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PROJETO DE INTERVENÇÃO III

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4
UNIVERSIDADE PITÁGORAS UNOPAR
__________________________________________________________________________________
SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO
CURSO: BACHARELADO EM SERVIÇO SOCIAL
TALITA RIBAS ADRIANO
PROJETO DE INTERVENÇÃO
PLANO ADAPTADO COVID
ESTÁGIO III
___________________________________________________________________
São Mateus do Sul - Pr
2021
TALITA RIBAS ADRIANO
PROJETO DE INTERVENÇÃO
PLANO ADAPTADO COVID
ESTÁGIO III
Trabalho apresentado ao Curso de Serviço Social da Universidade Pitágoras Unopar, para a disciplina de Estágio Obrigatório III.
Professor da disciplina: Professora Ma. Valquíria Aparecida Dias Caprioli
São Mateus do Sul -Pr
2021
SUMÁRIO
1.	INTRODUÇÃO	4
2.	DESENVOLVIMENTO	5
3. RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO.......................................................................18
REFERÊNCIA BIBLIOGRAFICA	19
INTRODUÇÃO
O presente relatório de estágio representa minhas percepções e interpretações de aprendizagens durante os dois períodos de estágio e tem como intuito demonstrar e sistematizar todas as experiências adquiridas nesse processo.
O conhecimento sobre a realidade organizacional permite a identificação das demandas dos usuários e os processos de trabalho, identificação das políticas específicas da atuação do Serviço Social, reconhecendo e adotando posturas baseadas no projeto ético-político profissional e assim estar capacitada para analisar as questões vivenciadas no cotidiano profissional por meio do conhecimento dos instrumentos teóricos e metodológicos, e sua aplicação na prática.
No cenário atual que nos encontramos devido a COVID-19 não foi possível à realização do segundo e terceiro período de estágio de forma presencial. Dessa forma a metodologia utilizada na realização deste trabalho foi a pesquisa bibliográfica que tem o objetivo de compreender e analisar como o assistente social está respaldando sua prática profissional a partir dos Parâmetros para Atuação do Assistente Social na Política de Saúde do Conselho Federal de Serviço Social (CFESS).
DESENVOLVIMENTO
1.1 ATIVIDADE: Leitura Obrigatória
	O Monitoramento tem sua origem no latim monitor que significa o que adverte, guia, dirige; no português, ganha o sentido de acompanhamento ou supervisão. Assim, monitorar é estar presente de forma continua e dinâmica. Avaliação nos remete ao ato de avaliar; essa palavra tem origem no latim vale re, referindo – se a força, vigor, saúde. Portanto, o monitoramento e a avaliação ganham face de acompanhamento e movimento, que juntos visam ao alcance dos objetivos propostos. No Brasil, os sentidos de monitoramento, conforme já destacamos, são de vigilância, patrulhamento, o que nem sempre é colocado como um movimento positivo.
	O mundo “civilizado“ está em constante transformação e, nele, a sociedade se revê, suas prática se modificam, assim como se modificam as legislações, as convenções e os tratados, desde situações mais especificas até situações mais globais.
	No Brasil, o marco legal para as grandes mudanças no campo da Política de Assistência Social foi a Constituição Federal de 1988, considerada inovadora, moderna que estabelece como uma de suas prioridades, a defesa dos direitos da cidadania. Expressões desse reconhecimento se manifestaram na regulamentação do ECA e da LOAS e, recentemente na aprovação da nova Política Nacional de Assistência Social PNAS, que orienta a construção do Sistema Único da Assistência Social SUAS.
	Este sistema define os serviços socioassistenciais, assim como as três funções da Política de Assistência Social:
· Defesa Socioassistencial: garantia aos usuários do acesso ao conhecimento dos direitos socioassistenciais e sua defesa através de atendimento de qualidade digno e respeitoso; divulgação das informações; redução da espera (respeito ao tempo); ruptura com ideias tutelares, visando à conquista de condições de autonomia e de acesso a oportunidades e capacitação;
· Proteção Social: a proteção social da Assistência Social consiste no conjunto de ações, atenções, benefícios e auxílios, ofertados pelo SUAS, para redução e prevenção do impacto das necessidades sociais e naturais ao ciclo da vida, e a preservação da dignidade humana e da família, como núcleo básico de sustentação afetiva, biológica e relacional.
· Vigilância Social: refere – se à produção, à sistematização de informações, a indicadores e índices territoriais das situações de vulnerabilidade e risco pessoal e social que incidem sobre famílias/pessoas nos diferentes ciclos da vida; pessoas com redução da capacidade pessoal, com deficiência ou em abandono; crianças e adultos, vítimas de formas de exploração, de violência e de ameaças; vítimas de preconceitos por etnia, gênero ou outros estigmas; vítimas de apartação social que lhes impossibilite a autonomia e a integridade, fragilizando ainda mais a sua existência.
	Conforme prevê a Política Nacional de Assistência Social – PNAS de 2004, o SUAS indica os meios necessários à execução desta política, definindo também seus eixos estruturantes: Matricialidade Sociofamiliar; Descentralização Político-Administrativa e Territorialização; Novas bases para a relação entre Estado e Sociedade Civil; Financiamento; Controle Social: o desafio da participação popular/cidadão, usuário; Política de recursos Humanos; A informação, o Monitoramento e a Avaliação.
	Para o fortalecimento e garantia da implantação do SUAS faz-se necessária a construção e a implantação de um sistema de monitoramento e avaliação, que possibilite a mensuração de sua eficiência, eficácia e efetividade. Para isso, o processo deve ser coletivo, transparente, ter acompanhamento, ter informação, além da realização de estudos, pesquisas e diagnósticos, a fim de contribuir para a gestão dessa política.
	O IDH – Índice de Desenvolvimento Humano é um indicador atualmente utilizado para referenciar estudos comparativos e guiar políticas públicas que levem em consideração as condições de vida das populações do mundo. O índice surgiu da necessidade de avaliar a qualidade de vida em oposição à classificação apenas econômica, baseada no PIB a fim de evidenciar as desigualdades sociais existentes nos países.
	Até a criação do IDH, as avaliações acerca do desenvolvimento dos países tinham como referência apenas a variável econômica. Esta característica deixava restrita a compreensão dos países por aspectos relacionados à produção de bens e serviços e o uso ou não de tecnologia própria. Já o IDH é um índice formado por uma média aritmética de vários indicadores relacionados a aspectos sociais como saúde, educação e renda.
	O IDH é um índice que vai de 0 (zero) à 1 (um), quanto mais próximo de zero menor o desenvolvimento humano no país analisado, quanto mais próximo de um, mais desenvolvido é o país. Em todas as séries de análises ainda não existiu um país que tivesse índice zero e nenhum tão desenvolvido que chegasse ao índice 1 (um).
	O IDH leva em consideração três dimensões básicas da qualidade de vida:
	SAÚDE
	Uma vida longa e saudável, medida pela expectativa de vida da população. Também chamada de esperança de vida ao nascer, é calculada a partir da média de anos que a população vive. Se em um país as pessoas morrem cedo, aos 40 ou 50 anos em média, isso possivelmente é reflexo de condições precárias de saneamento, nutrição e acesso a serviços de saúde.
	EDUCAÇÃO 
	O acesso ao conhecimento é mensurado por:
· A) a média de anos de educação formal que uma pessoa recebeu durante a vida. O cálculo leva em conta pessoas com mais de 25 anos de idade. Quanto a média de anos de escolarização, maior será a parcela destinada à educação no cálculo do IDH.
· B) a expectativa de anos de escolaridade que crianças em idade de iniciar a vida escolar, possivelmente receberão levando em conta os atuais padrões de oferta e permanência de educação escolar no país analisado.
	RENDA
	O padrão de vida expressado pela renda per capita de cada país.
	O índice é calculado utilizando os dados daRenda nacional Bruta (RNB) per capita, considerando o poder de paridade de compra (PPP). A RNB é a soma de todas as riquezas produzidas no país (PIB) somadas aos montantes juros, renda de aluguéis, honorários entre outros. Já o PPP é um cálculo que busca minimizar as diferenças no poder de compra, que variam de país para país.
	Apesar de ser um tema recorrente na literatura, a avaliação de programas sociais ainda não foi incorporada no cotidiano da administração pública. Em parte devido a complexidade inerente às metodologias de avaliação, em parte devido ao desinteresse dos policy makers e à desconfiança dos responsáveis pelos programas, têm-se deixado de lado um poderoso instrumento gerencial, capaz de subsidiar o processo decisório e de lançar luz sobre a lógica das intervenções na realidade social. Isto se torna ainda mais preocupante em um contexto de crise fiscal, no qual os administradores são compelidos a direcionar os escassos recursos de que dispõem para os programas e projetos que melhor os utilizem. Cabe lembrar ainda que, em ambientes democráticos, cresce a demanda da sociedade organizada pela transparência na gestão de recursos públicos, o que é possível com a avaliação sistemática das ações empreendidas pelo governo.
	Os termos projeto, programa e plano designam modalidades de intervenção social que diferem em escopo e duração. O projeto é a unidade mínima de destinação de recursos, que por meio de um conjunto integrado de atividades, pretende transformar uma parcela da realidade, suprindo uma carência ou alterando uma situação problema. O conjunto de projetos que visam aos mesmos objetivos é denominado programa, que “estabelece as prioridades da intervenção, identifica e ordena os projetos, define o âmbito institucional e aloca os recursos a serem utilizados”. O plano, finalmente, agrega programas afins, estabelecendo um quadro de referências mais amplo para a intervenção (ARRETCHE, 1998).
	Quanto à avaliação sobre indicadores na formulação de políticas públicas, cabe ressaltar sobre o aparecimento e desenvolvimento dos indicadores sociais está intrinsicamente ligado à consolidação das atividades de planejamento do setor público ao longo do século XX. Embora se possa citar algumas contribuições importantes para a construção de um marco conceitual sobre Indicadores Sociais nos anos 20 e 30, o desenvolvimento da área é recente, tendo ganhado corpo científico em meados dos anos 60 no bojo das tentativas de organização de sistemas mais abrangentes de acompanhamento das transformações sociais e aferição do impacto das políticas sociais nas sociedades desenvolvidas e subdesenvolvidas.
	Neste período começaram a se avolumar evidências do descompasso entre Crescimento Econômico e melhoria das condições sociais da população e países do terceiro mundo. A despeito do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), persistiam altos níveis de pobreza e acentuavam-se as desigualdades sociais em vários países. Crescimento econômico não era, pois, condição suficiente para garantir o Desenvolvimento Social.
	O indicador PIB per capita, até então usado como proxy de nível de Desenvolvimento Socioeconômico pelos países, mostrava-se cada vez menos apropriado como medida representativa do bem-estar social. Nos países centrais, tal medida tampouco prestava-se aos objetivos de monitoramento efetivo da mudança social em seus múltiplos aspectos e de formulação de políticas sociais de cunho redistributivo ou compensatório nas diversas áreas (MILES, 1985).
ATIVIDADE: Conhecer a Instituição estudada e sua utilidade no âmbito do território onde está localizada, com destaque para a atuação do assistente social dentro do serviço.
Onde está localizada essa instituição?
	A instituição Secretaria Municipal de Saúde especificamente o setor de Serviço Social, está localizada na Rua Pedro Effco, 1883, Vila Prohmann. O departamento de Serviço Social é composto por uma assistente social.
Qual sua relevância para a comunidade local?
	A instituição atua na prestação de serviços de saúde a toda população do município de São Mateus do Sul, para marcação de exames, consultas. Neste local procura-se fazer atendimento humanizado pautado na ética profissional.
Que serviços são prestados?
	Os serviços prestados dentre as solicitações ao Serviço Social estão: Óculos, empréstimos de muletas, cadeiras de roda e de banho, andadores, órteses, alimentação especial, liberação de exames ressonância, cintilografias, angiotomografias, polissonografia, processos de priorização, visitas domiciliares, liberação de pensão para TFD (tratamento fora de domicílio), etc.
Quais são as principais atividades desenvolvidas pelo assistente social?
	A assistente social trabalha diariamente com programas estabelecidos pelo Governo e Município, sempre atento para ouvir os relatos de pacientes e procurando fazer uma observação onde, de fato, possa orientar o paciente da melhor maneira, para que o mesmo venha ter seus direito garantidos. É realizada visitas domiciliares conforme avaliação da necessidade pelo profissional, após atendimento do usuário, o assistente social emite o parecer técnico sobre o atendimento e efetua o devido encaminhamento ao setor responsável.
	A atuação do assistente social em equipes multiprofissionais auxilia na abordagem familiar bem como na construção de projeto terapêuticos.
Várias ações são desenvolvidas dentro do município para prevenção e cuidado da saúde da população.
	Segundo Campos (2000), a ação intersetorial é provocada por uma ação planejada, sendo municiada aos seus integrantes através das peculiaridades que lhe são pertinentes. A interação dos envolvidos, mediante a composição de negociar, contemporizando-se em conflitos e resultando em ações de sucesso. E ainda que não implique na solução definitiva do impasse a ser enfrentando, enseja em instrumentalização dos sujeitos para agirem com eficácia.
ATIVIDADE: Conhecer a atuação do assistente social (Gestor, Coordenador, responsável por alguma atividade específica), a organização desse serviço escolhido e as etapas do processo de acolhida e atendimento junto ao público.
	
	As atribuições e competências dos profissionais de Serviço Social, sejam aquelas realizadas na saúde ou em outro espaço sócio-ocupacional, são orientadas e norteadas por direitos e deveres constantes no Código de Ética Profissional e na Lei de Regulamentação da Profissão, que devem ser observados e respeitados, tanto pelos profissionais quanto pelas instituições empregadoras.
	No que se refere aos direitos dos assistentes sociais, o artigo 2° do Código de Ética assegura:
a) Garantia e defesa suas atribuições e prerrogativas, estabelecidas na Lei de Regulamentação da Profissão e dos princípios firmados nesse código;
b) Livre exercício das atividades inerentes à profissão;
c) Participação na elaboração e gerenciamento das políticas sociais e na formulação e implementação de programas sociais;
d) Inviolabilidade do local de trabalho e respectivos arquivos e documentação, garantindo o sigilo profissional;
e) Desagravo público por ofensa que atinja a sua honra profissional;
f) Aprimoramento profissional de forma continua, colocando-o a serviço dos princípios do Código;
g) Pronunciamento em matéria de sua especialidade, sobretudo quando se tratar de assuntos de interesse da população;
h) Ampla autonomia no exercício da profissão, não sendo obrigado a prestar serviços profissionais incompatíveis com as suas atribuições, cargos ou funções;
i) Liberdade na realização de seus estudos e pesquisas, resguardados os direitos de participação de indivíduos ou grupos envolvidos em seus trabalhos.
	No que se refere aos deveres profissionais, o artigo 3° do Código de Ética estabelece:
a) Desempenhar suas atividades profissionais, com eficiência e responsabilidade, observando a legislação em vigor;
b) Utilizar seu número de registro no Conselho Regional no exercício da profissão;
c) Abster-se, no exercício da profissão, de práticas que caracterizem a censura, o cerceamento da liberdade, o policiamento dos comportamentos,denunciando sua ocorrência aos órgãos competentes.
	Tendo em vista o disposto acima, o perfil do assistente social para atuar nas diferentes políticas sociais deve afastar-se das abordagens tradicionais funcionalistas e pragmáticas, que reforçam as práticas conservadoras que tratam as situações sociais como problemas pessoais que devem ser resolvidos individualmente.
	O reconhecimento da questão social como objeto de intervenção profissional ( conforme estabelecido nas Diretrizes Curriculares da ABEPSS, 1996), demanda uma atuação profissional em uma perspectiva totalizante, baseada na identificação das determinações sociais, econômicas e culturais das desigualdades sociais.
	A intervenção orientada por esta perspectiva teórica-política pressupõe: leitura crítica da realidade e capacidade de identificação das condições materiais de vida, identificação das respostas existentes no âmbito do Estado e da sociedade civil, reconhecimento e fortalecimento dos espaços e formas de luta e organização dos trabalhadores em defesa de seus direitos; formulação e construção coletiva, em conjunto com os trabalhadores, de estratégias políticas e técnicas para modificação da realidade e formulação de formas de pressão sobre o Estado, com vista a garantir os recursos financeiros, materiais, técnicos e humanos necessários à garantia e à ampliação dos direitos.
	Para explicitar os parâmetros de atuação profissional na saúde é importante caracterizar o entendimento de ação profissional que, segundo MIOTO (2006), se estruturam sustentadas no conhecimento da realidade e dos sujeitos para os quais são destinadas, na definição dos objetivos, na escolha de abordagens e dos instrumentos apropriados às abordagens definidas. A ação profissional, portanto, contém os fundamentos teórico-metodológicos e ético-político construído pela profissão em determinado momento histórico e os procedimentos técnico-operativos.
	O projeto ético-político da profissão, construído nos últimos trinta anos, pauta-se na perspectiva da totalidade social e tem na questão social a base de sua fundamentação como já foi referido. Alguns conceitos são fundamentais para a ação dos assistentes sociais na saúde como concepção de saúde, a integridade, a intersetorialidade, a participação social e a interdisciplinaridade, já ressaltados no primeiro item deste documento.
	O assistente social atua no atendimento aos trabalhadores, seja individual ou em grupo, na pesquisa, no assessoramento e na mobilização dos trabalhadores, compondo muitas vezes, equipe multiprofissional.
O assistente social atua em que âmbito?
	Os profissionais da Assistência Social precisam superar o sentimento de subalternidade, ainda comum em muitos municípios brasileiros. É necessário que se posicionem, já que as leis lhes garantem autonomia e poder de decisão para o exercício de seu trabalho.
	O papel do assistente social na saúde é determinante para melhorar o serviço de ambas as políticas públicas. Afinal, o processo saúde-doença é antes de tudo, uma definição social. E, apenas o profissional da Assistência Social domina os fenômenos socioculturais e econômicos de seus usuários.
	Segundo o Ministério da Saúde, as responsabilidades do assistente social na saúde pública são:
· Através do atendimento ao usuário, compreender sua situação e realizar o encaminhamento adequado;
· Informar e mobilizar o usuário acerca de seus direitos e de seu papel como cidadão. O conscientizando de que a Assistência Social não oferece favores, mas garante seu direito à proteção social;
· Facilitar o acesso aos serviços de saúde, cumprindo com a universalidade e a equidade dos direitos sociais dos usuários;
· Debater sobre a situação social do usuário/paciente com os profissionais de saúde;
· Participar, sempre que possível, de encontros interdisciplinares;
· Acompanhar e estimular o tratamento de saúde do usuário;
· Envolver os familiares e alertá-los sobre a importância de seu apoio no tratamento.
Além das atribuições acima, o assistente social pode, de uma forma mais ampla:
· Organizar espaços, junto com os profissionais de saúde, com o objetivo de estimular a participação popular nas decisões de ambas às políticas públicas;
· Da mesma forma, estimular a participação crítica de todos os funcionários (tanto da Assistência Social, quanto da Saúde) nesses espaços;
· Ter uma postura de curiosidade. Estudar e se atualizar, sempre que possível, sobre temas relacionados à área da Saúde.
Qual a principal política pública correlacionada ao serviço?
	Parte-se da concepção de que as Políticas de Seguridade Social são concebidas na ordem capitalista como o resultado de disputas políticas e, nessa arena de conflitos, as políticas sociais, resultantes das lutas e conquistas das classes trabalhadoras, assumem caráter contraditório, podendo incorporar as demandas do trabalho, e impor limites, ainda que parciais, à economia política do capital. Nessa perspectiva, ao garantir direitos sociais, as políticas sociais podem contribuir para melhorar as condições de vida e trabalho de classes que vivem do trabalho, ainda que não possam alterar estruturalmente o capitalismo.
	Na Década de 1980, as classes trabalhadoras não conseguiram interferir significativamente na ordem econômica, apesar de terem obtido significativas vitórias no âmbito social e político, num contexto de lutas democráticas contra o regime ditatorial que se instalou no Brasil desde 1964. O que se verificou para os trabalhadores, no final dessa década, foi uma conquista no campo da ação política organizada e derrota no campo econômico. Apesar das conquistas dos movimentos sociais organizados, a transição do regime autocrático para o sistema democrático ocorreu com marcas subalternizadas, ou seja, operou uma “transição negociada”, sem uma ruptura radical com as forças políticas até então hegemônicas, sejam do regime militar, o latifúndio e do grande capital, sobretudo do capital bancário (MOTA,1995).
	A saúde foi uma das áreas em que os avanços constitucionais foram mais significativos. O Sistema Único de Saúde (SUS), integrante da Seguridade Social e uma das proposições do Projeto de Reforma Sanitária, foi regulamentado em 1990, pela Lei Orgânica da Saúde (LOS).
	O Projeto de Reforma Sanitária, tendo no SUS uma estratégia, tem como base um Estado democrático de direito, responsável pelas políticas sociais e, consequentemente, pela saúde. Destacam-se como fundamentos dessa proposta a democratização do acesso; a universalização das ações; a melhoria da qualidade dos serviços com a adoção de um novo modelo assistencial pautado na integralidade e equidade das ações do governo; a descentralização com controle social democrático; a interdisciplinaridade nas ações. Tem como premissa básica a defesa da saúde como direito de todos e dever do Estado (BRAVO & MATOS, 2001).
Quais são as principais atividades desenvolvidas pelo assistente social na instituição?
	Na saúde, onde esse embate claramente se expressa, a crítica ao projeto hegemônico da profissão passa pela reatualização do discurso da cisão entre o estudo teórico e a intervenção, pela descrença da possibilidade da existência de políticas públicas e, sobretudo, na suposta necessidade da construção de um saber específico na área, que caminha tanto para a negação da formação original em Serviço Social ou deslancha para um trato exclusivo de estudos na perspectiva da divisão clássica da prática médica.
Você teve a oportunidade de participar de atendimento ao público junto com o assistente social? Quais foram suas percepções?
	Tive a oportunidade de observar as atividades do Assistente Social dentro da Secretaria Municipal de Saúde, e durante o estágio foi possível perceber que nem todos os usuários tem conhecimento de seus direitos quanto aos benefícios.
	Considera-se que o código de ética da profissão apresenta ferramentas fundamentais para o trabalho dos assistentes sociais na saúde em todas as suas dimensões: na prestação de serviços diretos à população, no planejamento e na assessoria.
Como você avaliaria oserviço prestado?
	Acredito que a demanda uma atuação profissional em uma perspectiva totalizante, baseada na identificação dos determinantes sociais, econômicos e culturais das desigualdades sociais.
	A intervenção orientada por essa perpestiva crítica pressupõe: leitura crítica da realidade e capacidade de identificação das condições materiais de vida, identificação das respostas existentes no âmbito do Estado e da sociedade civil, reconhecimento e fortalecimento dos espaços e formas de luta e organização dos trabalhadores em defesa de seus direitos; formulação e construção coletiva, em conjunto com os trabalhadores, de estratégias políticas e técnicas para modificação da realidade e formulação de formas de pressão sobre o Estado, com vista a garantir os recursos financeiros, matérias, técnicos e humanos necessários à garantia e ampliação dos direitos.
	São essa competências que permitem ao profissional realizar a análise crítica da realidade, para a partir disso estruturar seu trabalho e estabelecer as competências e atribuições específicas necessárias ao enfrentamento das situações e demandas sociais que se apresentam em seu cotidiano.
Relacione os desafios identificados com a conjuntura histórica e política, segundo a palestra da Prof. Yolanda Guerra.
	
	Ao analisar a Instrumentalidade do Serviço Social como condição sócio-histórica da profissão, a autora afirma que a Instrumentalidade pode ser pensada em três níveis: o primeiro diz respeito a sua funcionalidade face ao projeto burguês, em outras palavras significa a capacidade que a profissão adquire, por causa de seu caráter reformista a integrador das políticas sociais, de ser convertida em instrumentos para manter a ordem.
	O segundo nível se refere a sua peculiaridade operatória, ou seja, aos aspectos instrumental técnico como resposta profissional frente às demandas das classes, de onde advém a legitimidade da profissão e se expressa nas funções que lhe são requisitados, no horizonte do exercício profissional e nas modalidades de intervenção que lhe são exigidas pela demanda das classes sociais.
	Os dois primeiros níveis estão impregnados pela razão formal- abstrata, também denominada de razão instrumental e como tal limitada a práticas manipulatórias, fragmentadas, imediatistas, seletivas, descontextualizada e por isso funcional ao capital (GUERRA,2000).
	A instrumentalidade do exercício profissional expressa-se nas funções que lhe são requisitados: executar, operacionalizar, implementar políticas sociais; a partir de pactos políticos em torno dos salários e dos empregos (do qual o fordismo é exemplar) melhor dizendo, no âmbito da reprodução da força de trabalho.
	Pela mediação da cultura profissional o assistente social incorpora teórico-crítico projetivos, e como tal, possibilita negar a ação puramente instrumental e imediata, embasada pela razão formal-abstrata, e reelabora-la em nível de respostas sócio profissionais, embasadas pela racionalidade crítico dialética. Isso não significa que os profissionais de Serviço Social tenha que negar os antigos instrumentos técnicos da profissão e criar outros, mas sim, utilizar esses mesmos instrumentos e outros criados de acordo com a demanda para poder elaborar respostas mais qualificadas, na construção de novas legitimidades, no qual a razão instrumental não da conta.
	Mesmo que a profissão de Serviço Social tenha surgido no universo das práticas reformistas que objetivam controlar, adaptar e moldar comportamentos para a manutenção da ordem burguesa, entretanto, de um lado existe alguns avanços nas funções democráticas do Estado, fruto das lutas sociais, e de outro, o profissional de Serviço Social (GUERRA, 2000).
	O pressuposto acima afirma que é pela racionalidade crítica dialética que a instrumentalidade se opera como ser mediação, por este motivo e, para uma maior compreensão do terceiro nível proposto por Guerra (2000), será analisado a racionalidade crítica dialética, por uma de suas categorias, em outras palavras; pela mediação.
	
3. Relatório Final de Estágio
O processo de aprendizagem no estágio supervisionado passou por três períodos, constituindo etapas para o conhecimento da atuação profissional.
A primeira etapa foi o momento de conhecimento da instituição objeto de estudo, fase em que observamos a atuação profissional frente às dificuldades diárias da instituição e a primeira aproximação relacionando teoria na prática. 
Em segundo momento já observado alguns aspectos metodológicos e dinâmicos da instituição, pode se apresentar uma intervenção, visto a solucionar algum problema identificado.
No terceiro e último estágio, o momento de avaliação do projeto de intervenção, ou seja, a idealização de todo um conhecimento norteado pela capacidade aguçada e desenvolvida no campo de estágio. A partir da necessidade de intervenção institucional para a finalização de uma etapa do processo de aprendizagem acadêmica. O processo de estágio I, II e III foi de suma importância para esta fase da minha formação profissional, houve um aprimoramento nos conhecimentos teórico-metodológicos e posteriormente, técnico-operativos. Possibilitou a capacidade de desenvolver aptidão de resolver futuros casos profissionais à partir do conhecimento desenvolvido e da aprendizagem realizada.
REFERÊNCIA BIBLIOGRAFICA
BRAVO, Maria Inês de Souza. Serviço Social e Reforma Sanitária: Lutas Sociais e Práticas Profissionais. São Paulo: Cortez; Rio de Janeiro: UFRJ,1996
CHIANERINI, D. H. (org.). Guia prático de matriciamento em saúde mental. Brasília: Ministério da Saúde: Centro de Estudo e Pesquisa em Saúde Coletiva, 2011. 
CORREIA, M. V. C. Desafios para o Controle Social: subsídios para capacitação de conselheiros de saúde. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2005.
CAMARGO, Karen Ramos. OS PROCESSOS DE TRABALHO DO SERVIÇO SOCIAL
IAMAMOTO, Marilda Villela. O Serviço Social no processo de reprodução das relações sociais. In: IAMAMOTO, Marilda Villela; CARVALHO, Raul de. Relações Sociais e Serviço Social no Brasil. São Paulo: Cortez; Lima/Peru: CELATS, 1982. p. 71-123.

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