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Resumo Completo sobre Personalidade Civil - Direito Civil I

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Personalidade Civil
Início da Personalidade Civil
Para o Código Civil, a Personalidade Civil de uma 
pessoa começa a partir do nascimento com vida.
Todo ser humano que tenha nascido com vida é 
pessoa, logo, adquire personalidade civil.
Ou seja, adotou a Teoria Natalista, todavia 
ressalvando os direitos do nascituro.
Observação: De acordo com o Enunciado aprovado 
nas Jornadas de Direito Civil, a proteção que o 
Código defere ao nascituro alcança o natimorto no 
que concerne aos direitos de personalidade, tais 
como nome, imagem e sepultura”.
Nascituro: ser que for gerado/concebido, que está no ventre materno.
Natimorto: feto que falece ainda dentro do útero.
- Toda pessoa, que adquire personalidade civil, é 
titular de direitos e deveres na ordem civil, como diz 
o Art. 1º do Código Civil.
Assim como, toda pessoa física, sem distinção, tem 
capacidade de direito (capacidade jurídica)
A título de curiosidade, a personalidade é um 
conceito qualitativo, que não admite graus. Já a 
capacidade admite graus, pode ser mais ou menos 
intensa.
- Hoje o conceito de Personalidade Civil está 
intimamente atrelado a dignidade. 
O ordenamento jurídico reconhece em cada ser 
humano não só uma pessoa, mas uma pessoa 
dotada de específica dignidade. 
Então, QUEM NASCEU COM VIDA É PESSOA E 
POSSUI DIGNIDADE HUMANA, ou seja, deve ser 
tratada com dignidade.
Curiosidade: O registro civil da pessoa física é 
puramente declaratório, ou seja, tem efeito ex tunc, 
apenas reconhece uma realidade preexistente.
Art. 2 o A personalidade civil da pessoa começa do 
nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a 
concepção, os direitos do nascituro.
Teorias sobre a Personalidade Civil
Teoria CONCEPCIONISTA 
- Acredito que há personalidade civil aquele que é 
concebido, ou seja, antes do nascimento com vida.
Para essa teoria, o nascituro já possui personalidade 
civil.
Curiosidade: “Denomina-se, geralmente, feto ao nascituro a partir 
da 8ª semana de gravidez”
Tendo personalidade civil, já possui direitos, como por 
exemplo, o direito de nascer (pune o aborto, por 
exemplo), e de alimento, com os “alimentos gravídico” 
que são concedidos a gestante, em favor do nascituro. 
Direitos absolutos da personalidade como um todo.
Em questão de direitos patrimoniais, o nascituro só os 
obtém depois do nascimento com vida.
Curiosidade: Ainda o nascituro pode ser representado 
por curador no caso de conflito de interesses com a 
mãe ou por incapacidade dela, pode ser legatário e 
pode fazer parte de ação judicial (autor em ação de 
alimentos, investigação de paternidade etc).
TEORIA NATALISTA
Teoria mais perto do Código Civil.
- Acredita que há personalidade civil aquele que nasce 
com vida.
Exige a presença de dois requisitos para ser pessoa, 
titular de direitos e deveres:
1) Nascimento
2) Nascimento com vida
Para essa teoria, o nascituro não é pessoa, e se 
houver nascimento porém sem vida, tampouco 
estamos diante de uma pessoa.
Curiosidade: A prole eventual (nascituro) pode ser 
beneficiada por testamento, segundo Art. 1798 do CC 
(Código Civil). 
Posicionamento do Código Civil
Adota a Teoria Natalista, porém esclarece que, 
embora, tecnicamente, o nascituro não ser seja 
pessoa, ele é protegido como se fosse (Art. 2º, CC).
Disponibilizado por 
Julia Ignacio 
(@explicajulia)
Baseado na Doutrina “Manual de 
Direito Civil” de Cristiano de Farias, 
Felipe Netto e Nelson Rosenvald.
Fim da Personalidade Humana
Art. 6 o A existência da pessoa natural termina com a morte; 
presume-se esta, quanto aos ausentes, nos casos em que a 
lei autoriza a abertura de sucessão definitiva.
— MORTE REAL 
A morte REAL consiste no fim das funções vitais.
Atualmente, dá-se pela MORTE ENCEFÁLICA, 
incluindo o tronco encefálico.
- Deve ser atestada por um médico, que deve 
pormenorizar a causa é o momento do falecimento.
Curiosidade: Decreto 9.175/2017
Regulamenta sobre os órgãos, tecidos, células e 
partes do corpo humano para fins de transplante e 
tratamento. 
- Lei n. 13.484/2017, determinou “Nenhum 
sepultamento será feito sem certidão do oficial de 
registro do lugar do falecimento ou do lugar de 
residência do de cujus, quando o falecimento 
ocorrer em local diverso do seu domicílio, extraída 
após a lavratura do assento de óbito, em vista do 
atestado médico, se houver no lugar, ou em caso 
contrário, duas pessoas qualificadas que tiverem 
presenciado ou verificado a morte”
— MORTE CIVIL
Não é admitida na atualidade.
No direito romano, certas pessoas (maioria 
escravos) eram tidas como mortos, mesmo 
biologicamente vivos, perdendo direitos civis e não 
podendo adquirir novos direitos.
— COMORIÊNCIA 
Ocorre quando duas pessoas que são 
reciprocamente herdeiras, morrem 
simultaneamente.
a) morte na mesma ocasião 
b) impossibilidade de verificar quem faleceu 
primeiro
Dessa forma, presumem-se simultaneamente 
mortos. Art. 8º, CC.
— MORTE PRESUMIDA 
Duas possibilidades:
1) Morte presumida SEM decretação de ausência 
2) Morte presumida COM decretação de ausência 
-> Morte Presumida SEM DECRETAÇÃO DE 
AUSÊNCIA 
Trata-se de uma morte cuja probabilidade de ter 
ocorrido é praticamente certa.
Exemplo: Pessoas desaparecidas que trabalhavam 
no World Trade Center no 11 de setembro.
Nesses casos, pode ser declarada a morte 
presumida, inclusive com certidão de óbito dada à 
família.
Atenção no P.U. (Parágrafo Único) do Art.7º. 
Somente será declarada a morte presumida sem 
decretação, depois de esgotadas as buscas e 
averiguações, devendo ser fixada uma data 
provável do falecimento.
CASO A PESSOA NÃO ESTEJA MORTA, o Enunciado 
614 das Jornadas de Direito Civil, declara “se o 
presumivelmente morto reaparecer nos 10 anos 
seguintes a abertura da sucessão, receberá 
igualmente os bens existentes no estado em que se 
acharem”.
-> Morte Presumida COM DECRETAÇÃO DE 
AUSÊNCIA 
Art. 6º, CC. 
A tutela do ausente e dos bens observa 3 fases, 
na última fase é presumida a morte.
Art. 7 o Pode ser declarada a morte presumida, sem decretação de 
ausência:
I - se for extremamente provável a morte de quem estava em perigo de 
vida;
II - se alguém, desaparecido em campanha ou feito prisioneiro, não for 
encontrado até dois anos após o término da guerra.
Parágrafo único. A declaração da morte presumida, nesses casos, 
somente poderá ser requerida depois de esgotadas as buscas e 
averiguações, devendo a sentença fixar a data provável do falecimento.
Declaração importante para o Direito das Sucessões.
Baseado na Doutrina 
“Manual de Direito Civil” de 
Cristiano de Farias, Felipe 
Netto e Nelson Rosenvald.
Disponibilizado por 
Julia Ignacio 
(@explicajulia)
rp
AUSÊNCIA 
Segundo Paulo Lôbo, “ausência é a presunção da 
morte da pessoa física para fins civis, em virtude 
de desconhecimento de seu paradeiro, após longo 
tempo e cujas circunstâncias levam a fundadas 
dúvidas da continuação de sua existência”.
- A ausência deve ser declarada judicialmente, 
pode ser requerida por qualquer interessado ou 
pelo Ministério Público.
- Quando houver a declaração judicial, o juiz 
nomeará um curador, que cuidará dos interesses 
e bens do indivíduo desaparecido.
- O juiz, também, irá fixar os poderes e 
obrigações do curador, observando o que é dito na 
relação de tutela e curatela.
- Ordem de preferência para exercício da 
curadoria:
1) cônjuge ou companheiro, que não esteja 
separado judicialmente ou de fato por mais de 
dois anos antes da declaração da ausência (Art. 
25, CC)
2) Pais
3) Descendentes, os mais próximos preferem aos 
mais remotos.
Em regra, o Código Civil se preocupa com os 
direitos patrimoniais daquele que se encontra 
ausente 
Em questão de direitos existenciais, a abertura de 
sucessão definitiva (última fase da ausência) é 
motivo de dissolução de sociedade conjugal. (Art. 
1571, parágrafo 1º, CC).
Em segundo momento, se preocupa com os 
interesses dos sucessores e credores do ausente.
A Ausência possui 3 fases:
1) Curadoria dos Bens do Ausente
2) Sucessão Provisória 
3) Sucessão Definitiva 
1) Curadoria dos Bens do Ausente- Nomeia-se um curador 
- Arrecada-se os bens do ausente 
(Art. 25, CC + Art. 744, CPC)
O curador não poderá alienar (vender) os bens do 
ausente.
Em regra, essa fase dura 1 ano
Caso o ausente tiver deixado procurador, o prazo 
desta fase é de 3 anos.
E encerra-se por:
- Confirmação da morte do ausente 
- Retorno do ausente 
- Pela abertura da Sucessão Provisória.
2) Sucessão Provisória 
Nesta fase, os herdeiros podem adquirir posse dos 
bens do ausente, desde que prestem garantia da 
restituição deles, caso o ausente retorne.
*ascendentes, descendentes e cônjuge não 
precisam prestar garantia.
Os imóveis não podem ser alienados ou hipotecados, 
salvo por ordem judicial para evitar ruína do 
patrimônio.
Os sucessores deverão representar ativa ou 
passivamente o ausente em ações pendentes ou 
que vierem a ser propostas.
Essa fase, dura 10 anos, a partir do trânsito em 
julgado da decisão da sucessão provisória; 5 anos, 
caso o ausente tenha mais de 80 anos e se 
datarem mais de 5 anos, as últimas notícias (Art. 
38, CC).
E encerra-se por:
- Confirmação da morte do ausente
- Seu retorno
- Pela abertura da sucessão definitiva 
Art. 26. Decorrido um ano da arrecadação dos bens do ausente, ou, 
se ele deixou representante ou procurador, em se passando três 
anos, poderão os interessados requerer que se declare a ausência e 
se abra provisoriamente a sucessão.
Baseado na Doutrina “Manual de Direito Civil” de Cristiano de Farias, Felipe Netto e Nelson Rosenvald. | Resumo disponibilizado por Julia Ignacio (@explicajulia)
3) Sucessão Definitiva
Nesta fase, os herdeiros podem solicitar o 
levantamento das garantias prestadas, e adquirem 
o domínio dos bens deixados.
Caso depois desses prazos, o ausente retorne, ele 
terá direito aos seus patrimônios, todavia no estado 
em que se encontrarem.
É só terá esse direitos caso retorne dentro de 10 
anos da abertura da Sucessão Definitiva, depois 
disso não terá direito aos bens.
A título de curiosidade:
A AUSÊNCIA NO CÓDIGO DE PROCESSO 
CIVIL
Foro da Ação:
Ao Requerer a abertura da sucessão provisória, o 
interessado, deverá pedir a citação pessoal dos 
herdeiros presentes e do curador, e por editais, a 
dos ausentes para requererem habilitação.
- Regressando o ausente ou algum de seus 
descendentes ou ascendentes para pedir ao 
judiciário a entrega de bens, os sucessores 
provisórios ou definitivos serão citados para 
contestar o pedido, assim como o Ministério Público 
e o representante da Fazenda Pública.
Art. 49. A ação em que o ausente for réu será proposta no foro de 
seu último domicílio, também competente para a arrecadação, o 
inventário, a partilha e o cumprimento de disposições 
testamentárias
Observação:
Este documento é um 
resumo, não possui 100% 
do conteúdo!
Baseado na Doutrina “Manual de Direito Civil” de Cristiano de Farias, Felipe Netto e Nelson Rosenvald. | Resumo disponibilizado por Julia Ignacio (@explicajulia)

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