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gp1- Neisseria meningitidis e Haemophilus influenzae

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Davi Barbosa Lima de Macêdo; 
Geyza Fernandes de Sousa. 
Neisseria meningitidis e Haemophilus influenzae 
DISCENTES:
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ - UFPI
DEPARTAMENTO DE PARASITOLOGIA E MICROBIOLOGIA/ CCS
DISCIPLINA: MICROBIOLOGIA PARA ENFERMAGEM
DOCENTE: Dra. MARIA DO ROSARIO CONCEIÇÃO MOURA NUNES
INFECÇÕES
Epidemiologia e Controle 
03
CONTEXTO HISTÓRICO
Fatores de Virulência e Patogênese
01
DIAGNÓSTICO
Tratamento
02
REPOSTA IMUNOLÓGICA
Patogênese
04
Neisseria 
As espécies compreendem diplococos Gram-negativos;
Morfologia característica representada por lados adjacentes achatados, dando um formato semelhante a grãos de feijão;
Os diplococos medem entre 0,6 e 1,5 µm, são imóveis, não esporulam e algumas espécies apresentam cápsula;
Todas as espécies são aeróbias e apresentam temperatura ótima de crescimento entre 35°C e 37°C. 
Fonte: TRABULSI, L. R., & Alterthum, F. (2005).
Neisseria meningitidis 
A doença meningocócica (DM) é conhecida desde 1805, quando Vieussex descreveu uma epidemia de febre cerebrospinal em Genebra - Suíça e até hoje continua sendo uma importante causa de morbidade e mortalidade em
todo o mundo.
Em 1884 o agente etiológico da DM foi descrito por marchiafava e Celli como um micrococo oval intracelular e, isolado pela primeira vez em 1887 em uma amostra de LCE líquido cefalo espinhal) por Anton Weichselbaume, que posteriormente foi denominado Neisseria meningitidis, também conhecido como meningoco. 
Envelope é composto de membrana citoplasmática, camada de peptideoglicano e membrana externa. A membrana externa é constituída de LPS e de uma bicamada fosfolipídica, na qual as proteínas estão inseridas.
As cepas patogênicas, isoladas de infecções sistêmicas, têm a membrana externa circundada por uma cápsula de natureza polissacarídica.
A cápsula do meningococo consiste de um polissacarídeo aniônico de alto peso molecular e diferenças em sua natureza imunoquímica são a base para a sorogrupagem.
12 sorogrupos até o momento: A, B, C, E, H, I, K, L, X, Y, Z e W.
Neisseria meningitidis 
Fonte: TRABULSI, L. R., & Alterthum, F. (2005).
PROTEÍNAS DE MEMBRANA EXTERNA
No meningococo as OMPs são classificadas em cinco classes (1, 2, 3, 4 e 5)
Todas as cepas de meningococo possuem proteínas de classe 2 ou 3, que funcionam como poros seletivos para ânions, através dos quais os solutos hidrofílicos atravessam a membrana externa, por meio de um processo semelhante à difusão
As proteínas de classe 4, cuja função ainda é desconhecida, estão presentes em todas as cepas de meningococo e entre as cepas se mostram estruturalmente conservadas.
As proteínas da classe 1 e as proteínas da classe 5, estão presentes na maioria das cepas de meningococo. As de classe 1 funcionam como poros seletivos para cátions e as de classe 5, ao contrário das demais, se expressam em quantidades variáveis
FATORES DE VIRULÊNCIA E PATOGÊNESE
A colonização pode se dar de forma assintomática ou pode ocasionar uma reação inflamatória local, invasão das superfícies das mucosas, invasão da corrente sanguínea, podendo provocar uma sepse fulminante ou uma infecção focal como meningite.
A transmissão ocorre entre
humanos através de gotículas respiratórias e secreções, mas
o tamanho do inóculo necessário para transmissão ainda
é desconhecido.
A colonização da superfície das mucosas das vias respiratórias superiores pelo meningococo é o primeiro passo para o estabelecimento do estado de portador, que pode variar de dias a meses e, mais infrequentemente, desencadear a doença meningocócica.
1.
2.
3.
Se dá inicialmente pela adesão às células epiteliais não ciliadas
da nasofaringe. Essa adesão inicial é mediada pela ligação
da fímbria tipo 4 ao receptor celular CD46
COLONIZAÇÃO DO HOSPEDEIRO
Secretam uma exoenzima, a IgA1-protease, que cliva a imunoglobulina IgA, interferindo nas funções protetoras desse isotipo na
mucosa.
CEPAS PATOGÊNICAS
A adesão às superfícies da mucosa
é essencial para a sobrevivência do meningococo.
SOBREVIVÊNCIA
Durante a multiplicação e lise bacteriana podem ser liberadas as estruturas de membrana externa do meningococo, na forma de vesículas, Contendo importantes fatores de virulência como proteínas, lipídeos, polissacarídeo capsular e grande quantidade de LOS.
FATORES DE VIRULÊNCIA
INFECÇÃO
Classificação da dm
Meningite sem meningococcemia;
Meningite associada à meningococcemia;
Meningococcemia sem meningite.
 Início abrupto de febre, dor de cabeça e rigidez do pescoço. Por vezes, estas características clínicas são acompanhadas por náuseas, vômitos, fotofobia e estado mental alterado. Manifestações menos comuns da DM incluem miocardite, endocardite ou pericardite, artrite, conjuntivite, uretrite, faringite e cervicite .
Manifestações clínicas
RESPOSTA IMUNOLÓGICA 
Há evidências que algumas bactérias entéricas contribuam para essa imunidade, por induzirem anticorpos que reagem cruzadamente com o meningococo.
Anticorpos, sistema complemento e fagócitos são os
principais mecanismos de defesa necessários contra doença
meningocócica.
O estado de imunidade natural desenvolve-se, provavelmente, a partir de contatos repetidos e intermitentes com o próprio meningococo.
EPIDEMIOLOGIA E CONTROLE 
Adolescentes e adultos jovens são particularmente mais vulneráveis ao estado de portador, provavelmente por características comportamentais próprias desta faixa etária;
As observações iniciais da associação de determinados fenótipos com a doença sugeriam que as populações bacterianas eram, em geral, clonais. Entretanto, estudos posteriores demonstraram que a população do meningococo é especialmente interessante por ser naturalmente competente para o evento de troca genética horizontal;
Considerando-se a epidemiologia global da doença meningocócica, verifica-se que um número limitado de clones tem sido causador de epidemias e hiperendemias sendo eles, os complexos clonais ST-1, ST-4, ST-8, ST-11, ST-32, ST-41/44, ST-103
DIAGNÓSTICO
TRATAMENTO
A penicilina G é droga de escolha para o tratamento da meningite meningocócica e da meningococcemia, enquanto
a rifampicina é adotada como agente quimioprofilático.
O diagnóstico laboratorial da doença meningocócica é realizado por exame bacterioscópico do LCE corado pelo método de Gram e através do cultivo deste, ou de outro fluido orgânico usualmente estéril , como sangue, líquido sinovial, pleural ou pericárdico, para o isolamento e a identificação do meningococo.
Fonte: TRABULSI, L. R., & Alterthum, F. (2005).
Haemophilus influenzae
Membros do gênero Haemophilus são Gram-negativos, imóveis, não formam esporos e sua morfologia pode ser de um cocobacilo ou bacilo curto, sendo por isso considerado um bacilo pleomórfico.
São anaeróbios facultativos, oxidase e catalase positivos
Fonte: TRABULSI, L. R., & Alterthum, F. (2005).
H. influenzae é a principal espécie do gênero, podendo ou não expressar antígenos capsulares, sendo as cepas capsuladas classificadas em seis sorotipos denominados de: a,b,c,- d,e,f. 
A cepa não capsulada (HiNC) ou não tipável (HiNT) é assim denominada quando a bactéria não possui genes para a expressão da cápsula.
Fenotipicamente, esta espécie pode ser classificada em oito biotipos (I a VIII), de acordo com três reações bioquímicas: produção de indol, presença de urease e atividade da ornitina descarboxilase.
H. influenzae
EPIDEMIOLOGIA
Entre as cepas capsuladas, H. influenzae tipo b (Hib) é a principal responsável por causar doenças invasivas como meningite, bacteremia, septicemia, entre outras. 
O uso mundial da vacina conjugada Hib na década de 1990 levou a um declínio global de doenças invasivas por Hib em crianças, resultando em uma efetividade de mais de 90%. 
Antes da introdução da vacina no Brasil, no período entre 1990 e 1999, a incidência anual média de meningite bacteriana causada pelo Hib em menores de 1 ano de idade foi de 22,3 casos/100.000 habitantes e em crianças menores de4 anos foi de 8,8 casos/100.000 habitantes. 
TRANSMISSÃO E PATOGÊNESE
A patogênese das infecções causadas por H. influenzae também não está completamente definida, mas a presença da cápsula polissacarídica é um grande fator de virulência.
A transmissão ocorre de pessoa a pessoa e é disseminada por gotículas oriundas das vias respiratórias.
Infecções sistêmicas causadas por H. influenzae, como meningite, epiglotite, celulite e bacteremia, são normalmente causadas por cepas capsuladas do tipo b e geralmente do biotipo I e II, principalmente em crianças não vacinadas, salvo algumas exceções. 
ASPECTOS CLÍNICOS
Cápsula polissacarídica: A cápsula é o principal fator de virulência e a cepa de H. influenzae sorotipo b (Hib) é a mais frequentemente associada com doenças humanas. 
Lipooligossacáride: Lipopolissacarideos (LPS) e lipooligosacarideos (LOS) são os maiores componentes da membrana externa de bactérias Gram-negativas. 
FATORES DE VIRULÊNCIA 
O LOS de H. Influenzae tem uma única unidade de oligossacarideo, cuja composição pode variar entre os seguintes açúcares: glicose, galactose, N-acetilglicosamina e ácido siálico.
A obtenção de ferro é essencial para a sobrevivência da bactéria durante a infecção. No hospedeiro, o ferro é primeiramente estocado intracelularmente.
Proteínas de membrana externa
DIAGNÓSTICO
Exame direto do material clínico
Meningite por H. influenzae, não pode ser distinguida com base na apresentação clínica, exame físico ou anormalidade do líquido cefalorraquidiano (LCR) das meningites causadas por outros patógenos comuns a este tipo de infecção. 
Isolamento e identificação
A cultura bacteriana é considerada o padrão-ouro para a detecção de bactérias patogênicas em material clínico. 
O isolamento da bactéria de diferentes sítios permite a caracterização total do agente etiológico e é de fundamental importância para o diagnóstico e vigilância epidemiológica da doença.
TRATAMENTO E CONTROLE 
O tratamento de escolha para as infecções causadas por H. influenzae são os antibióticos β-lactâmicos. Quando a infecção é causada por uma cepa não produtora de β-lactamase, a ampicilina é o antibiótico indicado para o tratamento.
A implantação da vacina conjugada para H. influenzae tipo b (Hib) ocasionou uma mudança importante no quadro epidemiológico de infecções causadas por H. influenzae em diversos países, quase erradicando a doença invasiva por Hib.
Caso clínico: Neisseria meningitidis 
L.A.C. paciente feminino, 5 anos, 24 kg, brasileira. Não possui cardiopatias ou diabetes e habita em local com saneamento básico. Sem viagem nos últimos sessenta dias. 
A paciente deu entrada ao pronto-socorro, com queixa de cefaleia intensa, febre de 38,8ºC, náuseas e vômitos. Apresentou- se letárgica e fotofóbica. O início dos sintomas foi há 42 horas. 
Exame físico
Histórico 
Exames complementares 
O início do quadro se deu de forma insidiosa há cerca de 42 horas, quando os progenitores relataram que a paciente apresentou perda de apetite, irritabilidade e sonolência. Posteriormente, cerca de 36 horas antes da chegada ao pronto-socorro, houve o aparecimento das petéquias nas extremidades dos membros, mialgia, cefaleia intensa e febre baixa. A mãe administrou uma dose de dipirona, mas não houve melhora significativa do quadro. 
Foi observada a presença de petéquias nas extremidades dos membros inferiores. Além disso, foi encontrado sinal de Brudzinsk (flexão involuntária dos membros inferiores quando a nuca é fletida) e sinal de Kernig (contratura dolorosa da região lombar, quando é feita a flexão da coxa sobre a pelve, com a perna em extensão). 
A paciente foi encaminhada para realização de punção lombar e de hemograma, a fim de determinar a etiologia precisa da doença. O LCR (líquido cefalorraquidiano), obtido através da punção, apresentou coloração turva, ou seja, alterada. Também se constatou diminuição nos níveis de glicose, diminuição dos níveis de cloretos, aumento das proteínas totais e aumento no número de neutrófilos. 
Questionário 
O que diferencia a meningite viral da meningite bacteriana? 
Há uma grande dificuldade em determinar adequadamente o diagnóstico entre a meningite viral e a meningite bacteriana, principalmente nos casos em que os testes para a identificação da bactéria são negativos. Entretanto, nas meningites causadas por enterovírus, a concentração de glicose no LCR permanece normal, enquanto na meningite bacteriana há diminuição dos níveis de glicose no LCR. Alguns testes, como a dosagem do lactato e a dosagem de proteína C-reativa, também podem ser utilizados com o intuito de diferenciar o tipo de meningite. O importante é que, no caso de etiologia duvidosa, deve-se sempre proceder com a antibioticoterapia, a fim de garantir um melhor prognóstico ao paciente. 
2. Quais as possíveis hipóteses diagnósticas? 
A avaliação clínica é o passo inicial e fundamental em que, através da anamnese, busca-se investigar a ocorrência de: infecções prévias, vômitos, náuseas, cervicalgia, cefaleia, história vacinal e comorbidades, em especial, imunodeficiências. O exame de líquor é procedimento de escolha para o diagnóstico de meningites, salvo contra indicações. Tendo como principais hipóteses diagnósticas para o diagnóstico diferencial a Meningite Bacteriana Aguda, Meningite e Meningoencefalite Virais, Meningoencefalite Herpética, Neurotuberculose e Abscesso Cerebral. 
 
Neisseria meningitidis 
3. Qual o prognóstico? 
A meningite bacteriana não tratada é quase sempre fatal. Com tratamento o risco de morte é reduzido. Nos neonatos o risco de morte com tratamento é 20 a 30%, em crianças é cerca de 2% com tratamento. O risco da morte é mais alto para adultos mesmo com tratamento, em cerca de 19 a 37%. Muitos adultos podem desenvolver inabilidades como a surdez (14%) e a perda de memória (10%). 
REFERÊNCIAS
 TRABULSI, Luiz Rachid; ALTERTHUM, Flavio. Microbiologia.In: Microbiologia. 2005. p. 718-718.
CREDITS: This presentation template was created by Slidesgo, including icons by Flaticon, and infographics & images by Freepik. Please keep this slide for attribution.

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