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Resenha: O que é Psicologia Social - Silvia Lane

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Rita de Cássia Ribeiro Lourenço Matricula: 201402168462
Disciplina: Psicologia Social II Professor: Marcos Aurélio Fragoso
Resende, 26 de abril de 2021.
Resenha 
O QUE É PSICOLOGIA SOCIAL - Silvia Lane
A obra a ser descrita: “o que é psicologia social?”, cuja autora, Silvia Tatiana Maurer Lane psicóloga de grande renome na área, professora e pesquisadora da PUC-SP e fundadora da ABRAPSO. Traz de forma substancial os conceitos do que vem a ser a psicologia social e sua importância ponto com linguagem clara e de fácil compreensão, aborda os principais temas e leva a sua reflexão dos pontos “quando o comportamento se torna social?” Dessa forma, discorre pelos capítulos mostrando que o homem é um ser social, que já nasce se relacionando e que isso é fundamental para sua sobrevivência. 
No desenrolar da obra, autora com linguagem clara e objetiva, facilita compreensão, traça como que um caminho de desenvolvimento a ser percorrido e ressalta a importância e contribuição de cada uma das etapas para a construção do “ser social”.
Lane define o que é psicologia, como sendo o estudo do comportamento dos indivíduos e enquanto a psicologia social estuda o comportamento do indivíduo nas suas relações sociais. Para ela, cada organismo tem suas características específicas, formadas pelo ambiente em que se encontra e o faz diferenciado. Afirma que as influências que o indivíduo tem do meio, se dão pela aquisição da linguagem, onde cada palavra atribuída tem um significado e determine a sua visão de mundo. Assim o que deve ser apreendido é determinado socialmente. Ela define a psicologia social como a relação entre o indivíduo e a sociedade como inserção do homem no processo histórico.
No primeiro capítulo: “como nos tornamos sociais?” Dividido em três subtítulos, aborda o tema “os outros”, dizendo que o ser humano ao nascer é frágil e necessita do outro para sobreviver e posteriormente se desenvolver, o que já o faz dele membro de um grupo. Convence-nos de que o homem já nasce um “ser social”.
Ao falar sobre “a identidade social” explica que ela é o que nós caracteriza como pessoa, todos os traços individuais, costumes, manias, hábitos, gostos e etc. São inúmeros as diferenças individuais que cada pessoa tem, tornando-as assim donas da sua própria identidade pessoal.
Fala sobre a “consciência de se” dizendo que somos convidados a entender que isso se exprime de forma subjetiva, mas que se faz necessário o estudo sócio histórico, demonstrando que os papéis que desempenhamos não são tão naturais como imaginamos que sejam.
No segundo capítulo, “como aprendemos o mundo que nos cerca” autora fala sobre “a linguagem” diz que ela é fruto do desenvolvimento histórico humano, quando esses necessitaram cooperar para sua sobrevivência. O trabalho cooperativo, organizado, planejado e que permite ao homem controlar as forças da natureza, só foi possível graças a esse desenvolvimento. Já no capítulo que segue “a história vida família e escola”, traça uma linha de raciocínio entre “a família” e “a escola”, sendo que para a autora, a primeira constituição no grupo essencial garante a sobrevivência do indivíduo e é regida por leis e costumes, direitos, normas e deveres de seus membros e lhe cabe reproduzir a força de trabalho e perpetuar sua propriedade e influência. 
A família é responsável por reproduzir os valores que definem os direitos e deveres de cada membro, como os papéis de marido e mulher, de pai, mãe e filhos. Cada família tem sua ética e suas leis próprias, o que torna cada grupo um modelo único, possibilitando assim o enriquecimento da cultura social genérica.
Já a escola é o segundo meio onde os objetivos, conteúdos, direitos e deveres que são definidos pelo governo, com intuito de reproduzir conhecimentos necessários para transmissão da cultura, são repassados à adiante. Conceitualmente visa a formação de pessoas críticas, mas muito tem-se discutido sobre o processo que implicam nesse desenvolvimento, uma vez que a instituição tem ensinado até valores estéticos, morais e religiosos, reproduzir indo assim a ideologia dominante como descrição de mundo.
Para a autora, esse padrão dominante tem caráter seletivo, os acertos e erros se tornam determinantes para definição de um aluno que foi “bom ou mal”, o que leva a propensão dos "melhores” alunos se agruparem de um lado da sala e os "piores” do outro. Por mais que pessoas tenham tentado mudar esse processo o poder institucional impôs que o mesmo não fosse alterado sob a pena do não reconhecimento dos diplomas dificultando assim o desenvolvimento de novos métodos de ensino.
No quinto capítulo é abordado outro fator importante, “o trabalho e a classe social” Lane aponta que o trabalho para o indivíduo baseia-se nas condições da sociedade atual, ou seja, da sociedade capitalista onde a produção de bens e visa o lucro e o aumento do capital, explorando a força do trabalho. Desta forma o capitalismo implica na existência de duas classes sociais, uma que detém o capital e os meios de produção e outra que vende sua força de trabalho determinando as relações sociais entre os indivíduos.
Ao falar sobre “o indivíduo na comunidade” no 6º capítulo, autora propõe o papel do mesmo na sociedade, de forma de como se desenvolve as relações sociais desse indivíduo, visando sua satisfação pessoal, através da comunicação, grande chave do seu desenvolvimento e a cooperação entre pessoas.
Ao falar sobre a “a psicologia social no Brasil" no capítulo sétimo, Lane faz menção a Como surgiu a psicologia social no Brasil, esta que teve forte influência americana na década de 50 e que foi introduzida pelo professor Otto klineberg. Na época o questionamento de teorias conceitos e resultados de pesquisa, não explicavam a realidade, com isso desencadeou a em criação da ABRAPSO - associação brasileira de psicologia social, propondo o maior intercâmbio entre os cientistas de diferentes regiões.
Lane exerceu um papel essencial no desenvolvimento e na expansão da psicologia social no Brasil, porém, os preconceitos EA violência continuavam o processo de desumanização. Em contrapartida, a referida ciência, vinda como uma nova forma de enxergar o homem, propõe uma dicotomia entre o indivíduo e a sociedade para melhor compreendê-lo.

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