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Casos concretos 2 a 7 Pratica Simulada IV

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Caso Concreto 02
Constituição do Estado de São Paulo. 
Artigo 126 - Aos servidores titulares de cargos efetivos do Estado, incluídas suas autarquias e fundações, é assegurado regime de previdência de caráter contributivo e solidário, mediante contribuição do respectivo ente público, dos servidores ativos e inativos e dos pensionistas, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial e o disposto neste artigo. (...) 
 4º - É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria aos abrangidos pelo regime de que trata este artigo, ressalvados, nos termos definidos em leis complementares, os casos de servidores: I- portadores de deficiência; II - que exerçam atividades de risco; III - cujas atividades sejam exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física. 
Com base na hipotética situação e, considerando que a Constituição Paulista atribui competência ao Tribunal de Justiça para julgar ações que visem combater a inexistência de norma regulamentadora estadual ou municipal de qualquer dos Poderes, inclusive da Administração Indireta, que torne inviável o exercício de direitos assegurados na Constituição da República e na Constituição Estadual, atue na qualidade de advogado contratado pelo Sindicato dos Servidores Públicos Municipais do Município Y promova a medida judicial cabível para atender aos interesses de Teresa e demais associados, atentando-se para os requisitos formais da medida judicial a ser elaborada.
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO.
O SINDICATO DOS SERVIDORES PÚBLICOS MUNICIPAIS DO
MUNICÍPIO Y,pessoa jurídica de direito privado, CNPJ no ..., com sede na rua ..., número ..., Bairro ..., Município Y/São Paulo, CEP ..., representado neste ato por seu presidente Caio ..., nacionalidade ..., estado civil, ..., residente e domiciliado na rua ..., número ..., Bairro ..., Município .../..., CEP ..., endereço eletrônico ..., mandato anexo, vem, por intermédio do seu advogado regularmente constituído, conforme procuração anexa, com endereço profissional na rua ..., bairro ..., cidade .../..., que indica para os fins do artigo 77, inciso V do CPC, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com esteio no artigo 12, inciso III, da Lei 13.300/16 e no art. 5o, inciso LXXI da Constituição Federal, propor o presente
MANDADO DE INJUNÇÃO COLETIVO
em face de ... PREFEITO DO MUNICÍPIO Y, nacionalidade ..., estado civil ..., profissão ..., portador da cédula de identidade no ..., CPF no ..., residente e domiciliado na rua ..., número ..., Bairro ..., Município .../..., CEP devendo este ser citado na pessoa do Procurador-Geral do Município Y, com sede na Prefeitura Municipal na rua ..., número
..., Bairro ..., Município Y/São Paulo, CEP .., pelos fatos e fundamentos jurídicos a segui
I – DOS FATOS
Teresa é funcionária do município de Y, Estado de São Paulo, e exerce, há 16 anos, atividade profissional em estação de tratamento de esgoto, submetendo-se à exposição constante a agentes nocivos à saúde. Recebe, assim como todos aqueles que trabalham nesta função, adicional por insalubridade. Caio, presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais do Município Y, afirma que segundo a lei orgânica do município, compete ao prefeito apresentar proposta de Lei Complementar para regular o exercício do direito à aposentadoria especial dos servidores públicos municipais, efetivando-se, assim, o direito previsto na constituição estadual a tal benefício:
II – DO DIREITO
A ausência de Lei Complementar Municipal que regule o direito previsto na Constituição Estadual de São Paulo, torna inviável o exercício do direito a aposentaria especial desses servidores públicos municipais, que trabalham em condições especiais. De acordo com o Artigo 126, § 4º, III da Constituição Estadual, é direito do servidor que exerce atividade sob condições especiais que tragam risco sua saúde ou a integridade física, a aposentadoria com critérios diferenciados.
E é do Chefe do Poder Executivo Municipal a iniciativa de projeto de Lei Complementar que disponha sobre o assunto da aposentadoria especial dos servidores municipais, uma vez que há nos quadro de servidores, os que preenchem tais requisitos de acordo com a forma da lei: “Art. 51 - Compete, exclusivamente, ao Prefeito a iniciativa dos projetos de lei que disponham sobre: (...) III - regime jurídico, provimento de cargos, estabilidade e aposentadoria dos servidores”, Lei orgânica do Município Y.
Diante da inercia do ente público em não se ater ao procedimento da demanda até o presente momento, os servidores públicos municipais que carecem de legislação acerca do tema, vem notadamente sendo prejudicados em seu direito.
Desta forma, não restou outra alternativa, senão ingressar com a presente ação judicial para cessar os prejuízo aos filiados desta entidade ante a falta de legislação, pugnando, ainda, a aplicação analógica do Artigo 57 da Lei 8.213/1991.
De acordo com Artigo 2º, da lei 13.300/16, o mandado de injunção é o instrumento correto para viabilizar o direito a se aposentar dos funcionários municipais que tem exposição a agentes noivos, no caso da não existência de norma regulamentadora.
Para o Prof. José Rubens da Costa:
O mandado de injunção é medida satisfativa de um direito constitucional fundamental. O judiciário, à falta de norma, deverá, por obrigação constitucional, viabilizar o exercício do direito carente de regulametação, ao seu juízo e valor, consoante a hermenêutica constitucional, à luz dos princípios estruturantes do Estado Democrático de Direito (DA COSTA, 1990, p. 428).
O STF já assentou que a mora legislativa na edição da lei necessária ao gozo de direito tem por consequência a reparação constitucional devida, pelas perdas e danos. MI 283 / DF - DISTRITO FEDERAL - MANDADO DE INJUNÇÃO - Relator (a): Min.
SEPÚLVEDA PERTENCE Julgamento: 20/03/1991 Órgão Julgador: Tribunal Pleno - Publicação DJ 14-11-1991 PP-16355 EMENT VOL-01642-01 PP-00001 - RTJ VOL-00135-03 PP-00882.
Portanto, é competência legislativa do prefeito a edição da norma, levando em consideração ainda a competência concorrente, prevista no Artigo 24, XII da CF, uma vez que ele deixou de legislar, conforme lhe permite o Artigo 30,I da CF.
III – DOS PEDIDOS
Ante o exposto, requer:
a) A notificação da autoridade coautora, o Prefeito, para prestar informações no prazo de dez dias.;
b) Intimação do Ministério Público para apresentação de parecer, no prazo de 10 dias;
c) A procedência do pedido, para que seja declarada omissão normativa e aplicação analógica do art. 57, § 1o da lei 8.213/1191 para todos os filiados do impetrante até que seja editada norma pertinente pelo Prefeito, no prazo de X dias, sob pena de multa.
Requer a produção de todas as provas em direito admitidas, conforme artigo 369 do CPC, especialmente documental.
Dá-se à causa o valor de R$ ... 
Nestes termos, pede deferimento.
Local, data
Advogado/UF
Caso Concreto 03
Marcos Silva, aluno de uma Universidade Federal, autarquia federal, inconformado com a nota que lhe fora atribuída em uma disciplina do curso de graduação, abordou a professora Maria Souza, servidora pública federal, com um canivete em punho e, em meio a ameaças, exigiu que ela modificasse sua nota. Nesse instante, a professora, com o propósito de repelir a iminente agressão, conseguiu desarmar e derrubar o aluno, que, na queda, quebrou um braço. Diante do ocorrido, foi instaurado Processo Administrativo Disciplinar (PAD), para apurar eventual responsabilidade da professora. Ao mesmo tempo, a professora foi denunciada pelo crime de lesão corporal. Na esfera criminal, a professora foi absolvida, uma vez que restou provado ter agido em legítima defesa, em decisão que transitou em julgado. O processo administrativo, entretanto, prosseguiu, sem a citação da servidora, pois a Comissão nomeada entendeu que a professora já tomara ciência da instauraçãodo procedimento por meio da imprensa e de outros servidores. 
Ao final, a Comissão apresentou relatório pugnando pela condenação da servidora à pena de demissão. O PAD foi encaminhado ao reitor da universidade para a decisão final, que, sob o fundamento de vinculação ao parecer emitido pela Comissão, aplicou a pena de demissão à servidora, afirmando, ainda, que a esfera administrativa é autônoma em relação à criminal. Em 11/01/2017, a servidora foi cientificada de sua demissão, por meio de publicação em Diário Oficial, ocasião em que foi afastada de suas funções, e, em 22/02/2017, procurou seu escritório para tomar as medidas judiciais cabíveis, informando, ainda, que, desde o afastamento, está com sérias dificuldades financeiras. Como advogado(a), elabore a peça processual adequada para amparar a pretensão de sua cliente, analisando todos os aspectos jurídicos apresentados.
Elabore a peça adequada, considerando que: I. não há necessidade de dilação probatória; II. já transcorreram mais de 30 (trintas) dias desde a publicação da demissão; III. deverá ser adotada a medida judicial cujo procedimento seja, em tese, o mais célere. 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ FEDERAL DA SEÇÃO JUDICIARIA DO ESTADO "..."
MARIA SOUZA, nacionalidade, estado civil, professora, portadora da carteira de identidade nº "...", inscrita no CPF/MF sob o nº "...", residente e domiciliada na Rua "...", Bairro "...", Cidade "...", UF "...", CEP "...", e-mail "...", vem, perante Vossa Excelência, representada nesse ato por seu advogado regularmente constituído, inscrito na OAB sob o nº "...", com endereço profissional "..." (endereço completo), endereço eletrônico "...", com base no artigo 5º, LXIX da Constituição Federal e a Lei 12016/09, para propor o presente:
MANDADO DE SEGURANÇA COM PEDIDO LIMINAR
pelo rito especial, contra ato do Reitor da Universidade Federal do estado "...", com endereço na Rua "...", pelos fatos e fundamentos que se expõe a seguir.
I - DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA 
Afirma a parte autora ser pessoa hipossuficiente, não podendo custear as despesas advindas do presente processo sem pôr em risco a subsistência sua e de sua família, razão pela qual requer o deferimento da gratuidade de justiça, conforme artigo 98 e seguintes do Código de Processo Civil.
II - DOS FATOS
Marcos Silva, aluno de uma Universidade Federal, autarquia federal, inconformado com a nota que lhe fora atribuída em uma disciplina do curso de graduação, abordou a parte Autora e em meio a ameaças, exigiu que ela modificasse sua nota. Nesse instante, a professora, com o propósito de repelir a 2 iminente agressão, conseguiu desarmar e derrubar o aluno, que, na queda, quebrou um braço. Diante do ocorrido, foi instaurado Processo Administrativo Disciplinar (PAD), para apurar eventual responsabilidade da professora. Ao m esmo tempo, a professora foi denunciada pelo crime de lesão corporal. Na esfera criminal, a professora foi absolvida, uma vez que restou provado ter agido em legítima defesa, em decisão que transitou em julgado. O processo administrativo, entretanto, prosseguiu, sem a citação da servidora, pois a Comissão nomeada entendeu que a professora já tomara ciência da instauração do procedimento por meio da imprensa e de outros servidores. Ao final, a Comissão apresentou relatório pugnando pela condenação da servidora à pena de demissão. O PAD foi encaminhado ao reitor da universidade para a decisão final, que, sob o fundamento de vinculação ao parecer emitido pela Comissão, aplicou a pena de demissão à servidora, afirmando, ainda, que a esfera administrativa é autônoma em relação à criminal. Em 11/01/2017, a servidora foi cientificada de sua demissão, por meio de publicação em Diário Oficial, ocasião em que foi afastada de suas funções, e, em 22/02/2017. Em que pese toda a argumentação usada para tal decisão, a mesma não encontra guarida no ordenamento, razão pela qual a parte Autora requer a segurança para evitar, assim, uma injustiça ainda maior.
III - DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS
DA CONCESSÃO DA MEDIDA LIMINAR
Como é de conhecimento, para concessão do que ora se requer faz-se necessário a presença de dois elementos, quais sejam, o fumus boni iuris e o periculum in mora. O fumus boni iuris se caracteriza pela ilegalidade pratica pela Autoridade coatora quando não notificou a autora acerca do PAD, descumprindo assim o preceito do artigo 5º, LV da Constituição Federal e art. 22 da lei 8.112/1990. Ademais, não pode ser afastado do cerne da discussão o fato da autora já ter sido absolvida na es fera criminal por não existir ilicitude da sua conduta em razão da legitima defesa.
Frise-se que tal fato AFASTA a demissão ora aplicada, por força de aplicação do art. 132, VII da lei 8.112/1990.
De outro giro, o periculum in mora reside na precariedade financeira a qual a autora se submete atualmente e permanecerá assim caso não seja desfeito o ato de demissão, visto que o labor como professora na referida universidade consistia na sua única fonte de renda. Em sendo assim, estando presentes ambos os requisitos, é irrefutável a necessidade de concessão da liminar ora requerida.
IV - DO MÉRITO
É inegável que o art. 5º, incisos LIV e LV da Constituição Federal garantem ao indivíduo o devido processo legal, o contraditório e a ampla defesa.
LIV - Ninguém será privado da liberdade ou de bens sem o devido processo legal; 
LV - Aos litigantes em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com meios e recursos a ela inerentes; 
Ademais, ainda corroborando o direito da autora, o artigo 143 c/c o artigo 161, § 1º da lei 8.112/90 preceitua que o PAD ou sindicância que se preste a averiguar conduta ilícita de servidor público deve garantir ao mesmo o devido processo legal.
No entanto, como resta muito claro e delineado na tratativa dada a parte autora, a mesma somente veio tomar ciência de que estava sendo submetida à uma PAD quando da publicação da decisão do mesmo em diário oficial, após o ato de sua demissão. 
Em adição ao argumento exposto acima, o art. 65 do Código de Processo Penal bem como os artigos 125 e 126 da lei 8.112/90 são claros em definir que decisão penal vincula o conteúdo da decisão em seara administrativa. 
Aplicando o texto ao caso concreto e sabendo que a decisão penal absolveu a parte autora do que lhe foi imputado, outra decisão não poderia se esperar, na luz da legalidade que não o arquivamento do PAD eis que, como já dito, a seara penal vincula a seara administrativa. 
Mas se viu que o PAD prosseguiu e aplicou sanção de demissão da parte autora ao arrepio da lei. 
Ante o exposto, presentes todas as ilegalidades acima expostas, não há outra alternativa senão a anulação do ato demissional, bem como que se determine a reintegração da parte autora ao cargo público que ocupava bem como que se apure e pague o valor não pago quando da sua suspensão, na forma do artigo 28 da lei 8.112/90.
V - DOS PEDIDOS
Requer-se:
a) A concessão da gratuidade de justiça, na forma do art. 98 e seguintes do CPC;
b) A concessão da medida liminar para garantir a reintegração da parte autora ao quadro de servidores ativos da autarquia federal até que s e prolate decisão definitiva, na forma do art. 9º c/c do art. 701 do CPC;
c) A citação do Réu para apresentar defesa, no prazo legal;
d) A confirmação da tutela de urgência, com a anulação do ato que demitiu a parte autora, condenando-se a parte Ré a reintegrar a parte autora ao quadro de servidores ativos da autarquia federal bem como ao pagamento dos valores e vantagens que faria jus caso estivesse no cargo;
e) A produção de provas admitidas em direito e especialmente as que ora se anexa ao processo;
f) A condenação do Réu ao ônus de sucumbência;
VI - DO VALOR DA CAUSA
Dá-se a causa o valor de R$ 1.000,00 (um mil reais).
Nestes termos, pede deferimento.
Local, data
Advogado/UF
Caso Concreto 04
Tício, brasileiro, casado, engenheiro, na década de setenta, participou de movimentos políticosque faziam oposição ao Governo então instituído. Por força de tais atividades, foi vigiado pelos agentes estatais e, em diversas ocasiões, preso para averiguações. Seus movimentos foram monitorados pelos órgãos de inteligência vinculados aos órgãos de Segurança do Estado, organizados por agentes federais. Após longos anos, no ano de 2010, Tício requereu acesso à sua ficha de informações pessoais, tendo o seu pedido indeferido, em todas as instâncias administrativas. Esse foi o último ato praticado pelo Ministro de Estado da Defesa, que lastreou seu ato decisório, na necessidade de preservação do sigilo das atividades do Estado, uma vez que os arquivos públicos do período desejado estão indisponíveis para todos os cidadãos. 
Tício, inconformado, procura aconselhamentos com seu sobrinho Caio, advogado, que propõe apresentar ação judicial para acessar os dados do seu tio. 
Na qualidade de advogado contratado por Tício, redija a peça cabível ao tema, observando: a) competência do Juízo; b) legitimidade ativa e passiva; c) fundamentos de mérito constitucionais e legais vinculados; d) os requisitos formais da peça inaugural.
EXCELENTÍSSIMO SENHOR MINISTRO PRESIDENTE DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
TÍCIO, brasileiro, casado, engenheiro, portador do RG sob o n° XX.XXXXXX e do CPF/MF sob o n° XXX.XXX.XXX-XX, residente e domiciliado (endereço), por seu advogado infra-assinado, conforme procuração anexa, com escritório X, endereço que indica para os fins do art. 39, I do CPC, com fundamento nos termos do art. 5º, LXXII da CRFB/88 e da Lei n° 9507/97 vem impetrar:
HABEAS DATA
em face do MINISTRO DE ESTADO DA DEFESA, com sede funcional..., aduzindo para tanto o que abaixo se segue, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos:
I- DOS FATOS
O impetrante, em sua juventude, participou de diversos movimentos políticos que se opunham ao modelo governista imposto no Brasil. Por essa razão foi, por diversas vezes, preso em investigações, ocasiões em que teve seus dados transcritos em fichas de informações pelos órgãos de segurança de Estado. 2 No ano de 2010, o impetrante requereu acesso às suas informações pessoais, obtendo resposta negativa quanto ao seu pedido em todas as instâncias administrativas. O Ministro de Estado da Defesa, a quem por último recorreu o impetrante, ofertou sua negativa alegando a preservação do sigilo das atividades do Estado. Diante das violações da intimidade e dos demais direitos o impetrante propõe o presente Habeas Data.
II- DO DIREITO
A CF/88 no art. 5º, inciso LXXII, alínea “a”, determina que será concedido habeas data para assegurar conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de registros ou banco de dados de entidades governamentais ou de caráter público. O art. 5°, inciso XXXIII, dispõe sobre o direito à informação garantido constitucionalmente e que é fundamental a todos os cidadãos. No presente caso, a ofensa a este direito do impetrante, constitui ilegalidade e abuso de poder por parte da autoridade coatora.
O direito fundamental a informação também é garantida por meio da lei 9507/97 que assegura ao impetrante o conhecimento de informações relativas à sua pessoa. Vale ressaltar que o impetrante requereu administrativamente as informações desejadas, porém em todas as instâncias teve seu pedido indeferido e a competência está descrita no art. 105, I, b, da CRFB/88:
“Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça: I - Processar e julgar, originariamente: b) os mandados de segurança e os habeas data contra a todos os Ministros de Estado, dos Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica ou do próprio Tribunal; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 23, de 1999).”
III- DOS PEDIDOS
Ante todo o exposto, requer:
a) Que seja notificada a autoridade coatora dos termos da presente ação, afim de que preste as demais informações que julgar necessárias;
b) A procedência do pedido de habeas data, para que seja assegurado ao Impetrante o acesso às informações de seu interesse;
c) A intimação do Representante do Ministério Público;
d) A juntada dos documentos.
IV- DO VALOR DA CAUSA
Dá-se à causa o valor de R$ 1.100,00 (hum mil e cem reais) para efeitos procedimentais, fiscais.
Nestes termos, pede deferimento.
Local, data
Advogado/UF
Caso Concreto 05
Matilde, domiciliada na cidade do Rio de Janeiro, está sendo executada por seus filhos Jane e Gilson Pires, menores, com treze e seis anos, respectivamente, representados por perante o juízo da 10ª Vara de Famíliaseu pai, Gildo, pelo rito do artigo 911 do CPC. Na execução de alimentos, que tramita da Capital, Matilde foi citada para pagar a quantia de R$ 5.000,00 (cinco mil reais), referente aos últimos cinco meses impagos dos alimentos fixados por sentença pelo juízo da mesma Vara de Família. Ocorre que Matilde está desempregada há 1 ano, fruto da grave situação econômica em que passa o país, com isso não está conseguindo se inserir novamente no mercado de trabalho e nem possui condições financeiras para quitar a dívida alimentar. Diante da real impossibilidade da executada em adimplir a sua dívida, o magistrado decretou a prisão da mesma, pelo prazo de sessenta dias. A filha de Matilde, Jane, de treze anos de idade, telefonou para Josefina, sua avó materna, avisando-a da decisão judicial de decretação da prisão de sua mãe. Desesperada, Madilde procura você, advogado, e afirma que não deixou de pagar por negligência, mas sim por absoluta impossibilidade financeira, bem como por está tratando de uma depressão profunda. Promova a medida judicial necessária aos interesses de Madilte para resguardar o seu direito de locomoção. 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
NOME DO ADVOGADO, nacionalidade XXX, Estado Civil XXX, advogado, inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil sob o nº XXX, endereço eletrônico XXX, endereço profissional na Rua XXX, Cidade/UF XXX, CEP XXX, vem à presença de vossa excelência, com fulcro no art. 5º, LXVIII da Constituição Federal e nos artigos 647 e 648 do CPP, para impetrar o presente:
HABEAS CORPUS PREVENTIVO COM MEDIDA LIMINAR
Pelo procedimento especial, em favor de MATILDE, nacionalidade XXX, estado civil XXX, profissão XXX, portadora da cédula de identidade nº XXX, inscrita no CPF sob o nº XXX, com endereço eletrônico XXX, residente e domiciliado na Rua XXX, Cidade/UF, CEP XXX, apontando como autoridade coatora o EXCELENTÍSSIMO JUIZ DA 10ª VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DO RIO DE JANEIRO, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.
I- DOS FATOS
Matilde, domiciliada na cidade do Rio de Janeiro, está sendo executada por seus filhos Jane e Gilson Pires, menores, com treze e seis anos, respectivamente, representados por perante o juízo da 10ª Vara de Família seu pai, Gildo, pelo rito do artigo 911 do CPC. Na execução de alimentos, que tramita da Capital, Matilde foi citada para pagar a quantia de R$ 5.000,00 (cinco mil reais), referente aos últimos cinco meses impagos dos alimentos fixados por sentença pelo juízo da mesma Vara de Família. Ocorre que Matilde está desempregada há 1 ano, fruto da grave situação econômica em que passa o país, com isso não está conseguindo se inserir novamente no mercado de trabalho e nem possui condições financeiras para quitar a dívida alimentar. Diante da real impossibilidade da executada em adimplir a sua dívida, o magistrado decretou a prisão da mesma, pelo prazo de sessenta dias. 
II- DA LIMINAR
A concessão desta medida liminar fundamenta-se na presença destes dois elementos justificantes, estes são, o fumus boni iuris e o periculum in mora.
O fumus boni iuris resta claramente demonstrado quando da limitação imposta por lei processual, notadamente quanto ao débito alimentar de três meses e principalmente pelo fato da paciente ter justificado, de modo verídico, a impossibilidade de adimplir sua obrigação alimentar em face de doença e de estar afastada do mercado de trabalho há mais de1 ano.
Já o periculum in mora consiste na possibilidade do decreto prisional ser executado, o que causará grave violação de direito, visto que o mesmo não guarda fundamento que o sustente. Ainda poderá agravar os problemas de saúde suportados pela paciente.
III- DOS FUNDAMENTOS 
Ora vossa excelência, visto os fatos expostos acima, não resta dúvidas a necessidade da medida que ora se requisita.
Conforme exposto no art. 5º, LXVII da Constituição da República, o habeas corpus se presta a coibir violação da liberdade de locomoção de quem já tenha sofrido ou esteja na iminência de sofrer, o que coaduna com o caso supracitado.
A decisão da autoridade coatora indica não guarda fundamento de validade, senão vejamos. A paciente foi apresentada como parte Ré num processo de execução de alimentos que busca o pagamento dos últimos 5 meses.
Contudo, o art. 911 do CPC leciona que a execução fundada em título executivo extrajudicial em que haja obrigação de pagar, o juiz mandará citar o executado para que faça o pagamento em três dias.
A paciente, conforme já comunicado acima, não apresenta condições de adimplir o débito por motivos alheios à sua vontade, não tendo fundamento a edição do decreto prisional, notadamente em seus artigos 528, §§ 2º ao 7º.
Assim, o direito da paciente foi violado vez que o § 7º do art. 528, combinado com o art. 911 e corroborado pela súmula 309 do STJ são claros em lecionar que a prisão civil é justificada pelo débito dos 3 últimos meses anteriores ao ajuizamento da ação, o que invalida o pedido feito na inicial que ora se ataca.
CF/88
“Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
LXVII - não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação alimentícia e a do depositário infiel;”
CPC
“Art. 911. Na execução fundada em título executivo extrajudicial que contenha obrigação alimentar, o juiz mandará citar o executado para, em 3 (três) dias, efetuar o pagamento das parcelas anteriores ao início da execução e das que se vencerem no seu curso, provar que o fez ou justificar a impossibilidade de fazê-lo.
Parágrafo único. Aplicam-se, no que couber, os §§ 2º a 7º do art. 528 .”
“Art. 528. No cumprimento de sentença que condene ao pagamento de prestação alimentícia ou de decisão interlocutória que fixe alimentos, o juiz, a requerimento do exequente, mandará intimar o executado pessoalmente para, em 3 (três) dias, pagar o débito, provar que o fez ou justificar a impossibilidade de efetuá-lo.
§ 2º Somente a comprovação de fato que gere a impossibilidade absoluta de pagar justificará o inadimplemento.
§ 3º Se o executado não pagar ou se a justificativa apresentada não for aceita, o juiz, além de mandar protestar o pronunciamento judicial na forma do § 1º, decretar-lhe-á a prisão pelo prazo de 1 (um) a 3 (três) meses.
§ 4º A prisão será cumprida em regime fechado, devendo o preso ficar separado dos presos comuns.
§ 5º O cumprimento da pena não exime o executado do pagamento das prestações vencidas e vincendas.
§ 6º Paga a prestação alimentícia, o juiz suspenderá o cumprimento da ordem de prisão.
§ 7º O débito alimentar que autoriza a prisão civil do alimentante é o que compreende até as 3 (três) prestações anteriores ao ajuizamento da execução e as que se vencerem no curso do processo.”
“SÚMULA 309 : O débito alimentar que autoriza a prisão civil do alimentante é o que compreende as três prestações anteriores à citação e as que vencerem no curso do processo.”
Por estes fundamentos, o decreto prisional não deve ser executado, vez que incorrerá em grave violação do direito da paciente e requer-se, dede logo, que seja concedido o presente pedido de habeas corpus para a manutenção da justiça
IV - DOS PEDIDOS
Ante o exposto, requer-se:
a) Concessão da medida liminar para sustar o decreto prisional, determinando-se o recolhimento do mesmo;
b) Notificação da autoridade coatora para que preste informações;
c) Intimação do Ministério Público;
d) Concessão de Habeas Corpus preventivo com posterior expedição de alvará de salvo conduto em favor da paciente;
e) Juntada dos documentos que anexa-se à esta peça processual.
V - VALOR DA CAUSA
Dá-se a causa o valor de R$ 1.000,00 (um mil reais).
Nestes termos, pede deferimento.
Local, data
Advogado/UF
Caso Concreto 06
João, nascido e domiciliado em Florianópolis - SC indignou-se ao saber, em abril de 2019, por meio da imprensa, que o senador que merecera seu voto nas últimas eleições havia determinado a reforma total de seu gabinete, orçada em mais de R$ 1.000.000,00, a qual seria custeada pelo Senado Federal. A referida reforma incluía aquecimento e resfriamento com controle individualizado para o ambiente e instalação de ambiente físico para projeção de filmes em DVD, melhorias que João considera suntuosas, incompatíveis com a realidade brasileira. O senador declarara, em entrevistas, que os gastos com a reforma seriam necessários para a manutenção da representação adequada ao cargo que exerce. Tendo tomado conhecimento de que o processo de licitação já se encerrara e que a obra não havia sido iniciada, João, temendo que nenhum ente público tomasse qualquer atitude para impedir o início da referida reforma, dirigiu-se a uma delegacia de polícia civil, onde foi orientado a que procurasse a Polícia Federal. 
Supondo tratar-se de um "jogo de empurra-empurra", João preferiu procurar ajuda de profissional da advocacia para aconselhar-se a respeito da providência legal que poderia ser tomada no caso. Em face dessa situação hipotética, na qualidade de advogado(a) constituído(a) por João, redija a medida judicial mais apropriada para impedir que a reforma do gabinete do referido senador da República onere os cofres públicos. 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA VARA FEDERAL DE FLORIANÓPOLIS DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE SANTA CATARINA
JOÃO, brasileiro XXX, estado civil XXX, profissão XXX, portador da cédula de identidade n. XXX, inscrito no CPF n. XXX, portador do título de eleitor n. XXX, residente e domiciliado XXX, nesta cidade, por seu advogado infra-assinado, conforme procuração anexa, com escritório à rua XXX, endereço para onde devem ser remetidas notificações e intimações conforme estabelece o art. 39, I, do CPC, vem respeitosamente, perante Vossa Excelência, com fulcro nos termos do art. 5º, LXXIII, da CRFB/88 e da Lei n. 4.717/65, ajuizar a presente
AÇÃO POPULAR COM PEDIDO DE LIMINAR
Em face de ato praticado pelo senhor SENADOR DA REPÚBLICA, com domicílio profissional no prédio do Senado Federal, na esplanada dos Ministérios, em Brasília, com base nas razões de fato e de direito a seguir expostas:
I- DOS FATOS 
João, nascido e domiciliado em Florianópolis - SC, indignou-se ao saber, em abril de 2019, por meio da imprensa, que o senador que merecera seu voto nas últimas eleições havia determinado a reforma total de seu gabinete, orçada em mais de R$ 1.000.000,00, a qual seria custeada pelo Senado Federal. A referida reforma incluía aquecimento e resfriamento com controle individualizado para o ambiente e instalação de ambiente físico para projeção de filmes em DVD, melhorias que João considera suntuosas, incompatíveis com a realidade brasileira. O senador declarara, em entrevistas, que os gastos com a reforma seriam necessários para a manutenção da representação adequada ao cargo que exerce. Tendo tomado conhecimento de que o processo de licitação já se encerrara e que a obra não havia sido iniciada, João, temendo que nenhum ente público tomasse qualquer atitude para impedir o início da referida reforma, dirigiu-se a uma delegacia de polícia civil, onde foi orientado a que procurasse a Polícia Federal. 
II- DA LIMINAR
Conforme estabelece o art. 5º, § 4º, da Lei n. 4.717/65, na defesa do patrimônio público caberáa suspensão liminar do ato lesivo impugnado. Observa-se que, no caso em tela, a situação atenta contra a moralidade administrativa,princípio expresso no caput do art. 37 da Constituição Federal, o que demonstra inequivocamente o fumus boni iuris. Já o periculum in mora faz-se presente, visto que o processo licitatório já se encerrou. Embora as obras ainda não tenham se iniciado, necessário se faz evitar que os gastos sejam efetuados, tendo em vista a enorme dificuldade de reembolso ou ressarcimento futuro do Erário por parte do Político. Assim, presentes os requisitos do fumus boni iuris e do periculum in mora, é cabível e necessária a concessão da liminar.
III- DO DIREITO
A ação popular é a ação constitucional de natureza civil, conferida a todos os cidadãos para a impugnação e a anulação dos atos administrativos comissivos e omissivos que sejam lesivos ao patrimônio público em geral, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, com a imediata condenação dos administradores, dos agentes administrativos e, também, dos beneficiados pelos atos lesivos ao ressarcimento dos cofres públicos, em prol da pessoa jurídica lesada, conforme estabelece o art. 5º, LXXIII, da CRFB/88, onde se lê: qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência. Assim, para ser legitimado ativo da ação popular segundo o mandamento constitucional do art. 5º, LXXIII, combinado com o art. 1º da Lei n. 4.717/65, é necessário ser cidadão na forma do art. 12 da CRFB/88, desde que em pleno gozo dos seus direitos políticos, o que o impetrante comprova juntando Título de Eleitor e a certidão de regularidade da Justiça Eleitoral, anexos na inicial. A exigência de ser cidadão também está expressamente prevista no art. 1º da Lei n. 4.717/65, abaixo transcrito: Qualquer cidadão será parte legítima para pleitear a anulação ou a declaração de nulidade de atos lesivos ao patrimônio da União, do Distrito Federal, dos Estados, dos Municípios, de entidades autárquicas, de sociedades de economia mista, de sociedades mútuas de seguro nas quais a União represente os segurados ausentes, de empresas públicas, de serviços sociais autônomos, de instituições ou fundações para cuja criação ou custeio o tesouro público haja concorrido ou concorra com mais de cinquenta por cento do patrimônio ou da receita ânua, de empresas incorporadas ao patrimônio da União, do Distrito Federal, dos Estados e dos Municípios, e de quaisquer pessoas jurídicas ou entidades subvencionadas pelos cofres públicos. Além disso, para a propositura da Ação Popular, há ainda os requisitos legais previstos no art. 2º da Lei n. 4.717/65, onde se lê: Art. 2º São nulos os atos lesivos ao patrimônio das entidades mencionadas no artigo anterior, nos casos de: a) incompetência; b) vício de forma; c) ilegalidade do objeto; d) inexistência dos motivos; e) desvio de finalidade. Cumpre destacar que houve lesão ao patrimônio público, pois foi utilizado dinheiro do Senado Federal para beneficiar um agente político em suas pretensões pessoais, em termos de melhorias do seu próprio gabinete, o que de forma expressa é vedado pela Constituição, nos termos do art. 37, caput, já que a administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. Havendo, portanto, expressa violação ao princípio da moralidade, uma vez que o dinheiro público e a máquina pública foram gastos para atender fins pessoais. Também pode ser aplicado ao caso em tela o disposto no art. 4º, I, da Lei n. 4.717/65, que estabelece que são também nulos os atos ou contratos, praticados ou celebrados por quaisquer das pessoas ou entidades referidas no art. 1º da Lei n. 4.717/65, como por exemplo a admissão ao serviço público remunerado, com desobediência, quanto às condições de habilitação, das normas legais, regulamentares ou constantes de instruções gerais. Destaque-se que, em regra, a competência para julgar ação popular contra ato de qualquer autoridade, até mesmo do Senado Federal, é, via de regra, do juízo competente de primeiro grau. Sendo para tanto competente o Juiz Federal, e, no caso, no domicílio do autor. Diante de todo o exposto e da gravidade dos fatos, a presente ação deve ser julgada procedente.
IV- DOS PEDIDOS
Ante o exposto, requer o impetrante que Vossa Excelência: 
a) Conceda a medida liminar para suspender imediatamente o contrato de reforma do gabinete do senador, bem como asustação de qualquer ato que digne a pagar tais despesas com recursos públicos.
b) Cite o impetrado, por precatória, para que responda à presente ação no prazo legal;
c) Intime o representante do Ministério Público Federal para intervir no feito até o final, nos termos do art. 7º, I, a, da Lei n. 4.717/65;
d) Ao final julgue procedente o pedido, confirme a liminar e determine a anulação do contrato firmado para reforma do gabinete do senador, com base nos arts. 3º e 4º da Lei n. 4.717/65.
Pretende-se produzir todos os meios de prova em direito admitidos, principalmente a prova documental, prova testemunhal e pericial.
V- VALOR DA CAUSA
Dá-se à causa, para efeitos fiscais, o valor de R$ R$ 1.000.000,00 (Um milhão de reais).
Nestes termos, pede deferimento.
Local, data
Advogado/UF
Caso Concreto 07
O Estado KWY editou norma determinando a gratuidade dos estacionamentos privados vinculados a estabelecimentos comerciais, como supermercados, hipermercados, shopping centers, estabelecendo multas pelo descumprimento e gradação nas punições administrativas, além de delegar ao PROCON local a responsabilidade pela fiscalização dos estabelecimentos relacionados no instrumento normativo. Tício, contratado como advogado Júnior da Confederação Nacional do Comércio, é consultado sobre a possibilidade de ajuizamento de medida judicial, apresentando seu parecer positivo quanto à matéria, pois a referida lei afrontaria a CRFB. Em seguida, diante desse pronunciamento, a Diretoria autoriza a propositura da ação judicial constante do parecer. 
Na qualidade de advogado, elabore a peça cabível, observando: a) competência do Juízo; b) legitimidade ativa e passiva; c) fundamentos de mérito constitucionais e legais vinculados; d) requisitos formais da peça; e) tutela de urgência. 
EXCELENTISSIMO SR. MINISTRO PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL.
 
 
Confederação Nacional do Comércio, pessoa jurídica de direito privado, entidade de âmbito nacional, inscrita no CNPJ sob o nº..., com sede em..., por seu advogado infra-assinado..., com escritório..., endereço que indica para os fins do art. 39, I do CPC, vem propor a:
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE
Com fundamento no art. 102, I, “a”, da CRFB/88 e na Lei nº 9.868/99, em face da lei..., pelos motivos abaixo expostos.
I – DO OBJETO
Trata-se de norma editada pelo Estado KWY, determinando a gratuidade dos estacionamentos privados vinculados a estabelecimentos comerciais, como supermercados, hipermercados, shopping centers, determinando multas pelo descumprimento, estabelecendo gradação nas punições administrativas.
A lei designa ainda o PROCON como órgão responsável pela fiscalização dos estabelecimentos que ficam obrigados pela lei em questão.
Irresignada com a possível ilegalidade, a autora propõe a presente Ação Direta de Inconstitucionalidade
II – DA LEGIMITIMIDADE ATIVA
A Confederação Nacional do Comércio é legitimada especial elencada no Art. 103, inciso IX.
Trata-se de Confederação nacional de defesa dos comerciários, nos interesses objetivos e subjetivos. Atentou-se para o imenso prejuízo que a medida inconstitucional traria a todos os comerciantes do Estado KWY, impondo-sea propositura da presente Ação como única medida cabível.
Portanto comprovada a legitimidade ativa e estando presente a pertinência temática, a presente Ação Direta de Inconstitucionalidade deve ser conhecida.
III – DOS FUNDAMENTOS
A norma estadual é afronta de diversas maneiras a Constituição da República e 1988.
A Ação Direta de Inconstitucionalidade é meio cabível para sanar atos normativos que vão a desencontro com a Carta Maior, competindo ao Supremo Tribunal Federal o Julgamento.
Cumpre ressaltar que trata-se de matéria de direito civil, em que somente a União teria a competência para legislar, por força do Art. 22, inciso I da CRFB/88.
Isto porque, há clara violação ao direito de propriedade, vez que o Estado legisla no sentido de ordenar procedimentos em estabelecimentos privados. O direito de propriedade privada está previsto no Art. 5º XXII da CRFB/88.
Não pode o Estado legislar sobre o uso da propriedade privada bem como usurpar a competência de outro ente da federação, razão pela qual a Ação Direta de Inconstitucionalidade deve ser julgada procedente.
“Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:
I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho;”
“Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
XXII - é garantido o direito de propriedade;”
IV – DA LIMINAR 
Demonstra-se necessário o deferimento do pedido liminar.
Pelos elementos colacionados na inicial, demonstra-se provas e elementos de informação capazes de convencer o entendimento dos Doutos julgadores, tendo em vista a ampla demonstração do direito, presente desta forma o fomus boni iuris que pode fomentar a suspensão do ato normativo impugnado até o julgamento final da ADI.
Mostra-se também imperioso que o ato normativo seja suspenso imediatamente, tendo em vista que os danos aos comerciários do Estado KWY serão de difícil reparação, presente também o periculum in mora, ensejando a suspensão da Lei publicada pelo Estado KWY.
V - DOS PEDIDOS
Em face do exposto, a Confederação requer:
a) a concessão da medida cautelar inaudita altera pars conforme o Art. 12 da Lei 9868/99 e que ao final seja julgado procedente o pedido e declarada a inconstitucionalidade da norma impugnada;
b) a juntada dos documentos em anexo;
c) que sejam solicitadas informações ao Governador do Estado e à Assembleia Legislativa estadual;
d) a citação do Advogado Geral da União;
e) a oitiva do Procurador-Geral da República.
V - VALOR DA CAUSA
Dá-se à causa o valor de R$ 1.000,00 (mil reais) para fins procedimentais.
Nestes termos, pede deferimento.
Local, data
Advogado/UF

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