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Ação Popular contra Concessionária e Prefeitura por Obra em Área de Preservação

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A sociedade empresária K, concessionária do serviço de manutenção de uma estrada municipal, na qual deveria realizar investimentos sendo remunerada com o valor do pedágio pago pelos usuários do serviço, decidiu ampliar suas instalações de apoio. Após amplos estudos, foi identificado o local que melhor atenderia às suas necessidades. Ato contínuo, os equipamentos foram alugados e foi providenciado o cerco do local com tapumes. De imediato, foi fixada a placa, assinada por engenheiro responsável, indicando a natureza da obra a ser realizada e a data do seu início, o que ocorreria trinta dias depois, prazo necessário para a conclusão dos preparativos. João da Silva, usuário da rodovia e candidato ao cargo de deputado estadual no processo eleitoral que estava em curso, ficou surpreso com a iniciativa da sociedade empresária K, pois era público e notório que o local escolhido era uma área de preservação ambiental permanente do Município Alfa. Considerando esse dado, formulou requerimento, dirigido à concessionária, solicitando que a obra não fosse realizada. A sociedade empresária K indeferiu o requerimento, sob o argumento de que o local escolhido fora aprovado pelo Município, que concedeu a respectiva licença, assinada pelo prefeito Pedro dos Santos, permitindo o início das obras. O local, ademais, era o que traria maiores benefícios aos usuários.
João da Silva, irresignado com esse estado de coisas, contratou seus serviços, como advogado (a). Ele afirmou que quer propor uma ação judicial para que seja declarada a nulidade da licença concedida e impedida a iminente realização das obras no local escolhido, que abriga diversas espécies raras da flora e da fauna silvestre.
Levando em consideração as informações expostas, elabore a medida judicial adequada, com todos os fundamentos jurídicos que confiram sustentação à pretensão. (Valor: 5,00)
Obs.: a peça deve abranger todos os fundamentos de Direito que possam ser utilizados para dar respaldo à pretensão. A simples menção ou transcrição do dispositivo legal não confere pontuação.
SEGUE A RESPOSTA ABAIXO:
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA XX VARA CÍVEL DA FAZENDA PÚBLICA DA COMARCA DE ALFA.
JOÃO DA SILVA, brasileiro, candidato a deputado estadual, portador da cédula de identidade R.G. nº XXXXXX, e inscrito no CPF sob o nº XXXXXXXXXX, residente e domiciliado na (Rua), nº XXX, São Caetano/PE, CEP.: XXXXXXX, portador do Título de Eleitor nº 123456, Seção XXX, Zona XXX, cidadão em pleno gozo de seus direitos políticos, vem por meio de seu advogado (procuração anexa), propor Ação Popular em face do Estado prefeito municipal Pedro dos Santos, AUTORIDADE ADMINISTRATIVA, em face ao Município Alfa, Pessoa jurídica de direito público e em face a sociedade empresária K, Pessoa Jurídica de direito privado, CNPJ..., sede..., endereço eletrônico..., por meio do representante legal..., pelos fatos e fundamentos a seguir exposto:
I – DOS FATOS
A sociedade empresária K, concessionária do serviço de manutenção de uma estrada municipal, na qual deveria realizar investimentos sendo remunerada com o valor do pedágio pago pelos usuários do serviço, decidiu ampliar suas instalações de apoio. Sendo assim, foi providenciado o cerco do local com tapumes e dito se iniciado a obra. De imediato, foi fixada a placa, assinada por engenheiro responsável, indicando a natureza da obra a ser realizada e a data do seu início, o que ocorreria trinta dias depois, prazo necessário para a conclusão dos preparativos. João da Silva, usuário da rodovia, ficou surpreso com a iniciativa da sociedade empresária K, pois era público e notório que o local escolhido era uma área de preservação ambiental permanente do Município Alfa. Considerando esse dado, formulou requerimento, dirigido à concessionária, solicitando que a obra não fosse realizada.
A sociedade empresária K indeferiu o requerimento, sob o argumento de que o local escolhido fora aprovado pelo Município, que concedeu a respectiva licença, assinada pelo prefeito Pedro dos Santos, permitindo o início das obras. O local, ademais, era o que traria maiores benefícios aos usuários.
É cabível salientar que João da Silva, é usuário recorrente da estrada localizada no município ALFA, e devidamente correto com suas obrigações eleitorais com o título de eleitor de nº xxxxx, anexo certidão de quitação eleitoral. Ele ficou inconformado com uma decisão do prefeito do município Alfa. Tendo em vista que o requerente ficou inconformado pelo fato do Prefeito Pedro dos Santos ter subestimado a sua população e ter beneficiado a empresa K sem ter pensado de maneira consciente no meio ambiente e na sua população. Tendo em vista que o autor vem através deste documento, amparados pela LEI Nº 12.651, DE 25 DE MAIO DE 2012, art. 2º, art. 3º II, III e por último e não menos importante pelo Art. 225, caput, da CRFB/88.
II – LEGITIMIDADE
A) ATIVA
A Ação Popular tem previsão no artigo 5º, inciso LXXII da Constituição Federal: “Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade”. Esse artigo garante o seu ajuizamento a todos os cidadãos no regular gozo dos seus direitos, políticos, o que é o caso do autor, conforme comprovado pelo Título Eleitoral e Certidão de Obrigações Eleitorais.
B) PASSIVA
O réu apontado nessa peça processual é devidamente responsável pelo ato ilegal, lesivo ao meio ambiente, conforme artigo 225, caput, da CRFB/88 e a LEI Nº 12.651, DE 25 DE MAIO DE 2012, art. 2º, art. 3º II, III, pelo fato de ter concedido a licença de construção (Lei nº 4.717/65, Art. 6º, caput); a do Município Beta por se almejar obstar os efeitos de uma licença que concedeu por intermédio do prefeito (Lei nº 4.717/65, Art. 6º, § 3º); e da sociedade empresária K do fato de ser a beneficiária da licença concedida (Lei nº 4.717/65, Art. 6º, caput), estando na iminência de realizar a obra. A ação será proposta contra pessoas públicas e privadas e as entidades referidas no artigo 1º contra as autoridades, funcionários ou administradores que houverem autorizado, aprovado, ratificado ou praticado o ato impugnado ou que, por omissas, tiveram dado oportunidades à lesão, e contra os beneficiários direitos do mesmo.
C) PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA
A Tutela de Urgência na Ação Popular está prevista no artigo 5º parágrafo 4ª da Lei 4717/65: “Conforme a origem do ato impugnado, é competente para conhecer da ação, processá-la e julgá-la o juiz que, de acordo com a organização judiciária de cada Estado, o for para as causas que interessem à União, ao Distrito Federal, ao Estado ou ao Município”. Esse artigo demonstra a probabilidade do direito e o perigo da dano ou o risco do resultado útil do processo.
III – DO CABIMENTO AÇÃO POPULAR
O artigo 5º, inciso LXXXII da CF/88 menciona:
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência;
Com base no artigo acima citado admite a impetração da Ação Popular, por qualquer cidadão, que visa anular o ato lesivo ao patrimônio público, por sua vez, à moralidade administrativa ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural. Conforme a Lei nº 4.717/65, Art. 2º, parágrafo único, que estabelece o rito da presente ação. Conforme redação da Constituição Federal a celebração de contrato de concessão, sem a devida licitação, é contrato administrativo que ofende a moralidade administrativa, já mencionada na presente ação, inclusiveseus pontos cruciais. Além de ser ato lesivo ao patrimônio. Dito isto, o ajuizamento da presente é perfeitamente cabível.
IV – INTIMAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Ao Ministério Público é cabível o acompanhamento da ação, que por sua vez atua como fiscal da Lei com base no parágrafo 46º da Lei 4.717/65.
V – FUNDAMENTOS JURÍDICOS
No Artigo 37 da CF/88 na Lei os Princípios da Administração Pública: “A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência” (BRASIL, 1988, [s.p.]).
De acordos com os Princípios da Administração Pública vamos a uma análise um pouco mais criteriosa.
No Princípio da Legalidade a Administração Pública está subordinada às leis e à Constituição, assim como todo cidadão; no Princípio da Impessoalidade a Administração Pública deve ter como único objetivo o interesse público, jamais os interesses pessoais dos seus políticos ou de algum grupo específico; no Princípio da Moralidade administrativa se refere a padrões éticos, ao decoro, à boa-fé, à honestidade, à lealdade e à probidade no trato da Coisa Pública, sempre tendo como finalidade o bem comum. O desrespeito a esse princípio enseja a chamada improbidade administrativa; no Princípio de Publicidade os atos da Administração Pública são públicos por natureza, devendo ser transparentes a toda a sociedade, que deve ter conhecimento não só dos atos praticados pelo Poder Público e por fim no Princípio de Eficiência Administrativo, prevendo que o administrador deve buscar sempre os melhores resultados com o menor custo à Administração, em uma positiva relação de custo/benefício, buscando presteza e qualidade em suas atividades.
Pela Supremacia do Interesse Público (finalidade), pela razoabilidade e proporcionalidade dos seus atos, pela motivação, pela segurança jurídica e pela ampla defesa e o contraditório nas relações com os administrados.
Outro princípio constitucional administrativo de imensa relevância é o da obrigatoriedade de licitação para contratação com a Administração Pública, que está previsto no art. 37, XXI:
Ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e alienações serão contratados mediante processo de licitação pública que assegure igualdade de condições a todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirá as exigências de qualificação técnica e econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações.
O desrespeito a esse princípio pode constituir improbidade administrativa e, inclusive, a ocorrência de crimes de modalidade licitatória.
A Ação Popular está prevista no art. 5º, LXXIII, da CF/88, que dispõe:
Qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência. (BRASIL, 1988, [s.p.]
Somente quem estiver no gozo de seus direitos políticos que pode ingressar com Ação Popular, por esta razão anexo a certidão de quitação eleitoral juntamente com o título de leitor para fins comprobatório.
Com base no artigo 1º da Constituição da República:
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos da Constituição.
VI – LIMIAR
Trata-se o presente caso de grande relevância, tendo em vista que é cabível evitar a lesão ao patrimônio público, em virtude de imoralidade administrativa.
VII – DOS PEDIDOS
Pelo exposto, requer a Vossa Excelência:
a) A citação do Réu para a devida contestação a presente ação, sob pena da aplicação dos efeitos da Revelia;
b) A declaração de nulidade da licença concedida pelo Município Alfa, assinada pelo prefeito Pedro dos Santos.
c) A proibição de realização de obras na área de preservação ambiental permanente.
d) A confirmação da Liminar, nos termos em que foi requerida;
e) A produção das provas documentais.
f) A devolução do dinheiro público eventualmente recebido pela Empresa K.
Dá-se à causa o valor de R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais)
Pede deferimento.
ALFA, 24 de março de 2020.
ADVOGADO
OAB/RJ 123456

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