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6 - Dir e Globalização

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As Características Fundamentais e as Diversas 
Dimensões da Globalização 
 
O Fenômeno da globalização é resultado de múltiplas 
determinações sócio-históricas (e ideológicas), isto é, 
destacaremos as três dimensões da globalização que não 
podem ser separadas e que compõem uma totalidade concreta 
sócio-histórica, completa e integral. São elas: 
1 - No plano do processo civilizatório humano-genérico; 
2 - A globalização como mundialização do capital; 
3 - A globalização como ideologia. 
 
A Globalização como ideologia do capital tende a 
impulsionar, em si, o processo civilizatório humano-
genérico, isto é, o desenvolvimento das forças produtivas 
humanas, que são limitadas (ou obstaculizadas)- pelo 
próprio conteúdo da mundialização (ser a mundialização 
do capital). 
 
Qualquer leitura (ou análise) do fenômeno da globalização 
que não procure apreender o seu sentido dialético – e 
portanto, contraditório - tende a ser unilateral, não sendo 
capaz de ver o fenômeno da globalização tanto como algo 
progressivo, quanto regressivo, tanto como um processo 
civilizatório, quanto como um avanço da barbárie, e tanto 
como a constituição de um “globo” na mesma medida em 
que tente a contribuir para a sedimentação de 
particularismo locais e regionais. 
 
Portanto, o fenômeno da globalização tende a constituir 
novas determinações sócio-históricas no plano do 
processo civilizatório humano-genérico vinculado ao 
desenvolvimento das forças produtivas humanas no plano 
da economia e da sociedade e no plano da ideologia e da 
política. 
 
Deste modo, para Giovanni Alves, a globalização oculta o 
totalitarismo da economia, o que não é novidade, tendo 
em vista que é próprio do modo de produção capitalista o 
primado da economia sobre quaisquer outras esferas da 
vida social. 
 
Só que, talvez seja isto que Ramonet queira destacar, sob 
a globalização, o primado da economia aparece com mais 
vigor, tal como um totalitarismo de mercado que neutraliza 
os próprios avanços da democracia no Ocidente. 
A ideia de globalitarismo supõe a debilidade estrutural dos 
Estados. Sob o regime globalitário, os Estados não têm 
meios de se opor aos mercados. A globalização liquidou o 
mercado nacional, que é um dos fundamentos do poder 
do Estado-nação. 
 
A globalização, sustentada por regimes globalitários, isto 
é, governos que promulgaram o monetarismo, a 
desregulamentação, o livre-comércio, o livre fluxo de 
capitais e as privatizações maciças, tenderam a diminuir o 
papel dos poderes públicos. 
 
Veja bem: a globalização é, portanto, resultado, nessa 
perspectiva, de regimes globalitários, de dirigentes 
políticos que permitiram, através de atos políticos, a 
transferência de decisões capitais (em matéria de 
investimento, emprego, saúde, educação, cultura, 
proteção do meio ambiente) da esfera pública para a 
esfera privada. 
 
Foram os políticos liberais e conservadores que 
permitiram a privatização da coisa pública, contribuindo 
para que algumas decisões importantes para a vida social 
passassem para as mãos da economia privada.

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