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Lucas Carvalho - Projeto Final

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5
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ABC
	
LUCAS CARVALHO RIBEIRO DE ALMEIDA
ASCENSÃO DAS MÍDIAS SOCIAIS E SEU REFLEXO NA PRÁTICA DO BULLYING E CYBERBULLYING NO MEIO ESCOLAR
Santo André - SP
2017
LUCAS CARVALHO RIBEIRO DE ALMEIDA
	
	
ASCENSÃO DAS MÍDIAS SOCIAIS E SEU REFLEXO NA PRÁTICA DO BULLYING E CYBERBULLYING NO MEIO ESCOLAR
Projeto apresentado na disciplina Projeto Dirigido, lecionada por Karla Vittori do Curso de Bacharelado em Ciência e Tecnologia da Universidade Federal do ABC, em cumprimento às exigências para aprovação. 
Orientador: (Nome do Orientador)
Santo André - SP
2017
Resumo
Diariamente nos deparamos com condutas e episódios de violência, seja presencial ou virtualmente, e uma de suas formas vem causando muita preocupação por acabar resultando em tragédias que ocorrem no âmbito escolar. A esse fênomeno é atribuído o nome de bullying, sendo este um problema de escala mundial na sociedade atual e muito recorrente principalmente nas escolas com jovens estudantes. Com a revolução digital e a popularização das novas tecnologias da informação e comunicação, desenvolveu-se uma nova prática conhecida como cyberbullying, que atua da mesma maneira que o bullying porém no meio virtual. O objetivo deste artigo é apresentar os conceitos dos fenômenos a serem discutidos, além de mostrar certas abordagens dessa temática na mídia para melhor imersão no assunto. Também iremos averiguar as relações e implicações do advento da internet e das mídias sociais sobre a prática do bullying por jovens nas escolas. A averiguação será realizada através de um aprofundamento bibliográfico a respeito dos fatores abordados no tema e por meio de uma pesquisa de campo onde será aplicado um questionário aos estudantes de escolas públicas de Ensino Médio, localizadas nos municípios da região do Grande ABC no estado de São Paulo, para futura análise e comparação.
Palavras-chave: Mídias sociais, ensino médio, bullying, cyberbullying
Sumário
1.	INTRODUÇÃO	1
1.1	Objetivos	2
	1.1.1 Objetivo Geral	2
	1.1.2 Objetivos Específicos	2
1.2	Justificativa	2
2.	REVISÃO BIBLIOGRÁFICA	3
2.1	Mídias sociais	3
2.2	Bullying no meio escolar	3
2.3	Cyberbullying	4
2.4	Abordagens dos fenômenos na mídia	5
3.	METODOLOGIA	8
4.	CRONOGRAMA	9
5.	REFERÊNCIAS	10
INTRODUÇÃO
O bullying se trata de um fenômeno de longa data, no entanto, continua sendo encarado por muitos até hoje como um fato de natureza normal na vida dos jovens. A palavra é proveniente do termo inglês bully, que significa valentão. Por se tratar de uma forma de violência e opressão física e psicológica, o bullying é responsável por afetar a vida de milhares de pessoas todos os dias, em especial os jovens, gerando consequências gravíssimas como danos psicológicos, morte e suicídio. Estes resultados extremamente drásticos são observados com demasiada frequência e pouquíssimos abordados pela mídia. No Brasil, aproximadamente um em cada dez estudantes é vítima frequente de bullying nas escolas, de acordo com o Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa) 2015, coordenado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE)[footnoteRef:1]. [1: OECD, 2017. PISA 2015 Results (Volume III): Students’ well-being, PISA, OECD Publishing, Paris.] 
Atualmente, vivemos a chegada da revolução digital, sendo uma de suas principais atribuições a internet. Devido a popularização desta, se comunicar nunca foi tão fácil e a liberdade de expressão se encontra em seu auge com a ascensão de plataformas de comunicação online, ilustrado pelas mídias sociais, tal como Facebook, YouTube, Snapchat, Twitter, entre muitas outras. Por outro lado, essa facilidade de troca de informação e liberdade de expressão online culminou em uma onda geradora do que podemos chamar de “apedrejadores virtuais”, termo usado por Monica Lewinsky em sua palestra sobre o tema no TED[footnoteRef:2]. Juntamente destes, também surgiram aqueles que praticam agressão, intimidação e humilhação por meio dessas tecnologias de informação. A essa prática é atribuído o termo cyberbullying. [2: Monica Lewinsky, “The price of shame” (palestra), TED, 20 de Março, 2015. ] 
Devido a falsa sensação de distanciamento e anonimato que as mídias sociais passam, esse novo fenômeno faz com que seus praticantes acreditem na falta de punidade, ou pelo menos, que as chances de sofrerem qualquer tipo de punição ou indenização são mínimas. Acredita-se que a dificuldade que os jovens, em geral, têm se comunicar com adultos, principalmente com figuras de autoridade, como pais e professores, também contribui para que as vítimas se isolem cada vez mais ao invés de buscar ajuda.
Objetivos	
1.1.1 Objetivo Geral
Esse projeto tem como propósito poder contribuir de forma significativa com a intenção de fazer tanto os jovens estudantes e suas famílias quanto os educadores e gestores das escolas notarem a extrema importância dessa temática tão problemática e suas consequências devastadoras, para que dessa forma todos aprendam a melhor maneira de lidar e orientar as vítimas, os agressores e também os espectadores.
1.1.2 Objetivos Específicos
· Abordar sobre as novas tecnologias de informação e comunicação para melhor entendimento de seu impacto nos fenômenos abordados.
· Estudar e apresentar a realidade dos fenômenos no ambiente escolar.
· Apontar possíveis soluções para o combate dos fenômenos.
Justificativa
Trata-se de uma forma de violência e opressão que afeta a vida de milhares de pessoas todos os dias, em especial os jovens, gerando consequências como danos psicológicos gravíssimos muitas vezes irreversíveis, podendo carretar morte e suicídio.
A escolha do tema se deve ao fato de que, apesar da importância do fenômeno, ainda não há uma total conscientização e reconhecimento deste por parte da sociedade brasileira. Também há necessidade de uma ampla sensabilização para a necessidade do desenvolvimento de iniciativas e políticas públicas específicas antibullying.
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Mídias sociais
Até pouco tempo atrás, a comunição de massa tradicionais como televisão, rádio e jornal, era de um para todos. Isso é, quem detinha os meios de comunicação, detinha o poder. Entretanto, a chegada das novas tecnologias de informação, as mídias sociais, provenientes da popularização da internet, acabou por transformar completamente essa realidade e a forma como o mundo se comunica.
As mídias sociais são espaços na web que possibilitam de diversas e diferentes formas a interação entre os usuários e a efetiva participação do público na produção de qualquer tipo de conteúdo, de textos a audios e videos. Nestes canais de comunicação, como blogs, Twitter, Facebook, YouTube, entre outros, as pessoas podem dialogar e compartilhar informação.
“[...] é importante comprender o papel das mídias sociais como painéis de expressão da grande maioria dos usuários da rede mundial de computadores. Através dos diversos aplicativos disponibilizados por elas, facilitam a integração entre os usuários da Internet e permitem uma efetiva comunicação (interação) entre os mesmos ao mesmo tempo em que criam relações virtuais superficiais.”
(CARDOSO, 2011) 
		
Bullying no meio escolar
Primeiramente precisamos saber a definição do fenômeno conhecido como bullying. Proveniente do termo inglês bully, palavra que significa tirano, brigão ou valentão, bullying representa “um conjunto de atitudes de violência física e/ou psicológica de caráter intencional e repetitivo praticado por um bully (agressor) contra uma ou mais vítimas que se encontram impossibilitadas de se defender”, segundo CARDOSO (apud SILVA, 2010, pg.21).
“ Se pararmos para pensar, todos nós já fomos vítimas de um bully em algum momento de nossa vida. Os valentões não estão somente nas escolas, eles podem ser encontrados em qualquer segmento da sociedade. Os bullies juvenis também crescem e serão encontrados em versões amadurecidas (ou melhor, apodrecidas). No contexto familiar, os bullies crescidos e mais experientes podem ser identificadosna figura de pais, cônjuges ou irmãos dominadores, manipuladores e perversos, capazes de destruir a saúde física e mental e a auto-estima de seus alvos prediletos. No território profissional, costumam ser chefes ou colegas tiranos, “mascarados” ou impiedosos. Suas atitudes agressoras (ou transgressoras) estão configuradas na corrupção, na coação, no uso indevido de dinheiro público, na imprudência arbitrária no trânsito, na negligência com os enfermos, no abuso de poder de lideranças, no sarcasmo de quem se utiliza da “lei da esperteza”, no descaso das autoridades, no prazer em ver o outro sofrer... Assim, o termo bullying pode ser adotado para explicar todo tipo de comportamento agressivo, cruel, proposital e sistemático inerente às relações interpessoais.” 
(CARDOSO apud SILVA, 2010, p.22)
	Essa forma de violência atingiu um nível tão elevado a ponto de alcançar o âmbito escolar. Com isso, a escola que sempre passou a imagem para os jovens como um ambiente seguro, tem se tornado aos poucos um local de violência, exclusão e medo. As vítimas, quando não ignoradas, são instigadas por seus familiares e educadores a enxergar e aceitar este como uma fase natural na vida de qualquer jovem.
	Apesar de se tratar de uma realidade nas escolas brasileiras, a literatura a respeito do bullying continua sendo restrita, com um número mínimo de pesquisadores com relação ao tema.
Cyberbullying
“Cyberbullying envolve o uso de tecnologias da informação para intimidar, incomodar, vitimizar ou agredir um indivíduo ou grupo de indivíduos. Foi também já definido como “o uso de tecnologias de comunicação e informação como forma de levar a cabo comportamentos deliberados, repetidos e hostis contra um indivíduo ou grupo, com a intenção de causar dano.” (Belsey, 2005).
Diferentemente do bullying que se trata de um ato presencial, o cyberbullying atinge o âmbito virtual, onde os agressores podem agir de forma anônima, o que dificulta a identificação e punição dos mesmos. Segundo (MELLO, 2011):
“O anonimato para os agressores cria um fenômeno conhecido como desinibidores de comportamento que gera uma tendência à irresponsabilidade graças a sensação de liberdade proveniente da grande probabilidade de que as ações cometidas não serão punidas. A invisibilidade completa não é fato recorrente no uso das tecnologias comunicacionais e na maioria dos casos deixa pegadas.”
	O cyberbullying vem se dissipando incontrolavelmente nas midias sociais, através de mensagens difamatórias, fotos e vídeos comprometedores, e outras maneiras criadas com o propósito de afligir e vulnerar a moral das vítimas. Ainda de acordo com MELLO:
“[...]o Cyberbullying é intensificado pelo uso da Internet, principalmente pelas crianças e adolescentes, que são os principais alvos e agentes dessa prática, os quais tiveram ausência de orientação ética e legal na utilização de recursos tecnológicos, ausência de limites, a insensibilidade, a insensatez, os comportamentos inconsequentes, a dificuldade de empatia, a certeza da impunidade e a falsa crença da não identificação.”
(MELLO apud NETO, 2005)
Abordagens dos fenômenos na mídia
	Em 2015, Monica Lewinsky, que atuou como estagiária na Casa Branca no fim da década de 1990, se apresentou no TED como uma das primeiras vítimas de cyberbullying devido ao escândalo amoroso em que se envolveu fim da década de 1990 com o ex-presidente os Estados Unidos, Bill Clinton, referindo a si mesma como “um oferecimento a revolução digital”. Ela expressa como a internet deu vez à dessensibilização e acabou criando uma cultura onde as pessoas gostam de humilhar as outras online, o que pode ser chamada de cultura da humilhação. Durante a palestra, ela afirma:
“[...] no que se refere a nossa cultura da humilhação, precisamos de uma revolução cultural. A humilhação pública como esporte sangrento precisa acabar, e é hora de uma intervenção na internet e em nossa cultura. A mudança começa com algo simples, mas que não é fácil. Precisamos retornar a um antigo valor de compaixão - compaixão e empatia. Na internet, temos um déficit de compaixão, uma crise de empatia."
	A palestrante cita dados de uma organização beneficente do Reino Unido, a ChildLine, que tem como objetivo ajudar e dar suporte a jovens que estejam passando por algum transtorno psicológico, que constam os seguintes fatos: “de 2012 a 2013, houve um aumento de 87% nas ligações e e-mails relacionados a cyberbullying. Uma meta-análise feita fora da Holanda mostrou, pela primeira vez, que o cyberbullying levava a ideações suicidas mais significativamente do que o bullying da vida real”. Monica consta também o resultado de outra pesquisa realizada pela mesma organização, revelando que a humilhação é uma emoção sentida mais intesamente do que felicidade, ou mesmo raiva.
Monica também faz referência ao psicólogo Serge Moscovici, citando sua teoria da influência minoritária que diz que uma grande mudança é possível de ser realizada se houver consistência a persistência por um período de tempo, mesmo se empenhada por um grupo pequeno de indivíduos. Ela defende que podemos alavancar a influência minoritária ao tentarmos nos portar como “agentes” que, ao invés de nos comportarmos como observadores apáticos, podemos fazer comentários e postagens positivas ou também reportar uma ocorrência de bullying. Monica finaliza a palestra dizendo: 
"Falamos muito sobre nosso direito à liberdade de expressão, mas precisamos falar mais sobre nossa responsabilidade com a liberdade de expressão. Todos nós queremos ser ouvidos, mas vamos admitir a diferença entre falar com intenção e falar para ganhar atenção. A internet é a autoestrada para o Id, mas online, demonstrar empatia pelos outros beneficia a todos nós e ajuda a criar um mundo mais seguro e melhor. Precisamos nos comunicar online com compaixão, consumir as notícias com compaixão e clicar com compaixão."
Nas últimas semanas, a série de televisão americana 13 Reasons Why vem passando por uma grande repercurssão e sendo centro de polêmica nas mídias sociais. O programa televisivo, adaptado do livro de mesmo nome, foi lançado no fim do mês de Março deste ano pela Netlix, empresa que exerce um dos maiores serviços de transmissão online de videos. A série conta a história da jovem estudante americana do colegial Hannah Baker, que após ser vítima de bullying e várias outras formas de agressões por indivíduos da sua escola, acaba gravando 13 fitas cassete explicando os porquês que a teria levado cometer suicídio, posteriormente.
O programa vem sendo alvo de crítica tanto positiva, por tratar de um assunto de extrema importância e pouco abordado pela mídia e mostrar ao público como o bullying é de fato uma realidade nas escolas e na sociedade, como também de crítica negativa principalmente pela forma demasiadamente explícita que este aborda o suícidio, fugindo das normas da Organização Mundial da Saúde[footnoteRef:3], estas estipuladas para ajudar e compreender como o suicídio deve ser tratado pela mídia. [3: BELIZARIO, Natalia. Série ’13 Reasons Why’ foge à cartilha da OMS, 2017.] 
De acordo Teng Chei Tung, doutor em psiquiatria pela FMUSP, a série explorou de maneira totalmente inadequada o tema do suicídio ao tentar ser fiel ao livro, acabando por “ensinar como fazer um procedimento suicida de forma eficaz”. O contra-argumento da Netflix foi sua intenção de criar um retrato fiel à realidade, ao mesmo tempo que Brian Yorkey, produtor executivo da série, explica que “Nós queríamos deixar claro que não há nada que valha a pena no suícidio”.
Apesar dos erros apontados por especialistas na área de saúde, a série acerta por trabalhar juntamente com autoridades da saúde, não referir-se ao suicídio como “bem sucedido”, apresentar somente dados relevantes, mostrar indicadores de risco e sinais de alerta sobre o comportamento suicida, e fornecer dados sobre grupos e serviços de ajuda. O programa também atingiu seu principal objetivo: atingir de maneira eficaz seu público alvo, os adolescentes. Foi observado uma série de mobilizações atravésde redes sociais, além também de duplicar o número de ligações ao Centro de Valorização à Vida (CVV), organização que atua como a ChildLine ao atuar como fornecedora de apoio emocional e prevenir suicídios. 
Especialistas concordam que de fato 13 reasons why contribuiu com a conscientização acerca do bullying e do suicídio, fomentando o debate acerca desses temas na mídia. Contudo, Tung ainda afirma que a abordagem e serviços de prevenção ao suicídio para atender uma demanda que o doutor considera como “desconhecida e silenciosa” ainda são restritos, e que o desencadeamento de pedidos por ajuda em um país com falta de estrutura como o Brasil pode gerar resultados inesperados, como o disparo de “gatilhos” por vítimas que já estejam passando por algum tipo de transtorno mental. 
3. METODOLOGIA
A proposta do projeto consiste na metodologia de pesquisa de estudo de campo, utilizando da revisão bibliográfica realizada para a criação de um questionário que será aplicado em turmas de 1º, 2º e 3º ano do Ensino Médio nas escolas de rede pública na região do Grande ABC, no estado de São Paulo.
Para proceder, será efetuado contato com as escolas, com o intuito de apresentar o projeto e seu objetivo, tanto aos educandos quanto aos educadores e gestores. O questionário conterá questões referentes ao cotidiano dos jovens com finalidade de verificar o quão cientes os jovens estão sobre o conceito de bullying e cyberbullying, e analisar a frequência com qual os fenômenos tratados ocorrem no meio escolar. O questionário também conterá perguntas no intuito de investigar as possíveis motivações dos agressores, como influências vindas dentro ou fora de casa destes, gerando um comportamento discriminatório relacionado a fatores tanto socioeconômicos quanto a físicos, como cor, peso e deficiências físicas e intelectuais. 
Também será aplicado um questionário próprio aos gestores das escolas com o intuito de investigar a sua perceção quanto a esse tipo de problema em sala de aula e nos arredores da área escolar e como eles lidam com as ocorrências.
Após recolhimento dos resultados, será realizada uma análise em ordem de comparação com o estudo bibliográfico feito até então para melhor conclusão e construção do texto final.
 
CRONOGRAMA
As atividades serão executadas conforme o cronograma a seguir, com prazo de trabalho estimado em 12 meses.
	ETAPAS
	1
	2
	3
	4
	5
	6
	7
	8
	9
	10
	11
	12
	Resumo e introdução
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	Leitura e revisão bibliográfica
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	Aplicação do questionário
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	Avaliação dos resultados
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	Conclusão
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	Redação de relatório
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
Tabela 1. Cronograma de atividades
O período de tempo destinado a cada etapa está sujeito a alterações, de acordo com a execução das tarefas.
REFERÊNCIAS	
ALMEIDA, Lúcia de Fátima Dantas de. Bullying: "o crime do desamor" um olhar para o contexto escolar. Universidade Estadual da Paraíba, Sousa, PB, 2014.
BELIZARIO, Natalia. Série ’13 Reasons Why’ foge à cartilha da OMS, 2017. Disponível em: <http://www.jornaldocampus.usp.br/index.php/2017/04/serie-13-reasons-why-foge-a-cartilha-da-oms/>. Acesso em: 21 de abr. 2017.
BELSEY, Bill. Cyberbullying: An emerging threat to the “always on” generation. Recuperado el, v. 5, 2005.
CARDOSO, A.; BONFIM, A. P. R. As mídias sociais e a globalização do bullying. In: SIMSOCIAL - SIMPÓSIO EM TECNOLOGIAS DIGITAIS E SOCIABILIDADE, 2011, Salvador, BA.
DE ALMEIDA, Sidnéia Barbosa; CARDOSO, Luciana Roberta Donola; COSTAC, Vânia Vieira. Bullying: conhecimento e prática pedagógica no ambiente escolar. Psicologia Argumento, v. 27, n. 58, 2009.
DOS SANTOS, J. S.; et al. A Cibercultura na educaçao e a integração do bullying. In: 2º SEMINÁRIO NACIONAL DE INCLUSÃO, 2013, Passo Fundo, RS. Por uma cultura hacker na educação, 2013.
ENS, Romilda Teodora; EYNG, Ana Maria; GISI, Maria Lourdes. Representações sociais sobre bullying no cotidiano de escolas públicas de educação básica. Revista de Educação Pública, v. 22, n. 50, p. 785-808, 2013.
MELLO, Ester Aparecida de Mei. Cyberbullying: Uma realidade social. Universidade Federal de Mato Grosso, Cuiabá, MT, 2011.
MOSCOVICI, Serge; LAGE, Elisabeth; NAFFRECHOUX, Martine. Influence of a consistent minority on the responses of a majority in a color perception task. Sociometry, p. 365-380, 1969.
NETO, Aramis. Bullying: comportamento agressivo entre estudantes. Jornal de Pediatria - Vol. 81, Nº5(supl), 2005.
OECD, 2017. PISA 2015 Results (Volume III): Students’ well-being, PISA, OECD Publishing, Paris. Disponível hein: <http://www.oecd.org/pisa/PISA-2015-Results-Students-Well-being-Volume-III-Overview.pdf>. Acesso em: 19 de abr. 2017.
SILVA. Ana Beatriz Barbosa. Mentes Perigosas nas Escolas: Bullying. São Paulo: Objetiva, 2010.

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