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ETERJ / NOVO RIO Eletrônica I – Pág. 1 / 118. ETERJ - A melhor técnica para entrar no Mercado de Trabalho Eletrônica Linear Carga Elétrica A eletricidade como ciência data de 600 a.C., quando os gregos observaram que uma pedra de âmbar, ao ser atritada com lã, adquiria a capacidade de atrair para si pequenos objetos. Quando um bastão de vidro é atritado com seda, adquire essa capacidade graças à passagem de “algo” de um corpo para outro. Esse “algo”, transferido durante a fricção dos corpos, é chamado genericamente de carga elétrica, e os corpos nesse estado se encontram carregados de eletricidade, isto é, se encontram eletrizados. Experiências comprovam a existência de dois tipos de carga elétrica: positiva e negativa. Um bastão de vidro atritado com seda adquire carga positiva. Um bastão de borracha atritado com seda adquire carga negativa. Considere três bastões eletrizados, suspensos por fios de lã. Ao aproximarmos desses bastões um outro bastão eletrizado, verificamos que eles se atraem ou se repelem devido aos sinais de suas cargas elétricas. Quando as cargas têm o mesmo sinal, os bastões se repelem; quando os sinais são contrários, se atraem. A partir dessas observações podemos enunciar o princípio da atração e repulsão. Observação Cargas elétricas de mesmo sinal se repelem e de sinais contrários se atraem. Estrutura da matéria Para explicar a eletrização dos corpos, recorre-se ao estudo de sua estrutura. A matéria é constituída de pequenas partículas denominadas átomos. Cada átomo, por sua vez, é formado, basicamente, por uma parte central denominada núcleo e por uma parte periférica chamada eletrosfera. No núcleo, a parte mais pesada do átomo, encontram-se os prótons e os nêutrons. Na eletrosfera encontram-se os elétrons, girando em torno do núcleo em diferentes órbitas. A carga elétrica é uma propriedade da matéria que se apresenta tanto nos prótons como nos elétrons com a mesma intensidade. A carga elétrica do próton é positiva e igual em módulo à carga elétrica do elétron, que é negativa. Um corpo, no seu estado normal, é eletricamente neutro, porque os seus átomos possuem a mesma quantidade de cargas positiva e negativa, isto é, as cargas se anulam. Como exemplo, temos o átomo de hélio, de número atômico 2, que no seu estado natural é neutro, pois apresenta dois prótons e dois elétrons. Eletrização Do que foi exposto anteriormente, conclui-se que uma substância estará eletrizada quando as quantidades de prótons e de elétrons forem diferentes, ou seja, quando se altera o equilíbrio entre prótons e elétrons é que a substância apresenta propriedades elétricas. Os prótons e os nêutrons estão fortemente ligados ETERJ / NOVO RIO Eletrônica I – Pág. 2 / 118. ETERJ - A melhor técnica para entrar no Mercado de Trabalho ao núcleo do átomo por uma força elétrica de pequena intensidade. Durante um processo de atrito, somente os elétrons podem trocar de corpos e, quando isso ocorre, os corpos ficam eletrizados. Um corpo pode estar eletrizado de duas formas: Positivamente: quando cede e fica com falta de elétrons; Negativamente: quando recebe e há excesso de elétrons. Por exemplo, um bastão de vidro e outro de borracha atritado com seda. O bastão de vidro cedeu elétrons. O bastão de borracha recebeu elétrons. Valor da Carga elementar Sabe-se, experimentalmente, que a menor quantidade de carga elétrica encontrada na natureza é a carga de um elétron ou de um próton, cujo módulo é chamada de carga elementar e representado por e. e = 1,6. 10-19 C A quantidade de carga elétrica de um corpo é sempre um múltiplo inteiro de e. Q = n. e Em que n = número de elétrons (em falta ou excesso). A unidade de medida de quantidade de carga no Sistema Internacional é o coulomb, que se indica pela letra C. Exercícios Resolvidos Determinar o número de elétrons existentes em uma carga de 1,0 coulomb. Resolução: Dados: Q = 1,0 C; e = 1,6. 10-19 C Da equação Q = n. e, vem: Q = ne 1,0 = n. 1,6. 10-19 n = 1 . 1,6 . 10-19 n = 6,25 . 1018 elétrons Resposta: 6,25 . 1018 elétrons Exercícios 1- É dado um corpo eletrizado com carga 6,4C. Determine o número de elétrons em falta no corpo. 2- Quantos elétrons devemos fornecer a um corpo inicialmente neutro, para eletrizá-lo com carga 48 C? 3- O que é Carga Elétrica? _______________________________________ _______________________________________ _______________________________________ _______________________________________ 4- Quais são os tipos de carga elétrica? _______________________________________ _______________________________________ ETERJ / NOVO RIO Eletrônica I – Pág. 3 / 118. ETERJ - A melhor técnica para entrar no Mercado de Trabalho _______________________________________ _______________________________________ 5- O que acontece com as cargas elétricas de mesmo sinal? _______________________________________ _______________________________________ _______________________________________ _______________________________________ 6- O que acontece com as cargas elétricas de sinais contrários? _______________________________________ _______________________________________ _______________________________________ _______________________________________ 7- Que nome damos as pequenas partículas que constituem a matéria? _______________________________________ _______________________________________ _______________________________________ _______________________________________ 8- O que é núcleo? _______________________________________ _______________________________________ _______________________________________ 9- O que é eletrosfera? _______________________________________ _______________________________________ _______________________________________ 10- Onde se encontram os prótons, nêutrons e os elétrons? _______________________________________ _______________________________________ _______________________________________ 11- A carga elétrica do próton é positiva ou negativa? _______________________________________ _______________________________________ _______________________________________ _______________________________________ 12- A carga elétrica do elétron é positiva ou negativa? _______________________________________ _______________________________________ _______________________________________ _______________________________________ 13- Quando podemos concluir que uma substância está eletrizada? _______________________________________ _______________________________________ _______________________________________ _______________________________________ 14- De que forma um corpo, pode estar eletrizado? _______________________________________ _______________________________________ _______________________________________ _______________________________________ 15- Explique detalhadamente as formas acima: _______________________________________ _______________________________________ _______________________________________ _______________________________________ _______________________________________ _______________________________________ _______________________________________ Condutores e Isolantes Denominam-se condutores as substâncias nas quais os elétrons se locomovem com facilidade por estarem fracamente ligados aos átomos. Nos condutores, os elétrons mais distantes do núcleo abandonam o átomo, adquirindo liberdade de movimento: são os elétrons livres. Num condutor eletrizado, as forças de repulsão, que agem entre as cargas de mesmo sinal, fazem com que as cargas fiquem o mais distante possível umas das outras. O maior afastamento possível ocorre na superfície do corpo. Num condutor eletrizado, as cargas elétricasse localizam na sua superfície. Por outro lado, chamam-se isolantes, ou dielétricos, as substâncias nas quais, ao contrário dos condutores, os elétrons não têm liberdade de movimento. Nos isolantes, os elétrons não se movimentam com facilidade, pois estão fortemente ligados ao núcleo do átomo e dificilmente poderão se libertar. Isto, no entanto, não quer dizer que um corpo isolante não possa ser eletrizado. A diferença é que nos isolantes as cargas elétricas permanecem na região em que apareceram, enquanto nos condutores elas se distribuem pela superfície do corpo. Na realidade não existem condutores ou isolantes perfeitos, mas apenas bons condutores ETERJ / NOVO RIO Eletrônica I – Pág. 4 / 118. ETERJ - A melhor técnica para entrar no Mercado de Trabalho e bons isolantes. Entre os isolantes e os condutores há um grupo intermediário chamado semicondutores, de importância muito grande na eletrônica, na construção de diodos e transistores. A tabela a seguir mostra a classificação de alguns materiais. CONDUTOR ISOLANTE SEMICONDUTOR Prata Cobre Alumínio Carvão Solo Corpo Humano Mica Plástico Vidro Porcelana Vácuo Germânio Silício Potencial Elétrico Para um corpo eletrizado, define-se uma grandeza chamada de potencial elétrico. É uma grandeza escalar, ficando determinado apenas pelo seu valor numérico. Pode, portanto, ser positivo ou negativo, dependendo do sinal da carga criadora do campo Q. A unidade do potencial no SI é o volt (V). O potencial elétrico depende da quantidade de carga que o corpo tem das suas dimensões e do meio onde está o corpo. O potencial elétrico está relacionado com a capacidade que tem as cargas armazenadas de realizar um trabalho. Na realidade, o conceito de potencial está relacionado com capacidade de realizar alguma coisa. Por exemplo, você é uma pessoa que tem potencial, pois tem a capacidade de aprender através da leitura. Um volt é o potencial de um ponto que fornece a uma carga de um Coulomb, nele colocada, uma energia de um joule. Diferença de Potencial A diferença de potencial ddp, também chamada de voltagem ou tensão elétrica, é uma das grandezas mais importantes da eletricidade. É utilizada para explicar o movimento das cargas elétricas. A diferença de potencial entre os pontos A e B é indicada por VA – VB e representada pela letra U ou V. U = VA - VB ou V = VA - VB Entre os terminais de uma bateria existe uma ddp de 12 volts, de uma pilha, 1,5, de uma tomada 110V ou 220V. A unidade de ddp é a mesma que a unidade potencial elétrico, isto é, Volt (V). Abaixo são dados os submúltiplos e múltiplos mais usados. Submúltiplos 1 milivolt (mV) =10-3 V 1 Kilovolt (KV) =103 V Múltiplos 1 microvolt (V) = 10-6 V 1 Megavolt (MV) = 106 V Corrente Elétrica Sabemos que os condutores metálicos possuem elétrons livres, os quais podem mover- se com facilidade, enquanto as cargas positivas estão presas ao núcleo por forças muito fortes. Ocorre, porém, que esse movimento dos elétrons no interior desses condutores é completamente desordenado. Para que os elétrons livres se desloquem ordenadamente, é necessário estabelecer uma diferença de potencial entre dois pontos do condutor, Dessa forma eles passam a caminhar no sentido do potencial mais alto, devido à força elétrica F, pois F = q . E. ETERJ / NOVO RIO Eletrônica I – Pág. 5 / 118. ETERJ - A melhor técnica para entrar no Mercado de Trabalho Esse movimento ordenado dos elétrons é denominado corrente elétrica. Para criar e manter a corrente elétrica, usam-se dispositivos, tais como pilhas elétricas e baterias, que mantém a diferença de potencial entre os pontos A e B. Esses dispositivos são representados por: A barra menor representa o pólo negativo, e a maior, o positivo. Podemos juntar os elementos básicos para a manutenção permanente da passagem da corrente elétrica através de um condutor, ligando dois de seus pontos aos pólos desse dispositivo gerador de energia elétrica. Tais elementos são: - Um dispositivo que gera energia elétrica. Por exemplo: pilha. - Um elemento que consome energia elétrica. Por exemplo: lâmpada. - Um elemento condutor que os interliga. Por exemplo: fio de cobre. Sentido Nos condutores sólidos, o sentido da corrente elétrica corresponde ao sentido do movimento dos elétrons, pois são eles que se deslocam. Ou seja, a corrente é do potencial menor (pólo negativo) para o potencial maior (pólo positivo). Esse é o sentido real da corrente elétrica. No estudo da corrente elétrica, entretanto, adota-se um sentido convencional, que é o do deslocamento das cargas positivas, ou seja, do potencial maior para o menor. Assim, sempre que falarmos em sentido da corrente, estaremos nos referendo ao sentido convencional, e não ao sentido real. Observação: Esse sentido convencional foi estabelecido antes de se conhecer qual das cargas, a positiva ou negativa, movia-se nos condutores sólidos. Quando se descobriu que os deslocamentos são feitos por elétrons, todas as leis fundamentais já tinham sido formuladas, considerando-se o deslocamento das cargas positivas. Além disso, nas soluções eletrolíticas e nos gases rarefeitos, a corrente é formada pelo deslocamento de cargas positivas e negativas; em vista disso, conclui-se ser uma complicação desnecessária trocar o sentido convencional da corrente elétrica. Tipos Considera-se a existência de dois tipos de corrente elétrica: corrente elétrica contínua (CC) e corrente elétrica alternada (CA). Sabemos que uma corrente elétrica num condutor sólido é um fluxo de elétrons. Quando ligamos um aparelho elétrico a uma fonte de eletricidade, e os elétrons que percorrem o aparelho saem sempre do mesmo terminal do gerador, dizemos que a corrente é contínua, isto é, tem sempre o mesmo sentido; neste caso, a fonte é um gerador de corrente contínua. O gerador de C.A. é aquele de onde os elétrons saem, ora de um terminal ora de outro. Consequentemente, os elétrons ficam num vai-e- vem no circuito; durante algum tempo, um dos ETERJ / NOVO RIO Eletrônica I – Pág. 6 / 118. ETERJ - A melhor técnica para entrar no Mercado de Trabalho terminais é negativo em relação ao outro e, logo a seguir, as coisas se invertem. Esta mudança de sentido é normalmente periódica, variando, de acordo com o gerador, o número de vezes por segundo em que há mudança no sentido da corrente. A C.A. é, por natureza, de intensidade variável. A C.C por ter ou não um valor constante. Como exemplos mais comuns de fontes de C.C. podemos citar as pilhas. Os geradores existentes nas grandes usinas são fontes de C.A. a) Corrente contínua É aquela cuja intensidade e cujo sentido se mantém constantes ao longo do tempo. Como exemplos, temos as correntes estabelecidas por uma bateria de automóvel e por uma pilha. b) Corrente alternada É aquela cuja intensidade e cujo sentido variam periodicamente. É o caso das correntes existentes nas casas e fornecidas pelas usinas hidrelétricas. Exercícios 1- O que são condutores? _______________________________________ _______________________________________ _______________________________________ 2- O que são elétrons livres? _______________________________________ _______________________________________ _______________________________________ 3- O que são isolantes ou dielétricos? _______________________________________ _______________________________________ _______________________________________ 4- O que são semicondutores? _______________________________________ _______________________________________ _______________________________________ _______________________________________ 5- Para que servem os semicondutores? _______________________________________ ______________________________________________________________________________ _______________________________________ 6- Com que está relacionado o potencial elétrico? _______________________________________ _______________________________________ _______________________________________ _______________________________________ 7- Qual é a unidade do potencial elétrico no SI? _______________________________________ _______________________________________ _______________________________________ _______________________________________ 8- De que podemos chamar a diferença de potencial? _______________________________________ _______________________________________ _______________________________________ _______________________________________ 9- Qual é a unidade da d.d.p? _______________________________________ _______________________________________ _______________________________________ _______________________________________ 10- O que é corrente elétrica? _______________________________________ _______________________________________ _______________________________________ 11- Cite: a) um elemento que consome energia elétrica: _______________________________________ _______________________________________ _______________________________________ b) um elemento condutor que os interliga: _______________________________________ _______________________________________ _______________________________________ c) um dispositivo que gere energia: _______________________________________ _______________________________________ _______________________________________ 12- Qual é o sentido real da corrente elétrica? _______________________________________ _______________________________________ _______________________________________ _______________________________________ ETERJ / NOVO RIO Eletrônica I – Pág. 7 / 118. ETERJ - A melhor técnica para entrar no Mercado de Trabalho 13- Qual é o sentido convencional da corrente elétrica? _______________________________________ _______________________________________ _______________________________________ 14- Esquematize os dois sentidos acima: 15- O que é corrente contínua? _______________________________________ _______________________________________ _______________________________________ 16- O que é corrente alternada? _______________________________________ _______________________________________ _______________________________________ Sistema Internacional de Unidades Qualquer atividade do conhecimento humano para a sua perfeita execução, requer ferramental específico. A Física não constitui exceção à regra. Fenômenos físicos são observados através da experiência. Sua melhor compreensão é feita através da análise de dados tabelados, gráficos e respectivas relações matemáticas. A Matemática é a ferramenta necessária no estudo da Física e da Eletrônica. Em eletricidade usa-se o sistema métrico internacional de unidades conhecido comumente por SI. A abreviação SI, assim usada também em inglês, decorre das palavras Système Internationale. Unidades Fundamentais do SI As sete unidades básicas do SI, são: Unidades derivadas do SI Regras gerais para as representações das unidades 1. Quando as unidades forem escritas por extenso devem ter a letra inicial escrita em minúscula mesmo que sejam nomes de pessoas: segundo, metro, joule, newton, etc. 2. Os símbolos das unidades de nomes de pessoas deverão ser escritos em maiúscula e os demais em minúscula: s (segundo), m (metro), J (joule), N (newton), etc. 3. Os plurais das unidades são dados com o acréscimo de s, embora algumas vezes contrariem as regras gramaticais. Os símbolos não flexionam no plural. ETERJ / NOVO RIO Eletrônica I – Pág. 8 / 118. ETERJ - A melhor técnica para entrar no Mercado de Trabalho pascal = pascals mol = mols OBS: as unidades terminadas em s, x e z não flexionam no plural. siemens, luz, hertz 1 siemens, 2 siemens, etc. 4. Não se deve grafar as unidades misturando- se notações por extenso com símbolos ou abreviações. Por exemplo: metro por segundo deve ser escrito m/s, portanto, é errado escrever m/segundo, m/seg ou metro/s. Sistema métrico decimal Até meados do século XVIII, as unidades de medida eram definidas de maneira arbitrária, variando de um país para outro, o que trazia enormes transtornos nas conversões. Por causa disso, os cientistas propuseram unidades de medida definidas com maior rigor e adotadas universalmente. Em 1.795, introduziu-se na França o Sistema Métrico Decimal, que pela sua racionalidade, logo se espalhou por todo o mundo. Vários sistemas foram utilizados desde então (MKS, CGS, MTS, etc.) que usavam as bases do sistema métrico decimal, até que em 1.960, durante a 11ª CONFERÊNCIA DE PESOS E MEDIDAS realizadas em Paris, formulou-se um novo sistema, baseado também do Sistema Métrico Decimal, ao qual se denominou SISTEMA INTERNACIONAL DE UNIDADES (SI). Características do sistema métrico decimal a) Seu sistema tem base decimal; b) Apresenta múltiplos e submúltiplos, racionalmente escolhidos, utilizando prefixos gregos e latinos, segundo potências de dez, a saber: Prefixos métricos Em eletricidade básica, algumas unidades elétricas são pequenas demais ou grande demais para serem expressas convenientemente. Por exemplo, no caso de resistência frequentemente são utilizados valores de resistência da ordem de milhares de ohms. O prefixo “k” (kilo) mostrou-se uma forma conveniente de se representar mil, enquanto que, o prefixo “M” (mega) é uma forma conveniente de representar milhão. Dessa forma, um resistor de 12.000 pode ser representado convenientemente por 12k, e um resistor de 1.000.000 de ohms pode ser representado por 1M. Os prefixos kilo e mega, referem-se aos múltiplos da unidade fundamental. No caso da corrente elétrica, por exemplo, é muito frequente a utilização de milésimos ou milionésimos de ampères. Assim, uma corrente de 0,001A pode ser representada por 1mA (miliampère), que é um submúltiplo da unidade fundamental, enquanto que uma corrente de 0,000002A pode ser representada por 2A (microampère). Vejamos alguns exemplos: 12.500 12,5k ou 12k5 4.700.000 4,7M ou 4M7 35.000V 35kV 1.500V 1,5kV 0,0034A 3,4mA 0,0000000038A 0,0038A ou 3,8nA 200mA 0,2A 14.000A 0,014A ou 14mA ETERJ / NOVO RIO Eletrônica I – Pág. 9 / 118. ETERJ - A melhor técnica para entrar no Mercado de Trabalho 2.200W 2,2kW 0,016W 16mW 23.500.000W 23,5MW Frequentemente torna-se necessário converter uma unidade de medida maior em outra menor ou uma unidade de medida menor em outra maior, principalmente quando se deseja efetuar operações como soma e subtração. Assim, para se somar 0,23V com 2mV é necessário que as unidades de medidas sejam iguais, ou V (volt) ou mV (milivolt). Assim: 0,23V = 230mV Logo: 230mV + 2mV = 232mV ou ainda: 2mV = 0,002V 0,23V + 0,002V = 0,232V Para a conversão de uma unidade de medida maior para uma menor e vice-versa, o processo é bem simples. Adote como procedimento o deslocamento no sentido vertical, ou para cima ou para baixo e tenha sempre em mente: I - Quando o deslocamento no sentido vertical for para cima, desloque a vírgula para a esquerda; II - Quando o deslocamento no sentido vertical for para baixo, desloque a vírgula para a direita; III - Considere sempre a unidade fundamental (UF) = 100 IV - Lembre-se de que qualquer número inteiro, pode ser mentalizado como um número precedido de uma vírgula e zeros, de conformidade com a aproximação desejada. Por exemplo: 120 = 120,0 ou 120,000 e assim por diante Exemplos a) converter 12.000mV em V (volt): Assim: 12.000mV = 12V Veja como foi o procedimento para se chegar a esse resultado: Levando-se em conta que 12.000 podeser escrito como 12.000,00... e deslocando-se a vírgula 3 casas à esquerda, teremos então 12,000 que é representado por 12. b) converter 4.500V em kV (kilovolt): Solução: neste caso o deslocamento vertical também é para cima e por isso a vírgula deve ser deslocada a esquerda. A diferença entre os expoentes também é 3, logo: 4.500V = 4,5kV c) converter 0,005kV em V (volt): Solução: agora, o deslocamento no sentido vertical é para baixo; a diferença entre os expoentes é 3, devendo portanto, a vírgula ser deslocada à direita. Logo: 0,005kV = 5V d) converter 0,0025kV em mV (milivolt): Solução: verifica-se que para converter kV em mV, o sentido de deslocamento vertical é para baixo e, portanto, casas devem ser deslocadas à direita. Mas, quantas casas? Basta calcular a diferença entre os expoentes: kV = 103 mV = 10-3 10 3 - (-3) = 10 3+3 , portanto a diferença entre os expoentes é 6. Assim, deslocando 6 casas à direita termos: 0,0025kV = 2.500mV e) converter 165.000.000V em kV (kilovolt): Solução: o deslocamento no sentido vertical é para cima. Para saber quantas casas deverão ser deslocadas à esquerda, devemos calcular a diferença entre os expoentes: V = 10-6 kV = 103 10 -6 - 3 = 10 -9 , a diferença é -9. Assim, deslocando 9 casas à esquerda teremos: 165.000.000V = 0,165kV. NOTA: Uma outra forma para se determinar se o deslocamento de casas deve ser à esquerda ou ETERJ / NOVO RIO Eletrônica I – Pág. 10 / 118. ETERJ - A melhor técnica para entrar no Mercado de Trabalho à direita, é observar atentamente o sinal resultante da operação com os expoentes. Se o resultado da diferença entre os expoentes for positivo, o deslocamento da vírgula será à direita; se for negativo, o deslocamento será à esquerda. Efetue as seguintes conversões: Efetue as operações: 1. - 23mV + 0,004V + 0,00007kV = 2. - 235A + 0,045mA = 3. - 1,35k + 560 + 0,0005M = 4. - 5600 + 47k = 5. - 0,0068V + 45.500pV + 5600nV = 6. - 600V + 0,006MV + 3,55kV = Exercícios 1- Cite 3 (três) unidades fundamentais do SI: _______________________________________ _______________________________________ _______________________________________ _______________________________________ 2- Cite 3 (três) unidades derivadas do SI, que utilizamos com frequência em eletrônica: _______________________________________ _______________________________________ _______________________________________ 3- O que acontecia com as receitas culinárias sem as unidades de medidas? _______________________________________ _______________________________________ _______________________________________ 4- Para que existem os prefixos métricos? _______________________________________ _______________________________________ _______________________________________ _______________________________________ 5- O que são prefixos métricos? _______________________________________ _______________________________________ _______________________________________ _______________________________________ Potências Dado um certo número real qualquer, e um número n, inteiro e positivo, é definido in = potência de base (i) e com expoente (n) como sendo o produto de n fatores iguais a (i). Exemplos de fixação da definição: Potência = 23 2 x 2 x 2 = ( 03 fatores) = 8 Potência = 35 3 x 3 x 3 x 3 x 3 = (05 fatores) = 243 Notação: 23 = 8 2 - BASE 3 - EXPOENTE 8 - POTÊNCIA Notação: 35 = 243 3 - BASE 5 - EXPOENTE 243 - POTÊNCIA Alguns casos particulares: 1) Expoente igual a um (1) (1/2)1 = 1/2 51 = 5 31 = 3 2) Expoente igual à zero (0) 50 = 1 60 = 1 70 = 1 Por convenção, resolveu-se que toda número elevado ao número zero, o resultado será igual a 1. ETERJ / NOVO RIO Eletrônica I – Pág. 11 / 118. ETERJ - A melhor técnica para entrar no Mercado de Trabalho Mais Exemplos de fixação da definição: 1) 53 = 5 x 5 x 5 = 125 2) 40 = 1 3) 100 = 1 4) 201 = 20 Propriedades de Potências - Divisão de potência de mesma base Na operação de divisão de potências de mesma base, é conservada a base comum e subtraem-se os expoentes conforme a ordem o qual eles aparecem no problema. Exemplos de fixação: 1) 24 ÷ 2 = 24-1 = 23 2) 35 ÷ 32 = 35-2 = 32 3) 46 ÷ 43 = 46-3 = 43 Temos então: Im ÷ In = Im-n , I#0 - Produto de potência de mesma base Na operação de multiplicação entre potências de mesma base, é conservada a base comum e somam-se os expoentes em qualquer ordem dada no problema. Exemplos de fixação: 1) 24 x 2 = 24+1 = 25 2) 35 x 32 = 35+2 = 37 3) 46 x 43 = 46+3 = 49 Temos então: Im x In = Im+n - Potência de Potência Podemos elevar uma potência a outra potência. Para se efetuar este cálculo conserva- se a base comum e multiplicam-se os expoentes respectivos. Exemplos de fixação: 1) (23)4 = 212 , pois = 23 x 23 x 23 x 23 2) (32)3 = 36 , pois = 32 x 32 x 32 3) (42)5 = 410 , pois = 42 x 42 x 42 x 42 x 42 Temos então: (In)m = Inxm - Potência de um produto Para se efetuar esta operação de potência de um produto, podemos elevar cada fator a esta potência. Exemplos de fixação: 1) (b5ya3 )4 = b20y4a12 2) (c2d2e5 )2 = c4d4e10 3) (d3a4 )3 = d9a12 Temos então: (I.T)m = I m x T m - Potência com expoente negativo Toda e qualquer potência que tenha expoente negativo é equivalente a uma fração o numerador é a unidade positiva e o denominador é a mesma potência, porém apresentando o expoente positivo. Exemplos de fixação: 1) 2-4 = 1/24 = 1/16 2) 3-3 = 1/33 = 1/27 3) 4-2 = 1/42 = 1/16 Temos então: (I)-m = 1/I m I#0 - Potência de fração Para se efetuar o cálculo deste tipo de fração, eleva-se o numerador e denominador, respectivamente, a esta potência. 1) (a/b)4 = a4/b4 = b#0 2) (a2 /b4)3 = a6/b12 = b#0 3) (a3 /b2)3 = a9/b6 = b#0 Temos então: (a/b)m = am/bm b #0 Operações aritméticas com potência de 10 Uma das formas também utilizada para a conversão de uma unidade de medida maior para outra menor e vice-versa, é a utilização da potência de 10, muitas vezes referida como “notação de engenheiro”. A potência de 10 é de grande utilidade quando se deseja expressar números muito grandes ou extremamente pequenos, como por exemplo: ETERJ / NOVO RIO Eletrônica I – Pág. 12 / 118. ETERJ - A melhor técnica para entrar no Mercado de Trabalho velocidade da luz no vácuo = 300.000.000m/s (1) carga elétrica elementar = 0,00000000000000000016C (2) Não bastasse o inconveniente apresentado pela quantidade de algarismos a escrever, devemos efetuar ainda, cálculos com esses números, o que nos traz números com mais algarismos ainda e via de regra, desprovidos de precisão. Propriedades: P.1) am x an = a(m+n) P.2) am : an = am / an = a(m-n) (a 0) P.3) (am)n = a(m.n) P.4) (a x b)m = am x bm P.5) (a:b)m = (a / b)m = am / bm = am : bm (b 0) Decorrem ainda as seguintes propriedades: D.1) a0 = 1 (a 0) D.2) a1 = a D.3) a-1 = 1 / a (a 0) D.4) a-n = (a-1)n = 1 / an (a 0) Particularmente, quando a base é 10, podemos escrever: a) 10n = 10 x 10 x 10 x 10....... x 10 nº de fatores b) 10-n = (10-1)n = 1 / 10n Desta forma, seja 10n a potência de dez: I. - Quando n 0 100 = 1 101 = 10 102 = 10 x 10 = 100 103 = 10 x 10 x 10 = 1.000 “n” indica o número de zeros, ou melhor, quantas vezesmultiplicamos um número pela base dez. II. - Quando n < 0 10-1 = 1 / 101 = 1 / 10 = 0,1 10-2 = 1 / 102 = 1 / 100 = 0,01 10-3 = 1 / 103 = 1 / 1.000 = 0,001 “n” indica o número de casas decimais, ou melhor, quantas vezes dividimos um número pela base dez. REGRA 1: Para se escrever números maiores do que 1 na forma de um número pequeno vezes uma potência de 10, desloca-se a casa decimal para a esquerda, tantos algarismos quanto desejados. A seguir, multiplica-se o número obtido por 10 elevado a uma potência igual ao número de casas deslocadas. Exemplo: Escrever o número 3.000 em potência de 10. 1ª opção: 3.000 = 3 x 103 2ª opção: 3.000 = 30 x 102 Na primeira opção, o número 10 foi elevado a um expoente 3, pois a vírgula foi deslocada 3 casas para a esquerda. Na segunda opção, no entanto, em virtude da vírgula ter sido deslocada apenas 2 casas para a esquerda, a número 10 foi elevado a um expoente 2. Isto significa que, na 1ª opção o número 3 é multiplicado por 1.000, enquanto que, na 2ª opção o número 30 é multiplicado por 100. Assim: 3 x 1.000 = 3.000 e 30 x 100 = 3.000 Vejamos outros exemplos: a) escrever o número 9.600 em potência de 10. 9.600 = 96 x 102 b) escrever o número 660.000 em potência de 10. 660.000 = 66 x 104 ETERJ / NOVO RIO Eletrônica I – Pág. 13 / 118. ETERJ - A melhor técnica para entrar no Mercado de Trabalho c) escrever o número 678,56 em potência de 10. 678,56 = 6,7856 x 102 ou 678,56 = 67,856 x 10 e assim por diante NOTA: O expoente 101 expressa-se simplesmente por 10, pois 101 = 10. d) escrever a velocidade da luz em potência de 10. c = 300.000.000m/s; portanto c = 3 x 108 m/s ou 30 x 107 m/s ou ainda 300 x 106 m/s REGRA 2: Para se escrever números menores do que 1 como um número inteiro vezes uma potência de 10, desloca-se a casa decimal para a direita, tantos algarismos quantos forem necessários. A seguir, multiplica-se o número obtido por 10 elevado a uma potência negativa igual ao número de casas decimais deslocadas. Vejamos um exemplo: Escrever 0,008 em potência de 10. 1ª opção: 0,008 = 8 X 10-3 2ª opção: 0,008 = 0,8 x 10-2 Na primeira opção o número 10 foi elevado ao expoente -3, pois a vírgula foi deslocada 3 casas para a direita, enquanto que, na segunda opção o número 10 foi elevado ao expoente -2 uma vez que, a vírgula foi deslocada para a direita apenas 2 casas. Isto significa que, na 1ª opção o número 8 foi dividido por 1.000 enquanto que, na 2ª opção o número 0,8 foi dividido por 100. Assim: 8 / 1.000 = 0,008 e 0,8 / 100 = 0,008 Vejamos outros exemplos: a) escrever o número 0,00098 em potência de 10. 0,00098 = 98 x 10-5 b) escrever o número 0,668 em potência de 10. 0,668 = 66,8 x 10-2 c) escrever a carga elementar em potência de 10. e = 0,00000000000000000016C; portanto, e = 0,16 x 10-18 C ou 1,6 x 10-19 C ou ainda 16 x 10-20 C REGRA 3: Para converter um número expresso como uma potência positiva de 10 num número decimal, desloca-se a casa decimal para a direita tantas casas ou posições quanto o valor do expoente. Exemplos: a) 0,565 x 103 = 565 ( como o expoente é 3, desloca-se a vírgula 3 casas para a direita) b) 0,565 x 106 = 565.000 ( neste caso, como o expoente é 6, a vírgula é deslocada 6 casas para a direita) c) 0,00067 x 103 = 0,67 d) 0,0088 x 103 = 8,8 REGRA 4: Para converter um número expresso como uma potência negativa de 10 num número decimal, desloca-se a vírgula para a esquerda tantas casas quanto o valor do expoente. Exemplos: a) 50 x 10-3 = 0,05 ( como o expoente é -3, desloca-se a vírgula 3 casas à esquerda) c) 45.000 x 10-5 = 4,5 ( neste caso, como o expoente é -5, a vírgula é deslocada 5 casas para a esquerda). d) 0,008 x 10-4 = 0,0000008 e) 76,3 x 10-2 = 0,763 A. - MULTIPLICAÇÃO Para se multiplicar dois ou mais números expressos em potência de 10, multiplica-se os coeficientes para se obter o novo coeficiente e soma-se os expoentes para obter o novo expoente de 10. Exemplos: a) multiplicar: 2 . 106 x 4 . 103 (2 x 4). 10 6 + 3 = 8 . 109 b) multiplicar: 2 . 10-3 x 3 . 102 x 1,2 . 104 (2 x 3 x 1,2). 10 -3 + 2 + 4 = 7,2 . 103 ETERJ / NOVO RIO Eletrônica I – Pág. 14 / 118. ETERJ - A melhor técnica para entrar no Mercado de Trabalho c) multiplicar: 2,2 . 10-4 x 3 . 10-2 x 0,2 . 10-3 (2,2 x 3 x 0,2). 10 -4 + (-2) + (-3) = 1,32 . 10-9 B. – DIVISÃO Para se dividir dois números expressos como potência de 10, divide-se os coeficientes para se obter o novo coeficiente e subtrai-se os expoentes para se obter o novo expoente de 10. Exemplos: a) dividir: 45 . 10-6 : 3 . 10-3 (45 : 3). 10-6 - (-3) = 15 . 10-6 + 3 = 15 . 10-3 b) dividir: 60 . 10-4 : 12 . 10-6 (60 : 12). 10-4 - (-6) = 5 . 10-4 + 6 = 5 . 102 c) dividir: 72 . 108 : 12 . 1012 (72 : 12). 108 - 12 = 6 . 10-4 C. - SOMA E SUBTRAÇÃO Para somar ou subtrair números expressos em potência de 10, opera-se normalmente os coeficientes, desde que os expoentes sejam iguais. Exemplos: a) somar: 12 . 10-6 + 4 . 10-5 I - optando por igualar ao expoente -6, teremos: 4 . 10-5 = 40 . 10-6 II - optando por igualar ao expoente -5, teremos: 12 . 10-6 = 1,2 . 10-5 logo: (12 + 40). 10-6 = 52 . 10-6 ou (1,2 + 4). 10-5 = 5,2 . 10-5 b) subtrair: 25,6 . 102 - 12 . 10-2 igualando ao expoente 2, teremos: 12 . 10-2 = 0,0012 . 102 logo: (25,6 - 0,0012). 102 = 25,5988 . 102 Notação Científica Em notação científica, o coeficiente da potência de 10 é sempre expresso com uma casa decimal seguido da potência de 10 adequada. Alguns exemplos esclarecerão o assunto: a) escrever em notação científica o número 224.400 224.400 = 2,244 x 105 b) escrever em notação científica o número 0,000345 0,000345 = 3,45 x 10-4 c) escrever em notação científica o número 26 x 106 26 x 106 = 2,6 x 107 d) escrever em notação científica o número 0,001 x 10-3 0,001 x 10-3 = 1 x 10-6 e) escrever em notação científica o número 0,0015685 0,0015685 = 1,5685 x 10-3 f) escrever em notação científica o número 12.500.000.000 12.500.000.000 = 1,25 x 1010 As regras para operações aritméticas com números expressos em notação científica, são as mesmas adotadas com relação à potência de 10. Na verdade, a única diferença que existe entre a forma de se representar um número em potência de 10 e notação científica é que, em notação científica o coeficiente a ser precedido da potência de 10 é expresso apenas com uma casa decimal, conforme já dito anteriormente. ETERJ / NOVO RIO Eletrônica I – Pág. 15 / 118. ETERJ - A melhor técnica para entrar no Mercado de Trabalho Exercícios 1- Representar em potências de 10: a) 35.535 b) 66.666 c) 45.000.000 d) 567,9 e) 1.500.000.000.000 f) 680 g) 0,0087 h) 0,489 i) 0,000000987 j) 0,0606 k) 0,00000000000000088765 l) 0,098 m) 0,997 2- Converter para número decimal: a) 3,45 x 106 b) 0,00098 x 108 c) 0,008 x 104 d) 824 x 10-2 e) 0,07 x 10-2 f) 0,415 x 10-1 g) 0,5678 x 10-2 h) 1.600.000 x 10-7 i) 0,000678876789 x 109 j) 0,876 x 103 k) 1,234 x 10-1 l) 2345,6798 x 102 m) 4558976,5674 x 10-6 3- Escreva os números abaixo em potências de 10: a) 0,0056 e) 2 600 i) 0,003 b) 5 000 f) 8 900 000 j) 900 c) 71 000 g) 0,023 k) 40 d) 350 000 h) 0,85 l) 0,000066 ETERJ / NOVO RIO Eletrônica I – Pág. 16 / 118. ETERJ - A melhor técnica para entrar no Mercado de Trabalho 4- Transforme as potências de 10 abaixo em numeração decimal. a) 2,7 x 10-3 e) 7,6 x 103 i) 5 x 10-3b) 4 x 103 f) 8,5 x 106 j) 6 x 102 c) 3,1 x 104 g) 5,8 x 10-2 k) 3 x 101 d) 9,9x 105 h) 1,7 x 10-1 l) 4,4 x 10-5 5- Efetue as operações indicadas (deixe todos os resultados com somente uma casa antes da vírgula): a) 106 x 104 e) (7 x 106) + (5 x 106) b) 103 x 10-7 f) (2 x 105) + (7 x 107) c) (3 x 102) x (2,5 x 104) g) (5,6 x 104) - (6 x 103) d) (8 x 105) (5 x 102) h) (8 x 10 9) - (3 x 109) 6- Expresse em notação científica os números abaixo: a) 500 b) 3.500.000 c) 0,00000024 d) A massa de um próton: 0,00000000000000000000000000167 kg e) 234,75 f) 695 000 g) 0,000 75 h) 0,00565 i) 673 × 10-15 j) 0,7 × 102 . 7- Coloque os números seguintes em forma de notação cientifica: a) 24.500 b)200.000.000 c) 0,0016 d) 0,00000092 e) 14x103 f) 0,0234x102 ETERJ / NOVO RIO Eletrônica I – Pág. 17 / 118. ETERJ - A melhor técnica para entrar no Mercado de Trabalho 8- Escreva em potência de dez para que a parte numérica fique inteira: a) 475.000.000 b) 0,0071 c) 0,7000800 d) 0,0000089 e) 4000780000 f) 0,00456 9- Execute as operações abaixo utilizando as técnicas de potência de dez: a) 0,025 x 0,004 b) 15.000.000 x 1,5 c) 0,00035 x 0,0101 d) 500 x 0,00002 e) 0,000448 / 4.000 f) 6.500 / 120.000.000 g) 0,0096 / 8.450.000 h) 6.000.000 / 30.000.000.000 i) 3 x 10 3 + 5 x 10 4 j) 5,88 x 10 9 - 6,92 x 10 10 k) 5876 x 10 -31 + 2760 x 10 -30 10- Represente os números abaixo em notação científica: a) 78,096 b) 1,204 c) 127.000 d) 0,0003670065 e) 8.000.000 f) 0,00000030045 11- Execute as operações abaixo utilizando as técnicas de potência de dez: a) 0,025 x 0,004 b) 15.000.000 x 1,5 c) 0,00035 x 0,0101 d) 500 x 0,00002 e) 0,000448 / 4.000 f) 6.500 / 120.000.000 g) 0,0096 / 8.450.000 h) 6.000.000 / 30.000.000.000 i) 3 x 10 3 + 5 x 10 4 j) 5,88 x 10 9 - 6,92 x 10 10 k) 5876 x 10 -31 + 2760 x 10 -30 l) 0,55 x 10 8 – 860 x 10 5 ETERJ / NOVO RIO Eletrônica I – Pág. 18 / 118. ETERJ - A melhor técnica para entrar no Mercado de Trabalho Resistores Um resistor é um dispositivo elétrico muito utilizado em eletrônica, com a finalidade de transformar energia elétrica em energia térmica (efeito joule), a partir do material empregado, que pode ser, por exemplo, carbono ou silício. Resistores são componentes que têm por finalidade oferecer uma oposição à passagem de corrente elétrica, através de seu material. A essa oposição damos o nome de resistência elétrica, que possui como unidade ohm. Um resistor ideal é um componente com uma resistência elétrica que permanece constante independentemente da tensão ou corrente elétrica que circular pelo dispositivo. Os resistores podem ser fixos ou variáveis. Neste caso são chamados de potenciômetros ou reostatos. O valor nominal é alterado ao girar um eixo ou deslizar uma alavanca. O valor de um resistor de carbono pode ser facilmente identificado de acordo com as cores que apresenta na cápsula que envolve o material resistivo, ou então usando um ohmímetro. Simbologia Tabela de Código de Cores Identificação das faixas coloridas Resistores SMD Os resistores para montagem em superfície (SM ou Surface Mounting) da tecnologia SMD (Surface Mounting Devices) possuem um código de 3 ou 4 dígitos na sua configuração mais simples, conforme mostra a figura abaixo. Resistor de 1K ohms (1KΩ) Uma codificação que traz muitas dificuldades aos reparadores de equipamentos eletrônicos é a usada em resistores de precisão. A seguir, mostramos como ler esse código de 3 caracteres. Essa codificação consiste num código de 3 caracteres. Os dois primeiros dígitos dão os três dígitos significativos da resistência, conforme uma tabela que deve ser consultada e http://pt.wikipedia.org/wiki/Eletr%C3%B4nica http://pt.wikipedia.org/wiki/Energia_el%C3%A9trica http://pt.wikipedia.org/wiki/Calor http://pt.wikipedia.org/wiki/Calor http://pt.wikipedia.org/wiki/Lei_de_Joule http://pt.wikipedia.org/wiki/Carbono http://pt.wikipedia.org/wiki/Sil%C3%ADcio http://pt.wikipedia.org/wiki/Resistores http://pt.wikipedia.org/wiki/Ohm http://pt.wikipedia.org/wiki/Resist%C3%AAncia_el%C3%A9trica http://pt.wikipedia.org/wiki/Tens%C3%A3o_el%C3%A9trica http://pt.wikipedia.org/wiki/Corrente_el%C3%A9trica http://pt.wikipedia.org/wiki/Potenci%C3%B4metro http://pt.wikipedia.org/wiki/Reostato http://pt.wikipedia.org/wiki/Ohm%C3%ADmetro http://www.reidosom.com.br/codigocoresresistoresecapacitores.htm ETERJ / NOVO RIO Eletrônica I – Pág. 19 / 118. ETERJ - A melhor técnica para entrar no Mercado de Trabalho que é dada a seguir. O terceiro símbolo é uma letra que indica o fator de multiplicação. As letras para o fator de multiplicação são dadas pela seguinte tabela: Exemplos: 22 A = 165 ohms 68C = 49 900 ohms (49,9 k) 43E = 2740000 (2,74 M) Exemplos: C31 = 18000 ohms 5% D18 = 510 000 ohms 2% Lei de Ohm A Primeira Lei de Ohm, assim designada em homenagem ao seu formulador físico alemão Georg Simon Ohm (1787-1854), indica que a diferença de potencial (v) entre dois pontos de um condutor é proporcional à corrente elétrica (I) que o percorre: V=RxI Onde: V é a diferença de potencial elétrico (tensão ou voltagem) medida em Volts. R é a resistência elétrica do circuito medida em Ohms. I é a intensidade da corrente elétrica medida em Ampères. Porém, nem sempre essa lei é válida, dependendo do material usado para fazer o resistor (ou resistência). Quando essa lei é verdadeira num determinado material, o resistor em questão denomina-se resistor ôhmico ou linear. Na prática não existe um resistor ôhmico ou linear exato, mas muitos materiais (como a pasta de carbono) permitem fabricar dispositivos aproximadamente lineares. Unidade de resistência elétrica é chamada ohm e é abreviado pela letra grega ômega Ω. Um exemplo de resistor ou resistência não linear, que não obedece à Lei de Ohm é o diodo. I= V/R R=V/I ETERJ / NOVO RIO Eletrônica I – Pág. 20 / 118. ETERJ - A melhor técnica para entrar no Mercado de Trabalho Exercícios Resolvidos 1) Um fio de cobre ao ser submetido a uma tensão de 24V, deixa passar uma corrente de 0,2A. Qual o valor da resistência do fio? V = 24V I = 0,2A logo R = V = 24 = 120 Ω I 0,2 2) A resistência de um condutor é de 20 Ω. Calcule a intensidade da corrente no condutor quando este for submetido a uma tensão de 9V. R = 20 Ω - se V = 9 V I = V = 9 V = R 20 Ω 0,45 A = 450 mA Exercícios 1- Determine a d.d.p que deve ser aplicada a um resistor de resistência 6Ω para ser atravessado por uma corrente elétrica de 2A. 2- Nos extremos de um resistor de 200 Ω, aplica- se uma d.d.p de 24V. Qual a corrente elétrica que percorre o resistor? 3- Determine a resistência R para os valores da curva abaixo: 4- (Direito.C.L. -96) As dez lâmpadas de uma árvore de natal são ligadas em série. Numerando estas lâmpadas de 1 a 10 e supondo que a nona lâmpada queime: a) todas apagam. b) ficam acesas apenas as lâmpadas de 1 a 8. c) somente a nona lâmpada apaga. d) fica acesa somente a décima lâmpada e) todas queimam. ETERJ / NOVO RIOEletrônica I – Pág. 21 / 118. ETERJ - A melhor técnica para entrar no Mercado de Trabalho 5- (PUC) Uma lâmpada de incandescência tem resistência elétrica de 220 Ω, quando acesa. Qual a intensidade da corrente através da lâmpada, se ela está ligada a uma linha em que a tensão é de 110V? 6- (PUC) Três resistores de resistências 1 Ω, 3 Ω e 5 Ω estão associados em série, sendo aplicada aos terminais da associação uma ddp de 18V. Determine a intensidade da corrente que a percorre: 7- Num laboratório qualquer, encontra-se uma montagem onde estão associadas em série três resistências, R1=100Ω, R2=200Ω, R3=100Ω. A tensão total aplicada ao circuito é de U=30V. Calcule: a) A resistência equivalente do circuito. b) A intensidade da corrente no circuito. c) A tensão aplicada a cada resistência. 8- (FUVEST) No circuito da figura, E=8V, r=100 Ω e R=1200 Ω. a) Qual a leitura no amperímetro A? b) Qual a leitura no voltímetro V? 9- Três resistências de 20Ω, 30Ω e 60Ω são ligadas em paralelo, sob 30V. Calcule: a) A resistência equivalente do circuito. b) A intensidade absorvida por cada resistência. 10- Calcule o que se pede: a) I quando V = 120 V e R = 30 Ω. b) R quando V = 220 V e I = 11 A. c) R para uma tensão de V = 50V e corrente de I = 15 A 11- Resolva os problemas a seguir usando a Lei de Ohm. a) Um componente eletrônico absorve uma corrente de 10 mA quando a tensão nos seus terminais é 1,7 V. Qual é a resistência do componente? ETERJ / NOVO RIO Eletrônica I – Pág. 22 / 118. ETERJ - A melhor técnica para entrar no Mercado de Trabalho b) Um alarme eletrônico antirroubo para automóveis funciona com uma tensão de 12 V. Sabendo-se que, enquanto o alarme não é disparado, sua resistência é de 400 , calcule a corrente que circula no aparelho. c) O mesmo alarme do problema anterior (alimentação 12V), quando disparado, absorve 2A da bateria. Qual é a sua resistência quando disparado? d) Um toca-fitas de automóvel exige 0,6A da bateria. Sabendo-se que, nesta condição, sua resistência interna é de 10 , determinar pela Lei de Ohm se o automóvel tem bateria de 6 ou 12 V. Potência A potência elétrica P usada em qualquer parte de um circuito é igual a corrente I nessa parte multiplicada pela tensão V através dessa parte do circuito. A fórmula para o cálculo da potência é: P = V.I Onde: P = Potência Ativa, W (Watt) V = Tensão, V (Volt) I = Corrente, A (Ampèr) Outras formas para P = V.I são : I = P/V e V = P/I Se conhecermos a corrente I e a resistência R, mas não a tensão, pode determinar a potência P utilizando a lei de Ohm para a tensão, de modo que substituindo V = I.R na equação P = V.I temos : P = I.R x I = I2.R Da mesma maneira, se for conhecida a tensão V e a resistência R, mas não a corrente I, podemos determinar a potência P através da lei de Ohm para a corrente, de modo que substituindo I = V /R temos: P = V. V /R = V2 / R Exercício Resolvido 1) A corrente através de um resistor de 100Ω a ser usado num circuito é de 0,20A. Calcule a especificação de potência de resistor. P = I2.R = (0,20)2.(100) = (0,04).(100) = 4 W Exercícios 1) Calcule a corrente exigida por uma lâmpada incandescente de 60W cuja especificação de funcionamento é de 120V. 2) Calcule a resistência elétrica desta mesma lâmpada: ETERJ / NOVO RIO Eletrônica I – Pág. 23 / 118. ETERJ - A melhor técnica para entrar no Mercado de Trabalho Semicondutores Objetivos Após o estudo deste conteúdo, você será capaz de: Identificar os níveis atômicos, as características dos bons condutores e semicondutores. Descrever a estrutura de um cristal de silício. Listar os dois tipos de portadores e nomear os tipos de impurezas que dão origem a cada portador majoritário. Explicar as condições que existem na junção pn de um diodo não polarizado, um diodo polarizado diretamente e um diodo polarizado reversamente. Descrever os tipos de rupturas de corrente provocados pela tensão reversa excessiva aplicada a um diodo. A eletrônica se desenvolveu de forma espantosa nas últimas décadas. A cada dia, novos componentes são colocados no mercado, simplificando o projeto e construção de novos aparelhos, cada vez mais sofisticados. Um dos fatos que contribuiu de forma marcante para esta evolução foi a descoberta explicação dos materiais semicondutores. O primeiro componente fabricado com estes materiais, que foi denominado de diodo semicondutor, até hoje é utilizado para a transformação de CA em CC. Entendendo o termo “Semicondutor” / “Corrente Elétrica / “Tensão Elétrica” / “Resistência Elétrica” O termo semicondutor sugere algo entre os condutores e os isolantes, pois o prefixo “semi” é aplicado a algo no meio, entre dois limites. A propriedade atribuída aos semicondutores que define sua relação com isolantes e condutores é a condutividade elétrica, que é a capacidade de conduzir cargas elétricas (corrente elétrica) quando submetido à uma diferença de potencial elétrico (tensão elétrica). A resistência que um material apresenta ao fluxo de uma corrente elétrica (resistividade elétrica) é inversamente proporcional à sua condutividade elétrica. Enfim, um semicondutor é um material que possui valores típicos de condutividade elétrica e resistividade elétrica numa faixa entre os extremos definidos por materiais considerados isolantes e um condutor. Física dos semicondutores A Estrutura do átomo O átomo é formado basicamente por 3 tipos de partículas elementares: Elétrons, prótons e nêutrons. A carga do elétron é igual a do próton, porém de sinal contrário. Os elétrons giram em torno do núcleo distribuindo-se em diversas camadas, num total de até sete camadas. Em cada átomo, a camada mais externa é chamada de valência, e geralmente é ela que participa das reações químicas. Todos os materiais encontrados na natureza são formados por diferentes tipos de átomos, diferenciados entre si pelos seus números de prótons, elétrons e nêutrons. Cada material tem uma infinidade de características, mas uma especial em eletrônica é o comportamento à passagem de corrente. Pode- se dividir em três tipos principais: >> Materiais condutores de eletricidade São materiais que não oferecem resistência a passagem de corrente elétrica. ETERJ / NOVO RIO Eletrônica I – Pág. 24 / 118. ETERJ - A melhor técnica para entrar no Mercado de Trabalho Quanto menor for a oposição à passagem de corrente, melhor condutor é o material. O que caracteriza o material bom condutor é o fato de os elétrons de valência estarem fracamente ligados ao átomo, encontrando grande facilidade para abandonar seus átomos e se movimentarem livremente no interior dos materiais. O cobre, por exemplo, com somente um elétron na camada de valência tem facilidade de cedê-lo para ganhar estabilidade. O elétron cedido pode tornar-se um elétron livre. >> Materiais Isolantes São materiais que possuem uma resistividade muito alta, bloqueando a passagem da corrente elétrica. Os elétrons de valência estão rigidamente ligados aos seus átomos, sendo que poucos elétrons conseguem desprender-se de seus átomos para se transformarem em elétrons livres. Consegue-se isolamento maior (resistividade) com substâncias compostas (borracha, mica, baquelita, etc.). >> Material Semicondutor Materiais que apresentam uma resistividade elétrica intermediária. Como exemplo, temos o germânio e silício. Estudo dos semicondutores Os átomos de germânio e silício (materiais semicondutores) tem uma camada de valência com 4 elétrons. Quando os átomos de germânio (ou silício) agrupam-se entre si, formam uma estruturacristalina, ou seja, são substâncias cujos átomos se posicionam no espaço, formando uma estrutura ordenada. Nessa estrutura, cada átomo une-se a quatro outros átomos vizinhos, por meio de ligações covalentes, e cada um dos quatro elétrons de valência de um átomo é compartilhado com um átomo vizinho, de modo que dois átomos adjacentes compartilham os dois elétrons. Se nas estruturas com germânio ou silício não fosse possível romper a ligações covalentes, elas seriam materiais isolantes. No entanto com o aumento da temperatura algumas ligações covalentes recebem energia suficiente para se romperem, fazendo com que os elétrons das ligações rompidas passem a se movimentar livremente no interior do cristal, tornando-se elétrons livres. Com a quebra das ligações covalentes (tipo de ligação química que ocorre entre átomos de semicondutores), no local onde havia um elétron de valência, passa a existir uma região com carga positiva, uma vez que o átomo era neutro e um elétron o abandonou. Essa região positiva recebe o nome de lacuna, sendo também conhecida como buraco. As lacunas não tem existência real, pois são apenas espaços vazios provocados por elétrons que abandonam as ligações covalentes rompidas. Sempre que uma ligação covalente é rompida, surgem, simultaneamente um elétron e uma lacuna. Entretanto, pode ocorrer o inverso, um elétron preencher o lugar de uma lacuna, completando a ligação covalente (processo de recombinação). >> Na ligação covalente não há doação de elétrons de um átomo para o outro, como ocorre na ligação entre átomos de Sódio e de Cloro, que forma o sal (ligação iônica). As ligações covalentes são mais fracas que as ligações iônicas, o que favorece a liberação de elétrons livres, necessários para a circulação de corrente ETERJ / NOVO RIO Eletrônica I – Pág. 25 / 118. ETERJ - A melhor técnica para entrar no Mercado de Trabalho elétrica. A necessidade de se quebrar ligações entre átomos de semicondutores para a liberação de elétrons, mesmo que sejam ligações fracas (covalentes), é uma situação bem menos favorável à circulação de corrente elétrica do que em condutores, onde a liberação de elétrons ocorre com muito mais facilidade. Como tanto os elétrons como as lacunas sempre aparecem e desaparecem aos pares, pode-se afirmar que o número de lacunas é sempre igual a de elétrons livres. Quando o cristal de silício ou germânio é submetido a uma diferença de potencial, os elétrons livres se movem no sentido do maior potencial elétrico e as lacunas por consequência se movem no sentido contrário ao movimento dos elétrons. O Germânio O Germânio é um exemplo de um semicondutor. No centro, há um núcleo com 32 prótons. Desta vez, os elétrons distribuem-se nas suas órbitas como segue: 2 elétrons na segunda órbita, 8 na segunda e 18 na terceira. Os últimos quatro elétrons estão na órbita mais externa ou órbita de valência. O silício O material semicondutor mais usado é o silício. Um átomo isolado de silício de possui 14 prótons e 14 elétrons. A primeira órbita contém 2 elétrons e a segunda, 8 elétrons. Os 4 elétrons restantes estão na órbita externa ou órbita de valência. O núcleo e as duas primeiras órbitas foram a parte central do átomo de silício. Essa parte central tem uma carga líquida igual a +4 por causa dos 14 prótons no núcleo e os 10 elétrons nas duas primeiras órbitas. Isso nos diz que o silício é um semicondutor. Dopagem A dopagem é um processo químico que tem por finalidade introduzir átomos estranhos a uma substância na sua estrutura cristalina. A própria natureza executa um processo de dopagem propiciando a existência de “impurezas” na estrutura química dos cristais que se instalam durante a sua formação. A dopagem pode também ser realizada em laboratórios, com um objetivo mais específico: colocar no interior da estrutura de um cristal uma quantidade correta de uma determinada impureza, para que o cristal se comporte conforme as condições necessárias em termos elétricos. Os cristais semicondutores (germânio e silício, principalmente) a dopagem é realizada para atribuir ao material certa condutibilidade elétrica. A forma como o cristal irá conduzir a corrente elétrica e a sua condutibilidade dependem do tipo de impureza utilizado e da quantidade de impureza aplicada. Impurezas Os cristais de silício (ou germânio, mas não vamos considerá-lo, por simplicidade e também porque o silício é de uso generalizado em eletrônica) são encontrados na natureza misturados com outros elementos. Dado a dificuldade de se controlar as características destes cristais é feito um processo de purificação do cristal e em seguida é injetado através de um processo controlado, a inserção proposital de impurezas na ordem de 1 para cada 106 átomos do cristal, com a intenção de se alterar produção de elétrons livres e lacunas. A este processo de inserção dá-se o nome de dopagem. As impurezas utilizadas na dopagem de um cristal semicondutor podem ser de dois tipos: impurezas doadoras e impurezas aceitadoras. Impureza Doadora São adicionados átomos pentavalentes (com 5 elétrons na camada de valência. Ex.:Fósforo e Antimônio). O átomo pentavalente entra no lugar de um átomo de silício dentro do cristal absorvendo as suas quatro ligações covalentes, e fica um elétron fracamente ligado ao núcleo do pentavalente (uma pequena energia é suficiente para se tornar livre). http://fateceletronica.blogspot.com.br/2011/08/materiais-semicondutores.html http://fateceletronica.blogspot.com.br/2011/08/materiais-semicondutores.html ETERJ / NOVO RIO Eletrônica I – Pág. 26 / 118. ETERJ - A melhor técnica para entrar no Mercado de Trabalho Impureza Aceitadora São adicionados átomos trivalentes (tem 3 elétrons na camada de valência. Ex.: Boro, alumínio e gálio). O átomo trivalente entra no lugar de um átomo de silício dentro do cristal absorvendo três das suas quatro ligações covalentes. Isto significa que existe uma lacuna na órbita de valência de cada átomo trivalente. Um semicondutor pode ser dopado para ter um excesso de elétrons livres ou excesso de lacunas. Por isso existem dois tipos de semicondutores: Semicondutor tipo N O cristal que foi dopado com impureza doadora é chamado semicondutor tipo n, onde n está relacionado com negativo. Como os elétrons livres excedem em número as lacunas num semicondutor tipo n, os elétrons são chamados portadores majoritários e as lacunas, portadores minoritários. Semicondutor tipo P O cristal que foi dopado com impureza aceitadora é chamado semicondutor tipo p, onde p está relacionado com positivo. Como as lacunas excedem em número os elétrons livres num semicondutor tipo p, as lacunas são chamadas portadores majoritários e os elétrons livres, portadores minoritários. Materiais intrínsecos e materiais extrínsecos Quando um material semicondutor é totalmente puro, ele é chamado de material intrínseco e quando ele possui alguma impureza ele é chamado de material extrínseco. Os materiais extrínsecos possuem impurezas adicionadas de propósito, o que altera a sua estrutura atômica, alterando sua resistividade. Os materiais extrínsecos podem ser do tipo N ou do tipo P. Material Extrínseco tipo P Quando se adiciona uma impureza do tipo trivalente (três elétrons de valência), como o Boro, Gálio e o Índio, ao cristal puro de um material semicondutor, o material resultante passa a ter um número insuficiente de elétrons para completar as ligações covalentes. A vaga resultante é chamada de lacuna e é representada por um pequeno circulo ou sinal positivo, devido a ausência de carga negativa. Como a vaga resultante aceita facilmente um elétron livre, as impurezas acrescentadas são átomos receptores ou aceitadores. As lacunas são chamadas portadores majoritários de ummaterial do tipo P, pois elas tendem a absorver elétrons livres, o que acaba definindo um número muito maior de lacunas que de elétrons livres no material do tipo P. Os elétrons livres eventualmente presentes em um material do tipo P são denominados portadores minoritários de carga. http://4.bp.blogspot.com/-EgnnkvzVAVc/TlFwcLO_PmI/AAAAAAAAAes/A5U0Q-QzUII/s1600/2.JPG ETERJ / NOVO RIO Eletrônica I – Pág. 27 / 118. ETERJ - A melhor técnica para entrar no Mercado de Trabalho Material Extrínseco tipo N O material tipo N é feito através da adição de átomos que possuem cinco elétrons na camada de valência (pentavalentes) como o Antimônio, Arsênico e o Fósforo. Com o acréscimo destes átomos ao material intrínseco o material resultante terá um elétron livre para cada átomo de material dopante. As impurezas com cinco elétrons na camada de valência são chamadas de impurezas doadoras. No material do tipo N, os portadores majoritários de carga são os elétrons (maior número), e os minoritários são as lacunas, o contrário do que ocorre para o material do tipo P. Diodos Junção PN Quando se juntam em uma única pastilha dois materiais extrínsecos um do tipo P e outro do tipo N, forma-se uma junção PN comumente chamado de diodo. No instante de formação o lado P tem muitas lacunas (falta de elétrons) e o lado N tem excesso de elétrons. Devido à força de repulsão que ocorrem entre cargas semelhantes, os elétrons em excesso migram do lado N para o lado P de forma a ocupar as lacunas deste material. Esta migração não é infinita, pois os elétrons ocupam as lacunas do material P próximo a região de contato formando uma zona de átomos com ligações covalentes estabilizadas (não possuindo elétrons livres ou lacunas). Esta região de certa estabilidade é chamada de camada de depleção. Barreira de Potencial Além de certo ponto, a camada de depleção atua como uma barreira impedindo a difusão de elétrons livres através da junção. A intensidade da camada de depleção aumenta até que seja estabelecida uma estabilidade de movimento de elétrons através da camada de depleção. A diferença de potencial através da camada de depleção é conhecida por barreira de potencial, que para o Silício é de 0,7 V e para o Germânio é de 0,3 V. Externamente, os diodos possuem dois terminais: Ânodo (A) e o Cátodo (K) e há, próximo ao terminal Cátodo uma faixa que o indica. Possui formato cilíndrico. O diodo é a aplicação mais simples da união PN (semicondutores) e tem propriedades retificadoras, ou seja, só deixa passar a corrente em um certo sentido (Anodo-Catodo), sendo o contrário impossível, exceto nos diodos zener, que nessa condição deixam passar uma voltagem constante. Existem certas variações na sua apresentação, de acordo com a corrente que o percorre. Símbolo esquemático O diodo possui 02 (dois) eletrodos. Ao lado P, conecta-se um elemento denominado anodo e o lado N, o catodo. Polarização do diodo Polarizar um diodo significa aplicar uma diferença de potencial às suas extremidades. Supondo uma bateria sobre os terminais do diodo, há uma polarização direta se o pólo positivo da bateria for colocado em contato com http://2.bp.blogspot.com/-SVlZQHtnZh0/TlFxKDx9VNI/AAAAAAAAAew/rjW2am-3D8k/s1600/3.JPG http://1.bp.blogspot.com/-2Kg9lD1jL4Y/TlpbR7EI1KI/AAAAAAAAAe8/BnNkcMM-2V0/s1600/100.bmp ETERJ / NOVO RIO Eletrônica I – Pág. 28 / 118. ETERJ - A melhor técnica para entrar no Mercado de Trabalho o material tipo p e o pólo negativo em contato com o material tipo n. Polarização direta No material tipo n os elétrons são repelidos pelo terminal da bateria e empurrados para a junção. No material tipo p as lacunas também são repelidas pelo terminal e tendem a penetrar na junção, e isto diminui a camada de depleção. Para haver fluxo livre de elétrons a tensão da bateria tem de sobrepujar o efeito da camada de depleção. Polarização reversa Invertendo-se as conexões entre a bateria e a junção pn, isto é, ligando o pólo positivo no material tipo n e o pólo negativo no material tipo p, a junção fica polarizada inversamente. No material tipo n os elétrons são atraídos para o terminal positivo, afastando-se da junção. Fato análogo ocorre com as lacunas do material do tipo p. Podemos dizer que a bateria aumenta a camada de depleção, tornando praticamente impossível o deslocamento de elétrons de uma camada para outra. Para o diodo conduzir, mesmo em polarização direta, é necessário que a tensão da bateria seja de pelo menos 0,7V ( barreira de potencial ). Em condução um diodo apresenta uma queda de tensão de aproximadamente 0,7V. Com polarização reversa a corrente no diodo será muito baixa. Quando polarizado reversamente toda a tensão da fonte cairá entre os terminais do diodo, que deverá ter capacidade para suportar essa tensão reversa, caso contrário pode ocorrer um fenômeno chamado de avalanche o que pode levar à destruição do diodo. Curva característica do diodo O gráfico a seguir mostra a curva característica de um diodo com polarização direta e inversa. ETERJ / NOVO RIO Eletrônica I – Pág. 29 / 118. ETERJ - A melhor técnica para entrar no Mercado de Trabalho Tensão de Ruptura Se a tensão reversa for aumentada haverá um valor chamado de tensão de ruptura em que o diodo retificador (feito para só conduzir em um sentido) passa a conduzir intensamente no sentido reverso. Isto ocorre devido à liberação progressiva de elétrons de valência causada pela corrente de fuga. Este movimento chega a um ponto em que passa a existir uma avalanche de elétrons em direção ao pólo positivo destruindo o componente. Diodos comerciais para retificação quase sempre possui tensão reversa acima de 50 V. (VRRM - tensão reversa repetitiva máxima). Diodo Ideal O diodo semicondutor é utilizado em uma gama muito grande de aplicações em sistemas de eletrônica atualmente. O caso mais clássico é em circuitos retificadores (conversores de tensão CA em tensão CC). O diodo ideal é um dos 10 componentes ilustrativos que serve para entender com facilidade o funcionamento de um diodo real. No gráfico abaixo, no lado esquerdo da curva ocorre a polarização reversa da junção. Supõe-se que quando operando no lado direito da curva o diodo conduza intensamente, quando operando do lado esquerdo ele não conduza, idealmente não possuindo corrente reversa. Diodo Real O diodo real é bem diferente do diodo ideal, pois apresenta uma queda de tensão quando polarizado diretamente, além de uma corrente de fuga no quando polarizado no sentido reverso. A corrente de fuga possui tipicamente baixo valor e depende muito da temperatura, necessitando por isto que se tomem cuidados especiais quando for utilizar retificadores (diodos). Existe ainda uma tensão reversa máxima que se pode aplicar sem destruir o diodo pelo efeito avalanche, representado pelo aumento repentino da corrente de fuga. Resistor limitador de corrente Num diodo polarizado diretamente, uma pequena tensão aplicada pode gerar uma alta intensidade de corrente. Em geral um resistor é usado em série com o diodo para limitar a corrente elétrica que passa através deles. Rs é chamado de resistor limitador de corrente. Quanto maior o Rs, menor a corrente que atravessa o diodo e o Rs. ETERJ / NOVO RIO Eletrônica I – Pág. 30 / 118. ETERJ - A melhor técnica para entrar no Mercado de Trabalho Exercícios Resolvidos e Comentados 1- Suponha que uma força externa retire o elétron de valência do átomo de cobre. Qual é a carga líquida desse átomo de cobre? Qual é a carga líquida se outro elétron externo entrar nessa órbita de valência? Solução Quando o elétron devalência é retirado, a carga líquida do átomo torna-se +1. Sempre que um átomo perde um de seus elétrons ele fica positivamente carregado. Chamamos um átomo positivamente carregado de íon positivo. Quando outro elétron externo passa a circular na órbita de valência, a carga líquida desse átomo torna-se -1. Sempre que um átomo adquire um elétron adicional na sua órbita de valência, chamamos este átomo negativamente carregado de íon negativo. 2- Qual é a carga líquida do átomo de silício, se ele perder um de seus elétrons de valência? E se ele ganhar um elétron adicional na órbita de valência? Solução Se ele perder um elétron, ele se torna um íon positivo com uma carga de +1. Se ele ganhar um elétron adicional, ele se torna um íon negativo com carga de -1. 3- Se um cristal de silício puro tem 1 milhão de elétrons livres, quantas lacunas existem? O que acontece com o número de elétrons livres e lacunas se a temperatura ambiente aumentar? Solução Quando a energia térmica gera um elétron livre, automaticamente aparece uma lacuna ao mesmo tempo. Portanto, um cristal de silício puro sempre tem o mesmo número de lacunas e elétrons livres. Se existe 1 milhão de elétrons livres, então existe 1 milhão de lacunas. Um aumento na temperatura faz aumentar as vibrações nos níveis atômicos, o que significa que mais elétrons livres são gerados. Mas não importa o que acontece com a temperatura, um cristal de silício puro tem o mesmo número de elétrons livres e lacunas. 4- Um semicondutor dopado tem 10 bilhões de átomos de silício e 15 milhões de átomos pentavalentes. Se a temperatura ambiente for de 25ºC, quantos elétrons livres e quantas lacunas existem neste semicondutor? Solução Cada átomo pentavalente contribui com um elétron livre. Portanto o semicondutor tem 15 milhões de elétrons produzidos por dopagem. Quase não haverá lacunas em comparação, pois as únicas lacunas no semicondutor são aqueles gerados pela energia térmica. Exercícios extras 1- Qual é a carga líquida de um átomo de cobre se ele ganha dois elétrons? 2- Qual é a carga líquida de um átomo de silício se ele ganha três elétrons de valência? 3- Classifique cada um dos seguintes como condutor ou semicondutor: a) Germânio b) Prata c) Silício d) Ouro 4- Se um cristal de silício puro tiver 500 mil lacunas na sua estrutura, quantos elétrons livres ele tem? 5- Um diodo está polarizado diretamente. Se a corrente for 5mA no lado n, qual é a corrente em cada um dos seguintes: a) Lado p b) Conexão externa do fio c) Junção 6- Classifique cada um dos seguintes semicondutores como tipo n ou tipo p: a) Dopado com átomos aceitadores b) Cristal com impurezas pentavalente c) Os portadores minoritários são as lacunas d) Átomos doadores foram adicionados ao cristal e) Portadores minoritários são os elétrons 7- Um diodo 1N4001 tem uma resistência de corpo de 0,23Ω. Qual é a tensão e a corrente na carga e potência no diodo? ETERJ / NOVO RIO Eletrônica I – Pág. 31 / 118. ETERJ - A melhor técnica para entrar no Mercado de Trabalho 8- Um diodo está em série com um resistor de 220Ω. Se a tensão no resistor for de 6v, qual é o valor da corrente no diodo? 9- Um diodo tem uma tensão de 0,7v e uma corrente de 100mA. Qual é o valor da potência do diodo? 10- Dois diodos estão em série. O primeiro diodo tem uma tensão de 0,75v e o segundo tem uma tensão de 0,8v. Se a corrente no primeiro diodo for de 400mA, qual é o valor da corrente no segundo diodo? Diodo Emissor de Luz - LED Existem também os diodos emissores de luz, os famosos LED's (light emissor diode), que são representados por um diodo normal mais duas pequenas flechas para fora, que indicam que emite luz. Possuem as mesmas propriedades dos diodos normais, porém, é claro, emitem luz. Os diodos comuns são feitos de silício, um material opaco que bloqueia a passagem de luz. Os LEDs são diferentes. Pelo uso dos elementos como o gálio, arsênico e fósforo, um fabricante pode produzir LEDs que irradiam as luzes vermelha, verde, amarela, azul, laranja ou infravermelha (luz invisível). Os LEDs que produzem irradiação de luz visível são úteis nos instrumentos, calculadoras, etc. O LED infravermelho encontra aplicações nos sistemas de alarme contra ladrão e outras áreas que necessitam de irradiação infravermelha. A tensão e corrente no LED Para os leds produzidos comercialmente e mais utilizados, a queda de tensão típica é de 1,5v a 2,5v para correntes entre 10mA e 50mA. Brilho do Led A intensidade da luz em um Led depende da corrente. Quando Vs é muito maior que Vd, o brilho do Led é aproximadamente constante. O melhor modo de controlar o brilho é alimentando-o com uma fonte de corrente. Desse modo, o brilho será constante porque a corrente será constante. Tensão de ruptura no Led Os led´s têm tensões de ruptura muito baixas, tipicamente entre 3v e 5v. Por isso, eles são facilmente danificados se polarizados reversamente com uma tensão muito alta. Ao se fazer uma verificação de defeitos num circuito com Led, caso este não brilhe, verifique a polaridade de sua conexão para certificar-se de que ele está diretamente polarizado. Um led é muito utilizado para indicar a presença de tensão numa rede em um equipamento. Nesse caso, um diodo retificador pode ser conectado em paralelo com o Led para evitar que a polarização reversa o danifique. Símbolo esquemático ETERJ / NOVO RIO Eletrônica I – Pág. 32 / 118. ETERJ - A melhor técnica para entrar no Mercado de Trabalho Diodo Laser Em um Led, os elétrons livres irradiam luz quando saem de um nível de energia mais alto para outro mais baixo. Os elétrons livres mudam de nível randômica e continuamente, resultando em ondas de luz que têm todas as fases entre 0º e 360º. A luz que tem muitas fases diferentes é chamada de luz não coerente. Um Led produz luz não coerente. O diodo laser é diferente. Ele produz uma luz coerente. Isso significa que todas as ondas de luz estão em fase uma com a outra. A ideia básica de um diodo laser é usar uma câmera ressonante espelhada que reforça a emissão de ondas de luz em uma frequência simples de mesma face. Devido à ressonância, um diodo laser produz um feixe estreito de luz que é muito intenso, focado e puro. Os diodos laser também são conhecidos como laser semicondutor. Esses diodos podem produzir luz visível (vermelho, verde ou azul) e luz invisível (infravermelho). Os diodos são usados em uma extensa variedade de aplicações. Indicador de sete segmentos ou Display de sete segmentos O display de sete segmentos contém sete led´s com formato retangular (de A a G). Cada Led é chamado de segmento, porque ele faz parte do caractere que está sendo indicado na sua face. Um indicador de sete segmentos pode mostrar letras maiúsculas também, como A, C, E e F, além das letras minúsculas b e d. O display abaixo é chamado anodo comum, porque todos os anodos estão conectados juntos. Também temos disponível no comércio o tipo catodo comum, em que todos os catodos são conectados juntos. ETERJ / NOVO RIO Eletrônica I – Pág. 33 / 118. ETERJ - A melhor técnica para entrar no Mercado de Trabalho Resistor Dependente de Luz - LDR LDR (do inglês Light Dependent Resistor ou em português Resistor Dependente de Luz) é um tipo de resistor cuja resistência varia conforme a intensidade de radiação eletromagnética que incide sobre ele. Não se aplica a Lei de Ohm , normalmente aplica-se a quinta lei de Newton da relatividade das membranas. Um LDR é um transdutor de entrada (sensor) que converte a luz em valores de resistência. É feito de sulfeto de cádmio (CdS) ou seleneto de cádmio (CdSe). Sua resistência diminui quando a luz é muito alta, e quando a luz é baixa, a resistência no LDR
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