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Personalidade Civil da Pessoa Natural

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Prévia do material em texto

CURSO DE GRADUÇÃO EM DIREITO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PERSONALIDADE CIVIL DA PESSOA NATURAL 
 
ACADÊMICO: ALAIDE SODRÉ BARBOSA 
TURMA: 2A 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BOA VISTA 
SETEMBRO - 2021 
 
 
 
 
 
ALAIDE SODRÉ BARBOSA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PERSONALIDADE CIVIL (Da Pessoa Natural) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Trabalho apresentado ao Professor Daniel 
Lopes Garneiro Ferreira da disciplina Direito 
Civil – Parte Geral da turma 2A, turno 
Vespertino do curso de Direito 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Faculdade Cathedral - Roraima 
Boa Vista - 22 de setembro 
 
 
 
 
 
Conceitos de Personalidade 
O termo personalidade é definido como qualidade essencial de uma pessoa, a qual expressa a 
singularidade e a autonomia do ser. No sentido jurídico, personalidade é a aptidão que toda 
pessoa tem de exercer direitos e contrair deveres. A existência de direitos pressupõe, afinal, a 
existência da pessoa que seja titular desse direito. 
A personalidade diz respeito á capacidade de direito, ou seja, á possibilidade de ter direitos e 
deveres. Toda pessoa é sujeita de direitos e, portanto, tem capacidade de direito. No entanto, 
essa capacidade não se confunde com a capacidade civil, de fato ou de exercício – aptidão 
para adquirir e exercer direitos – que nem todas as pessoas possuem. O Código Civil 
disciplina a capacidade de fato ou de exercícios em seus artigos 3º e 4º, ao dispor sobre a 
incapacidade absoluta e relativa. É que há determinadas classificações de pessoas que se 
consideram inaptas a tomar decisões por si mesmas e a determinar-se juridicamente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Teorias da Personalidade 
Há três teorias sobre o início da personalidade da pessoa natural: 
1. A Teoria Natalista: A personalidade só se inicia com o nascimento com vida; 
2. A Teoria Concepcionista: A personalidade se inicia com a concepção; 
3. A Teoria da Personalidade Condicionada: Surgiu do Código Civil brasileiro, que 
adotou o nascimento com vida como marco do início da personalidade, mas reserva os 
direitos que o nascituro teria desde a concepção – sua aquisição, todavia, fica 
condicionada ao nascimento com vida. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Quando Inicia 
A resposta se encontra no artigo 2º do Código Civil de 2002: “Art. 2º A personalidade civil da 
pessoa começa do nascimento com vida. Mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos 
do nascituro’. 
Entretanto, entra em desacordo, pois o direito á vida se adquire e protege desde a concepção 
ou o direito á vida somente se adquire e protege após o nascimento com vida. Por uma 
questão de lógica, não se trata de um direito que se possa reservar apenas a atribuir ao ente 
após a aquisição da personalidade, pois implica diretamente com o direito à sucessão 
hereditária. 
Pela teoria natalista, o nascituro não poderia ser considerado pessoa, pois o Código Civil 
exigiria o nascimento com vida e o nascituro teria mera expectativa de direitos. 
Silmara Juny de Abreu Chinelato, uma das adeptas a teoria concepcionista a justifica: “o 
nascimento com vida apenas consolida o direito patrimonial, aperfeiçoando-o. O nascimento 
sem vida atua, para a doação e a herança, como condição resolutiva, problema que não se 
coloca em se tratando de direitos não patrimoniais. De grande relevância, os direitos da 
personalidade do nascituro, abarcados pela revisão não taxativa do art. 2º. Entre estes, avulta o 
direito á vida, á integridade física, á honra e á imagem, desenvolvendo-se cada vez mais a 
indenização de danos pré-natais, entre nós com impulso maior depois dos Estudos de 
Bioética” (“Estatuto Jurídico do nascituro: o direito brasileiro”, in Questões controvertidas, 
v.6, Editora Método, 2007). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Capacidade Civil 
Uma vez que o indivíduo passa a ser pessoa e adquire direitos e obrigações, não quer dizer 
que necessariamente terá aptidão para exercer esses tais direitos e obrigações. 
Dito isso, é possível afirmar que a personalidade civil está ligada à ideia de ter direitos e 
obrigações. Enquanto isso, a capacidade civil diz respeito à ideia de poder exercer direitos e 
obrigações. 
Capacidade significa a aptidão que a pessoa tem de adquirir e exercer direitos. Pelo Código 
Civil toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil. A incapacidade é a exceção, ou 
seja, são incapazes aqueles discriminados pela legislação (menores de 16 anos, deficientes 
mentais, etc.) A capacidade divide-se em dois tipos: 
a) Capacidade de direito: em que a pessoa adquire direitos, podendo ou não os exercer. 
b) Capacidade de exercício ou de fato: em que a pessoa exerce seu próprio direito. 
Com isso, conclui-se que todas as pessoas têm capacidade de direitos, mas nem todas 
possuem a capacidade de exercício do direito. Artigo 1º e seguintes do Código Civil. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Incapacidade Civil 
São as pessoas que não estão aptas ao exercício ou gozo de seus direitos. Nos moldes da 
legislação civil atual, pode-se afirmar que a temática da capacidade civil possui três graus: 
plena, relativa, incapacidade civil absoluta. 
Incapacidade Civil Relativa: A incapacidade civil relativa é aquela em que a pessoa não 
poderá exercer sozinha determinados direitos e obrigações. Sendo assim necessária a 
assistência de outra pessoa para a prática de alguns atos. Atualmente, são eles: 
a) Os pródigos; 
b) Os maiores de 16 e menores 18 anos; 
c) Os ébrios habituais (alcoólatras) e os viciados em tóxicos; 
d) Aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade. 
Além disso, é necessário esclarecer que no caso dos alcoólatras, será necessário constatar 
efetivamente o estado patológico da embriaguez como condição de doença crônica. Dessa 
forma, se pode justificar a restrição relativa de capacidade. 
De igual modo, no caso dos viciados em tóxicos, será preciso avaliar o grau de intoxicação e 
dependência. A partir disso, será constatado se haverá alguma possibilidade de prática de atos 
cíveis, no caso de internação para tratamento. 
Em qualquer dessas hipóteses, o suprimento da incapacidade civil relativa será feito através 
de assistência. Ou seja, a pessoa relativamente incapaz irá praticar determinados atos jurídicos 
em conjunto com um assistente sob pena de anulabilidade dos atos praticados. Nesse 
contexto, podem ser considerados assistentes: 
▪ Pais; 
▪ Tutor; 
▪ Curador. 
Incapacidade Civil Absoluta: Trata da falta de aptidão total para a prática de atos da vida 
civil. Ou seja, quando a pessoa tem capacidade de direito, mas não tem capacidade de fato ou 
 
 
 
 
de exercício. Sendo assim, é necessária à sua representação por outra pessoa. Nos termos do 
art. 3º do CC/2002: 
 
“São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida 
civil os menores de 16 (dezesseis) anos.” 
 
No caso, se tiver 16 anos completos estaremos diante da incapacidade relativa e se for 
emancipado estaremos diante da capacidade civil plena. 
Vale lembrar que a incapacidade jurídica não é excludente absoluta de responsabilização 
patrimonial, já que na forma do art. 928 do CC/2002: 
 
“O incapaz responde pelos prejuízos que causar, se as pessoas 
por ele responsáveis não tiverem obrigação de fazê-lo ou não 
dispuserem de meios suficientes”. 
 
No atual cenário, a incapacidade civil absoluta ficou restrita à questão etária. Isso se deve às 
inovações trazidas pela Lei de Inclusão da Pessoa com Deficiência. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fim da Personalidade Civil 
A personalidade se dá com o nascimento com vida, acompanhando o indivíduo durante toda 
a sua vida. E termina com o fim da existência da pessoa natural, ou seja, com a morte. 
Verificada a morte de uma pessoa, desaparecem, como regra, os direitose as obrigações de 
natureza personalíssima (ex.: dissolução do vínculo matrimonial, relação de parentesco, 
etc.). Já os direitos não personalíssimos (em especial os de natureza patrimonial) são 
transmitidos aos seus sucessores. 
Num sentido genérico podemos dizer que há três espécies de morte: real, civil e presumida. 
A doutrina acrescenta também a hipótese da Lei nº 9.140/95 que reconheceu como mortos, 
para todos os efeitos legais (morte legal), os “desaparecidos políticos”. 
Morte Real: A personalidade civil termina com a morte física, deixando o indivíduo de ser 
sujeito de direitos e obrigações. 
A morte, portanto, é o momento extintivo dos direitos da personalidade. A morte real se dá 
com o óbito comprovado da pessoa natural e o critério jurídico de morte no Brasil é a morte 
encefálica (Lei 9.434/97 – Lei de Transplantes). 
A regra geral é que inicialmente se exige um atestado de óbito (para isso é necessário o 
corpo), que irá comprovar a certeza do evento morte, devendo o mesmo ser lavrado por 
profissional registrado no Conselho Regional de Medicina. 
Com este documento é lavrada a certidão de óbito, por ato do oficial do registro civil de 
pessoa natural, sendo está a condição para o sepultamento. Na falta do corpo, recorre-se aos 
meios indiretos de comprovação morte real (também chamada de justificação judicial de 
morte real). 
Isto está disciplinado no art. 88 da Lei nº 6.015/73 (Lei de Registros Públicos): "Poderão os 
juízes togados admitir justificação para o assento de óbito de pessoas desaparecidas em 
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/104145/lei-9140-95
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/105509/lei-dos-transplantes-de-%C3%B3rg%C3%A3os-lei-9434-97
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/11326369/artigo-88-da-lei-n-6015-de-31-de-dezembro-de-1973
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1034888/lei-de-registros-publicos-lei-6015-73
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1034888/lei-de-registros-publicos-lei-6015-73
 
 
 
 
naufrágios, incêndio, terremoto ou outra qualquer catástrofe, quando estiver provada a sua 
presença no local do desastre e não for possível encontrar o cadáver para exame". 
 
Morte Civil: A morte civil era a perda da personalidade em vida. A pessoa estava viva, mas 
era tratada como se estivesse morta. Geralmente era uma pena aplicada a pessoas 
condenadas criminalmente, em situações especiais. 
Atualmente, pode-se dizer ela não existe mais. No entanto, há resquícios de morte civil. Ex.: 
no art. 1.816, CC, onde há a opção de exclusão de herança por indignidade do filho, “como 
se ele morto fosse”; embora viva, a pessoa é ignorada para efeitos de herança. 
 
Morte Presumida: Ocorre quando não se consegue provar que houve a morte real. A 
pessoa que deixa de dar notícias de seu paradeiro por um longo período de tempo, sem 
deixar um representante (procurador) para administrar seus bens (art. 22, CC). Os efeitos da 
morte presumida são patrimoniais (protege-se o patrimônio do ausente) e alguns pessoais 
(ex.: o estado de viuvez do cônjuge do ausente). 
A ausência só pode ser reconhecida por meio de um processo judicial composto de três 
fases: 
• Curadoria de ausentes; 
• Sucessão provisória; 
• Sucessão definitiva. 
 
1. Declaração de ausência: Ausente uma pessoa, qualquer interessado na sua sucessão (e 
até mesmo o Ministério Público) poderá requerer ao Juiz a declaração de ausência e a 
nomeação de um curador, obedecendo a ordem do art. 25, CC. 
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10605548/artigo-1816-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983995/c%C3%B3digo-civil-lei-10406-02
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10729448/artigo-22-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983995/c%C3%B3digo-civil-lei-10406-02
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10729344/artigo-25-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983995/c%C3%B3digo-civil-lei-10406-02
 
 
 
 
Trata-se da curadoria dos bens do ausente. Os bens são arrecadados e entregues ao 
curador apenas para os mesmos sejam administrados (não há efeitos pessoais). Durante 
um ano (no caso de o ausente não deixar representante ou procurador) devem-se expedir 
editais convocando o ausente para retomar a posse de seus haveres. 
Com a sua volta opera-se a cessação da curatela, o mesmo ocorrendo se houver notícia 
de seu óbito comprovado. No entanto, se o ausente deixou um representante para cuidar 
de seus interesses, aquele prazo (de um ano) eleva se para três anos. 
2. Sucessão provisória: Se o ausente não comparecer no prazo (um ou três anos, 
dependendo da hipótese), poderá ser requerida e aberta a sucessão provisória e o início 
do processo de inventário e partilha dos bens. No processo de ausência a sentença do 
Juiz é dada logo no início do processo, para que se inicie a sucessão provisória. Mas esta 
sentença determinando a abertura da sucessão ainda não produz efeitos de imediato. O 
art. 28, CC prevê uma cautela a mais. Ou seja, concede um prazo de mais 180 dias para 
que o ausente reapareça e tome conhecimento da sentença que determinou a abertura da 
sucessão provisória de seus bens. Após este prazo, a ausência passa a ser presumida. 
Nesta fase cessa a curatela dos bens do ausente. É feita a partilha dos bens deixados e 
agora são os herdeiros, de forma provisória e condicional (e não mais o curador) que 
irão administrar os bens, prestando caução (ou seja, dando garantias de que os bens 
serão restituídos no caso de o ausente aparecer). No entanto, se estes herdeiros forem 
descendentes, ascendentes ou cônjuge do ausente, não necessitam prestar a caução. 
Nesta fase os herdeiros ainda não têm a propriedade; exercem apenas a posse dos bens 
do ausente. Apenas se antecipa a sucessão, sem delinear definitivamente o destino dos 
bens desaparecido. Se seu pai retornar posteriormente, o filho não será obrigado a 
restituir os aluguéis que recebeu com a casa e nem o que lucrou explorando a fazenda. 
Já os demais sucessores terão direito somente à metade destes frutos ou rendimentos. 
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10728975/artigo-28-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983995/c%C3%B3digo-civil-lei-10406-02
 
 
 
 
3. Sucessão definitiva: O art. 37, CC. Após 10 (dez) anos do trânsito em julgado da 
sentença de abertura da sucessão provisória, sem que o ausente apareça, será declarada a 
morte presumida. Nesta ocasião converte-se a sucessão provisória em definitiva. Os 
sucessores deixam de ser provisórios, adquirindo a propriedade plena (ou o domínio) e a 
disposição dos bens recebidos. Porém esta propriedade é considerada resolúvel. Isto é, 
se o ausente retornar em até 10 (dez) anos seguintes à abertura da sucessão definitiva 
terá direito aos bens, mas no estado em que se encontrarem. Ou então terá direito ao 
preço que os herdeiros houverem recebido com sua venda. Se regressar após esse prazo 
(portanto após 21 anos de processo), não terá direito a mais nada. 
É nesta fase (na sucessão definitiva, ou seja, até 10 anos após o trânsito em julgado da 
sentença de abertura da sucessão provisória) que também se dissolve a sociedade 
conjugal, considerando-se rompido o vínculo matrimonial. É o que prevê o art. 1.571, § 
1º do CC. Neste caso o cônjuge será considerado viúvo (torna-se irreversível a 
dissolução da sociedade conjugal), podendo se casar novamente. 
No entanto este cônjuge não precisa esperar tanto tempo para se casar novamente. 
Mesmo antes de ser considerado viúvo ele pode ingressar com um pedido de divórcio, 
atualmente, com a edição da Emenda Constitucional nº 66/2010, muito mais simples e 
sem necessidade de aguardar prazos. Divorciada, a pessoa já está livre para convolar 
novas núpcias. 
 
 
 
 
 
 
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10728453/artigo-37-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983995/c%C3%B3digo-civil-lei-10406-02http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10625978/artigo-1571-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10625794/par%C3%A1grafo-1-artigo-1571-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10625794/par%C3%A1grafo-1-artigo-1571-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983995/c%C3%B3digo-civil-lei-10406-02
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/823944/emenda-constitucional-66-10
 
 
 
 
BIBLIOGRAFIA 
 
CONCEITO, Início e Fim da Personalidade. Trilhante, 2020. Disponível em: 
https://trilhante.com.br/curso/direitos-da-personalidade/aula/conceito-inicio-e-fim-da-
personalidade-1. Acesso em: 17, ago. 2021. 
 
QUINTELLA, Felipe. Repensando o Direito Civil Brasileiro (8): A teoria da 
personalidade jurídica, o nascituro e o aborto. Genjurídico, São Paulo, dez. 2016. 
Disponível em: http://genjuridico.com.br/2016/12/02/repensando-o-direito-civil-
brasileiro-8-a-teoria-da-personalidade-juridica-o-nascituro-e-o-aborto/. Acesso em: 18, 
ago. 2021. 
 
HELTON, Thiago. Aspectos Gerais da Capacidade Civil no Direito Brasileiro. 
Aurum, Minas Gerais, jun. 2021. Disponível em: 
https://www.aurum.com.br/blog/capacidade-civil/. Acesso em: 21, set. 2021. 
 
CUNHA, Douglas. Fim da Personalidade da Pessoa Natural. Jusbrasil, Brasília, 
c2015. Disponível em: https://douglascr.jusbrasil.com.br/noticias/179350050/fim-
da-personalidade-da-pessoa-natural. Acesso em: 21, set. 2021. 
 
CIVIL, Capacidade. Conselho Nacional do Ministério Público, Brasília, c2015. 
Disponível em: https://www.cnmp.mp.br/portal/institucional/476-glossario/8140-
capacidade-civil. Acesso em: 21, set. 2021. 
 
CIVIL, Incapacidade. Conselho Nacional do Ministério Público, Brasília, c2015. 
Disponível em: https://www.cnmp.mp.br/portal/institucional/476-glossario/7996-
incapacidade-civil. Acesso em: 21, set. 2021. 
 
 
 
 
https://trilhante.com.br/curso/direitos-da-personalidade/aula/conceito-inicio-e-fim-da-personalidade-1
https://trilhante.com.br/curso/direitos-da-personalidade/aula/conceito-inicio-e-fim-da-personalidade-1
http://genjuridico.com.br/2016/12/02/repensando-o-direito-civil-brasileiro-8-a-teoria-da-personalidade-juridica-o-nascituro-e-o-aborto/
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https://www.aurum.com.br/blog/capacidade-civil/
https://douglascr.jusbrasil.com.br/noticias/179350050/fim-da-personalidade-da-pessoa-natural
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