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MANIFESTAÇÕES PATOLOGICAS

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Manifestações patológicas
Ketlin Diane Rech
Nayara Leske
Rafael E. Machado
Prof. Ricardo Floriani
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Faculdade Metropolitana de Rio do Sul – FAMESUL
Engenharia Civil – Patologia e Recuperação de Construções – 2015-1
01/07/2015
RESUMO
Este trabalho mostra algumas manifestações patológicas, encontradas em diferentes localidades e situações, nas cidades de Rio do Sul, Lontras e Ituporanga, abordando as possíveis causas e correções. Para aprofundar nossos conhecimentos, optamos em realizar uma pesquisa bibliográfica, mostrando os fundamentos teóricos feitos por peritos, engenheiros, para que de certa forma, possamos ter uma compreensão mais exata quanto a forma de avaliação e correção das patologias. Este trabalho tem como objetivo principal compreender o conceito geral de patologia; através de pesquisas bibliográficas, aprofundar os conceitos de avaliação e procedimentos de correção das construções, afim de tentar precaver danos futuros as próximas estruturas. A metodologia utilizada no presente estudo foi classificada como uma pesquisa aplicada, que quanto a forma de abordagem é qualitativa. Tendo em vista os objetivos delineados é considerada uma pesquisa explicativa, e em relação aos procedimentos técnicos utilizados é qualificada como uma pesquisa ação bibliográfica. Na escolha dos instrumentos de coleta de dados, optou-se pela observação em equipe diante leitura sistemática para a revisão de literatura. Conclui-se a super importância de se fazer avaliações periódicas por parte do proprietário do imóvel, ou até mesmo pelas construtoras. Tais patologias podem demonstrar falhas em projetos, escolha de materiais errados, execuções mau feitas, ou desgastes dos materiais no decorrer do tempo, sendo físicos ou naturais. Deve se levar em conta os gastos para a correção dos mesmos, sendo de valores pequenos como por exemplo a simples troca de uma conexão na tubulação, ou até mesmo de altos custos, como a troca inteira de revestimento cerâmico de uma fachada predial. 
Palavras Chaves: Patologias; Avaliação; Correção.
1 INTRODUÇÃO
 A ocorrência dos problemas patológicos nas edificações, ocasiona uma redução de sua vida útil, que está diretamente relacionada com o desempenho dos materiais, ou componentes da edificação, sendo eles pela má execução, ou comportamento natural. Carretando custos elevados ao cliente final.
 Os estudos das patologias que podem ocorrer nas construções devem ser entendidos como um parâmetro relevante, na medida em que se necessita uma otimização do processo de projeto e da metodologia construtiva.
Neste paper serão apresentadas algumas patologias ocasionadas por diversos fatores, e em locais aleatórios, apresentando suas possíveis causas e correções, com fundamentações teóricas, para maior exatidão.
 Primeiramente serão abordados conceitos teóricos de patologias, partindo para as imagens, seguindo das possíveis causas avaliadas pelo acadêmicos, seguido das avaliações feitas por fundamentações teóricas, partindo para os procedimentos de correções. 
 Os objetivos deste paper são o de compreender o conceito geral de patologia; através de pesquisas bibliográficas, aprofundar os conceitos de avaliação e procedimentos de correção das construções, afim de tentar precaver danos futuros as próximas estruturas.
 
 A natureza deste trabalho é classificada como uma pesquisa aplicada, que quanto a forma de abordagem é qualitativa. Tendo em vista os objetivos delineados é considerada uma pesquisa explicativa, e em relação aos procedimentos técnicos utilizados é qualificada como uma pesquisa ação bibliográfica. Na escolha dos instrumentos de coleta de dados, optou-se pela observação em equipe diante leitura sistemática para a revisão de literatura.
2 DESENVOLVIMENTO
2.1 PATOLOGIA
 O termo "patologia" é derivado do grego (pathos - doença, e logia - ciência, estudo) e significa "estudo da doença". Na construção civil pode-se atribuir patologia aos estudos dos danos ocorridos em edificações. 
Essas patologias podem se manifestar de diversos tipo, tais como: trincas, fissuras, infiltrações e danos por umidade excessiva na estrutura. Por ser encontrada em diversos aspectos, recebe o nome de manifestações patológicas. 
 Os custos de reparos são muito elevados, visto que muitas das manifestações patológicas poderiam ser evitadas com planejamento e investimento em projetos mais detalhados, seguindo a boa prática, com a contratação de materiais e mão de-obra qualificada e treinamento dos trabalhadores envolvidos no processo.
 Segundo Valente (2009), a recuperação de edificações com problemas patológicos engloba inicialmente um minucioso estudo com o objetivo de auxiliar na escolha do tipo de tratamento mais adequado. Este estudo deve levar em conta, além de questões técnicas a relação custo/ benefício que este tratamento trará para a edificação. Outro fator importante que também deve ser observado em recuperação/ reforço das edificações é um acompanhamento pós-recuperação, pois é através deste acompanhamento que pode ser verificado a eficácia do tratamento. Nesta etapa pode ser confirmada a eficiência do procedimento ou o descarte do mesmo caso haja ineficiência, evitando assim gastos desnecessários. Com o objetivo de análise de eficiência, foram pesquisadas edificações de um órgão público que haviam passado por algum tipo de recuperação.
2.1.1 Desplacamento de pastilhas cerâmicas
 
Figura 1 e 2 - Desplacamento de cerâmicas em muro externo
Fonte: Ketlin Diane Rech, Nayara Leske e Rafael Machado, 2015.
Possíveis Causas (Acadêmicos): Dilatação da Placa devido a umidade, Fadiga do material devido a choques térmicos, dilatação do emboço devido a umidade, falta de aderência na argamassa colante (ou mau espalhamento), presença de fungos ou algas no rejuntamento, falha no selante da junta de movimentação, infiltração.
As possíveis causas do desplacamento cerâmico são: a saturação, imersão das placas cerâmicas em água antes do assentamento, no caso de serem assentadas com argamassa colante, ou o oposto, isto é, não molhar antes do assentamento, quando feito com argamassa tradicionais; especificação incorreta da placa cerâmica ou não obediência à especificação definida para a placa cerâmica; especificação incorreta do rejunte; dosagem ou especificação incorreta da argamassa de assentamento; técnica de assentamento incorreta; assentamento sobre base (emboço) não adequadamente preparada: cura incompleta, com bolor, suja com óleos, graxas, fuligens ou poeira, etc. base (emboço) enfraquecida, tanto na sua superfície quanto na sua aderência ao substrato, quando este se desprega junto com a cerâmica; as causas desse enfraquecimento podem ser várias (traço e execução incorreta, fissuração e presença de umidade, entre outros); presença de outras patologias, como umidade provocada por vazamentos e infiltrações nas paredes onde estão assentadas as cerâmicas; movimentação do substrato (estrutura e alvenaria); ou falta de juntas de movimentação no revestimento (ConstrufácilRJ-Portal da Construção Civil, 2009 pg. 01).
Procedimento de correção (Acadêmicos): Retirar placas trincadas, realizar movimento de toque para avaliar possíveis desplacamentos futuros, retirando-as também, limpeza do local (eliminar fungos, algas), passar argamassa novamente e recolocar o azulejo conforme norma da NBR 13753 - Revestimento de piso interno ou externo com placas cerâmicas s e com utilização de argamassa colante .
 Primeiramente devem ser sanadas outras patologias causadoras, como umidade, vazamentos, etc. Em seguida deve-se remover o revestimento cerâmico comprometido, conforme o diagnóstico realizado, e reassentá-lo, observando-se os seguintes procedimentos: limpar bem a superfície, removendo-se sujeiras, pulverulências, eflorescências, substâncias gordurosas, bolor, etc. Para isso, dependendo da extensão da parede, pode-se utilizar broxa, escova de fio de aço, escovação seguida de lavagem com mangueiraou água pressurizada. Se houver bolor deve-se fazer a lavagem com água sanitária na proporção indicada pelo fabricante, seguida de enxágue com água limpa; verificar o estado do emboço onde será reassentada a cerâmica, fazendo-se o teste do bate-choco. Se forem identificadas áreas com som cavo; remover o emboço nesses locais; se for em área de piso realizar o mesmo teste no contrapiso, com um bastão de madeira; reexecutar o emboço, ou contrapiso, onde necessário, conforme os procedimentos já vistos nos artigos sobre o pedreiro; nas áreas onde o emboço ou contrapiso estiver aderido, verificar o estado da sua superfície, friccionando-a com uma escova de fio de aço. Caso esteja ocorrendo desagregação, escovar e remover a camada desagregada até encontrar material firme e coeso; a regularização do emboço ou contrapiso nos locais onde sua superfície foi parcialmente removida deve ser feita com argamassa colante (a mesma usada para assentamento da cerâmica). A espessura dessa camada de regularização não deve exceder a 10 mm. Caso a espessura seja maior deve-se fazer o enchimento com as técnicas de execução do emboço e do contrapiso já vistas; se houver necessidade de execução de juntas de movimentação (caso de fachadas) estas devem ser executadas conforme orientações específicas, previstas em projeto de recuperação; se houver necessidade de tratamento de trincas de alvenaria, executá-las conforme os procedimentos já vistos no item anterior; fazer o reassentamento das placas cerâmicas, conforme os procedimentos vistos no ladrilheiro. (ConstrufácilRJ-Portal da Construção Civil, 2009, pg. 01).
2.1.2 Lascamento do concreto próximo a armadura
 
Figuras 3 e 4: Pilar de concreto armado em uma via de passagem de pedestres.
Fonte: Ketlin Diane Rech, Nayara Leske e Rafael Machado, 2015.
Possíveis causas (Acadêmicos): Expansão dos produtos de corrosão na armadura do pilar, desforma rápida. 
A justificativa mais cômoda, em geral, é atribuir o fato à falta de cobrimento adequado de concreto, tomando-se como referência as recomendações de normas e regulamentos oficiais NBR-6118 (NB-1). Essas recomendações são, no entanto, de caráter geral e não devem ser tomadas como únicas nem como as melhores para todas as situações. Isso poderia, por exemplo, inviabilizar alguns processos construtivos que só são possíveis, técnica e comercialmente, utilizando-se cobrimentos inferiores aos atualmente recomendados pela NBR-6118. (Pereira; Oliveira; Amaral, 2014, pg. 01).
Procedimento de correção (Acadêmicos): Limpeza do concreto, retirar concretos que possuem contato com a corrosão, o ferro deve ficar totalmente isolado, devem ser tratados com uma imprimação de inibidor de ferrugem, que tem propriedade fosfatizante, permitindo, dessa maneira, uma proteção antioxidante, do tipo pintura, sobre a qual o concreto novo tem uma boa aderência. O concreto a ser aplicado deve ser composto com uma argamassa especial, fabricada industrialmente, à base de cimento, sílica e aditivos que provêm aderência e pequeno graute. Fazer uma caixaria amarrada no pilar para o lançamento do novo concreto.
 A recuperação deste tipo de fenômeno patológico (corrosão de armaduras) é delicada e requer mão-de-obra especializada. Consiste basicamente de três etapas, descritas a seguir. Limpeza rigorosa, de preferência com jato de areia e apioamento de todo o concreto solto ou fissurado, inclusive das camadas de óxidos/hidróxidos das superfícies das barras. Analise criteriosa da possível redução de seção transversal das armaduras atacadas. Se viável, esta análise será feita através de ensaios comparativos de resistência entre as peças sadias e as mais atingidas. Se necessário, colocar novos estribos e/ou novas armaduras longitudinais. Sempre que empregar solda, esta deve ser à base de eletrodos, controlando-se o tempo e a temperatura a fim de evitar a mudança de estrutura do aço, principalmente se este for de classe B (EB-3 da ABNT). Reconstrução do cobrimento das armaduras de preferência com concreto bem adensado. Este cobrimento tem a finalidade de: Impedir a penetração de umidade, oxigênio e agentes agressivos até as armaduras; Recompor a área da secção de concreto original; Propiciar um meio que garanta a manutenção da capa passivadora no aço. Cabe lembrar que, antes de qualquer recuperação, devem ser identificadas e sanadas as causas. Caso isso não seja observado, corre-se o risco de acarretar corrosão em outros locais por haver criado mais descontinuidade na estrutura, além das que originalmente existiam. Quando a causa é devida a cloretos incorporados à massa de concreto, a solução pode não ser simples e, em geral, requer respostas especificas para cada caso. RECURSOS ESPECIAIS: na proteção nas armaduras de concreto pode ser necessário o emprego de recursos especiais de proteção quando, por exemplo: Não há como se obter o cobrimento mínimo adequado; Não há como se impedir o uso ou acesso de agentes agressivos; Não há como se impedir a existência de correntes de fuga (linhas férreas em geral), que podem causar diferenças significativas de potencial; Não há como se impedir a proximidades de metais eletropositivos, tais como tubulações de cobre junto a armadura; Há vantagens econômicas. Vários são os recursos disponíveis citando-se, a seguir, apenas alguns deles: Galvanização - Nesse processo a armadura é galvanizada por imersão a quente, isto é, pela imersão do aço em um banho de zinco em estado de fusão. A massa de revestimento produzida por este método pode ser de 600 g/m² ou superior, isto é, o zinco aí depositado protege o aço de duas maneiras: Atuando como barreira entre o aço e o meio ambiente agressivo; Atuando como anodo de sacrifício, protegendo o aço, eventualmente exposto por machucaduras ou falhas de revestimento. Caso haja corrosão do zinco, que tem um comportamento capaz de reagir tanto em meios ácidos quanto em meios muito alcalinos, seus produtos de corrosão mais solúveis tendem a colmatar os poros e inibir o prosseguimento acelerado do ataque. Segundo SHAFFER (1971), esses produtos de corrosão têm menor força de expansão que a ferrugem e não causam o fissuramento do concreto, além da vantagem de serem brancos, não provocando manchas. Inibidores Químicos: São substâncias químicas que atuam sobre a superfície metálica, dificultando a reação anódica, ou reação catódica, ou ambas de uma só vez. Seu efeito baseia-se na ruptura da continuidade do circuito eletroquímico formado pela célula de corrosão. São numerosos os produtos químicos que têm propriedades inibidoras. Entre eles, pode-se citar: Inibidores anódicos do aço em meios alcalinos e neutros: Nitritos de sódio; Cromatos de potássio; Benzoatos de sódio; Fosfatos. Inibidores catódicos do aço em meios alcalinos e neutros: Sulfitos. Inibidores mistos: Polifosfatos. Os inibidores mais idôneos parecem ser os anódicos com o risco de deixarem de ser eficazes quando se adiciona quantidades abaixo de um mínimo ideal. Outro risco inerente ao processo é o de gerar diferentes concentrações de produtos numa mesma estrutura. Isso pode ocasionar corrosão por diferença de concentrações, ao invés de impedi-la. Pode ser o caso de armaduras já corroídas onde, em alguns locais, o inibidor não alcance a superfície do aço. Geralmente, esses inibidores só devem ser adicionados à massa esse concreto quando houver presença de cloretos e forem dosados em função de teor de cloretos livres, presentes na massa. Impregnação da Superfície de Concreto. Qualquer revestimento impermeável e aderente, tal como resinas epóxi, betume, asfaltos, processos superficiais de colmatação, borracha clorada etc., é eficaz, desde que bem aplicado na proteção das armaduras contra corrosão. Aconselha-se a realização de ensaios prévios, principalmente quando se tratar de proteger estruturas com problemas patológicos crônicos, tais como corrosão de armaduras galvanizadas. Nesse casos, a solução pode não ser revestimento à base de epóxi, pois a aderência zinco-epóxi é deficiente. Pintura com nata de cimento e argamassas preparadas cominibidores podem também ser uma solução do problema. Nestes casos, é aconselhável a adição de 3 a 5%, em relação à massa de cimento, de caseína, que melhora a aderência do concreto “novo” ao concreto “velho”. (Pereira; Oliveira; Amaral, 2014,pg. 01).
2.1.3 Descascamento da pintura
 
Figuras 5 e 6: Descascamento de pintura em uma parede em contato com solo.
Fonte: Ketlin Diane Rech, Nayara Leske e Rafael Machado, 2015.
Possíveis causas (Acadêmicos): Infiltração de água, falta de impermeabilização, pintura realizada em uma base úmida, má preparação inicial.
 
Esses problemas podem surgir por vários motivos, como a má aplicação da tinta, o tempo de espera de secagem do reboco e o excesso de umidade. Segundo Valle (2008) dentre esses problemas, os únicos que geralmente não aparecem logo após a aplicação da tinta são os causados pela umidade. Ainda assim, existem os causados pela umidade do ar, vazamento de instalações hidráulicas e por infiltrações, estes últimos podem ser observados quando existem danos irreversíveis no reboco, alvenaria ou até mesmo na estrutura. Se manchas ou bolhas aparecem no meio da parede ou no forro, são indicação de infiltração por tubulação hidráulica e devem ser verificados se não existem vazamentos, se existir, devem ser consertados. Já os problemas causados por infiltração de umidade do solo podem ser evitados com uma correta impermeabilização da viga baldrame. (Hussein, 2013,pg.42).
Procedimento de correção (Acadêmicos): Parede em contato com umidade (terra), retirar pintura danificada, impermeabilizar, possivelmente passar textura, pois com a impermeabilização a parede ficará desregularizada, e fazer pintura.
A solução mais eficaz seria a impermeabilização da parede em contato com o solo, removendo a terra e aplicando o sistema constituído por mantas asfálticas, mantas de PVC etc; tal solução poderia ser combinada com a inserção de camada drenante no encontro com a parede (camada de brita, com coletor de água na base); na impossibilidade de escavação, pode-se recorrer à construção de parede sobressalente pelo lado interno, mantendo afastamento de aproximadamente 5 cm em relação à superfície de parede existente; solução menos eficiente seria a aplicação de revestimento interno, incorporando a esse revestimento hidrofugante de massa (Vedacit, Sika 1 etc.); outra possível solução, cujo desempenho estaria relacionado com o tipo de alvenaria e com a qualidade de execução do tratamento, seria a tentativa de colmatação dos poros com silicatos. Nesse particular, encomendamos contato com a Denver ou com a Viapol/Hey'di. Após a cura dos matérias, refazer pintura. ( Thomaz( IPT-Divisão de Engenharia Civil, 2000, pg. 1).
2.1.4 Fissura na cerâmica 
 
Figuras 7 e 8: Fissuras nas cerâmicas de um terraço.
Fonte: Ketlin Diane Rech, Nayara Leske e Rafael Machado, 2015.
Possíveis causas (Acadêmicos): formação de fissuras é mais provavelmente em virtude do processo de envelhecimento e é o resultado de contração e expansão devido à mudanças de temperatura e umidade. Falta de junta de dilatação entre parede e cerâmica.
Dilatação e retração das placas cerâmicas: ocorre quando há variação de temperatura ou de umidade, gerando um estado de tensões internas, que se ultrapassarem o limite de resistência da placa, provocam trincas e fissuras. Quando essas tensões ultrapassam o limite de resistência da camada de esmalte ocorre o greteamento; deformação estrutural excessiva: a deformação da estrutura do edifício pode criar tensões que são transmitidas para a alvenaria e destas para os revestimentos. Quando essa deformação não é totalmente absorvida, podem ocorrer trincas, fissuras e greteamento, ou até mesmo o descolamento da placa. RETRAÇÃO da argamassa de fixação: ocorre principalmente quando a argamassa de fixação é dosada na obra, causando retração excessiva pela perda da agua de amassamento, podendo tornar a superfície da placa convexa e tracionada, com o consequente aparecimento das trincas, fissuras e grateamento. (Rhod, 2011, pg. 29-30).
Procedimento de correção (Acadêmicos): Retirar cerâmicas danificadas, recolocar com argamassa adequada, assentar e rejuntar conforme NBR 13753 - Revestimento de piso interno ou externo com placas cerâmicas s e com utilização de argamassa colante – Procedimento.
Correção das possíveis causas da fissuração (por exemplo, por remover cargas, alterar a argamassa de colagem); execução de juntas de esquartejamento mais deformáveis a limitar áreas menores de continuidade cerâmica; substituição dos elementos cerâmicos fissurados e execução da sua colagem com argamassa-cola adequada para o efeito.(Weber 2012, pg. 18).
 2.1.5 Trinca na parede (tipo “escada”)
 
Figuras 9: Fissuras na alvenaria em forma de escada.
Fonte: Ketlin Diane Rech, Nayara Leske e Rafael Machado, 2015.
Possíveis causas (Acadêmico): Fissuras por movimentações térmicas, em função da natureza dos componentes de alvenaria, podendo ocorrer nos encontros da alvenaria com os pilares ou mesmo no corpo da alvenaria. Possível recalque.
Fissuras, em forma de escada, na parede – Diagnóstico: juntas verticais, dos tijolos, não descontínuas; tijolos mal amarrados; uso de grande quantidade de tijolos não inteiros (Rodrigues, 2012, pg. 01).
Procedimento de correção (Acadêmico): Retirar reboco, utilizar tela de estuque, rebocar novamente e pintar, caso o problema ressurgir, as causas são estruturais, e terá que ser estudado o caso novamente para concerto de fundação.
2.1.6 Fissuras na parede em direções aleatórias
 
Figuras 10 e 11: Fissuras na alvenaria em forma de mapas.
Fonte: Ketlin Diane Rech, Nayara Leske e Rafael Machado, 2015.
Possíveis causas (Acadêmicos): devido à falta de aderência da pintura, retração da argamassa de revestimento, retração da alvenaria ou falta de aderência da argamassa à parede.
A retração da argamassa está inseparavelmente ligada a sua composição. Uma argamassa composta por alto teor de finos necessita de maior consumo de água para amassamento o que ocasiona maior retração por secagem/retração hidráulica. As fissuras desenvolvidas por retração das argamassas de revestimento apresentam distribuição uniforme, com linhas mapeadas (por isso são conhecidas como “fissuras mapeadas”) que se cruzam formando ângulos bastante próximos de 90º, de acordo com a Ficha Técnica “Patologias em Mamposteria de Cerâmica Roja” (2006) essas fissuras são muito comuns, sua forma se assemelha à terra seca quebradiça,e, é frequente convergirem três linhas em cada vértice da fissura.(Antunes,2011 pg. 81).
Procedimento de correção (Acadêmicos): Retirar reboco, chapiscar, rebocar novamente, respeitando os limites de pega dos materiais, passar selador e pintar.
Segundo engenheiro Renato Sahade (2008), uma fissura mais superficial, mapeada, tem recuperação mais simples. Independentemente disso, é preciso ter um treinamento da mão de obra", alerta Sahade. As fissuras, no geral, são recuperadas com a aplicação de produtos flexíveis, como selantes elásticos. "Alguns procedimentos demoram a ser feitos, porque é preciso abrir a fissura, fazer a limpeza, aplicar os produtos e esperar secar. Mas há outros mais simples, que em dois dias o trabalho já está concluído", afirma. Entre os produtos, há, inclusive, tintas especiais para fachadas, com maior capacidade de tolerar deformações sem fissurar. Para correção: Com uma espátula desgastar as duas partes da fissura, tirar as partes soltas ou a soltarem-se e limpar as fissuras com um pincel; aplicar uma massa reparadora apropriada com uma espátula;após secagem da massa lixar toda a área onde foi aplicada a massa, com uma lixa fina, para que fique tudo liso; limpar a área, com um pano húmido e deixar secar; aplicar uma demão de primário adequado, caso seja necessário; finalmente aplicar a tinta de acabamento, normalmente 2 a 3 demãos.
2.1.7 Fissura na parte inferior de aberturas
 
Figuras 12 e 13: Fissuras na alvenaria em 45º com a janela.
Fonte: Ketlin Diane Rech, NayaraLeske e Rafael Machado, 2015.
Possíveis causas (Acadêmicos): Fissuras verticais e horizontais por expansão da alvenaria, ou expansão da argamassa.
Fissuras a 45º nos cantos dos vãos das portas e janelas – Diagnóstico: falta de vergas sobre os vãos ou de contravergas sob os vãos; falta de prolongar as vergas pelo menos 20cm para cada lado dos vãos; vergas com altura inferior a 10cm. (Rodrigues, 2012, pg. 01).
Procedimento de correção (Acadêmicos): Retirar reboco, utilizar tela de estuque, rebocar novamente, e pintar.
Abrir a trinca com ferramenta especial (ABRETRINCA) ou espátula de aço, em forma de "V", com 10mm de largura por 8mm de profundidade; remover toda a pintura e parte superficial do reboco (1 a 2 mm) numa faixa de 10 a 20 cm de largura (conforme largura da tela), sendo que o eixo da trinca deve ficar sempre no centro; remover todo o pó da trinca e das faixas laterais; aplicar na trinca e nas faixas laterais uma demão de Suvinil Fundo Preparador de Paredes Base Água diluído com 10% de água limpa. Utilizar uma trincha para aplicação. Aguardar 04 horas de secagem; preencher a trinca aberta com Suvinil Selatrinca, utilizando uma espátula ou aplicador. Aplicar apenas no veio da trinca, preservando-se as faixas laterais. Aguardar intervalo de 24 horas para secagem; aplicar a segunda demão do Suvinil Selatrinca sobre a trinca, da mesma forma que no item anterior. Aguardar 24 horas para secagem; aplicar sobre a trinca e nas faixas laterais 02 demãos da Suvinil Suviflex ou Suvinil Acrílico Contra Microfissuras, diluído com 10% de água. Esta aplicação pode ser feita com trincha ou brocha. Aguardar intervalo de 04 horas de secagem; nivelar a superfície com Suvinil Massa Acrílica ou Suvinil Texturatto Liso (sem hidrorrepelência) de modo ao acabamento ficar semelhante ao já existente na superfície. (Correta, 2012, pg. 01).
2.1.8 Fissura que inicia na parte inferior da abertura e termina na parte superior.
 
Figuras 14 e 15: Fissuras na alvenaria em 45º com a janela, inferior e superior.
Fonte: Ketlin Diane Rech, Nayara Leske e Rafael Machado, 2015.
Possíveis causas (Acadêmicos): Falta de verga e contra verga, sobrecarga na estrutura.
Sobrecargas não previstas e ou vergar e contra-vergas inexistentes ou mal executadas. (Olivari, 2003, pg.47).
Procedimento de correção (Acadêmicos): Retirar uma enfiada de tijolos tanto superior, quanto inferior, e 30 cm para cada lado do comprimento da janela, fabricar vergas armadas e concretadas e colocar no local, fazendo a amarração entre a alvenaria e verga, utilizar na junção tela de estuque, e rebocar novamente.
Para suprir a ausência de contraverga, que implicou a formação de fissuras sob o vão da janela, pode-se construir a contraverga a posterior (escarificando meia espessura da parede e introduzindo a cinta de concreto armado, repetindo a operação na outra meia espessura da parede). Alternativamente, pode-se inserir uma tala de argamassa armada em cada face da parede, após a remoção do revestimento em argamassa (quando existir). Porém a opção por um dos dois métodos vai depender da extensão do problema, das cargas transferidas às paredes, da extensão do vão etc. Se o problema tiver sido causado por recalques das fundações ou deformação da estrutura, ainda em processamento, qualquer alternativa só será bem-sucedida após estabilização das movimentações. (Thomaz ( IPT-Divisão de Engenharia Civil, 2000 pg 1).
2.1.9 Fissuras no gesso 
 
Figuras 16 e 17: Fissuras em teto de gesso.
Fonte: Ketlin Diane Rech, Nayara Leske e Rafael Machado, 2015.
Possíveis causas (Acadêmico): fissuras ocorridas devido as grandes movimentações higroscópicas do gesso, por estar em um ambiente úmido.
Procedimento de correção (Acadêmico): Retirar o gesso e refazer com gesso a cartonado que é mais resistente a umidade, lixar e repintar.
OBS: Para esta situação de patologia, não foram encontradas evidências metodológicas, para fundamentação teórica.
2.1.10 Infiltração
Figuras 18: Manchas em mocheta de alvenaria.
Fonte: Ketlin Diane Rech, Nayara Leske e Rafael Machado, 2015.
Possíveis causas (Acadêmicos): Cano PVC, ou conexão danificados dentro da mocheta.
Primeiro passo, após identificar o problema, é descobrir sua causa. Se manchas ou bolhas estão aparecendo no meio da parede ou no forro são indicação de infiltração por tubulação hidráulica. (Pólo serviços, 2011, pg. 1).
Procedimento de correção (Acadêmico): Quebrar mocheta, trocar conexão e/ou cano pvc, concertar mocheta, rebocar, passar textura novamente e pintar.
Limpe a área em volta da fissura no cano com uma escova de aço. Isso fará pequenas ranhuras nele para que a massa fixe na superfície. Além disso, utilize um pano para remover os resíduos de óleo ou sujeira. Seque a parte limpa do cano após a limpeza. Tire a quantidade necessária de massa da embalagem e depois a misture até ficar com uma cor homogênea. A massa vem em duas cores. Aplique a massa sobre o cano com as mãos, de modo a cobrir a fissura. Certifique-se de passar massa um pouco além da parte rachada, cerca de 1,30 cm além do ponto exato; em todas as direções. Faça isso dois minutos depois de misturar o produto. Caso o dano seja muito grande, deve-se trocar a tubulação (Barros, 2012, pg. 01).
2.1.11 Desplacamento de azulejo Interno
 
Figuras 19 e 20: Desplacamente cerâmico em banheiro.
Fonte: Ketlin Diane Rech, Nayara Leske e Rafael Machado, 2015
Possíveis causas (Acadêmicos): Azulejo assentado sobre o pilar, expansão do pilar, ou possivelmente uma falha na fuga do azulejo, causando infiltração e o descolamento da argamassa.
Deformação estrutural excessiva: a deformação da estrutura do edifício pode criar tensões que são transmitidas para a alvenaria e destas para os revestimentos. Quando essa deformação não é totalmente absorvida, podem ocorrer trincas, fissuras e greteamento, ou até mesmo o descolamento da placa. (Rhod, 2011, pg. 29-30)
Procedimento de correção (Acadêmicos): Retirar azulejos danificados, repassar argamassa e assentar novamente.
Segundo Weber 2012, deve-se executar juntas de esquartejamento mais deformáveis a limitar áreas menores de continuidade cerâmica, substituir os elementos cerâmicos desplacados e executar sua colagem com argamassa-cola adequada para o efeito.
2.1.12 Recalque de calçadas
 
Figuras 20 e 21: Rachaduras horizontais paralelas a calçada.
Fonte: Ketlin Diane Rech, Nayara Leske e Rafael Machado, 2015
Possíveis causas (Acadêmicos): Má compactação do solo para execução da calçada.
Procedimento de correção (Acadêmicos): Retirar azulejos e concretos da calçada, compactar solo novamente e refazer calçada, utilizando tela de aço.
OBS: Para esta situação de patologia, não foram encontradas evidências metodológicas, para fundamentação teórica
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Pelo estudo realizado neste paper, podemos evidenciar a importância de se fazer avaliações periódicas por parte do proprietário do imóvel, ou até mesmo pelas construtoras. Tais patologias podem demonstrar falhas em projetos, escolha de materiais errados, execuções mau feitas, ou desgastes dos materiais no decorrer do tempo, sendo físicos ou naturais. Deve se levar em conta os gastos para a correção dos mesmos, sendo de valores pequenos como por exemplo a simples troca de uma conexão na tubulação, ou até mesmo de altos custos, como a troca inteira de revestimento cerâmico de uma fachada predial. Por isso, cabe ao engenheiro responsável da obra estar atento em todas as fases da obra, desde o projeto até a escolha do material empregado na obra.
REFERÊNCIAS
CONSTRUFÁCILRJ. CERÂMICA SOLTANDO: DIAGNÓSTICO, CAUSAS E RECUPERAÇÃO. Disponível em: http://books.google.com.br. Acesso em: 20/06/2015.
PEREIRA, SILVA, OLIVEIRA, FERREIRA, AMARAL, TAUÃ. CORROSÃO EM ARMADURAS PARA CONCRETO ARMADO. Disponível em: https://patologiaifap.wordpress.com/2014/06/14/corrosao-em-armaduras-para-concreto-armado/. Acesso em: 20/06/2015.
HUSSEIN, JASMIN. LEVANTAMENTO DE PATOLOGIAS CAUSADAS POR INFILTRAÇÕES DEVIDO À FALHA OU AUSÊNCIA DE IMPERMEABILIZAÇÃOEM CONSTRUÇÕES RESIDENCIAIS NA CIDADE DE CAMPO MOURÃO - PR. Disponível em: http://repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/1873/1/CM_COECI_2012_2_03.pdf. Acesso em: 25/06/2015.
PINIWEB. IMPERMEABILIZAÇÃO INADEQUADA. Disponível em: http://piniweb.pini.com.br/construcao/noticias/devido-a-impermeabilizacao-inadequada-da-parede-e-da-falta-de-83764-1.aspx. Acesso em: 25/06/2015.
RHOD, ALEXANDRA. MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS EM REVESTIMENTOS CERÂMICOS. Disponível em: https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/34383/000789547.pdf?sequence=1. Acesso em: 28/06/2015.
BARROS, MÁRCIO. COMO CONSERTAR FISSURAS EM CANOS DE PVC. Disponível em: http://behaviorresources.appspot.com/www.ehow.com.br/consertar-fissuras-canos-pvc-como_139396/. Acesso em: 28/06/2015.

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