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ANTI-INFLAMATÓRIOS – FARMACOLOGIA MILENA BAVARESCO ANTI-INFLAMATÓRIOS NÃO- ESTEROIDAIS ANTI- INFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAIS ▪ São classificados de acordo com o mecanismo: o AINE não seletivos quanto à isoforma -> inibem a COX-1 e a COX-2. o AINE seletivos da COX-2. ▪ A maioria são inibidores competitivos, não competitíveis ou reversíveis mistos das enzimas COX. ▪ O ácido acetilsalicílico é um inibidor irreversível não competitivo -> acetila as isozimas no canal da ligação do AA. ▪ Apresentam 3 efeitos: anti-inflamatório, antipirético e analgésico. MECANISMO DE AÇÃO INIBIÇÃO DA CICL OXIGENASE ▪ Principais Efeitos: inibem a produção de PG -> a primeira enzima na via sintética das PG é a COX conhecida como PG G/H-sintase. o Essa enzima converte o AA nos intermediários instáveis PGG2 e PGH2 e promove a produção de prostanoides TxA2 e uma variedade de PG. ▪ COX-1: é expressa na maioria das células e é fonte dominante de prostanoides para função de manutenção, como hemostasia. o Inibição de COX-1 -> responsável por efeitos adversos gástricos e sangramento. ▪ COX-2: é induzida por citocinas, estresse de cisalhamento e promotores de tumor e é a fonte mais importante de formação de prostanoides na inflamação. o Inibição de COX-2 -> tem papel na regulação da pressão arterial e atuam como inibidores endógenos da hemostasia. o Já a inibição pelo naproxeno e flurbiprofeno ocorre principalmente na subunidade alostérica. MECANISMO DE AÇÃO ▪ Os efeitos terapêuticos e colaterais dos AINES resultam principalmente da inibição das enzimas COX, prejudicando, assim, a transformação final do ácido araquidônico em prostaglandinas, prostaciclina e tromboxanos. ▪ A PGD2 é o principal metabólito da via da cicloxigenase nos mastócitos; em conjunto com PGE2 e PGF2-alfa (que se distribuem mais amplamente), causa vasodilatação e potencializa a formação de edema. ▪ As PGs, além de promoverem vasodilatação, também estão envolvidas na patogenia da dor e febre na inflamação; ANTI-INFLAMATÓRIOS – FARMACOLOGIA MILENA BAVARESCO o PGE2 aumenta a sensibilidade à dor a uma variedade de outros estímulos e interage com citocinas para causar febre. As prostaglandinas sensibilizam os nociceptores (hiperalgesia) e estimulam os centros hipotalâmicos de termorregulação. ▪ A prostaglandina I2 (prostaciclina) predomina no endotélio vascular e atua causando vasodilatação e inibição da adesividade plaquetária. ▪ O tromboxano A2, predominante nas plaquetas, causa efeitos contrários como vasoconstrição e agregação plaquetária. Os leucotrienos aumentam a permeabilidade vascular e atraem os leucócitos para o sítio da lesão. ▪ A histamina e a bradicinina aumentam a permeabilidade capilar e ativam os receptores nocigênicos. Há duas formas da enzima cicloxigenase, denominadas COX-1 e COX-2. ▪ A COX-1, dita como constitutiva, é produzida em resposta a um estímulo inflamatório e constitutivamente na maioria dos tecidos, onde estimula a produção de prostaglandinas que exercem função homeostática (por exemplo, equilíbrio hidroeletrolítico nos rins e citoproteção no trato gastrintestinal). ▪ A COX-2, em contraste, é induzida por estímulos inflamatórios, mas está ausente da maioria dos tecidos normais. Portanto, os inibidores da COX-2 foram desenvolvidos com a expectativa de que eles inibissem a inflamação prejudicial mas não bloqueassem os efeitos protetores das prostaglandinas produzidas constitutivamente. ▪ Entretanto, essas distinções entre os papéis das duas cicloxigenases não são absolutas. Além disso, os inibidores da COX-2 podem aumentar o risco para doença cerebrovascular e cardiovascular, provavelmente porque prejudicam a produção, pela célula endotelial, da prostaciclina PGI2, um inibidor de agregação plaquetária, mas conserva intacta a produção pelas plaquetas, mediada pela COX-1 de TXA2, um mediador de agregação das plaquetas. ▪ Os glicocorticoides, que são agentes anti-inflamatórios potentes, atuam em parte inibindo a atividade da fosfolipase A2, inibindo, assim, a liberação de AA dos lipídios de membrana. Recentemente foi descoberta uma variante do gene da COX-1, descrito como COX-3. ▪ Essa parece ser expressa em altos níveis no sistema nervoso central e pode ser encontrada também no coração e na aorta. Essa enzima é seletivamente inibida por drogas analgésicas e antipiréticas, como paracetamol e dipirona, e é potencialmente inibida por alguns AINEs. Essa inibição pode representar um mecanismo primário central pelo qual essas drogas diminuem a dor e possivelmente a febre. ▪ A relevância dessa isoforma ainda não está clara. A aspirina e os demais AINEs inibem a síntese de PG mediante a inativação da COX. A aspirina acetila as isoenzimas (COX-1 e COX-2) covalentemente, inativando-as de forma irreversível e não seletiva. ▪ A maioria dos AINEs age de forma reversível e não seletiva sobre as mesmas enzimas. Portanto, os AINEs reduzem, mas não eliminam completamente os sinais e sintomas inflamatórios. ANTI-INFLAMATÓRIOS – FARMACOLOGIA MILENA BAVARESCO FARMACODINÂMICA E EFEITOS COLATERAIS GASTROINTESTINAIS ▪ A principal limitação no uso dos AINES são os seus efeitos gastrointestinais que estão entre os mais graves. ▪ Os efeitos colaterais podem variar desde leve dispepsia até hemorragia maciça causada por úlcera gástrica perfurada, como resultado de inibição da produção de prostaciclina. ▪ As prostaciclinas têm vários efeitos gástricos protetores; elas reduzem a quantidade de ácido estomacal produzido e mantêm uma camada de mucosa protetora, aumentando a produção de mucosa e melhorando o fluxo sanguíneo local. ▪ A irritação gástrica também pode ser causada por irritação direta dos próprios medicamentos. Embora os inibidores de COX-2 sejam mais específicos para a enzima COX-2, alguns ainda retêm certa inibição de COX-1, causando risco de sangramento gastrintestinal, embora menos que AINEs não-específicos. RENAIS ▪ Sob condições fisiológicas normais, a prostaciclina e o óxido nítrico levam ao relaxamento do músculo liso no endotélio vascular e, portanto, à vasodilatação. ▪ As prostaciclinas desempenham papel essencial na regulação do tônus arterial aferente e eferente no glomérulo, conhecido por desempenhar um papel vital na preservação da função renal em estados hipovolêmicos. ▪ A inibição de produção de prostaciclinas pode levar a uma taxa menor de filtração glomerular, retenção de sal e água, e lesão renal aguda. ▪ Esses mecanismos são particularmente importantes em pacientes com hipovolemia e insuficiência cardíaca crônica que sejam sensíveis a mudanças na pressão de perfusão renal. ANTI-INFLAMATÓRIOS – FARMACOLOGIA MILENA BAVARESCO RESPIRATÓRIOS ▪ Um mecanismo de ação proposto é que a inibição do metabolismo do ácido araquidônico pela COX leve ao aumento na produção de leucotrienos. Os leucotrienos têm ações broncoconstritoras diretas. CARDIOVASCUL ARES ▪ Inibidores específicos de COX-2 ou ‘coxibes’ foram introduzidos no mercado para evitar os efeitos colaterais comuns e graves sobre o trato gastrintestinal alto pela inibição da COX-1 por AINEs não-específicos. ▪ Há um aumento dependente da dose no risco de eventos trombóticos, tanto cardíacos quanto cerebrais. ▪ O rofecoxibe e o valdecoxibeforam retirados do mercado devido ao aumento do número de eventos cardiovasculares associados especificamente a essas 2 drogas. ▪ O risco é mais alto em pacientes com doença cardiovascular pré-existente, e, portanto, o uso de inibidores de COX-2 é contraindicado para pacientes com insuficiência cardíaca, doença cardíaca isquêmica, e doença vascular periférica e cerebrovascular. ▪ Hematológicos Em plaquetas, a COX metaboliza o ácido araquidônico em tromboxano A2, o que leva à maior adesividade de plaquetas e vasoconstrição. ▪ Em contraste, no músculo liso vascular, forma-se a prostaciclina, que causa vasodilatação e reduz agregação de plaquetas. A hemostasia resulta do equilíbrio delicado entre esses sistemas. ▪ Assim, os AINEs levam à redução da função e adesividade das plaquetas, e a um maior tempo de sangramento. ▪ A aspirina merece menção especial, pois inibe irreversivelmente a COX de plaquetas. Como resultado, as plaquetas se tornam ineficientes durante todo o seu ciclo de vida de 10 dias. CICATRIZA ÇÃO ÓSSEA ▪ Há um risco teórico de que os AINEs, em particular os inibidores de COX-2, causem redução da taxa de cicatrização óssea e aumento da incidência de não- consolidação de fraturas. ▪ Após uma fratura, há maior produção de prostaglandinas como parte da resposta inflamatória, o que aumenta o fluxo sanguíneo local. ▪ Acredita- -se que o bloqueio desse mecanismo seja prejudicial à cicatrização dos ossos; contudo, atualmente, não há provas científicas de alta qualidade para confirmar isso. ANTI-INFLAMATÓRIOS – FARMACOLOGIA MILENA BAVARESCO AINES NÃO SELETIVOS E SELETIVOS INIBIDORES NÃO SEL ETIVOS DA COX -2 DERIVADO DO ÁCIDO ACETIL SAL ICÍL ICO: ▪ MEDICAMENTOS: Ácido Acetilsalicílico (Aspirina), Salicilato de Sódio, Salicilato de Metila, Diflunisal, Flunfenisal, Sulfassalazina, Olsalazina. o O AAS (aspirina) e a mesalazina são os principais representantes deste grupo. o O AAS que é um dos mais conhecidos e foi um dos primeiros a ser sintetizado, apesar de ser considerado um anti-inflamatório, atualmente é pouco utilizado com essa finalidade, já que vem sendo muito prescrito para situações cardiovasculares. o Isso se deve à sua capacidade de inibir de forma irreversível a COX-1 plaquetária, inibindo sua agregação. Já a mesalazina, também conhecida como ácido5-aminossalicílico, é um fármaco anti-inflamatório usado no tratamento de doenças inflamatórias intestinais leve a moderada. o Trata-se de um aminossalicilato que não causam hemorragias gástricas nem são absorvidos para o sangue, pois têm ação tópica. Atua inibindo COX-1 e COX-2 e, também, a produção de citocinas ao bloquear o NF-KB. ▪ ABSORÇÃO: ocorre no estômago (em pequena quantidade), mas principalmente no intestino delgado. O pico de concentração plasmática é atingido em aproximadamente 2 horas. ▪ INDICAÇÕES CLÍNICAS: O ASS é utilizado principalmente como antiagregante plaquetário no tratamento ou na profilaxia do infarto agudo do miocárdio e de outros eventos tromboembólicos. ANTI-INFLAMATÓRIOS – FARMACOLOGIA MILENA BAVARESCO o A mesalazina, sob a forma de comprimidos de libertação prolongada, está indicada como anti-inflamatório para redução da inflamação das mucosas gastrointestinais na retocolite ulcerativa (RCU) leve a moderada, tanto na indução quanto na manutenção da remissão, e da doença de Crohn (DC) leve a moderada. o É utilizada também na prevenção e redução de recidivas dessas doenças. Os salicilatos, em geral, também são utilizados no tratamento de gota, febre reumatoide, osteoartrite e artrite reumatóde, além de condições que necessitem de analgesia, como cefaleia, artralgia e mialgia. ▪ TOXICIDADE: A toxicidade desses fármacos ocorre principalmente sobre o aparelho gastrointestinal, rins (nefrotoxicidade), fígado, medula óssea, sangue, equilíbrio ácido-básico e sistema imunológico. o Pode aumentar a incidência da síndrome de Reye, que é uma condição rara que ocorre em crianças, caracterizada por encefalopatia hepática após doença viral aguda, com alta mortalidade. o O AAS compartilha os mesmos efeitos adversos descritos para os outros antiinflamatórios, sendo os gastrointestinais os mais proeminentes, orientar a administração acompanhando as refeições para diminuir a dispepsia. DERIVADOS DO PARA -AMINOFENOL : ▪ MEDICAMENTO: Paracetamol (Acetaminofeno). Esses medicamentos, representados principalmente pelo paracetamol, não tem grande poder anti- inflamatório, tendo atuação principal na dor leve a moderada e, com menor potência, na febre. ▪ ABSORÇÃO E METABOLIZAÇÃO: absorvido no trato gastrintestinal, tem pico de concentração plasmática em 30-60 minutos, porém meia-vida de cerca de 2 horas. o Sofre metabolização hepática, o que pode produzir intermediários altamente reativos para os hepatócitos. o É bastante seguro em doses terapêuticas, mas sob determinadas condições pode ser muito hepatotóxico. o A excreção desses fármacos é feita pincipalmente por via renal. ▪ INDICAÇÕES CLÍNICAS: Tem o efeito de inibir a síntese das prostaglandinas no SNC, resultando em suas ações antipiréticas e analgésicas. o Tem pouco efeito sobre as COX em tecido periférico, o que contribui para pouca atividade anti-inflamatória. o É a droga antipirética/analgésica em crianças com infecções virais ou varicela (por não estar relacionado à Sindrome de Reye, como o AAS). o Tem efeito muito fraco sobre as plaquetas, sendo uma opção em pacientes com alteração de coagulação. ▪ TOXICIDADE: As doses terapêuticas desse grupo causam poucos efeitos colaterais; podem ocorrer algumas reações de hipersensibilidade, que ANTI-INFLAMATÓRIOS – FARMACOLOGIA MILENA BAVARESCO geralmente são de natureza eritematosa ou urticariforme, pode ocorrer o surgimento de leucopenia e pancitopenia transitórias com o uso de paracetamol. o Porém, quando há intoxicação os efeitos são mais severos, como lesão hepática; esses casos podem evoluir até insuficiência hepática fulminante, principalmente em pacientes sob maior risco (hepatopatas, portadores de hepatites virais ou com história de alcoolismo). o As doses diárias tóxicas do paracetamol são 150 mg/kg nas crianças e 7,5g em adultos. o Em pacientes previamente hígidos, os sintomas da intoxicação só costumam aparecer em doses superiores à 250 mg/kg em crianças e 12g em adultos, no período de 24 a 48 horas. o Pacientes com disfunção hepática prévia ou uso crônico de álcool ou drogas (que também induzem o citocromo P450) podem sofrer toxicidade com doses menores. DERIVADOS DO ÁCIDO INDOL ACÉTICO ▪ MEDCIAMENTOS: Indometacina, Sulindaco, Etodolaco O principal fármaco representante desse grupo é a indometacina. Geralmente não são utilizados como antipiréticos e, apesar de sua potência anti-inflamatória, a toxicidade limita o uso. ▪ ABSORÇÃO, METABOLISMO E EXCREÇÃO: Sofre rápida absorção gastrointestinal após administração oral e alcança o pico de concentração plasmática em cerca de 2 horas. o Possui grande afinidade com as proteínas plasmáticas, a metabolização é hepática e a excreção pode ser através das fezes, urina ou bile. ▪ INDICAÇÕES CLÍNICAS: A indometacina é um dos fármacos mais potentes na inibição das ciclo-oxigenases. o Utilizada mais comumente na artrite reumatoide, espondilite anquilosante, crise aguda de gota, osteoartritede quadril e fechamento do ducto arterial patente em neonatos. o Devido aos graves efeitos colaterais, a indometacina não é recomendada como analgésico ou antitérmico. ▪ EFEITOS ADVERSOS: Os principais estão relacionados com o sistema nervoso e digestório: cefaleia frontal, vertigem, tontura, confusão mental, alucinações, dor epigástrica, anorexia, dispepsia, náuseas e vômitos, sangramento gastrointestinal, úlceras pépticas, diarreia, delírio e outros. o Além desses efeitos, pode surgir (incomum) neutropenia, trombocitopenia, anemia aplásica, reação de hipersensibilidade, prurido e crises agudas de asma. DERIVADOS DO ÁCIDO PROPIÔNICO ▪ MEDICAMENTOS: Ibuprofeno, Naproxeno, Flurbiprofeno, Cetoprofeno, Fenoprofeno, Oxaprozino, Indoprofeno, Ácido Tiaprofênico. ANTI-INFLAMATÓRIOS – FARMACOLOGIA MILENA BAVARESCO ▪ INDICAÇÕES CLÍNICAS: Podem ser utilizados para o tratamento da AR, osteoartrite, espondilite anquilosante, artrite gotosa, sinovites, tenossinovites, tendinites, processos inflamatórios odontológicos e dismenorreia. Além disso são eficazes como analgésicos em lesões traumáticas, musculoesqueléticas, lombalgia, dor pós-operatória e como antipiréticos. ▪ EFEITOS ADVERSOS: os mais comuns são do trato GI, como dispepsia ou até sangramento; efeitos no SNC, como cefaleia, zumbidos e tontura. DERIVADOS DO ÁCIDO HETEROARIL ACÉTICO ▪ MEDICAMENTOS: Tolmetino, Cetorolaco, Diclofenaco. Dentre os fármacos desse grupo, o principal representante é o diclofenaco de sódio. ▪ ABSORÇÃO, METABOLIZAÇÃO E EXCREÇÃO: diclofenaco é absorvido rapidamente após administração por via oral ou parenteral, sendo o pico de concentração máxima em 2 a 3 horas. o Tem importante afinidade com as proteínas plasmáticas e sua meia-vida é de 1 a 2 horas, sofrendo metabolização a nível hepático e sendo eliminado principalmente pela urina. o Possui metabolismo de primeira passagem, reduzindo sua biodisponibilidade em cerca de 50%, porém tem boa distribuição tecidual, se acumulando principalmente no líquido sinovial. ▪ INDICAÇÕES CLÍNICAS: Por ser um potente inibidor da COX, o diclofenaco é muito utilizado no tratamento de doenças reumáticas inflamatórias e degenerativas como a artrite reumatoide, osteoartirte, espondiloartrite e espondilite anquilosante. o É usado também em casos de dores da coluna vertebral, dor pós- traumática e pós-operatória. o O cetorolaco tem efeito anti- -inflamatório moderado, mas é um potente analgésico, disponível via oral, intramuscular ou preparação oftálmica. ▪ EFEITOS ADVERSOS: Úlceras gástricas, perfuração da parede intestinal, hepatotoxicidade, irritabilidade, convulsões, diplopia e erupções cutâneas. DERIVADOS DO ÁCIDO ENÓL ICO ▪ MEDICAMENTOS: Piroxicam, Meloxicam, Tenoxicam, Sudoxicam, Isoxicam, Ampiroxicam, Droxicam, Lornoxicam, Cinoxicam, Ampiroxicam, Pivoxicam. o Dentre os fármacos dessa classe, os principais são o piroxicam e meloxicam. o Este último, apesar de ser um fármaco antigo, revelou ter certa seletividade para a COX-2. ▪ ABSORÇÃO, METABOLIZAÇÃO E EXCREÇÃO: absorvidos por via oral, com grande afinidade pelas proteínas plasmáticas. o Apresentam meia-vida longa, o que permite administração uma vez ao dia. São excretados principalmente através da urina e das fezes. ANTI-INFLAMATÓRIOS – FARMACOLOGIA MILENA BAVARESCO ▪ INDICAÇÕES CLÍNICAS: AR, osteoartrite, atrite reumatoide juvenil, espondilite anquilosante, dor pós- -operatória, traumatismo, lombociatalgia e distensões ligamentares. ▪ EFEITOS COLATERAIS: Os principais são os gastrointestinais, como a úlcera péptica, mas podem apresentar cefaleia, mal-estar, zumbidos, rash, edema, prurido, insônia, depressão, parestesias, alucinações, aumento de creatinina e outros. DERIVADOS DO ÁCIDO ANTRANÍL ICO ▪ MEDICAMENTOS: Ácido Mefenâmico, Ácido Meclofenâmico, Ácido Flufenâmico, Ácido Tolfenâmico, Ácido Etofenâmico. o Dentro dessa classe, os medicamentos mais utilizados são os ácidos mefenâmico, meclofenamato, flufenâmico, essas drogas não apresentam vantagens em relação aos outros anti-inflamatórios. ▪ ABSORÇÃO, METABOLIZAÇÃO E EXCREÇÃO: absorção via oral, atingindo o pico plasmático em cerca de 30 minutos a 2 horas; a excreção desses fármacos é por meio da urina e uma pequena porcentagem é eliminada nas fezes. ▪ INDICAÇÕES CLÍNICAS: Possuem propriedades analgésicas, anti-inflamatórias e antipiréticas. Podem ser usados para dores de pequena a moderada intensidade, e o tratamento não deve exceder 1 semana. DERIVADOS DA PIRAZOL ONA ▪ MEDICAMENTOS: Dipirona, Fenilbutazona, Apazona, Sulfimpirazona. Metamizol ou, comercialmente, dipirona, é seu maior representante e é utilizado principalmente como analgésico e antipirético. o Embora ainda esteja disponível em balcão de um modo geral em todo o mundo, em alguns países (nos Estados Unidos e na maioria dos países da União Europeia), sua venda é proibida, pelo risco de agranulocitose. ▪ ABSORÇÃO, METABOLIZAÇÃO E EXCREÇÃO: Absorção depende do método de administração, mas quando administrado oral tem absorção no trato gastrointestinal. Sua meia-vida plasmática é de 4 em 4 horas e a dose máxima diária é 4 gramas. Metabolização hepática e excreção renal. ▪ INDICAÇÃO CLÍNICA: É indicado usualmente como analgésico e antipirético. A dipirona tem como ação primária antipirética e secundária analgésica. INIBIDORES SEL ETIVOS DA COX -2 DERIVADO DO FURANONAS DARIL ▪ MEDICAMENTOS: Rofecoxib, Celecoxib. O principal fármaco desse grupo é o celecoxib, inibidor altamente seletivo pela COX-2 (de forma reversível), o que facilita o manejo das inflamações crônicas, além da redução na toxicidade gastroduodenal. ANTI-INFLAMATÓRIOS – FARMACOLOGIA MILENA BAVARESCO ▪ ABSORÇÃO, METABOLIZAÇÃO E EXCREÇÃO: Bem absorvido por via oral, com concentração máxima em torno de 3 horas. Metabolizado no fígado através do citocromo P450, com excreção nas fezes e urina. o Tem meia-vida de 11 horas, sendo normalmente administrado uma vez ao dia, mas pode ser administrado duas vezes ao dia. ▪ INDICAÇÕES CLÍNICAS: AR, osteoartrite, atrite reumatoide juvenil, espondilite anquilosante, dismenorreia e outros processos inflamatórios articulares. ▪ EFEITOS ADVERSOS: cefaleia, dispepsia, diarreia e dor abdominal. Alguns estudos demonstraram que o uso de celecoxib pode estar relacionado com o desenvolvimento de eventos cardiovasculares trombóticos, como IAM, angina instável, trombos cardíacos, AVC e ataque isquêmico transitório (AIT) e lesão renal. DERIVADO DA SUL FONANIL IDA ▪ MEDICAMENTO: Nimesulida. A nimesulida é um inibidor seletivo da COX-2 e apresenta ações analgésicas, antiinflamatórias e antipiréticas. o Além da inibição seletiva da COX-2, neutraliza a formação de radicais livres de oxigênio produzidos durante o processo inflamatório. ▪ ABSORÇÃO, METABOLIZAÇÃO E EXCREÇÃO: A nimesulida sofre rápida absorção gastrointestinal, alcançando o pico de concentração plasmátic a dentro de I a 2 horas. Sofre metabolização hepática, circulação êntero- hepática, e é eliminada pelas fezes (73%) e pela urina (24%). ▪ INDICAÇÃO CLÍNICA: Indicação clínica: Indicado no tratamento de estados febris, processos inflamatórios relacionados com a liberação de prostaglandinas, notadamente osteoarticulares e musculoesqueléticas, e como analgésico em cefaleias, mialgias, e no alívio da dorpós-operatória. ▪ EFEITOS ADVERSOS: Em virtude da atividade seletiva sobre a COX2, apresenta menor incidência de efeitos colaterais gastrointestinais. Mas pode causar dor de cabeça, sonolência, tontura, urticária, coceira, icterícia, perda de apetite, dor de estômago, enjoo, vômito, diarreia, diminuição do volume urinário, urina escura, diminuição da temperatura do corpo e asma.
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