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@RebecaWoset Medicina Veterinária Reprodução Animal Rebeca Meneses Gestação GESTAÇÃO DURAÇÃO DA GESTAÇÃO É determinado geneticamente mas pode ser modificado por fatores maternos, fetais, genéticos e ambientais. FISIOLOGIA MATERNA DA GESTAÇÃO RECONHECIMENTO MATERNO DA GESTAÇÃO O contato íntimo entre o embrião em desenvolvimento e a mãe leva o concepto a influenciar a fisiologia materna por meio de mecanismos endócrinos. Nos ruminantes (ovinos e bovinos) e nos não-ruminantes, o blastocisto, antes de se ligar ao endométrio, secreta substâncias que prolongam o período de vida útil do corpo lúteo cíclico (CL) além do ciclo estral; o período em que isso ocorre é conhecido como reconhecimento materno da prenhez (MRP). Nos ruminantes, o trofoblasto do embrião em desenvolvimento bloqueia a regressão do CL pela produção de interferons (IFNs), assegurando o MRP. Nos suínos a produção de IFN, e estrógenos podem estar envolvidos no MRP. HORMÔNIOS DA GESTAÇÃO PROGESTERONA. É o hormônio fundamental para a manutenção da prenhez. O corpo lúteo permanece durante toda a gestação nos animais domésticos, exceto nos equinos. A fonte de progesterona na metade final da gestação pode ser de origem placentária (égua e ovelha) ou do corpo lúteo (vaca, cabra, porca). Durante a gestação, os níveis de progesterona circulante permanecem constantes na ovelha e na vaca, enquanto alcança níveis elevados no início da prenhez na porca. Na égua, a concentração de progesterona até o 35º dia é produzida pelo corpo lúteo primário (Tab. 10-2). Com o desenvolvimento dos CL secundários, os níveis aumentam e se mantêm até que esses corpos regridam ao redor do 150º dia. Depois desse período, a placenta está apta para assumir a produção de níveis baixos de progesterona. GONADOTROFINA CORIÔNICA EQÜINA. Entre 40º e 130º dias de gestação, concentrações elevadas de gonadotrofina coriônica equina (eCG), está presente na circulação materna mas não na fetal. O eCG, secretado pelas células trofoblásticas e não pelo endométrio como se acreditava anteriormente, luteiniza os folículos e mantém os corpos lúteos secundários em funcionamento. PLACENTA DESENVOLVIMENTO PLACENTÁRIO MEMBRANAS FETAIS. No início da gestação, a morfogênese da placenta está intimamente relacionada com as membranas extra-embrionárias, que se diferenciam em saco vitelino, âmnio, alantóide e cório. VILOSIDADES CORIÔNICAS Uma característica da placenta corioalantóide é a área extensamente aumentada na união feto- maternal, sendo este aumento decorrente tanto da formação de vilosidades coriônicas que penetram nas criptas uterinas, como também da formação de labirintos coriônicos. CLASSIFICAÇÃO DA PLACENTA CORIOALANTÓIDE @RebecaWoset Medicina Veterinária Reprodução Animal Rebeca Meneses Gestação MACROSCOPICAMENTE Nos ruminantes, os cotilédones fundem- se com as carúnculas ou projeções especializadas da mucosa uterina formando os placentomas ou unidade funcional. As carúnculas são convexas nas vacas e côncavas nas ovelhas e cabras. Nas ovelhas durante a gestação, os placentomas crescem e aumentam de tamanho, a membrana corioalantóide normalmente se estende até o corno uterino não-prenhe, mas o crescimento das carúnculas, nessa região, é menor do que o que ocorre no corno prenhe. Nas éguas e porcas, no início da prenhez, a placenta consiste simplesmente da aproximação dos epitélios materno e fetal, mas na égua entre, 75 e 110 dias de gestação, complexas dobras e ramificações nas duas superfícies dão origem aos microcotilédones. MICROSCOPICAMENTE A classificação da placenta pela sua estrutura microscópica é baseada nos tecidos materno e fetal que entram em contato. A estrutura básica inclui, do lado materno, os vasos sanguíneos, tecido conjuntivo e epitélio e, do lado fetal, o epitélio coriônico, tecido conjuntivo e vasos sanguíneos. Enquanto na placenta epiteliocorial (égua, porca) e placenta sinepiteliocorial (ruminantes) todas as camadas estão presentes; nas placentas endoteliocorial (gata) e hemocorial (espécie humana), algumas camadas do lado materno estão ausentes. CIRCULAÇÃO PLACENTÁRIA Na placenta epiteliocorial, a circulação materna e a fetal são paralelas, mas o sangue materno e o fetal não se misturam. As artérias e veias uterinas nutrem a placenta; a artéria umbilical traz o sangue do feto para a placenta e a veia umbilical leva o sangue da placenta para o feto.
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