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FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL Eduardo Gomes Júnior ANÁLISE DAS MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS DECORRENTES DE COLISÕES DE EMBARCAÇÕES DA PONTE FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Palmas – TO 2017 Eduardo Gomes Júnior ANÁLISE DAS MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS DECORRENTES DE COLISÕES DE EMBARCAÇÕES DA PONTE FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Projeto de pesquisa apresentado ao curso de Engenharia Civil, Centro de Engenharia Civil, Universidade Federal do Tocantins, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Engenharia Civil. Orientador: Prof. Esp. Daniel Iglesias de Carvalho Palmas – TO 2017 Eduardo Gomes Júnior ANÁLISE DAS MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS DECORRENTES DE COLISÕES DE EMBARCAÇÕES DA PONTE FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Projeto de pesquisa submetido à disciplina Projeto de Graduação I, do curso de Engenharia Civil da Universidade Federal do Tocantins, para fins de desenvolvimento do Trabalho de Conclusão de Curso, aprovado pela seguinte banca examinadora: ____________________________________________________ Prof. Esp. Daniel Iglesias de Carvalho (Orientador) Universidade Federal do Tocantins ____________________________________________________ Avaliador 1 Universidade Federal do Tocantins ____________________________________________________ Avaliador 2 Universidade Federal do Tocantins Palmas – TO 2017 LISTA DE SIGLAS ABNT DNIT NBR TCU Associação Brasileira de Normas Técnicas; Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes; Norma Brasileira aprovada pela ABNT; Tribunal de Contas da União; LISTA DE FIGURAS Figura 1 – Tempo de vida útil considerando o fenômeno de corrosão de armaduras ........................... 11 Figura 2 – Elementos das pontes Rodoviárias....................................................................................... 12 Figura 3 – Evolução dos custos pela fase de intervenção (Regra de Sitter) .......................................... 14 Figura 4 – Proteção de pilares de estacionamento ................................................................................ 20 Figura 5 – Proteção de pilares de estacionamento ................................................................................ 20 LISTA DE QUADROS Quadro 1 – Nota sobre danos nos elementos avaliados conforme DNIT ............................................. 22 Quadro 2 – Notas a ser aplicadas com o método do DNIT ................................................................... 23 Quadro 3 – Manifestações Patológicas Causadas por Impacto de embarcações ................................... 24 Quadro 4 – Notas a ser aplicadas com o método do DNIT ................................................................... 25 Quadro 5 – Cronograma da pesquisa .................................................................................................... 27 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 7 1.1 JUSTIFICATIVA .............................................................................................................................. 8 1.2 OBJETIVOS ..................................................................................................................................... 8 1.2.1 Objetivo Geral ................................................................................................................................ 8 1.2.2 Objetivos Específicos ..................................................................................................................... 8 1.3 PROBLEMA ..................................................................................................................................... 9 1.4 HIPÓTESES ...................................................................................................................................... 9 2 REFERENCIAL TEÓRICO ........................................................................................................... 10 2.1 CONCRETO ARMADO................................................................................................................. 10 2.2 CONCEITO DE VIDA ÚTIL E DURABILIDADE DAS ESTRUTURAS ................................... 10 2.3 PONTES RODOVIÁRIAS DE CONCRETO ARMADO E SEUS ELEMENTOS ....................... 12 2.4 PATOLOGIAS DO CONCRETO ARMADO ................................................................................ 13 2.5 CONSERVAÇÃO DE PONTES E INPEÇÃO ............................................................................... 13 2.5.1 Inspeção em pontes ...................................................................................................................... 14 2.5.2 Relatório final de inspeção ........................................................................................................... 15 2.6 CAUSAS DA DETERIORAÇÃO DAS PONTES DE CONCRETO ARMADO .......................... 16 2.7 MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS COMUNS EM PILARES DE PONTES DE CONCRETO ARMADO ............................................................................................................................................. 16 2.8 CORROSÃO EM ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO .................................................. 17 2.9 ALGUNS PROCEDIMENTOS USUAIS DE RECUPERAÇÃO DE PILARES DE CONCRETO ARMADO ............................................................................................................................................. 18 2.10 PROTEÇÕES DE IMPACTOS EM PILARES ............................................................................ 19 3 METODOLOGIA ............................................................................................................................ 21 3.1 LEVANTAMENTO DAS MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS NOS PILARES DA ESTRUTURA ....................................................................................................................................... 21 3.2 RECUPERAÇÃO DAS MANIFESTAÇÕES PROVIDAS DE IMPACTO .................................. 24 3.2 ESTUDOS SOBRE A APLICAÇÃO DE MÉTODOS PARA PROTEÇÃO DOS PILARES E DISCUSSÃO ......................................................................................................................................... 25 4 CRONOGRAMA ............................................................................................................................. 27 5 REFERÊNCIAS ............................................................................................................................... 28 7 1 INTRODUÇÃO A qualidade dos projetos de construção civil está associada ao custo-benefício, conforto e funcionalidade, que devem ser garantidos no tempo de vida útil definido em projeto, e dependem da realização de manutenções e da previsão de todos os fatores que possam afetar a estrutura, fatores nas quais devem ser previstos ainda fase de projeto. Em pontes de concreto armado não é diferente, os órgãos públicos responsáveis por estas obras geralmente não realizam inspeções rotineiras e manutenções, causando assim uma deterioração rápida dessas estruturas, muitas vezes antes do fim da vida útil definida em projeto. Segundo Vitório (2006), de acordo com dados do Tribunal de Contas da União (TCU), aproximadamente 75% das pontes do Brasil, que estão por administração de órgãos públicos, estão em péssimas condições de conservação, necessitando de recuperação, reforço ou alargamento para se recomporem em condições mínimas de desempenho.Aliado às deteriorações por falta de manutenção, tem-se as deteriorações causadas por outros fatores, como de erros de projeto e execução, e também ações mecânicas como o impacto de veículos e embarcações, que muitas vezes não são previstas em projeto, e são responsáveis pelo aparecimento de várias outras manifestações patológicas, como a corrosão. Com isso, este trabalho vem dar enfoque ao estudo das manifestações patológicas geradas por impacto de embarcações em pontes, com a remoção do cobrimento dos seus pilares de concreto armado e alteração da vida útil. Estas colisões podem ocasionar deficiências estruturais no instante da colisão e também ao longo do tempo, diminuindo a mesma. Também se leva em consideração à necessidade de proteção de pilares de pontes em hidrovias, realizando-se assim um estudo sobre aplicação de métodos de proteção dos pilares e definição das manifestações patológicas ocasionadas por colisões de embarcações, nos pilares de concreto armado da ponte Fernando Henrique Cardoso, localizada em Palmas Tocantins. Em sua metodologia, desta proposta de pesquisa, serão levantadas todas as manifestações patológicas de forma geral nos pilares de concreto armado da ponte, e então definidas quais foram provenientes por colisões de embarcações por exclusão. Logo então serão propostos estudos de aplicação de recuperação para os pilares e aplicação de proteção dos mesmos, com elaboração de croqui. 8 8 1.1 JUSTIFICATIVA Nesta pesquisa tem-se o estudo de análise de manifestações patológicas com incentivo, para os órgãos responsáveis pelas obras públicas do Brasil, de aplicação de métodos de recuperação e proteção de pilares de pontes de concreto armado deteriorados por colisões de embarcações não previstas em projeto e de forma prévia, aplicando-se este estudo na ponte Fernando Henrique Cardoso em Palmas Tocantins. Então, tem-se a justificativa por apresentar grande relevância, pelo ponto de vista social e econômico, visto que a recuperação e proteção de estruturas de pontes deterioradas prolongam sua vida útil, e quando de forma prévia é ainda menos onerosa, gerando menores gastos do dinheiro público e preservação do patrimônio nacional. Também tem relevância para o engenheiro projetista, por levar em consideração à necessidade de previsão proteção de ações mecânicas em pilares de pontes rodoviárias, e poder ser utilizado como referência na elaboração de novos projetos de pontes com fluxo de embarcações sob as mesmas, com devida proteção. 1.2 OBJETIVOS 1.2.1 Objetivo Geral Realizar uma análise das manifestações patológicas causadas por colisões de embarcações nos pilares de concreto armado da ponte Fernando Henrique Cardoso, localizada na cidade de Palmas-TO. 1.2.2 Objetivos Específicos Identificar nos pilares da estruturas manifestações patológicas decorrentes de colisões de embarcações; Propor os materiais e técnicas de recuperação; Estudar soluções de proteção dos pilares de concreto armado para evitar que estas colisões gerem novas manifestações patológicas; 9 1.3 PROBLEMA Quais manifestações patológicas são causadas por colisões de embarcações, e suas respectivas alternativas para recuperação e proteção são tecnicamente viáveis para tratamento dos pilares de concreto armados da ponte Fernando Henrique Cardoso? 1.4 HIPÓTESES O devido problema tem as seguintes Hipóteses para recuperação: Presença de manifestações patológicas causadas por colisões de embarcações sem exposição da armadura de concreto armado na área de impacto do pilar, apenas com remoção parcial de cobrimento e tratamento do mesmo. Presença de manifestações patológicas causadas por colisões de embarcações com exposição das armaduras com remoção total do cobrimento na área de impacto do pilar, sem alterações da armadura de forma relevante, com reaplicação de cobrimento e proteção de corrosão destas armaduras expostas. Presença de manifestações patológicas causadas por colisões de embarcações com possíveis alterações relevantes da armadura do pilar de concreto armado, tendo a necessidade substituição da armadura, reforço estrutural. Tem-se a Hipótese de proteção de pilares de concreto armado com a utilização de materiais através da analogia de proteção de impacto de outros sistemas, como de pilares de estacionamentos no subsolo de edifícios, pistas de corrida, e também da utilização de placas de sinalização. 10 2 REFERENCIAL TEÓRICO 2.1 CONCRETO ARMADO Para Bastos (2006) o concreto é um material resultante da mistura de cimento, areia, agregado graúdo (pedra ou brita) e água, e sua principal caraterística é apresentar boa resistência à solicitação de compressão. Porém, é frágil à tração e consequentemente à flexão e cortante, sendo então normalmente associado ao aço, recebendo a denominação de concreto armado, comportando-se como conjunto de forma bastante favorável diante das diversas solicitações. Além disso, Bastos (2006) afirma que se deve obrigatoriamente existir entre o concreto e a armadura o fenômeno da aderência para a existência do concreto armado. É necessária a existência de solidariedade entre o concreto e o aço, e que assim o trabalho seja realizado de forma conjunta. 2.2 CONCEITO DE VIDA ÚTIL E DURABILIDADE DAS ESTRUTURAS Conforme Helene (1993), a vida útil é definida como sendo o período de tempo pela qual a estrutura ou componente estrutural é capaz de desempenhar as atribuições para qual ela foi projetada, sem a necessidade de manutenções corretivas neste tempo, mas somente manutenções preventivas. Para a ABNT NBR 6118 (2007, p. 14) a vida útil “consiste na capacidade da estrutura resistir às influências ambientais previstas e definidas em conjunto pelo autor do projeto estrutural e o contratante, no início dos trabalhos de elaboração do projeto”. No item 6.1 da ABNT NBR 6118 (2007, p. 15) diz que: As estruturas de concreto devem ser projetadas e construídas de modo que sob as condições ambientais previstas na época do projeto e quando utilizadas conforme preconizado em projeto conservem sua segurança, estabilidade e aptidão em serviço durante o período correspondente à sua vida útil. Helene (1997), tomando como base o modelo proposto por Tuutti (1982), afirma a conceituação de vida útil de projeto limitada aos fenômenos de corrosão das armaduras, que pode ser observado na Figura 1: 11 Figura 1 – Tempo de vida útil considerando o fenômeno de corrosão de armaduras Fonte: Editado de Helene (1997) Vida útil de projeto: Também denominado como período de Iniciação, sendo o tempo que vai até a despassivação da armadura, adotado no projeto da estrutura, a favor da segurança. Pode ser estimada em função da agressividade do ambiente e características de cobrimento do concreto, a partir da frente de carbonatação e de cloretos atingindo a armadura; Vida útil de serviço: Tempo que vai até o momento em que aparecem manifestações patológicas como manchas na superfície do concreto, fissuras no concreto e destacamento do concreto; Vida útil última ou total: Período até que haja uma redução significativa da seção da armadura, podendo acarretar ao colapso parcial ou total da estrutura; Vida útil residual: Período em que a estrutura ainda será capaz de desempenhar suas funções ,contado a partir de uma data qualquer correspondente a uma vistoria. 12 Podem ser levados em consideração outros fatores como incêndio e impacto de veículos. 2.3 PONTES RODOVIÁRIAS DE CONCRETO ARMADO E SEUS ELEMENTOS Segundo Vitório (2002), genericamente, pontes são estruturas com a finalidade de vencer obstáculos e manter continuidade de vias. De forma específica, são consideradas pontes quando o obstáculo é constituído por água, para se estabelecer a ligação entre duas margens,e quando o obstáculo transposto não é constituído por água, é considerada obra de viaduto. Para Vitório (2002), os elementos das pontes são geralmente compostos por (Figura 2): Figura 2 – Elementos das pontes Rodoviárias Fonte: Vitório (2002) Superestrutura; Recebe as cargas diretamente em si, sendo as mesmas provenientes do tráfego dos veículos e as transmitindo para a mesoestrutura. É também denominado tabuleiro, sendo composto por longarinas (vigas longitudinais), e transversinas (vigas transversais), e também da laje superior. Mesoestrutura; É constituída pelos pilares, travessas e encontros, sendo sua função conduzir as cargas da superestrutura para as fundações. 13 Infraestrutura. É a fundação da ponte, tem a finalidade de receber as cargas de toda a estrutura, e transmiti-la para o solo, podendo ser direta (sapatas) ou profunda (estacas ou tubulões). 2.4 PATOLOGIAS DO CONCRETO ARMADO Para Lapa (2008), o concreto armado é um material não inerte, que está sujeito a alterações ao longo do tempo, através de interações entre seus constituintes (areia, cimento, brita, aço, água e aditivos) com agentes externos (ácidos, bases, sais, gases, etc.) Patologia do concreto armado é a ciência que estuda os sintomas, mecanismos, causas e origens dos problemas patológicos encontrados nas estruturas de concreto armado. Para um dano qualquer, tem-se a possibilidade de vários motivos serem responsáveis, podendo vir apenas a causar incômodos para os usuários da obra, até grandes problemas que podem levar a estrutura ao colapso (TRINDADE, 2010). Quando se existe alterações da estrutura ao ponto de o desempenho estar ameaçado ou comprometido, o elemento de concreto armado estará “doente”, ou seja, com enfermidades que lhe submetem a alterações negativas de desempenho (LAPA, 2008). Estas enfermidades podem estar com a estrutura desde o início da vida útil ou adquirida ao longo do tempo, pela ação de inúmeros agentes externos, ou por fenômenos físicos (choque de veículos, incêndios, terremotos, recalques, variações de temperatura, etc.). Segundo Lapa (2008), para que uma doença seja perfeitamente diagnosticada, é necessário que se conheça seus sintomas, seus mecanismos (processos de surgimento), suas causas (agentes desencadeadores) e origens (em que etapa da vida da estrutura). Ele afirma ainda que patologia das estruturas seja entendida como o ramo da engenharia que estuda as doenças das estruturas sob esses aspectos. 2.5 CONSERVAÇÕES DE PONTES E INPEÇÃO Segundo Vitório (2006), a conservação de pontes acontece quando suas características funcionais, resistentes e estéticas são mantidas de acordo como mensurado em projeto, em sua construção. A realização de inspeções rotineiras é de bastante relevância para que sintomas possam ser detectados e tratados de forma breve, e assim manter-se a conservação. 14 De acordo com Sitter (1984) apud Helene (1997), em uma obra, quanto mais cedo uma doença for diagnosticada e tratada, menor será a perda de desempenho e o custo de tratamento da mesma. Prorrogar o tratamento significa aumentar os custos em progressão geométrica de razão igual a cinco, conforme a Figura 3: Figura 3 – Evolução dos custos pela fase de intervenção (Regra de Sitter) Fonte: SITTER (1984) apud HELENE (1997) O Manual de Recuperação de Pontes e Viadutos do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (DNIT) caracteriza manutenção como as operações para garantir a integridade de uma estrutura e preservá-la da deterioração. É um fator decisivo que influencia na durabilidade das pontes, sendo preventiva ou corretiva, implicando em limpeza, proteção contra corrosão e medidas corriqueiras de conservação (DNIT, 2010). Vitório (2006) afirma que Inspeção são os procedimentos que são realizados de forma organizada e prévia, para se adquirir informações do estado de uma ponte ou outra obra no instante em que é realizada esta inspeção. Nas inspeções, devem se levar em consideração os seguintes aspectos: Análise da obra, do projeto e relatório com conclusões finais. Em pontes, as vistorias devem ser realizadas conforme a NBR-9452/86 da Associação Brasileira de Normas Técnicas. 2.5.1 Inspeção em pontes Vitório (2006) afirma que as inspeções devem ser realizadas de forma detalhada, com adequada observação de cada detalhe. Deve-se realizar devidas anotações dos detalhes, para que possam ser úteis para análise das manifestações patológicas, e realização do diagnóstico a ser descrito no relatório final. 15 Devem ser realizadas fotografias para compor o relatório, e que serão de grande importância para auxílio para determinação do diagnóstico das anomalias existentes na obra. Em pilares, devem ser observados de forma isolada e de forma conjunta. Devem ser registrados os seguintes elementos: Quantidade e tipos de pilares; Hipótese estrutural; Estado dos pilares (cobrimentos, deterioração do concreto, fissuras, trincas, armaduras expostas, anomalias provocadas por flambagem, esmagamento, contraventamento, condições de ligação com as fundações); desgaste devido às condições ambientais (erosão hidráulica, meio ambiente agressivo, vibrações, impacto de veículos ou embarcações, proximidade de linha férrea); 2.5.2 Relatório final de inspeção Para Vitório (2006), o relatório final deve ser objetivo e apresentado em linguagem técnica adequada, com disposição racional de textos e ilustrações. É a última etapa da vistoria da ponte. As considerações apontadas devem ser de forma que não ocasionem qualquer dúvida de natureza técnica, e que estejam adotadas por observações e conceituações, amparadas pela literatura existente referente ao tema. Este documento representará o diagnóstico sobre o comportamento atual da obra, e também será de base para definir os tipos de futuras intervenções que deverá receber (recuperação, reforço, alargamento, ou até de demolição). Este documento também é utilizado para casos de demanda judicial, que envolve a obra vistoriada. A NBR-9452/86 recomenda os seguintes itens para o relatório final de vistoria: Índice; Introdução; Relatórios preliminares, fichas cadastrais e rotineiras; Registros das observações de campo; Relatório técnico complementar (análise, estudos estruturais, hidrológicos ou geotécnicos, instrumentações, provas de carga, etc.) Parecer final; Recomendações; 16 Bibliografia. 2.6 CAUSAS DA DETERIORAÇÃO DAS PONTES DE CONCRETO ARMADO A deterioração de estruturas de concreto armado bem como de pontes deste tipo acontece por processos mecânicos, físicos, químicos, biológicos e eletromagnéticos, sendo também como resultado de uma combinação de diferentes fatores externos e internos. Dependem de propriedades físico-químicas do concreto e de sua exposição. Estes processos alteram o desempenho da estrutura, e nem sempre são possíveis de se visualizar. Os principais sintomas desses processos são a fissuração, o destacamento e a desagregação. O manual de Recuperação de pontes do DNIT aponta as causas para a deterioração do concreto considerando os seguintes fatores: Fatores intrínsecos Pode ser objetiva, como a idade da estrutura da ponte e subjetivos como a qualidade dos projetos da obra, dos materiais da estrutura, do sistema de execução, das condições de serviço conforme projetado. Também leva em consideração a qualidade dos elementos acessórios da ponte (juntas de dilatação, drenagem, dentre outros). Fatores resultantes do tráfego rodoviário Velocidade das cargas móveis e sua concentração, efeitos de fadiga, colisões de veículos, sobrecarga e impacto de veículos pesados, sendo todos eles subjetivos. Fatores ambientais Fenômenos atmosféricos, variação do N.A., força do vento, efeitos sísmicos, variações de temperatura; insolação causando dilataçõesnão uniformes, ações de cloretos e sulfatos do ambiente agressivo. Fatores resultantes do tipo e intensidade da manutenção A Qualidade e freqüência das inspeções, dos trabalhos rotineiros de manutenção como: limpezas, pequenos reparos, reaplicação de proteções anticorrosivas etc. 2.7 MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS COMUNS EM PILARES DE PONTES DE CONCRETO ARMADO Segundo Tejedor (2013) e do Manual de inspeção de pontes do DNIT, as manifestações patológicas mais comuns sobre pilares de concreto armado em pontes são: 17 Fendas e fissuras: Podem ser causadas por incremento de cargas atuantes sobre o tabuleiro, flambagem causada por instabilidade elástica, erros de execução como a falta de vibração do concreto, concretagem em temperaturas muito altas, etc. Deteriorações como espaços vazios ou poros, desprendimentos, ninhos: Como conseqüência a de perda de recobrimento das armaduras, suas causas são devido a erros de execução, como concretagem com temperaturas altas, vibração insuficiente e qualidade do concreto ruim, percolação de água, contaminação de agregados e presença de microrganismos etc. Erosão: ação da água com pequenas partículas soltas. Corrosão por carbonatação e ação de cloretos: Afeta a estrutura de forma mais rápida quando cobrimento é afetado por outros fatores como: trincas, desplacamentos, concreto poroso, etc. 2.8 CORROSÕES EM ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO Em estruturas de concreto armado, os efeitos da corrosão são degenerativos e se manifestam na forma de: manchas superficiais, como fissuras, destacamento do concreto de cobrimento, reduções da seção, perda de aderência das armaduras principais, gerando deteriorações que levam a um comprometimento da segurança estrutural. Segundo o Manual de recuperação de pontes e viadutos do DNIT (2010), deve-se existir um cobrimento das armaduras nas estruturas de concreto armado, na qual é responsável pela proteção das armaduras ao meio ambiente agressivo. Este cobrimento serve como uma barreira física para as armaduras, e as mesmas também são protegidas principalmente por uma proteção química, conferida pela alta alcalinidade da solução aquosa presente nos poros do concreto (HELENE 1993). Ao definir como se ocorre o fenômeno de corrosão de materiais pode-se obter pistas para se controlar este processo, e assim as estruturas de concreto armado garantirão o período de vida útil de projeto definido. Para Helene (1993, p.1), “corrosão pode ser entendida como a interação destrutiva de um material com o meio ambiente, como resultado de reações deletérias de natureza química ou eletroquímica, associadas ou não a ações físicas ou mecânicas de degradação.” Polito (2006) classifica a corrosão segundo a natureza do processo e sua morfologia. A primeira tem-se a corrosão em química (reação gás-metal e forma uma película de óxido) e 18 eletroquímica (resultado da formação de uma célula de corrosão, com eletrólito e diferença de potencial entre pontos da superfície). A segunda pode ter várias classificações, sendo as principais: Corrosão uniforme: É generalizada, ocorre em toda a extensão da superfície com perda uniforme de espessura; Corrosão por pite: ocorre em pontos ou pequenas áreas localizadas da armadura. Podem aprofundar-se causando rompimento pontual da barra; Corrosão sob tensão fraturante: Ocorre simultaneamente com uma tensão de tração, ocasionando início de propagação de fissuras. 2.9 ALGUNS PROCEDIMENTOS USUAIS DE RECUPERAÇÃO DE PILARES DE CONCRETO ARMADO Tejedor (2013) ressalta de forma simplificada alguns procedimentos para reparação de estruturas de concreto armado. Para reparação de fendas, fissuras e trincas deve se realizar uma classificação das quanto a sua estabilidade. Uma fissura é estável quando não se tem movimentos longitudinais ou transversais, sendo chamada de fissuras passivas. Quando se tem movimentos, é chamada de fissuras ativas, ou seja, instáveis. Para reparação de fissuras, deve realizar os seguintes procedimentos: Limpeza com jato de ar; Aplicação de material epóxi como selador; Fechamento dos orifícios. Para reparação de fendas ativas: Limpeza com jato de ar; Aplicação de selante com betume elástico com poliuretano. Para reparação de fendas inativas: Limpeza com jato de ar; Aplicação de argamassa de cimento. Quando existem imperfeições no concreto sem grande prejuízo, que precisam apenas de reparo para renovação e proteção deve seguir o seguinte procedimento: Apicoamento da região deixando as armaduras visíveis e sem materiais que possam impedir a aderência; 19 Escovação das armaduras para limpeza e melhoria de aderência; Aplicação de material anti-corrosivo; Aplicação de argamassas ou resinas sintéticas; Aplicação de proteção, como impermeabilizantes. Para reparação de pilares erodidos deve ser realizado o reforço por encamisamento do pilar, conforme os seguintes procedimentos: Limpeza da superfície; Preparação fôrma ao redor do pilar; Armadura de reforço, caso necessário; Concretagem com materiais resistentes; Desforma. Segundo o Manual de inspeção do DNIT, o tratamento de estruturas corroídas se envolve em duas fases: Preparação: A remoção do concreto contaminado por cloretos onde existe corrosão de acordo com a quantidade de cloretos que afeta a estrutura, da umidade e grau de carbonatação, variando de cada caso diagnosticado. Recomposição da proteção: Caso a armadura não tenha perdido mais que 10% de seção deve-se aplicar proteção contra corrosão com devida limpeza, e aplicação de argamassa com alto teor de cimento, em graute ou massa epóxica. Caso armadura tenha perdido a seção em mais de 10%, deve-se aplicar armadura suplementar com devida ancoragem. 2.10 PROTEÇÕES DE IMPACTOS EM PILARES Devido ao risco de colisões de embarcações, tem-se a necessidade de proteção de pilares de pontes em hidrovias. Uma colisão de embarcação pode ocasionar a danos não somente nos pilares, mas também na estrutura como um todo, causando remoção de cobrimento, deixando à armadura suscetível a corrosão, e até mesmo perdas de seção do concreto e a alterações das armaduras com o impacto, que levam a deficiências estruturais e diminuição da vida útil. Segundo Noronha et al (2014), os principais tipos principais de proteção de pilares de pontes são: elásticas, que operam na base da deformação do sistema, através da absorção de energia elástica, com absorção da energia do choque sem que afete o pilar, as proteções de 20 pilares de tipo gravidade, que usam a energia do choque para fazer subir o baricentro de um determinado peso, e as defensas metálicas, que tiram proveito de fenômenos de compressão do ar, flutuação de pontões, etc. Também se pode realizar uma analogia com outros sistemas proteção de pilares de outras estruturas, como em estacionamentos de subsolos, com o uso de materiais para evitar o dano de impacto de embarcações, conforme é apresentado nas Figuras 4 e 5. Figura 4 – Proteção de pilares de estacionamento Fonte: SERVICOSWM.com.br (2017) Figura 5 – Proteção de pilares de estacionamento Fonte:SERVICOSWM.com.br (2017) 21 3 METODOLOGIA A ponte em questão, que será realizada a aplicação desta pesquisa, está localizada em Palmas, Tocantins. Com 8 km de extensão, foi construída entre 1998 e 2002, ligando a capital ao distrito de Luzimangues, no município de Porto Nacional, e à BR-153 a Paraíso-TO, cortando o lago formado pela usina Hidrelétrica Luiz Eduardo Magalhães. Neste capítulo é feita uma abordagem do levantamento a ser realizado assim como a metodologia utilizada para fundamentar esta pesquisa. Primeiramente será realizado o levantamento das manifestações patológicas como um todo, dos pilares de concreto armado da ponte, de acordo com a metodologia do manualde inspeção de pontes do DNIT. Serão então inspecionados os pilares da estrutura, analisadas as manifestações ali presentes com devida anamnese, definindo suas possíveis causas, seus mecanismos, e então por exclusão, serão apontadas quais destas manifestações podem ter sido provenientes por colisões de embarcações. Os danos provenientes por colisões serão classificados de acordo com suas condições, e propostas as técnicas de recuperação para se garantir o desempenho da estrutura na vida útil da mesma. As técnicas de recuperação serão definidas com viabilidade técnica de acordo com a condição de cada patologia encontrada nos pilares de concreto armado da ponte em questão. Estudos sobre a aplicação de métodos para proteção dos pilares, também serão realizados, para se evitar o reaparecimento das devidas manifestações. Também serão realizados estudos sobre a relevância da recuperação da estrutura. 3.1 LEVANTAMENTO DAS MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS NOS PILARES DA ESTRUTURA O levantamento das Manifestações será realizado pelo método de inspeção adotado pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), apontado no Manual de inspeção de Pontes Rodoviárias (2004) e pela norma técnica DNIT 010/2004. A norma fixa que os requisitos mínimos para se realizar, com segurança, e de forma confiável e completa é o planejamento da inspeção e a programação adequada. Para isso, serão abordados os seguintes aspectos referentes na norma: Motivo da inspeção; Tipo da inspeção; Dimensionamento da equipe; 22 Equipamentos e as ferramentas; Existência de projetos e de relatórios de inspeções anteriores; Período do ano mais favorável à inspeção. Segundo a Norma técnica DNIT 010/2004, devem ser atribuídos aos principais elementos que compõe uma nota de avaliação, variando de 1 até 5, e refletirá na maior ou menor gravidade dos problemas existentes na obra, em cada elemento, e assim estabelecerá uma avaliação preliminar das condições da ponte. Cada nota deverá ser relacionada com os danos encontrados no elemento da estrutura, conforme o Quadro 1: Quadro 1 – Nota sobre danos nos elementos avaliados conforme DNIT Nota DANOS NO ELEMENTO/ INSUFICIÊNCIA ESTRUTURAL AÇÃO CORRETIVA CONDIÇÕES DE ESTABILIDADE CLASSIFICAÇÃO DAS CONDIÇÕES DA PONTE 5 Não há danos nem insuficiência estrutural Nada a fazer. Boa Obra sem problemas 4 Há alguns danos, mas não há sinal que estejam gerando insuficiência estrutural Nada a fazer, apenas serviços de manutenção. Boa Obras sem Problemas importantes 3 Há danos gerando insuficiência estrutural, mas não há sinais de comprometimento da estabilidade da obra. A recuperação da obra pode ser postergada, devendo-se, porém, neste caso, colocar-se o problema em observação sistemática. Boa aparentemente Obra potencialmente problemática 4 Há danos gerando significativa insuficiência estrutural na ponte, porém, não há ainda, um risco tangível de colapso estrutural. A recuperação (geralmente com reforço estrutural) da obra deve ser feita com curto prazo. Sofrível Obra problemática 5 Há danos gerando grave insuficiência estrutural na ponte. O elemento em questão encontra-se em estado crítico, havendo um risco tangível de colapso estrutural. A recuperação (geralmente com reforço estrutural) – ou em alguns casos, substituição da obra – deve ser feita sem tardar. Precária Obra crítica Fonte: DNIT 010/2004 23 Esta avaliação será realizada somente nos pilares de concreto armado da ponte, já que o foco é apenas nestes elementos. Será realizada para que assim se identifique as manifestações de um modo geral nos pilares, e então se aponte as possíveis manifestações provenientes de impacto de embarcações. Primeiramente será verificada a existência de projetos, pesquisas e de relatórios de inspeções anteriores junto ao DNIT, ou estudos anteriores sobre a devida ponte. Caso existam inspeções ou estudos anteriores, serão utilizados para auxilio da inspeção a ser realizada e também na acurácia dos resultados obtidos. A inspeção será realizada conforme o cronograma a ser realizado neste projeto, no período de estiagem. Para o acesso até os pilares, será alugado um barco para realização de um registro fotográfico abrangente e completo. Conforme recomenda a norma, será utilizada a ficha de inspeção rotineira em anexo na norma DNIT 10/2004, que poderá ser adaptada de acordo com a necessidade, após verificar-se a existência de relatórios anteriores. Caso necessário, será efetuada a limpeza com escova metálica, para verificar se há trincas, corrosões ou outros defeitos encobertos nos pilares. Os defeitos eventualmente encontrados nestes elementos serão cuidadosamente examinados e registrados para posteriormente se avaliar suas devidas causas. Será utilizado também um paquímetro para medição das armaduras expostas caso seja necessário. Preencher-se a um quadro com os danos encontrados e suas devidas notas, em todos os pilares da ponte, conforme mostra o Quadro 2: Quadro 2 – Notas a ser aplicadas com o método do DNIT Elemento inspecionado Dano/Característica Nota Pilar 1 Pilar 2 Pilar 3 ... Pilar n Fonte:Acervo pessoal (2017) Será realizada anamnese para todas as manifestações patológicas registradas, para assim se averiguar todos os fatos que se relacionam com tal manifestação e então verificar-se a possibilidade destas manifestações serem provenientes por colisões ou outras causas. 24 As manifestações com a possibilidade de terem sido ocasionadas por colisões de embarcações serão definidas através dos seguintes aspectos: Características das manifestações patológicas, como a presença de tinta de embarcações, aparência e geometria do dano; Posição da manifestação patológica em relação ao pilar, verificando-se a possibilidade de impacto naquele local; Por exclusão, em um novo quadro, serão destacadas do quadro anterior as manifestações com possibilidade de serem geradas por colisões de embarcações, e descartadas as manifestações sem devida possibilidade, conforme Quadro 3. Quadro 3 – Manifestações Patológicas Causadas por Impacto de embarcações Pilar com manifestação causada por impacto Características Pilar 1 Pilar 2 ... Pilar n Fonte: Acervo pessoal (2017) Será realizado um relatório final de inspeção com devidas informações. Este relatório será utilizado como base para determinação da recuperação das manifestações citado no próximo item. 3.2 RECUPERAÇÃO DAS MANIFESTAÇÕES PROVIDAS DE IMPACTO Após o levantamento das manifestações patológicas nos pilares da ponte e apontadas quais têm possibilidade de serem provenientes por colisões de embarcações em devido relatório, será realizada uma análise da recuperação dos pilares de concreto armado, levando em consideração também ao estudo de aplicação de proteção contra impacto de embarcações. Segundo o Manual de recuperação de pontes e viadutos do DNIT, deve-se existir um cobrimento normativo das armaduras nas estruturas de concreto armado, na qual é responsável pela proteção das armaduras ao meio ambiente agressivo. Com isso, é possível que as colisões tenham danificado este cobrimento, gerando assim uma exposição das 25 armaduras ao meio ambiente agressivo ou até mesmo tenham danificado parte das armaduras do pilar. A partir das Hipóteses geradas, as manifestações geradas por colisões serão subdivididas em três grupos: Manifestações sem exposição de armadura, apenas com remoção parcial de cobrimento, manifestações com exposição das armaduras com remoção total do cobrimento, sem alterações relevantes da armadura, e manifestações com possíveis alterações relevantes da armadura. Serão propostos materiais e procedimentos para o reparo para cada grupo, levando em consideraçãoàs recomendações do Manual de recuperação de pontes e viadutos do DNIT, e a procedimentos de reparo encontrados em pesquisa bibliográfica. Preencher-se a um novo quadro, com cada tipo de manifestação com suas características, procedimentos de reparo e materiais utilizados, conforme o Quadro 4: Quadro 4 – Notas a ser aplicadas com o método do DNIT Características Procedimento de Reparo Materiais utilizados Manifestações sem exposição da armadura, apenas com remoção parcial de cobrimento. Manifestações com exposição das armaduras com remoção total do cobrimento, sem alterações relevantes da armadura. Manifestações com remoção total do cobrimento e alterações relevantes da armadura. Fonte: Acervo pessoal (2017) 3.2 ESTUDOS SOBRE A APLICAÇÃO DE MÉTODOS PARA PROTEÇÃO DOS PILARES E DISCUSSÃO Será realizado um estudo através de pesquisa bibliográfica sobre aplicação de métodos de proteção dos pilares de concreto armado da ponte, levando em consideração que as aplicações destes métodos sejam viáveis tecnicamente e sem grande alteração significativa da arquitetura da ponte. 26 Esta pesquisa bibliográfica será realizada com analogia com outros métodos de proteção de impacto de pilares de concreto armado, como de pilares de estacionamento, autódromos de corrida etc. Também será levando em consideração a utilização de placas de sinalização para tráfego de embarcações sob a ponte. Serão elaborados croquis de aplicação das devidas proteções de pilares de concreto armado e sinalização estudadas. Estes croquis serão elaborados com a ferramenta Autodesk AutoCAD ou Autodesk Revit. A partir dos resultados e da pesquisa bibliográfica realizada, será elaborada a discussão desta pesquisa, levando em consideração da influência e relevância da recuperação e proteção em comparação a não recuperação dos pilares, de acordo com os conceitos de durabilidade, vida útil e deterioração de estruturas de concreto armado. 27 4 CRONOGRAMA Esta pesquisa iniciou-se em março de 2017 através da definição do tema e tem previsão de término para agosto de 2017 com a entrega final. Para isso, foi estimado o tempo gasto por quinzena, em cada etapa para sua realização, como segue no cronograma a seguir (Quadro 5). Quadro 5 – Cronograma da pesquisa ATIVIDADE MAR ABR MAI JUN JUL AGO 1ª Q 2ª Q 1ª Q 2ª Q 1ª Q 2ª Q 1ª Q 2ª Q 1ª Q 2ª Q 1ª Q 2ª Q DEFINIÇÃO DO TEMA DEFINIÇÃO DOS OBJETIVOS GERAL/ ESPECÍFICOS ELABORAÇÃO DA METODOLOGIA ELABORAÇÃO DO REFERENCIAL TEÓRICO L E V A N T A M E N T O VERIFICAÇÃO DE INSPEÇÕES ANTERIORES JUNTO AO DNIT VISITA TÉCNICA RELATÓRIO DE INSPEÇÃO R E L A T Ó R IO D E R E C U P E R A Ç Ã O DEFINIÇÃO DE PROCEDIMENTOS DE RECUPERAÇÃO VERIFICAÇÃO DA DISPONIBLIDADE DE MATERIAIS PESQUISA BIBLIOGRÁFICA SOBRE A PROTEÇÃO DE PILARES E RELEVÂNCIA DA RECUPERAÇÃO/PROTEÇÃO RESULTADOS, DISCUSSÃO E RELATÓRIO FINAL DEFESA DA MONOGRAFIA ACERTOS FINAIS PROPOSTOS PELA BANCA ENTREGA DA VERSÃO FINAL Fonte: Acervo pessoal (2017) 28 5 REFERÊNCIAS ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6118: Projeto de estruturas de concreto – Procedimentos. Rio de Janeiro, 2014, 238 p. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. DNIT 010 PRO: Inspeções em pontes e viadutos de concreto armado e protendido - Procedimento. Rio de Janeiro, 2014, 18 p. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9452: Vistorias de Pontes e Viadutos de Concreto. Rio de Janeiro, 1986, 13 p. BRASIL. Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes. Diretoria Executiva. Instituto de Pesquisas Rodoviárias. Manual de recuperação de pontes e viadutos rodoviários. - Rio de Janeiro, 159p. (IPR. Publ., 744). 2010. BRASIL. Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes. Diretoria Executiva. Instituto de Pesquisas Rodoviárias. Manual de inspeção de Pontes Rodoviárias .2ed. Rio de Janeiro, 2004. DOS SANTOS BASTOS, P.S., 2006, Fundamentos do concreto armado,Notas de aula, São Paulo. HELENE, P. R. Contribuição ao estudo de corrosão em armaduras de concreto armado1993. 248 p. HELENE, P. R. L. Introdução da durabilidade no projeto das estruturas de concreto. In: WORKSHOP DURABILIDADE DAS CONSTRUÇÕES, 1997, São Leopoldo. Anais… São Leopoldo: ANTAC, 1997 HELENE, Paulo R.L. Manual prático para reparo e reforço de estruturas de concreto. São Paulo: Pini, 1992. 119 p. LAPA, J. Silva. Patologia, recuperação e reparo das estruturas de concreto, Monografia de Especialização, Belo Horizonte, UFMG, 2008. NORONHA, M. A.; SOBRINHO, B. E.; MANSUR, F. C. Critérios de Definição e Dimensionamento de Proteção de Pilares em Pontes, Programa de Pós-Graduação em Estruturas e Construção Civil Brasilia, UNB, 2014. POLITO, Giulliano. Corrosão em estruturas de concreto armado: causas, mecanismos, prevenção e recuperação. Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2006. TEJEDOR, Cristina Mayán. Patologias, Recuperação e Reforço com Protensão externa em estruturas de Pontes. Rio de Janeiro, 2013. TRINDADE, Diego dos Santos. Patologia em estruturas de concreto armado. Trabalho de conclusão de curso (Especialização). Santa Maria, 2015. VITÓRIO, J. A. PEREIRA. Pontes rodoviárias: fundamentos, conservação e gestão.Recife, CREA- PE, 2002. VITÓRIO, J. A. PEREIRA. Vistorias, Conservação e Gestão de Pontes e Viadutos de Concreto, Congresso brasileiro do Concreto, IBRACON. Recife, 2006.
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