, a pessoa jurídica, dada a sua estrutura, exige órgãos de representação para poder atuar na órbita social. 7. CLASSIFICAÇÃO DAS PESSOAS JURÍDICAS: Ao contrário da pessoa física, que já adquire o reconhecimento dos seus direitos e deveres a partir do momento em que nasce, a pessoa jurídica precisa ser formalmente criada e registrada perante os órgãos competentes para existir legalmente. A) PESSOAS JURÍDICAS DE DIREITO PÚBLICO: Pessoas jurídicas de direito público interno :O Art. 41 do Código Civil brasileiro de 2002 elenca quais são as pessoas jurídicas de direito público interno.
As pessoas jurídicas de direito público interno se dividem em entes de administração direta União, Estados, Distrito Federal e Territórios e Município e entes de administração indireta, como é o caso das autarquias (como o INSS) e das demais entidades de caráter público criadas por lei, como por exemplo as fundações públicas de direito público (fundação pública).
Sua existência legal (personalidade), ou seja, sua criação e extinção, decorre de lei. Pessoas jurídicas de direito público externo :Conforme o Art. 42 do Código Civil brasileiro de 2002, sem equivalência no Código Civil de 1916, são pessoas jurídicas de direito público externo os Estados estrangeiros e todas as pessoas que forem regidas pelo direito internacional público.São exemplos de pessoas jurídicas de direito público externo as nações estrangeiras, Santa Sé e organismos internacionais (ONU, OEA, União Europeia, Mercosul, UNESCO,FAO etc). ART. 41 e 42, CC/02 B) PESSOAS JURÍDICAS DE DIREITO PRIVADO: são pessoas jurídicas de direito privado: as associações, as sociedades, as fundações, as organizações religiosas, os partidos políticos e as empresas individuais de responsabilidade limitada.são aquelas reguladas principalmente pelo código civil e que são criadas com o intuito de atender a vontade dos particulares. As pessoas jurídicas de direito privado são instituídas por iniciativa de particulares.
As pessoas jurídicas de direito privado dividem-se em duas categorias: de um lado, as estatais; de outro, as particulares. Para essa classificação interessa a origem dos recursos empregados na constituição da pessoa, posto que são estatais aquelas para cujo capital houve contribuição do Poder Público (sociedades de economia mista, empresas públicas) e particulares as constituídas apenas com recursos particulares. ! CORPORAÇÕES: são aquelas em que determinado conjunto de pessoas atuam com finalidade própria, resultando na instituição de sociedades, associações, partidos políticos e em entidades religiosas. ! ASSOCIAÇÕES : a associação consiste na união de duas ou mais pessoas, por meio de um estatuto social, para a realização de um fim moral, social, cultural ou esportivo, mediante contribuição mensal para a manutenção da atividade. ART. 5º, XVII, CR/88 ART. 53, CC/02 ! SOCIEDADES : consiste na união de duas ou mais pessoas, por meio de um contrato ou estatuto social, no qual os sócios se obrigam a contribuir, reciprocamente, à título de investimento, com bens ou serviços.A sociedade visa o exercício de atividade econômica, havendo por finalidade a partilha dos resultados ao final do exercício social.Logo, a sociedade é uma associação de esforços, de pessoas na busca do lucro a ser partilhado entre os participantes. ART. 981, CC/02 ! FUNDAÇÕES: é um conjunto de bens que são organizados com uma finalidade específica, qual seja o interesse social. Aqui o seu fundador deseja atender finalidades diferentes daquelas comumente conhecidas e sem intuito lucrativo. caracterizam-se pela existência de um acervo de econômico, instituído como instrumento para a realização de determinado fim;ART. 62, CC/02 ! EIRELI’S:  a empresa individual de responsabilidade limitada será constituída por uma única pessoa titular da totalidade do capital social, devidamente integralizado, que não será inferior a 100 vezes o maior salário-mínimo vigente no País, Vale ressaltar que a jurisprudência tem entendido que a Eireli pode ser constituído tanto por pessoa física quanto por pessoa jurídica.
 ART. 980-A, CC/02 ! PARTIDOS POLÍTICOS: constitui-se por meio de estatuto social, devendo, também, ser registrado no TRE e TSE. Não tem fins lucrativos e a contribuição, para manutenção, vem, em regra, dos candidatos. ART. 2º, LEI Nº 9.096/1995. É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos cujos programas respeitem a soberania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo e os direitos fundamentais da pessoa humana. ! ORGANIZAÇÕES RELIGIOSAS : são as igrejas ou entidades destinadas exclusivamente à profecia vocacional, a tratar e cuidar apenas de religião, crença e fé. ART. 5º, VI, CR/88 ART. 44, §1º, CC/02 8. RESPONSABILIDADE CIVIL E PENAL DAS PESSOAS JURÍDICAS ART. 2º, CC/02: A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro. ART. 186, CC/02:  Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito. ART. 389, CC/02:  Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito. ART. 37, §6º, CF/88 :  A lei disporá sobre os requisitos e as restrições ao ocupante de cargo ou emprego da administração direta e indireta que possibilite o acesso a informações privilegiadas.   ART. 3º, LEI Nº 9.605/1998: As pessoas jurídicas serão responsabilizadas administrativa, civil e penalmente conforme o disposto nesta Lei, nos casos em que a infração seja cometida por decisão de seu representante legal ou contratual, ou de seu órgão colegiado, no interesse ou benefício da sua entidade.Parágrafo único. A responsabilidade das pessoas jurídicas não exclui a das pessoas físicas, autoras, co-autoras ou partícipes do mesmo fato. 9. DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA ABUSO DE DIREITO ART. 50, CC/02 Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade ou pela confusão patrimonial, pode o juiz, a requerimento da parte, ou do Ministério Público quando lhe couber intervir no processo, desconsiderá-la para que os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos bens particulares de administradores ou de sócios da pessoa jurídica beneficiados direta ou indiretamente pelo abuso. ART. 29, CDC : Para os fins deste Capítulo e do seguinte, equiparam-se aos consumidores todas as pessoas determináveis ou não, expostas às práticas nele previstas. DESCONSIDERAÇÃO INVERSA DA PERSONALIDADE JURÍDICA: caracteriza-se pelo afastamento da autonomia patrimonial da sociedade, para contrariamente ao que ocorre na desconsideração da personalidade propriamente dita, atingir o ente coletivo e seu patrimônio social de modo a responsabilizar a pessoa

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