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CENTRO UNIVERSITÁRIO JORGE AMADO (UNIJORGE)
TECNOLOGIA DE ANÁLISE E DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS
CLAUDIO JUNIOR NASCIMENTO DA SILVA
A LIBRAS E SUAS ESPECIFICIDADES SOCIAIS
Salvador
2019
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CLAUDIO JUNIOR NASCIMENTO DA SILVA
A LIBRAS E SUAS ESPECIFICIDADES SOCIAIS
Trabalho da disciplina Língua Brasileira de Sinais
(LIBRAS), apresentado ao Centro Universitário Jorge
Amado (UNIJORGE), como requisito de avaliação no
curso Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de
Sistemas.
Orientador: Profº Milton Guimarães Bezerra Filho
Salvador
2019
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A LIBRAS E SUAS ESPECIFICIDADES SOCIAIS
 
Para a maioria dos ouvintes, a surdez representa uma perda da comunicação, um protótipo de
autoexclusão, de solidão, de silêncio, de obscuridade e de isolamento. Em nome dessa
representação, praticaram e praticam as mais inconcebíveis formas de controle de seus corpos,
mentes e linguagem. Entre os controles mais significativos, pode-se mencionar: a violenta
obsessão para fazê-los falar; o localizar na oralidade, que é o eixo essencial e único de todo
projeto pedagógico; a tendência a preparar esses sujeitos como mão de obra barata; a
experiência biônica em seus cérebros; a formação paramédica e pseudorreligiosa dos
professores; a proibição de sua língua. [...]. (SKLIAR, 1997, p. 31). Agrega-se a esse
contexto, que a Libras é uma língua de modalidade visual-espacial, o que leva muitos
ouvintes a considerá-la como uma língua inferior.
Pensando na Libras como um instrumento de aproximação entre as culturas surdas e ouvintes.
Leia o trecho e redija um texto que ressalve:
a) A importância do reconhecimento da Libras como língua materna das pessoas surdas.
b) A importância da expressão corporal e facial na Libras como facilitadoras em situações
comunicativas.
Assista ao vídeo Travessia do silêncio, da GNT. https://www.youtube.com/watch?
v=IxlTqphvB1Y
- Unidade 3: Aula 3 e o artigo O uso de classificadores na língua de sinais brasileira, de Elidéa
Lúcia Almeida Bernardino.
- Unidade 4: Aulas 1 e 2 e os seguintes vídeos de apoio: Aspectos socioculturais em questão e
A importância de conhecer a singularidade linguística.
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A Libras e suas especificidades sociais
A perda auditiva, muitas vezes chamada de surdez, refere-se a qualquer tipo de
problema ou distúrbio no processamento normal da audição, independente de causa, tipo ou
maior ou menor grau de severidade. Pode constituir uma alteração auditiva, gerando no
indivíduo uma diminuição da sua capacidade de ouvir e perceber os sons (ARAUJO, 2016).
O Decreto nº 5.626 de 22 de dezembro de 2005 considera a pessoa surda aquela que,
por ter perda auditiva, compreende e interage com o mundo por meio de experiência visuais,
manifestando sua cultura principalmente pelo uso da Língua Brasileira de Sinais – Libras.
Este mesmo Decreto considera deficiência auditiva a perda bilateral, parcial ou total, de
quarenta e um decibéis (dB) ou mais, aferida por audiograma nas frequências de 500Hz,
1.000Hz, 2.000Hz e 3.000Hz (BRASIL, 2005).
Neste contexto, Araújo (2016), indica a seguinte classificação dos graus de audição:
 Audição Normal – de 0 a 15 dB;
 Surdez leve - de 16 a 40 dB. Nesse caso a pessoa pode apresentar dificuldade para
ouvir o som do tic-tac do relógio ou mesmo uma conversação em voz baixa
(cochicho);
 Surdez moderada - de 41 a 55 dB. Com esse grau de perda auditiva a pessoa pode
apresentar alguma dificuldade para ouvir uma voz fraca ou o canto de um pássaro;
 Surdez acentuada - de 56 a 70 dB. Com esse grau de perda auditiva a pessoa poderá
ter alguma dificuldade para ouvir uma conversação normal;
 Surdez severa - de 71 a 90 dB. Nesse caso a pessoa poderá ter dificuldades para
ouvir o telefone tocando ou ruídos das máquinas de escrever num escritório;
 Surdez profunda - acima de 91 dB. Nesse caso a pessoa poderá ter dificuldade para
ouvir o ruído de caminhão, de discoteca, de uma máquina de serrar madeira ou,
ainda, o ruído de um avião decolando.
Sá (2006) suscita uma nova definição do conceito em sua obra, questionando a surdez
como deficiência e contra a visão da pessoa surda enquanto indivíduo deficiente, doente e
sofredor. Os surdos como grupo organizado culturalmente, se definem de forma cultural e
linguística. A definição de surdez pelos surdos passa muito mais por sua identidade grupal que
por uma característica física que pretensamente os faz menos ou menores do que os ouvintes.
Soares (2011) faz uma reflexão positiva quando sinaliza que a distinção entre surdo e
deficiente auditivo justifica-se pelo fato deste segundo termo estigmatizar o sujeito sempre
pelo o que o mesmo não tem, ou seja, a audição, deixando de considerar sua diferença que se
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caracteriza pelo poder de se expressar gestual e visualmente e, por esta razão, caracterizar-se
linguística e culturalmente como diferente.
A mudança de paradigma sinalizada por Sá (2006) está pautada em um contexto
sociopolítico que tem sofrido alterações significativas ao longo dos anos, acarretando
inclusive em mudanças na legislação, surgimento de programas voltados á comunidade surda
e de uma tentativa constante de inclusão social. 
Araújo (2016) considera que falar sobre a construção da identidade surda é um bom
começo para o entendimento do surdo como um sujeito constitutivo de significados culturais e
um agente social que influenciae é influenciado pela sua cultura. Nessa perspectiva, a
comunidade surda vem a ser um grupo que se forma na diferença, um grupo com cultura
própria. A cultura representa a identidade de um povo e retrata seu modo de viver sob vários
aspectos, como costumes, hábitos, formas de lidar e construir o conhecimento e de entender as
complexidades sociais. Seguindo tais argumentações, destaca que os surdos pertencem a uma
cultura com referências culturais próprias, as quais permitem que eles se considerem sujeitos
culturais, e não deficientes. 
Duarte et al. (2013) cita que a aquisição da língua oral pelos surdos não acontece
naturalmente. A diminuição da percepção auditiva faz com que necessitem de atendimento
diferenciado e suporte clínico sistematizado, caso queiram adquirir habilidades de
comunicação na modalidade oral. A abordagem oralista trabalha com a aprendizagem da fala
para a função de emissão e o treino da leitura labial para a recepção da mensagem. Suas
práticas reabilitadoras lidam com o fato de que nem todo surdo possui as competências
necessárias para desempenhar esse processo com eficiência. Só 20% do conteúdo recebido
pelo surdo podem ser assimilados pela leitura labial. Para não ficarem alijados dos processos
comunicativos, os indivíduos surdos se comunicam de maneira peculiar, e muitos usam a
língua de sinais para se expressar e compreender o contexto no qual se inserem.
Ainda sobre o assunto, Duarte et al. (2013) indica que a compreensão dos aspectos
socioculturais da comunidade surda é possível quando analisados pela trajetória histórica da
educação das pessoas surdas, que é marcada pela dualidade da comunicação; alguns defendem
o uso da língua oral, outros, o uso da língua de sinais e há quem defenda o uso das duas
línguas em sistemas bimodais ou em bilinguismo diglóssico. As línguas de sinais são de
modalidade visuoespacial, pois o sistema de signos compartilhados é recebido pelos olhos, e
sua produção é realizada pelas mãos, no espaço. São reconhecidas como línguas pela
linguística, que lhes atribui o conceito de línguas naturais e não as considera “problema do
surdo” ou “patologia da linguagem”. 
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A língua utilizada pela população ouvinte é língua majoritária dos pais, e sua
modalidade é oral; no caso do Brasil, é a língua portuguesa, mas, para os surdos, a realidade é
outra. Eles se comunicam pela língua de sinais e, por isso, são caracterizados como um grupo
linguisticamente minoritário. A língua oral do seu país não se apresenta como um recurso que
facilita seu intercâmbio com o mundo; pelo contrário, representa um obstáculo que o surdo
precisa transpor para se relacionar socialmente de forma efetiva. Vale a pena ressaltar que, no
Brasil, a Língua Brasileira de Sinais (Libras) só foi reconhecida como meio de comunicação e
expressão da comunidade surda pela lei federal n. 10.436, de 24 de abril de 2002.
A tendência em valorizar a oralização e treino da leitura orofacial, inicialmente
observada, acabou tornando-se referência na educação dos Surdos até a atualidade: “A
educação do Surdo no Brasil adquiriu o caráter oralista, o qual luta até hoje para se livrar.”
(MOURA, 2000)
A Língua Brasileira de Sinais é uma língua que tem ganhado espaço na sociedade por
conta dos movimentos surdos em prol de seus direitos, é uma luta de muitos anos que
caracteriza o povo surdo como um povo com cultura e língua própria que sofre a opressão da
sociedade majoritária impondo um padrão de cidadão sem levar em conta as especificidades
de cada um destes cidadãos. Sendo assim, através de anos de luta o povo surdo conquistou o
direito de usar uma língua que possibilitasse não só a comunicação, mas também sua efetiva
participação na sociedade.
A Federação Nacional de Educação e Integração dos Surdos (FENEIS) define a Libras
como a língua materna dos surdos brasileiros (Lei nº 10.436, de 24 de abril de 2002) e, como
tal, poderá ser aprendida por qualquer pessoa interessada pela comunicação com esta
comunidade. Como língua, está composta de todos os componentes pertinentes às línguas
orais, como gramática, semântica, pragmática, sintaxe e outros elementos preenchendo, assim,
os requisitos científicos para ser considerado instrumento linguístico de poder e força. Possui
todos elementos classificatórios identificáveis numa língua e demanda prática para seu
aprendizado, como qualquer outra língua. 
Não se pode deixar de ressaltar que a barreira da língua representa o grande entrave
para a inclusão do surdo e sua inclusão social. Não se trata de aprender uma nova língua.
Quando se trata de pessoas surdas, principalmente aqueles que são surdos de nascença, fala-se
de pessoas que dependem do visual, e a relação existentes entre a linguagem e como o
pensamento é organizado é bem diferente quando se podem ouvir os sons dos fonemas.
Também é importante sinalizar que o ouvinte aprende naturalmente a representar os
fonemas a media que vai sendo alfabetizado. No entanto, no caso dos surdos de nascença, que
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não tiveram oportunidades de ouvir os sons, mesmo no ambiente familiar, não há como
representar esses fonemas, pois para eles isso não existe. Apesar da linguagem de sinais, é
necessário entender e atentar para como os surdos estruturam o pensamento, para então
orientar como eles devem aprender a ler e escrever. 
A linguagem de sinais tem sido considerada como a língua natural dos surdos (no
Brasil, a Libras). Este linguagem é a que melhor dispõe de recursos para que os surdos se
comuniquem com as demais pessoas e tenham uma melhor concepção sobre o mundo ao seu
redor. O quando antes a pessoa ter acesso ao aprendizado da linguagem de sinais, melhor e
mais fácil será sua relação com o mundo e com as pessoas.
Assim como qualquer outra linguagem, a de sinais tem as características que lhes são
inerentes, sendo que a principal é o fato de ser uma linguagem gestual-visual. Isso significa
que ela utiliza não apenas o canal visual, mas e principalmente também, as expressões faciais
e corporais no processo de comunicação. A título de comparação, a linguagem oral utiliza da
audição e da fala no mesmo processo.
Outra característica da linguagem de sinais é que não se trata de uma linguagem
universal, ou seja, existe uma grande variedade de linguagens ao redor do mundo e, assim
como a linguagem oral, até mesmo dentro do mesmo território existem diferenças, assim
como a linguagem oral, que pode variar de região para região. A também como a linguagem
oral, a linguagem de sinais evolui com o passar do tempo, incluindo novos sinais e/ou
excluindo-os também.
Os seguintes elementos são necessários para a comunicação na linguagem de sinais:
atenção e memória visuais, agilidade e expressão facial e corporal.
Como toda língua de sinais, a Libras possui como característica a sua estrutura
linguística: verbos, pronomes, advérbios, elementos de flexão, intensificadores,
quantificadores e estruturação de frases. No entanto, as suas regras não são mas mesmas
regras gramaticais da língua portuguesa. Por outro lado, a flexão verbal não se dá como na
linguagem oral e não se encontram artigos e preposições.
Os Classificadores fazem parte do núcleo lexical das linguagens de sinais, sendo os
responsáveis pela formação da maioria dos sinais. Eles lembram, de alguma forma, gestos que
acompanham a fala e por isso são confundidos com eles, embora tenham suas próprias
características e regras de formação. Os classificadoressão utilizados em verbos de
movimento e verbos de localização. Nos classificadores, mãos e corpo são usados como
articuladores para indicar o nome do referente ou o agente da ação. A forma básica do verbo
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inclui: um movimento, uma configuração de mão particular ou outra parte do corpo e um
caminho ou um traçado para esse movimento.
Isto posto, é importante sinalizar que a linguagem de sinais é a língua materna do
surdo. No passado, e até hoje em dia em muitas situações, tentava-se fazer com que o surdo
aprendesse por meio da oralidade. Hoje, contudo, entende-se que a forma mais eficiente para
o aprendizado do surdo é por meio do uso da língua de sinais e todas as suas especificidades.
Não se pode deixar de relatar o quão importante é que a família identifique o quanto
antes a possível surdez. Percebemos no caso do vídeo (Travessia do Silêncio) que, mesmo
com o acompanhamento médico, o mesmo não identificou a surdez na criança e isso poderia
ter causado uma dificuldade maior. Chama a atenção o relato dos pais, primeiramente de
negação da realidade, não querendo acreditar que o filho era surdo; em seguida de culpa,
culpando o médico por não ter percebido antes e o casal, individualmente, também se
culpando. Mas só depois da aceitação da realidade que se buscou alternativas de aprendizado
e novas técnicas, como no caso o implante. 
Este exemplo é muito interessante, pois mostra como a questão do ouvir promove o
desenvolvimento da fala. Por ignorância associamos a surdez à mudez, principalmente em
crianças que nascem surdas. Elas são mudas porque não sabem reproduzir os sons, visto que
nunca ouviram. O próprio menino do vídeo é um exemplo disso, após o implante ele passou a
falar. Em seguida, o segundo filho do casal, uma menina, também nasceu surda; mesmo sem
ter casos registrados na família. Após algumas tentativas, conseguiram realizar o implante.
Fica evidente, com tudo o que estudado e pesquisado, o quão é importante a
comunicação para as pessoas e como o surgimento da linguagem de sinais tem promovido a
inclusão dos surdos, ou pelo menos facilitado essa inclusão. No entanto, cabe que essa
linguagem deva ser mais disseminada e propagada nas instituições. No Brasil, a Libras tem
sido divulgada, passando a penetrar no ambiente acadêmico e na sociedade com maior ênfase.
REFERÊNCIAS
ARAÚJO, Luzia Cristina Nogueira. Língua Brasileira de Sinais: LIBRA. Livro Eletrônico. Rio de
Janeiro: UVA, 2016.
BERNARDINO, Elidéa Lúcia Almeida. O uso de classificadores na língua de sinais
brasileira. ReVEL, v. 10, n. 19, 2012. [www.revel.inf.br].
BRASIL. Decreto nº 5.626, de 22 de dezembro de 2005.
BRASIL. Lei nº 10.436, de 24 de abril de 2002.
Downloaded by Viviane Freitas (viviane0804@gmail.com)
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DUARTE, Soraya Bianca Reis; CHAVEIRO, Neuma; FREITAS, Adriana Ribeiro de; BARBOSA,
Maria Alves; PORTO, Celmo Celeno; FLECK, Marcelo Pio de Almeida. Aspectos históricos e
socioculturais da população surda. História, Ciências, Saúde-Manguinhos, Rio de Janeiro, v. 20, n.
4, p. 1713-1734, out./dez. 2013.
MOURA, Maria Cecília, VERGAMINI, Sabine A. Arena; CAMPOS, Sandra R. Leite (orgs.).
Educação para Surdos: práticas e perspectivas. São Paulo: Livraria Santos Editora, 2008
NOSSA CAUSA. A importância da inclusão dos surdos na educação e no mercado de trabalho.
Disponível em: <https://nossacausa.com/inclusao-surdos-brasil/>. Acesso em: 18 out 2019.
SÁ, Nídia Limeira. Os Estudos Surdos. Texto extraído do livro Cultura, pode e educação de surdos.
São Paulo: Paulinas, 2006. Disponível em:
<www.eusurdo.ufba.br/arquivos/estudos_surdos_feneis.doc>. Acesso em: 12 out 2019. 
SOARES, Rosineide de Andrade. Conquistas educacionais dos surdos no contexto brasileiro: a
compreensão de autores surdos e não surdos sobre esse evento. Dissertação de Mestrado.
Faculdade de Humanidades e Direito da Universidade Metodista de São Paulo, São Bernardo do
Campo, 2011.
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