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11 Revint - Cyberbullying

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Revista Interdisciplinar de Ensino, Pesquisa e Extensão, vol.1 n°1 
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CYBERBULLYING: A ATUAÇÃO DOS ÓRGÃOS ESSENCIAIS À 
JUSTIÇA NO CASO DE BULLYING COMETIDO VIA INTERNET 
 
DIOTTO, Nariel
1
; FRIPP, Denize Terezinha
2
; OBERDÖRFER, Ariane
3
; WOLTMANN, 
Angelita
4
 
 
Resumo 
Esta pesquisa irá analisar o cyberbullying, uma espécie de crime virtual ainda não positivado 
que acontece devido a práticas de agressão e humilhação (bullying) contra a vítima na 
internet. Mostrar como acontece, se há alguma prevenção, e, principalmente, demonstrar qual 
é o papel dos órgãos essenciais à Justiça na efetivação da proteção à vítima do cyberbullying e 
prevenção quanto à sua prática. 
 
Palavras-Chave: Cyberbullying. Internet. Privacidade. Redes Sociais. 
 
Abstract 
This research will examine cyberbullying a crime not virtual positivised that happens due to 
practices of humiliation and aggression (bullying) against the victim on the internet. Show as 
it happens, if there is prevention, and especially to show what is the role of the organs 
essential to justice in the effective protection to the victim of cyberbullying and prevention 
practice. 
 
Keywords: Cyberbullying. Internet. Privacy. Social Networks. 
 
Introdução 
Esta pesquisa tem como objetivo geral verificar as ações a serem tomadas quanto aos 
crimes virtuais envolvendo bullying. Para explanar esta ideia, a pesquisa será iniciada 
teoricamente, com a busca de um conceito inicial de bullying e cyberbullying. Após isto, 
debater-se-á sobre a privacidade nas redes sociais e o quanto isso facilita a ocorrência do 
cyberbullying e a propagação do mesmo, já que a internet é um recurso de comunicação livre 
e ilimitado. 
 
1
 Graduanda Direito pela Universidade de Cruz Alta - UNICRUZ. 
2
 Agrônoma formada pela Universidade Federal de Santa Maria (Santa Maria/RS). Graduanda Direito pela 
Universidade de Cruz Alta - UNICRUZ. 
3
 Graduanda Direito pela Universidade de Cruz Alta - UNICRUZ. 
4
 Doutoranda do Programa de Pós-Graduação na modalidade Doutorado em Direito da Universidade do Vale do 
Rio dos Sinos (UNISINOS). Acadêmica do Doutorado em Ciências Jurídicas Universidade de Buenos Aires 
(UBA). 
 
 
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Após concluída a primeira etapa, meramente conceitual, ressaltar-se-á então o papel 
dos órgãos essenciais à Justiça, iniciando-se pelo Ministério Público, na fiscalização e 
prevenção dessa prática virtual comum nas redes sociais, bem como as atitudes a serem 
tomadas pelos juristas nesses casos. Será apresentado, também, de modo ilustrativo, a prática 
do cyberbullying em alguns casos de grande repercussão, bem como as possíveis formas 
alternativas de minimizar os problemas originários das redes sociais, já que uma solução total 
dificilmente será encontrada, devido à amplitude do ambiente em questão, o ciberespaço.
5
 
Por fim, serão demonstrados dados da pesquisa de campo realizada com alunos 
formandos do Ensino Médio da EEEM Agostinha Dill de Condor/RS, os quais foram 
entrevistados quanto a incidência do cyberbullying em sua jornada escolar. 
 
Sobre o (ciber)bullying 
Bullying é um termo derivado da língua inglesa, e se refere a formas de atitudes 
agressivas, sejam físicas ou verbais, feitas para intimidar, sem que haja motivo para isso. 
Ocorrem com aqueles que não conseguem se defender, de forma repetida. 
Fante (2005) esclarece o conceito geral do bullying, que se aplica ao âmbito 
internacional, 
Por definição universal, o bullying compreende todas as formas de atitudes 
agressivas (física, verbal ou psicológica) que ocorrem de forma intencional e 
repetida, adotadas por um ou mais estudantes contra outro(s) em desigual situação 
de poder, sem motivo evidente provocando dor, sofrimento e angústia. A assimetria 
de poder caracteriza-se pelo fato de que a vitima não consegue se defender com 
facilidade devido a inúmeros fatores: diferença de idade, tamanho, desenvolvimento 
físico ou emocional, ou por estar em minoria. (FANTE, 2005, p. 28-29). 
 
Geralmente, algum apelido que seja humilhante para a vítima é criado, algo que 
atinja diretamente a pessoa. Existem até mesmo casos de pequenos roubos nas escolas, 
agressões físicas e perseguições que tem um alvo m específico. O bullying é capaz de destruir 
a estima da vítima, causar isolamento social, depressão, insegurança. 
Os atos de bullying ferem princípios constitucionais – respeito à dignidade da pessoa 
humana – e também o Código Civil, que determina que todo ato ilícito que cause dano a 
outrem gera o dever de indenizar. (Constituição Federal 1988) 
 
5
 É uma esfera,cuja estrutura não física ou territorial, é composta por um conjunto de redes de computadores 
responsável por possibilitar uma intensa circulação de informações.(GIBSON, 1984) 
 
 
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Com o avanço da comunicação tecnológica e o surgimento de um turbilhão de redes 
sociais, temos hoje, mais uma forma de se praticar esse crime: o cyberbullying, que nada mais 
é do que o bullying nas redes sociais. Desde uma foto engraçada, uma preferência da pessoa, 
uma característica, são formas que o agressor encontra para ofendê-la e agredi-la. 
O facebook e o youtube, devido à quantidade imensa de usuários, são redes sociais 
que, atualmente, possuem maior capacidade de disseminar uma informação, ou até uma 
agressão, pois contam com a opção “compartilhar”. Pode-se dizer que o facebook, por 
exemplo, acabou por se tornar um “depósito de lixo”, pois na maioria das vezes em que se 
tem um caso de cyberbullying, o que se vê são as trocas nada afetuosas de “indiretas” 
grosseiras, outras “diretas” até caluniosas e pessoas que, pelo seu simples físico, passam a ser 
alvo de humilhações. Em uma análise pessoal das autoras - até o presente momento da 
pesquisa – nota-se que há uma contradição entre um ambiente que poderia ser um “inteligente 
coletivo” (LEVY, 1999) e a futilidade das relações sociais, que as tornam agressivas e podem 
gerar bulliyng virtual. 
Lévy (1999, p. 131) entende que inteligência coletiva seja uma espécie de 
“perspectiva espiritual” da cibercultura. A ideia de união de saberes, cultura, imaginação e 
energia dos seres conectados à internet é, pelo lado positivo, uma das melhores maneiras de 
utilizar a rede. Como alega Pereira (2006), faltam perspectivas, modelos, pois a internet 
amplia horizontes, mas não possui, em si, um horizonte, e se a cibercultura permite que 
mentes privilegiadas se unam para a solução de problemas e um futuro melhor, isso também 
acontece com grupos totalitaristas, xenófobos, homofóbicos ou, simplesmente, que, por 
motivo algum, objetivem humilhar alguém. 
 
O Direito e a Privacidade nas Redes Sociais 
Privacidade, segundo Houaiss (2001) é a vida privada, particular, íntima: trata-se de 
anglicismo de empréstimo recente na língua, sugerindo-se em seu lugar o uso de intimidade, 
liberdade pessoal, vida íntima; sossego, etc. 
A Constituição Federal brasileira de 1988, em seu artigo 5º, inciso X, estabelece a 
privacidade como direito básico da pessoa: 
Art. 5º - Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, 
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade 
do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos 
seguintes: 
[...] 
 
 
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X- são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e imagem das pessoas, 
assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua 
violação; [...]” 
 
Neste sentido, é importante evidenciar as diferenças entrea intimidade e a 
privacidade, espécie de direitos de personalidade, presentes na Constituição Federal 
Brasileira, que já nascem com o próprio homem. O direito a privacidade, possui uma 
abrangência maior, já a intimidade possui uma dimensão menor, e está contida dentro da 
esfera da privacidade. 
Não é fácil distinguir vida privada de intimidade. Aquela, em última análise, integra 
a esfera íntima da pessoa, porque é repositório de segredos e particularidades do foro 
moral e íntimo do indivíduo. Mas a Constituição não considerou assim. Deu 
destaque ao conceito, para que seja mais abrangente, como conjunto de modo de ser 
e viver, como direito de o indivíduo viver sua própria vida. Parte da constatação de 
que a vida das pessoas compreende dois aspectos: um voltado para o exterior e outro 
para o interior. A vida exterior, que envolve a pessoa nas relações sociais e nas 
atividades públicas, pode ser objeto das pesquisas e das divulgações de terceiros, 
porque é pública. A vida interior, que se debruça sobre a mesma pessoa, sobre os 
membros de sua família, sobre seus amigos, é a que integra o conceito de vida 
privada, inviolável nos termos da Constituição. (SILVA, 2011) 
 
Porém, apesar desses direitos estarem positivados, o tráfego de informações na 
internet é incontrolável. Em se tratando das redes sociais, blogs e páginas pessoais, há 
inúmeros transtornos que a exposição demasiada e exagerada pode causar. A exposição sem 
limites de tudo o que está fazendo, da família, dos amigos é uma espécie de abertura para sua 
vida que a pessoa possibilita aos outros. Mesmo sem conhecê-la, através de uma página 
pessoal é possível saber muito dela, onde trabalha, estuda, locais que frequenta, gostos 
pessoais e pessoas de suas relações. 
Neste ano, um caso chamou muita atenção, pois uma menina de apenas 11 anos 
postou fotos particulares suas no facebook, e em questão de dias um site de humor copiou 
suas fotos e propagou pelos sites brasileiros (MAGNANI, 2013). O motivo principal da 
depreciação são os pelos da menina, que tem sobrancelhas grossas. A foto teve mais de cinco 
mil curtidas e a menina foi ridicularizada, difamada e humilhada, sendo uma vítima do 
cyberbullying. A internet amplifica o que as pessoas têm de melhor e pior. 
No mês de setembro de 2013, na Flórida (EUA), uma jovem de 12 anos se suicidou 
devido cyberbullying cometido por colegas através de telefone e redes sociais. A jovem 
recebia mensagens, como "Devias morrer", "Porque é que ainda estás viva?", "És horrorosa", 
uma perseguição que já acontecia há cerca de um ano. A jovem foi torturada por 15 colegas 
 
 
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da escola secundária, subiu a um silo de uma fábrica abandonada e atirou-se lá de cima. 
(FERREIRA, 2013). 
Um terceiro caso aconteceu em 2006 com um estudante de Educação Física de 19 
anos, que se tornou alvo de uma comunidade no Orkut, criada apenas para inventar boatos 
sobre os moradores da cidade de Ponta Grossa, no Paraná. Chamado de "homossexual e 
pedófilo", foi agredido nas ruas por pessoas que acreditavam nas acusações. O jovem 
suportou quase um ano de humilhação até que, em março de 2007 ele escreveu na internet que 
caso as agressões não parassem, ele se mataria. A resposta que teve dos membros da 
comunidade foi um incentivo ao suicídio, sendo que no dia seguinte às mensagens, Thiago foi 
encontrado morto dentro do seu carro, estacionado na garagem de sua casa. Com uma 
mangueira no escapamento do automóvel, ele levou o fluxo de monóxido de carbono e 
morreu sufocado. (DUPRAT, 2008). 
Na internet, conteúdos depreciativos e intimidantes são capazes de se alastrar com 
uma rapidez impressionante, sendo o cyberbullying ainda mais ofensivo que o próprio 
bullying, devido a dimensão que toma. O ciberespaço é um lugar ilimitado de troca de 
informações, e a vítima pode ser constrangida mesmo sem sair de casa, ficando muitas vezes, 
sem saber como agir, como se defender ou como cessar essas agressões verbais, contra sua 
imagem e convívio social. O ser humano conseguiu atingir nível de exposição virtual tão 
severo, que ainda que deseje retornar a uma vida mais reservada, não terá meios hábeis para 
alcançar tal pretensão. (OLIVEIRA, 2012). 
Apesar de o indivíduo ter o direito a privacidade, não faz uso dele. Por escolha 
própria expõe sua vida nas redes sociais, mesmo sabendo que após uma informação ser 
publicada, perde o controle de sua propagação. Desta maneira, a lei se torna falha, pois ela 
não é específica para os diversos casos de crimes na internet, é precária. Muitas vezes o 
indivíduo não é amparado legalmente em muitos casos concretos. 
Sem uma legislação eficiente, não há como punir os infratores. O direito neste 
sentido está atrasado, pois não acompanhou a evolução da sociedade, tecnologia, e das novas 
formas de comunicação. Afinal, as leis atuais são feitas para o “mundo real”. Mas agora, 
temos um novo mundo, um novo ambiente: o virtual. 
 
 
 
 
 
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A Atuação dos Órgãos Essenciais à Justiça na Prática de Cyberbullying 
De modo geral, não há como controlar ou até mesmo impedir, que determinadas 
informações sejam veiculadas na rede, não há como retirá-las sem deixar vestígios. A partir 
do momento em que uma pessoa publica alguma informação na internet, há outra que vai 
repassar, outra que irá receber e continuará propagando determinada informação. É como uma 
“bola de neve”, uma “corrente” que se faz entre os usuários da internet e seus contatos. Não 
há como impedir a disseminação desta informação. 
O Poder Judiciário tem diversas liminares determinando a retirada de algum 
conteúdo ou publicação da internet e redes sociais. Imhof (2010) apresenta uma condenação 
por cyberbullying praticado por adolescente, 
A prática de bullying é ato ilícito, respondendo o ofensor pela prática ilegal. Com 
base nesse entendimento, a 6ª Câmara Cível manteve decisão do 1º grau no sentido 
de condenar a mãe de um menor de idade que criou página na internet com a 
finalidade de ofender colega de classe. Por conta da atitude do filho, ela terá de 
pagar indenização por danos morais no valor de R$ 5 mil, corrigidos 
monetariamente. 
[...] 
Segundo ele, após muita insistência e denúncias por mais de um mês, o provedor 
cancelou o fotolog. Na sequência, o autor começou a receber e-mails com conteúdo 
ofensivo, razão pela qual providenciou registro de ocorrência policial e ingressou 
com ação cautelar para que o provedor fornecesse dados sobre a identidade do 
proprietário do computador de onde as mensagens foram postadas, chegando ao 
nome da mãe de um colega de classe. [...] 
 
De fato, após a primeira publicação é praticamente impossível evitar sua 
disseminação, ou seja, essas liminares são cumpridas parcialmente. (WERNECK, 2012). Em 
superior instância vem sendo repelido tais práticas delitivas e afrontosas, cuja resolução na 
esfera civil bem acaba por culminar na responsabilização e conseqüente aplicação de 
indenização a título de dano moral. (VANCIM, 2012) 
De acordo com Mônica Sifuentes, 
Pelas leis penais brasileiras, se o cyberbullying for praticado por maiores de idade, a 
conduta poderá se configurar em crime contra a honra (calúnia, difamação ou 
injúria), de ação penal privada e sujeito a penas que vão de seis meses a dois anos de 
detenção. Se o ato configurar ameaça, o crime passa a ser de ação penal pública, 
condicionada à representação da vítima, com previsão de penas que vão de um a seis 
meses de detenção. Caso a conduta seja praticada por menores de 18 anos, caberá ao 
Ministério Público (com atribuição na Vara da Infância e da Juventude) pleitear ao 
juiz competente a apuração do ato infracional. Este, por sua vez, poderá aplicar as 
medidas socioeducativas previstas no Estatuto da Criançae do Adolescente (ECA). 
No Brasil, em vários Estados já existem delegacias especializadas em crimes 
praticados pela internet. (SIFUENTES, Mônica. 2012). 
 
 
 
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O bullying e o cyberbullying ocorrem, geralmente, na infância e adolescência, 
principalmente pelo fato de se tratarem de práticas comuns nas escolas, institutos e as vezes 
até nas próprias universidades. Neste sentido, entra o Ministério Público, que irá apurar este 
ato infracional e aplicará as medidas previstas no ECA. 
De acordo com Mazzilli, 
O Ministério Público guarda estreita ligação com as normas de proteção à criança e 
ao adolescente, haja vista se tratar de interesses sociais e individuais indisponíveis. 
Trata-se de instituição constitucionalmente incumbida da defesa dos interesses da 
sociedade, sejam eles coletivos, difusos ou individuais indisponíveis, e que, pelo 
texto estatutário, assumiu obrigações que lhe colocam na qualidade de verdadeiro 
curador da infância e adolescência (MAZZILLI, 1991). 
 
 
Das hipóteses possíveis para se classificar as condutas criminosas ligadas ao 
cyberbullying, há os crimes contra a honra (artigos 138 a 145), quando forem usados artifícios 
para hostilizar a outro, constranger e denegrir sua imagem. Nestes casos, aplica-se o Código 
Penal para punir as práticas delituosas. Portanto a conduta do cyberbullying é típica e encontra 
total adequação aos tipos penais já previstos. 
A sociedade não está preparada para tais situações, porém, o cyberbullying não pode 
ser tratado como uma brincadeira de criança, onde não há mal algum. O cyberbullying é uma 
violência silenciosa, porque suas vítimas costumam isolar-se e não pedir socorro. 
Portanto, resta as vítimas procurarem maneiras de se defender e buscar o 
ressarcimento dos danos causados. Já para os agressores, existem condutas tipificadas e penas 
exemplares para evitar essa prática que tanto atinge o psicológico e também a vida particular e 
familiar da vítima. 
 
Legislações Disponíveis e Jurisprudência 
Para discutir este ponto, foram tomadas como base três legislações existentes para 
combater a prática de bullying e também cyberbullying, que são: Lei nº 4.837, de 22 de maio 
de 2012 (Distrito Federal); Lei nº 10.866, de 26 de março de 2010 (Lei Municipal de Porto 
Alegre); Lei nº 13.474, de 28 de junho de 2010 (Assembleia Legislativa do Estado do Rio 
Grande do Sul). 
Estas três legislações referem-se às práticas de bullying, seja esta violência cometida 
no mundo real ou virtual. Elas têm em seu conteúdo a definição desta violência e também os 
órgãos a serem procurados para ajuda e formas para agir nestas situações. Incentivam ainda, a 
 
 
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promoção de ações de combate ao bullying, realizando pesquisas, debates, cobrando das 
escolas e possibilitando a vítima atendimento adequado e informações que lhe ensinem como 
agir se for agredida. 
VIII – envio de mensagens, fotos ou vídeos por meio de computador, celular ou 
assemelhado, bem como sua postagem em “blogs” ou “sites”, cujo conteúdo resulte 
em sofrimento psicológico a outrem. 
 § 2º O descrito no inc. VIII do § 1º deste artigo também é conhecido como 
“cyberbullying”. (LEI MUNICIPAL nº 10.866, de 26 de março de 2010). 
 
A legislação acima referida traz em seu art. 2° § 1°, inciso VIII, a definição do 
cyberbullying, mesma definição que encontra-se na Lei nº 13.474, de 28 de junho de 2010, do 
estado do Rio Grande do Sul, em seu art. 2° § 1°, inciso VIII. Neste inciso percebe-se que a 
agressão ocorre desde um celular, até um computador, qualquer mídia digital que possa ter 
conteúdo ofensivo e humilhante, desde que este seja capaz de causar risco a integridade 
psicológica da vítima. 
Já na Lei nº 4.837, de 22 de maio de 2012 do Distrito Federal, para definir o bullying 
cometido via internet, temos em seu Art. 3°, inciso II o seguinte: 
II - fazer comentário ofensivo à honra e à reputação de aluno ou propalá-lo, 
inclusive pela internet e por meio de mídias sociais, de maneira a potencializar o 
dano causado ao estudante ofendido; (Lei nº 4.837, de 22 de maio de 2012). 
 
Nesta lei não encontramos o termo “cyberbullying”, temos apenas referência de dano 
ofensivo a honra e reputação através do meio virtual, porém, esta definição se enquadra no 
termo, já que se trata de violência virtual. Nesta lei, temos ainda, algo mais concreto se for 
identificado casos de cyberbullying, pois ela traz em seu art. 4°, as atitudes que podem ser 
tomadas por pais, representantes legais e qualquer pessoa que tiver conhecimento de um caso 
como este, citando órgãos que podem fornecer auxílio. 
Art. 4º Na hipótese de ocorrência de alguma das práticas descritas nos arts. 2º e 3º 
desta Lei, a vítima do bullying, seus pais, representantes legais, ou qualquer pessoa 
que tenha conhecimento dos fatos poderão formalizar a denúncia perante os 
seguintes órgãos públicos e instituições: 
I – a direção da escola pública ou privada na qual estejam matriculados os 
envolvidos na denúncia, sejam autores ou vítimas do bullying; 
II – a Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal; 
III – o Conselho Tutelar competente; 
IV – o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios; 
V – a Polícia Civil do Distrito Federal, em caso de atos tipificados como crime pela 
legislação penal ou ato infracional, conforme disposto na Lei Federal nº 8.069, de 3 
de julho de 1990 – Estatuto da Criança e Adolescente. (Lei nº 4.837, de 22 de maio 
de 2012). 
 
 
 
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A respeito, tais práticas delitivas e afrontosas vem sendo repelidas, cuja resolução na 
esfera civil acaba por culminar na responsabilização e consequente aplicação de indenização a 
título de dano moral. Vejamos a seguir, uma jurisprudência que tem em seu conteúdo a prática 
de cyberbullying: 
Ementa: APELAÇÃO. RESPONSABILIDADE CIVIL. INTERNET. USO DE 
IMAGEM PARA FIM DEPRECIATIVO. CRIAÇÃO DE FLOG - PÁGINA 
PESSOAL PARA FOTOS NA REDE MUNDIAL DE COMPUTADORES. 
RESPONSABILIDADE DOS GENITORES. PÁTRIO PODER. BULLYING. ATO 
ILÍCITO. DANO MORAL IN RE IPSA. OFENSAS AOS CHAMADOS 
DIREITOS DE PERSONALIDADE. MANUTENÇÃO DA INDENIZAÇÃO. 
PROVEDOR DE INTERNET. SERVIÇO DISPONIBILIZADO. 
COMPROVAÇÃO DE ZELO. AUSÊNCIA DE RESPONSABILIDADE PELO 
CONTEÚDO. AÇÃO. RETIRADA DA PÁGINA EM TEMPO HÁBIL. 
PRELIMINAR AFASTADA. DENUNCIAÇÃO DA LIDE. AUSENCIA DE 
ELEMENTOS. Apelo do autor Da denunciação da lide I. Para restar configurada a 
denunciação da lide, nos moldes do art. 70 do CPC, necessário elementos 
demonstrando vínculo de admissibilidade. Ausentes provas embasando o pedido 
realizado, não há falar em denunciação da lide. Da responsabilidade do provedor de 
internet II. Provedores de internet disponibilizam espaço para criação de páginas 
pessoais na rede mundial de computadores, as quais são utilizadas livremente pelos 
usuários. Contudo, havendo denúncia de conteúdo impróprio e/ou ofensivo à 
dignidade da pessoa humana, incumbe ao prestador de serviços averiguar e retirar 
com brevidade a página se presente elementos de caráter ofensivo. III. Hipótese em 
que o provedor excluiu a página denunciada do ar depois de transcorrida semana, 
uma vez ser analisado assunto exposto, bem como necessário certo tempo para o 
rastreamento da origem das ofensas pessoais - PC do ofensor. Ausentes provas de 
desrespeito aos direitos previstos pelo CDC, não há falar em responsabilidade civil 
do provedor. Apelo da ré Do dano moral IV. A Doutrina moderna evoluiu para 
firmar entendimento acerca da responsabilidade civil do ofensor em relação ao 
ofendido, haja vista desgaste do instituto proveniente da massificação das demandas 
judiciais. O dano deve representar ofensa aos chamados direitosde personalidade, 
como à imagem e à honra, de modo a desestabilizar psicologicamente o ofendido. V. 
A prática de Bullying é ato ilícito, haja vista compreender a intenção de 
desestabilizar psicologicamente o ofendido, o qual resulta em abalo acima do 
razoável, respondendo o ofensor pela prática ilegal. VI. Aos pais incumbe o dever de 
guarda, orientação e zelo pelos filhos menores de idade, respondendo civilmente 
pelos ilícitos praticados, uma vez ser inerente ao pátrio poder, conforme inteligência 
do art. 932, do Código Civil. Hipótese em que o filho menor criou página na internet 
com a finalidade de ofender colega de classe, atrelando fatos e imagens de caráter 
exclusivamente pejorativo. VII. Incontroversa ofensa aos chamados direitos de 
personalidade do autor, como à imagem e à honra, restando, ao responsável, o dever 
de indenizar o ofendido pelo dano moral causado, o qual, no caso, tem natureza in re 
ipsa. VIII. Quantum reparatório serve de meio coercitivo/educativo ao ofensor, de 
modo a desestimular práticas reiteradas de ilícitos civis. Manutenção do valor 
reparatório é medida que se impõe, porquanto harmônico com caráter 
punitivo/pedagógico comumente adotado pela Câmara em situações análogas. 
APELOS DESPROVIDOS (Apelação Cível Nº 70031750094, Sexta Câmara Cível, 
Tribunal de Justiça do RS, Relator: Liege Puricelli Pires, Julgado em 30/06/2010) 
 
 
 
 
 
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Metodologia e/ou Material e Métodos 
O presente trabalho tem abordagem interdisciplinar, pois em seu conteúdo predomina 
características que envolvem os direitos humanos. Foi desenvolvida uma pesquisa de campo, 
que trata de entrevistas com alunos formandos do Ensino Médio, da Escola Estadual de 
Ensino Médio Agostinha Dill, situada no município de Condor/RS. Nesta oportunidade, os 
jovens falaram de passagens em suas vidas onde viram ou sofreram práticas de cyberbullying, 
para assim termos uma noção do quanto esta prática está presente no cotidiano dos alunos. 
 
Resultados e discussões 
Um fato merece grande destaque: o crescimento acelerado de casos de cyberbullying 
com o passar do tempo. Com o total de 26 alunos entrevistados, sendo destes 20 meninas e 6 
meninos, com idades entre 16 e 18 anos, observamos que cinco (05) deles já sofreram 
cyberbullying, todas as vítimas do sexo feminino, sendo a principal rede utilizada o Orkut. 
 
 
 
 
 
 
 
Gráfico 1 – Fonte: Elaborado pela autora 
Nariel Diotto 
Gráfico 2 – Fonte: Elaborado pela autora 
Nariel Diotto 
Gráfico 3 – Fonte: Elaborado pela autora 
Nariel Diotto 
Gráfico 4 – Fonte: Elaborado pela autora 
Nariel Diotto 
 
 
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Este número indica que cerca de 20% dos alunos entrevistados já sofreram 
cyberbullying e as principais agressões foram publicações de conteúdos para efetuar 
humilhação. A incidência do cyberbullying é frequente, tendo em vista que grande parte dos 
entrevistados já sofreu ou conhecem alguma vítima dessa agressão. E o desconhecimento de 
seus próprios direitos acaba por fazer com que a maioria das vítimas permaneça em silêncio, 
por medo ou vergonha. Neste sentido se torna evidente a importância da atuação dos órgãos 
de justiça na prevenção de casos de cyberbullying a partir da fiscalização de sites e também na 
punição dos agressores. 
 
Conclusão 
O cyberbullying é uma agressão comum, principalmente nas escolas e universidades, 
e vem sendo a causa de muitos problemas de isolamento social, depressão, vingança e até 
mesmo suicídio. É uma forma de ofender e ridicularizar as pessoas, ainda mais eficaz que o 
bullying, pois abrange um espaço maior e ilimitado na disseminação de informações. 
 É importante destacar que o bullying vem sendo bastante banalizado, pois tem 
sido usado frequentemente como álibi ou desculpa para justificar insanidades e práticas de 
violências de toda espécie. Afinal, nem tudo é bullying. Não se trata de brincadeiras 
inconvenientes, conflitos ou ofensas pontuais, que resultam em mágoa passageira. Trata-se de 
violência persistente e cruel. Não podemos banalizar o bullying ao ponto de suas 
consequências serem esquecidas ou vistas como naturais, é um problema sério, que deve ser 
prevenido e tratado de acordo com a sua gravidade. 
É fato que a Legislação Brasileira é falha em se tratando de crimes virtuais, pois ela 
não é capaz de acompanhar a sociedade que se desenvolve em extrema velocidade. Mesmo 
assim, desde o surgimento do cyberbullying, as penas para os agressores foram estabelecidas 
de acordo com o Código Penal, que se mostrou bastante eficaz na hora de “se fazer justiça”. 
Apesar de a internet ser um ambiente em que o usuário usa do anonimato, existem 
maneiras de encontrar o agressor, através do endereço de IP que cada máquina possui, ou 
mesmo por suspeitas das vítimas e das pessoas de suas relações. O que é certo, é que as 
vítimas não podem permanecer no silêncio, seja por medo do que o agressor possa fazer ou 
vergonha da exposição que possa sofrer. 
 
 
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Os órgãos de justiça hoje estão cientes dos problemas advindos do mundo virtual e 
de certa forma, estão preparados para atuar nesse tipo de caso, já que a conduta do agressor se 
encaixa no Código Penal. Neste sentido, é importante que pais, juntamente com a comunidade 
escolar, estejam atentos ao comportamento das crianças e jovens e procurem a ajuda 
necessária para ajudar as vítimas e também punir os agressores, afinal, se todas as medidas 
cabíveis fossem adotadas, se a internet fosse devidamente fiscalizada através dos seus 
provedores, se houverem punições aos agressores que realmente sirvam de exemplo e as 
mesmas tenham publicidade, com certeza a prática do cyberbullying seria evitada, ou ao 
menos minimizada. Assim sendo, os agressores estariam cientes das consequências de seus 
atos e a escola e famílias tomariam uma posição mais firme na educação da criança e jovem, 
fazendo com que esse problema seja remediado e permitindo as vítimas viver de acordo com 
seus direitos, sem medo e sem opressão. 
 
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