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Anti-Inflamatórios

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ANTI-INFLAMATÓRIOS – FARMACOLOGIA MILENA BAVARESCO 
 
ANTI-INFLAMATÓRIOS NÃO-
ESTEROIDAIS 
ANTI- INFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAIS 
▪ São classificados de acordo com o mecanismo: 
o AINE não seletivos quanto à isoforma -> inibem a COX-1 e a COX-2. 
o AINE seletivos da COX-2. 
 
▪ A maioria são inibidores competitivos, não competitíveis ou reversíveis mistos 
das enzimas COX. 
 
▪ O ácido acetilsalicílico é um inibidor irreversível não competitivo -> acetila as 
isozimas no canal da ligação do AA. 
 
▪ Apresentam 3 efeitos: anti-inflamatório, antipirético e analgésico. 
MECANISMO DE AÇÃO 
INIBIÇÃO DA CICL OXIGENASE 
▪ Principais Efeitos: inibem a produção de PG -> a primeira enzima na via sintética 
das PG é a COX conhecida como PG G/H-sintase. 
o Essa enzima converte o AA nos intermediários instáveis PGG2 e PGH2 e 
promove a produção de prostanoides TxA2 e uma variedade de PG. 
 
▪ COX-1: é expressa na maioria das células e é fonte dominante de prostanoides 
para função de manutenção, como hemostasia. 
o Inibição de COX-1 -> responsável por efeitos adversos gástricos e 
sangramento. 
 
▪ COX-2: é induzida por citocinas, estresse de cisalhamento e promotores de 
tumor e é a fonte mais importante de formação de prostanoides na inflamação. 
o Inibição de COX-2 -> tem papel na regulação da pressão arterial e atuam 
como inibidores endógenos da hemostasia. 
 
o Já a inibição pelo naproxeno e flurbiprofeno ocorre principalmente na 
subunidade alostérica. 
 
MECANISMO DE AÇÃO 
▪ Os efeitos terapêuticos e colaterais dos AINES resultam principalmente da 
inibição das enzimas COX, prejudicando, assim, a transformação final do ácido 
araquidônico em prostaglandinas, prostaciclina e tromboxanos. 
 
▪ A PGD2 é o principal metabólito da via da cicloxigenase nos mastócitos; em 
conjunto com PGE2 e PGF2-alfa (que se distribuem mais amplamente), causa 
vasodilatação e potencializa a formação de edema. 
 
▪ As PGs, além de promoverem vasodilatação, também estão envolvidas na 
patogenia da dor e febre na inflamação; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANTI-INFLAMATÓRIOS – FARMACOLOGIA MILENA BAVARESCO 
 
o PGE2 aumenta a sensibilidade à dor a uma variedade de outros estímulos 
e interage com citocinas para causar febre. As prostaglandinas sensibilizam 
os nociceptores (hiperalgesia) e estimulam os centros hipotalâmicos de 
termorregulação. 
 
▪ A prostaglandina I2 (prostaciclina) predomina no endotélio vascular e atua 
causando vasodilatação e inibição da adesividade plaquetária. 
 
▪ O tromboxano A2, predominante nas plaquetas, causa efeitos contrários como 
vasoconstrição e agregação plaquetária. Os leucotrienos aumentam a 
permeabilidade vascular e atraem os leucócitos para o sítio da lesão. 
 
▪ A histamina e a bradicinina aumentam a permeabilidade capilar e ativam os 
receptores nocigênicos. Há duas formas da enzima cicloxigenase, denominadas 
COX-1 e COX-2. 
 
▪ A COX-1, dita como constitutiva, é produzida em resposta a um estímulo 
inflamatório e constitutivamente na maioria dos tecidos, onde estimula a 
produção de prostaglandinas que exercem função homeostática (por exemplo, 
equilíbrio hidroeletrolítico nos rins e citoproteção no trato gastrintestinal). 
 
▪ A COX-2, em contraste, é induzida por estímulos inflamatórios, mas está 
ausente da maioria dos tecidos normais. Portanto, os inibidores da COX-2 
foram desenvolvidos com a expectativa de que eles inibissem a inflamação 
prejudicial mas não bloqueassem os efeitos protetores das prostaglandinas 
produzidas constitutivamente. 
 
▪ Entretanto, essas distinções entre os papéis das duas cicloxigenases não são 
absolutas. Além disso, os inibidores da COX-2 podem aumentar o risco para 
doença cerebrovascular e cardiovascular, provavelmente porque prejudicam a 
produção, pela célula endotelial, da prostaciclina PGI2, um inibidor de 
agregação plaquetária, mas conserva intacta a produção pelas plaquetas, 
mediada pela COX-1 de TXA2, um mediador de agregação das plaquetas. 
 
▪ Os glicocorticoides, que são agentes anti-inflamatórios potentes, atuam em 
parte inibindo a atividade da fosfolipase A2, inibindo, assim, a liberação de AA 
dos lipídios de membrana. Recentemente foi descoberta uma variante do gene 
da COX-1, descrito como COX-3. 
 
▪ Essa parece ser expressa em altos níveis no sistema nervoso central e pode ser 
encontrada também no coração e na aorta. Essa enzima é seletivamente inibida 
por drogas analgésicas e antipiréticas, como paracetamol e dipirona, e é 
potencialmente inibida por alguns AINEs. Essa inibição pode representar um 
mecanismo primário central pelo qual essas drogas diminuem a dor e 
possivelmente a febre. 
 
▪ A relevância dessa isoforma ainda não está clara. A aspirina e os demais AINEs 
inibem a síntese de PG mediante a inativação da COX. A aspirina acetila as 
isoenzimas (COX-1 e COX-2) covalentemente, inativando-as de forma 
irreversível e não seletiva. 
 
▪ A maioria dos AINEs age de forma reversível e não seletiva sobre as mesmas 
enzimas. Portanto, os AINEs reduzem, mas não eliminam completamente os 
sinais e sintomas inflamatórios. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANTI-INFLAMATÓRIOS – FARMACOLOGIA MILENA BAVARESCO 
 
 
FARMACODINÂMICA E EFEITOS COLATERAIS 
GASTROINTESTINAIS 
▪ A principal limitação no uso dos AINES são os seus efeitos gastrointestinais que 
estão entre os mais graves. 
 
▪ Os efeitos colaterais podem variar desde leve dispepsia até hemorragia maciça 
causada por úlcera gástrica perfurada, como resultado de inibição da produção 
de prostaciclina. 
 
▪ As prostaciclinas têm vários efeitos gástricos protetores; elas reduzem a 
quantidade de ácido estomacal produzido e mantêm uma camada de mucosa 
protetora, aumentando a produção de mucosa e melhorando o fluxo sanguíneo 
local. 
 
▪ A irritação gástrica também pode ser causada por irritação direta dos próprios 
medicamentos. Embora os inibidores de COX-2 sejam mais específicos para a 
enzima COX-2, alguns ainda retêm certa inibição de COX-1, causando risco de 
sangramento gastrintestinal, embora menos que AINEs não-específicos. 
 
RENAIS 
▪ Sob condições fisiológicas normais, a prostaciclina e o óxido nítrico levam ao 
relaxamento do músculo liso no endotélio vascular e, portanto, à vasodilatação. 
 
▪ As prostaciclinas desempenham papel essencial na regulação do tônus arterial 
aferente e eferente no glomérulo, conhecido por desempenhar um papel vital 
na preservação da função renal em estados hipovolêmicos. 
 
▪ A inibição de produção de prostaciclinas pode levar a uma taxa menor de 
filtração glomerular, retenção de sal e água, e lesão renal aguda. 
 
▪ Esses mecanismos são particularmente importantes em pacientes com 
hipovolemia e insuficiência cardíaca crônica que sejam sensíveis a mudanças na 
pressão de perfusão renal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANTI-INFLAMATÓRIOS – FARMACOLOGIA MILENA BAVARESCO 
 
RESPIRATÓRIOS 
▪ Um mecanismo de ação proposto é que a inibição do metabolismo do ácido 
araquidônico pela COX leve ao aumento na produção de leucotrienos. Os 
leucotrienos têm ações broncoconstritoras diretas. 
 
CARDIOVASCUL ARES 
▪ Inibidores específicos de COX-2 ou ‘coxibes’ foram introduzidos no mercado 
para evitar os efeitos colaterais comuns e graves sobre o trato gastrintestinal 
alto pela inibição da COX-1 por AINEs não-específicos. 
 
▪ Há um aumento dependente da dose no risco de eventos trombóticos, tanto 
cardíacos quanto cerebrais. 
 
▪ O rofecoxibe e o valdecoxibeforam retirados do mercado devido ao aumento 
do número de eventos cardiovasculares associados especificamente a essas 2 
drogas. 
 
▪ O risco é mais alto em pacientes com doença cardiovascular pré-existente, e, 
portanto, o uso de inibidores de COX-2 é contraindicado para pacientes com 
insuficiência cardíaca, doença cardíaca isquêmica, e doença vascular periférica 
e cerebrovascular. 
 
▪ Hematológicos Em plaquetas, a COX metaboliza o ácido araquidônico em 
tromboxano A2, o que leva à maior adesividade de plaquetas e vasoconstrição. 
 
▪ Em contraste, no músculo liso vascular, forma-se a prostaciclina, que causa 
vasodilatação e reduz agregação de plaquetas. A hemostasia resulta do 
equilíbrio delicado entre esses sistemas. 
 
▪ Assim, os AINEs levam à redução da função e adesividade das plaquetas, e a um 
maior tempo de sangramento. 
 
▪ A aspirina merece menção especial, pois inibe irreversivelmente a COX de 
plaquetas. Como resultado, as plaquetas se tornam ineficientes durante todo o 
seu ciclo de vida de 10 dias. 
 
CICATRIZA ÇÃO ÓSSEA 
▪ Há um risco teórico de que os AINEs, em particular os inibidores de COX-2, 
causem redução da taxa de cicatrização óssea e aumento da incidência de não-
consolidação de fraturas. 
 
▪ Após uma fratura, há maior produção de prostaglandinas como parte da 
resposta inflamatória, o que aumenta o fluxo sanguíneo local. 
 
▪ Acredita- -se que o bloqueio desse mecanismo seja prejudicial à cicatrização 
dos ossos; contudo, atualmente, não há provas científicas de alta qualidade 
para confirmar isso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANTI-INFLAMATÓRIOS – FARMACOLOGIA MILENA BAVARESCO 
 
 
AINES NÃO SELETIVOS E SELETIVOS 
INIBIDORES NÃO SEL ETIVOS DA COX -2 
DERIVADO DO ÁCIDO ACETIL SAL ICÍL ICO: 
▪ MEDICAMENTOS: Ácido Acetilsalicílico (Aspirina), Salicilato de Sódio, 
Salicilato de Metila, Diflunisal, Flunfenisal, Sulfassalazina, Olsalazina. 
o O AAS (aspirina) e a mesalazina são os principais representantes deste 
grupo. 
 
o O AAS que é um dos mais conhecidos e foi um dos primeiros a ser 
sintetizado, apesar de ser considerado um anti-inflamatório, atualmente é 
pouco utilizado com essa finalidade, já que vem sendo muito prescrito para 
situações cardiovasculares. 
 
o Isso se deve à sua capacidade de inibir de forma irreversível a COX-1 
plaquetária, inibindo sua agregação. Já a mesalazina, também conhecida 
como ácido5-aminossalicílico, é um fármaco anti-inflamatório usado no 
tratamento de doenças inflamatórias intestinais leve a moderada. 
 
o Trata-se de um aminossalicilato que não causam hemorragias gástricas 
nem são absorvidos para o sangue, pois têm ação tópica. Atua inibindo 
COX-1 e COX-2 e, também, a produção de citocinas ao bloquear o NF-KB. 
 
▪ ABSORÇÃO: ocorre no estômago (em pequena quantidade), mas 
principalmente no intestino delgado. O pico de concentração plasmática é 
atingido em aproximadamente 2 horas. 
 
▪ INDICAÇÕES CLÍNICAS: O ASS é utilizado principalmente como antiagregante 
plaquetário no tratamento ou na profilaxia do infarto agudo do miocárdio e de 
outros eventos tromboembólicos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANTI-INFLAMATÓRIOS – FARMACOLOGIA MILENA BAVARESCO 
 
o A mesalazina, sob a forma de comprimidos de libertação prolongada, está 
indicada como anti-inflamatório para redução da inflamação das mucosas 
gastrointestinais na retocolite ulcerativa (RCU) leve a moderada, tanto na 
indução quanto na manutenção da remissão, e da doença de Crohn (DC) 
leve a moderada. 
 
o É utilizada também na prevenção e redução de recidivas dessas doenças. 
Os salicilatos, em geral, também são utilizados no tratamento de gota, 
febre reumatoide, osteoartrite e artrite reumatóde, além de condições que 
necessitem de analgesia, como cefaleia, artralgia e mialgia. 
 
▪ TOXICIDADE: A toxicidade desses fármacos ocorre principalmente sobre o 
aparelho gastrointestinal, rins (nefrotoxicidade), fígado, medula óssea, sangue, 
equilíbrio ácido-básico e sistema imunológico. 
o Pode aumentar a incidência da síndrome de Reye, que é uma condição rara 
que ocorre em crianças, caracterizada por encefalopatia hepática após 
doença viral aguda, com alta mortalidade. 
 
o O AAS compartilha os mesmos efeitos adversos descritos para os outros 
antiinflamatórios, sendo os gastrointestinais os mais proeminentes, 
orientar a administração acompanhando as refeições para diminuir a 
dispepsia. 
 
DERIVADOS DO PARA -AMINOFENOL : 
▪ MEDICAMENTO: Paracetamol (Acetaminofeno). Esses medicamentos, 
representados principalmente pelo paracetamol, não tem grande poder anti-
inflamatório, tendo atuação principal na dor leve a moderada e, com menor 
potência, na febre. 
 
▪ ABSORÇÃO E METABOLIZAÇÃO: absorvido no trato gastrintestinal, tem pico de 
concentração plasmática em 30-60 minutos, porém meia-vida de cerca de 2 
horas. 
o Sofre metabolização hepática, o que pode produzir intermediários 
altamente reativos para os hepatócitos. 
 
o É bastante seguro em doses terapêuticas, mas sob determinadas 
condições pode ser muito hepatotóxico. 
 
o A excreção desses fármacos é feita pincipalmente por via renal. 
 
▪ INDICAÇÕES CLÍNICAS: Tem o efeito de inibir a síntese das prostaglandinas no 
SNC, resultando em suas ações antipiréticas e analgésicas. 
o Tem pouco efeito sobre as COX em tecido periférico, o que contribui para 
pouca atividade anti-inflamatória. 
 
o É a droga antipirética/analgésica em crianças com infecções virais ou 
varicela (por não estar relacionado à Sindrome de Reye, como o AAS). 
 
o Tem efeito muito fraco sobre as plaquetas, sendo uma opção em pacientes 
com alteração de coagulação. 
 
▪ TOXICIDADE: As doses terapêuticas desse grupo causam poucos efeitos 
colaterais; podem ocorrer algumas reações de hipersensibilidade, que 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANTI-INFLAMATÓRIOS – FARMACOLOGIA MILENA BAVARESCO 
 
geralmente são de natureza eritematosa ou urticariforme, pode ocorrer o 
surgimento de leucopenia e pancitopenia transitórias com o uso de 
paracetamol. 
o Porém, quando há intoxicação os efeitos são mais severos, como lesão 
hepática; esses casos podem evoluir até insuficiência hepática fulminante, 
principalmente em pacientes sob maior risco (hepatopatas, portadores de 
hepatites virais ou com história de alcoolismo). 
 
o As doses diárias tóxicas do paracetamol são 150 mg/kg nas crianças e 7,5g 
em adultos. 
 
o Em pacientes previamente hígidos, os sintomas da intoxicação só 
costumam aparecer em doses superiores à 250 mg/kg em crianças e 12g 
em adultos, no período de 24 a 48 horas. 
 
o Pacientes com disfunção hepática prévia ou uso crônico de álcool ou 
drogas (que também induzem o citocromo P450) podem sofrer toxicidade 
com doses menores. 
 
DERIVADOS DO ÁCIDO INDOL ACÉTICO 
▪ MEDCIAMENTOS: Indometacina, Sulindaco, Etodolaco O principal fármaco 
representante desse grupo é a indometacina. Geralmente não são utilizados 
como antipiréticos e, apesar de sua potência anti-inflamatória, a toxicidade 
limita o uso. 
 
▪ ABSORÇÃO, METABOLISMO E EXCREÇÃO: Sofre rápida absorção 
gastrointestinal após administração oral e alcança o pico de concentração 
plasmática em cerca de 2 horas. 
o Possui grande afinidade com as proteínas plasmáticas, a metabolização é 
hepática e a excreção pode ser através das fezes, urina ou bile. 
 
▪ INDICAÇÕES CLÍNICAS: A indometacina é um dos fármacos mais potentes na 
inibição das ciclo-oxigenases. 
o Utilizada mais comumente na artrite reumatoide, espondilite 
anquilosante, crise aguda de gota, osteoartritede quadril e fechamento do 
ducto arterial patente em neonatos. 
 
o Devido aos graves efeitos colaterais, a indometacina não é recomendada 
como analgésico ou antitérmico. 
 
▪ EFEITOS ADVERSOS: Os principais estão relacionados com o sistema nervoso e 
digestório: cefaleia frontal, vertigem, tontura, confusão mental, alucinações, 
dor epigástrica, anorexia, dispepsia, náuseas e vômitos, sangramento 
gastrointestinal, úlceras pépticas, diarreia, delírio e outros. 
o Além desses efeitos, pode surgir (incomum) neutropenia, 
trombocitopenia, anemia aplásica, reação de hipersensibilidade, prurido e 
crises agudas de asma. 
 
DERIVADOS DO ÁCIDO PROPIÔNICO 
▪ MEDICAMENTOS: Ibuprofeno, Naproxeno, Flurbiprofeno, Cetoprofeno, 
Fenoprofeno, Oxaprozino, Indoprofeno, Ácido Tiaprofênico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANTI-INFLAMATÓRIOS – FARMACOLOGIA MILENA BAVARESCO 
 
▪ INDICAÇÕES CLÍNICAS: Podem ser utilizados para o tratamento da AR, 
osteoartrite, espondilite anquilosante, artrite gotosa, sinovites, tenossinovites, 
tendinites, processos inflamatórios odontológicos e dismenorreia. Além disso 
são eficazes como analgésicos em lesões traumáticas, musculoesqueléticas, 
lombalgia, dor pós-operatória e como antipiréticos. 
 
▪ EFEITOS ADVERSOS: os mais comuns são do trato GI, como dispepsia ou até 
sangramento; efeitos no SNC, como cefaleia, zumbidos e tontura. 
 
DERIVADOS DO ÁCIDO HETEROARIL ACÉTICO 
▪ MEDICAMENTOS: Tolmetino, Cetorolaco, Diclofenaco. Dentre os fármacos 
desse grupo, o principal representante é o diclofenaco de sódio. 
 
▪ ABSORÇÃO, METABOLIZAÇÃO E EXCREÇÃO: diclofenaco é absorvido 
rapidamente após administração por via oral ou parenteral, sendo o pico de 
concentração máxima em 2 a 3 horas. 
o Tem importante afinidade com as proteínas plasmáticas e sua meia-vida é 
de 1 a 2 horas, sofrendo metabolização a nível hepático e sendo eliminado 
principalmente pela urina. 
 
o Possui metabolismo de primeira passagem, reduzindo sua 
biodisponibilidade em cerca de 50%, porém tem boa distribuição tecidual, 
se acumulando principalmente no líquido sinovial. 
 
▪ INDICAÇÕES CLÍNICAS: Por ser um potente inibidor da COX, o diclofenaco é 
muito utilizado no tratamento de doenças reumáticas inflamatórias e 
degenerativas como a artrite reumatoide, osteoartirte, espondiloartrite e 
espondilite anquilosante. 
o É usado também em casos de dores da coluna vertebral, dor pós-
traumática e pós-operatória. 
 
o O cetorolaco tem efeito anti- -inflamatório moderado, mas é um potente 
analgésico, disponível via oral, intramuscular ou preparação oftálmica. 
 
▪ EFEITOS ADVERSOS: Úlceras gástricas, perfuração da parede intestinal, 
hepatotoxicidade, irritabilidade, convulsões, diplopia e erupções cutâneas. 
 
DERIVADOS DO ÁCIDO ENÓL ICO 
▪ MEDICAMENTOS: Piroxicam, Meloxicam, Tenoxicam, Sudoxicam, Isoxicam, 
Ampiroxicam, Droxicam, Lornoxicam, Cinoxicam, Ampiroxicam, Pivoxicam. 
o Dentre os fármacos dessa classe, os principais são o piroxicam e 
meloxicam. 
 
o Este último, apesar de ser um fármaco antigo, revelou ter certa 
seletividade para a COX-2. 
 
▪ ABSORÇÃO, METABOLIZAÇÃO E EXCREÇÃO: absorvidos por via oral, com 
grande afinidade pelas proteínas plasmáticas. 
o Apresentam meia-vida longa, o que permite administração uma vez ao dia. 
São excretados principalmente através da urina e das fezes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANTI-INFLAMATÓRIOS – FARMACOLOGIA MILENA BAVARESCO 
 
▪ INDICAÇÕES CLÍNICAS: AR, osteoartrite, atrite reumatoide juvenil, espondilite 
anquilosante, dor pós- -operatória, traumatismo, lombociatalgia e distensões 
ligamentares. 
 
▪ EFEITOS COLATERAIS: Os principais são os gastrointestinais, como a úlcera 
péptica, mas podem apresentar cefaleia, mal-estar, zumbidos, rash, edema, 
prurido, insônia, depressão, parestesias, alucinações, aumento de creatinina e 
outros. 
 
DERIVADOS DO ÁCIDO ANTRANÍL ICO 
▪ MEDICAMENTOS: Ácido Mefenâmico, Ácido Meclofenâmico, Ácido 
Flufenâmico, Ácido Tolfenâmico, Ácido Etofenâmico. 
o Dentro dessa classe, os medicamentos mais utilizados são os ácidos 
mefenâmico, meclofenamato, flufenâmico, essas drogas não apresentam 
vantagens em relação aos outros anti-inflamatórios. 
 
▪ ABSORÇÃO, METABOLIZAÇÃO E EXCREÇÃO: absorção via oral, atingindo o pico 
plasmático em cerca de 30 minutos a 2 horas; a excreção desses fármacos é por 
meio da urina e uma pequena porcentagem é eliminada nas fezes. 
 
▪ INDICAÇÕES CLÍNICAS: Possuem propriedades analgésicas, anti-inflamatórias e 
antipiréticas. Podem ser usados para dores de pequena a moderada 
intensidade, e o tratamento não deve exceder 1 semana. 
 
DERIVADOS DA PIRAZOL ONA 
▪ MEDICAMENTOS: Dipirona, Fenilbutazona, Apazona, Sulfimpirazona. 
Metamizol ou, comercialmente, dipirona, é seu maior representante e é 
utilizado principalmente como analgésico e antipirético. 
o Embora ainda esteja disponível em balcão de um modo geral em todo o 
mundo, em alguns países (nos Estados Unidos e na maioria dos países da 
União Europeia), sua venda é proibida, pelo risco de agranulocitose. 
 
▪ ABSORÇÃO, METABOLIZAÇÃO E EXCREÇÃO: Absorção depende do método de 
administração, mas quando administrado oral tem absorção no trato 
gastrointestinal. Sua meia-vida plasmática é de 4 em 4 horas e a dose máxima 
diária é 4 gramas. Metabolização hepática e excreção renal. 
 
▪ INDICAÇÃO CLÍNICA: É indicado usualmente como analgésico e antipirético. A 
dipirona tem como ação primária antipirética e secundária analgésica. 
 
INIBIDORES SEL ETIVOS DA COX -2 
DERIVADO DO FURANONAS DARIL 
▪ MEDICAMENTOS: Rofecoxib, Celecoxib. O principal fármaco desse grupo é o 
celecoxib, inibidor altamente seletivo pela COX-2 (de forma reversível), o que 
facilita o manejo das inflamações crônicas, além da redução na toxicidade 
gastroduodenal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANTI-INFLAMATÓRIOS – FARMACOLOGIA MILENA BAVARESCO 
 
▪ ABSORÇÃO, METABOLIZAÇÃO E EXCREÇÃO: Bem absorvido por via oral, com 
concentração máxima em torno de 3 horas. Metabolizado no fígado através do 
citocromo P450, com excreção nas fezes e urina. 
o Tem meia-vida de 11 horas, sendo normalmente administrado uma vez ao 
dia, mas pode ser administrado duas vezes ao dia. 
 
▪ INDICAÇÕES CLÍNICAS: AR, osteoartrite, atrite reumatoide juvenil, espondilite 
anquilosante, dismenorreia e outros processos inflamatórios articulares. 
 
▪ EFEITOS ADVERSOS: cefaleia, dispepsia, diarreia e dor abdominal. Alguns 
estudos demonstraram que o uso de celecoxib pode estar relacionado com o 
desenvolvimento de eventos cardiovasculares trombóticos, como IAM, angina 
instável, trombos cardíacos, AVC e ataque isquêmico transitório (AIT) e lesão 
renal. 
 
DERIVADO DA SUL FONANIL IDA 
▪ MEDICAMENTO: Nimesulida. A nimesulida é um inibidor seletivo da COX-2 e 
apresenta ações analgésicas, antiinflamatórias e antipiréticas. 
o Além da inibição seletiva da COX-2, neutraliza a formação de radicais livres 
de oxigênio produzidos durante o processo inflamatório. 
 
▪ ABSORÇÃO, METABOLIZAÇÃO E EXCREÇÃO: A nimesulida sofre rápida 
absorção gastrointestinal, alcançando o pico de concentração plasmátic a 
dentro de I a 2 horas. Sofre metabolização hepática, circulação êntero-
hepática, e é eliminada pelas fezes (73%) e pela urina (24%). 
 
▪ INDICAÇÃO CLÍNICA: Indicação clínica: Indicado no tratamento de estados 
febris, processos inflamatórios relacionados com a liberação de 
prostaglandinas, notadamente osteoarticulares e musculoesqueléticas, e como 
analgésico em cefaleias, mialgias, e no alívio da dorpós-operatória. 
 
▪ EFEITOS ADVERSOS: Em virtude da atividade seletiva sobre a COX2, apresenta 
menor incidência de efeitos colaterais gastrointestinais. Mas pode causar dor 
de cabeça, sonolência, tontura, urticária, coceira, icterícia, perda de apetite, 
dor de estômago, enjoo, vômito, diarreia, diminuição do volume urinário, urina 
escura, diminuição da temperatura do corpo e asma.

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