Buscar

Funções dos aminoácidos - Joyce Bender

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTRO-OESTE 
DEPARTAMENTO DE MEDICINA 
 
 
 
 
 
AMINOÁCIDOS 
Funções 
 
 
 
 
 
 
JOYCE MARIA DE OLIVEIRA BENDER 
 
 
 
 
 
 
 
Guarapuava 
09 de outubro de 2021 
 
 
Aminoácidos 
 Os aminoácidos são as unidades que compõem as proteínas. Basicamente, são moléculas orgânicas formadas 
por ligações de carbono, hidrogênio, oxigênio e nitrogênio. Alguns apresentam também na sua composição 
enxofre e fósforo. 
 Por mais que o corpo humano tenha muitas variações de proteínas na sua composição, elas são formadas por 
20 aminoácidos comuns, sendo 9 essenciais e 11 não essenciais. Como cada um desses aminoácidos tem uma 
cadeia lateral com propriedades químicas características, esse grupo de 20 moléculas precursoras pode ser 
considerado o alfabeto no qual a linguagem da estrutura proteica é lida. O mais marcante é que as células 
produzem proteínas com propriedades e atividades completamente diferentes ligando os mesmos 20 
aminoácidos em combinações e sequências muito diferentes. 
 
Figura 1: Estrutura geral de um aminoácido 
• Aminoácidos essenciais: triptofano, valina, fenilalanina, treonina, lisina, isoleucina, leucina, metionina e 
histidina (considerada um aminoácido semiessencial, pois crianças podem não conseguir suprir todas as suas 
necessidades de histidina somente através da produção interna). 
• Aminoácidos não essenciais: alanina, arginina, asparagina, aspartato, glutamato, cisteína, glutamina, glicina, 
prolina, serina e tirosina. 
 
Figura 2: Classificação dos aminoácidos comuns 
 Além dos 20 aminoácidos comuns, existem dois aminoácidos incomuns, descobertos recentemente, que serão 
trabalhados se seguir: a selenocisteína e a pirrolisina. 
Histidina 
 É um aminoácido essencial usado para produzir histamina e outros componentes. Indispensável para o 
crescimento principalmente em neonatos e prematuros que também tem deficiência de cisteína pela 
imaturidade do fígado em converter a metionina. É coadjuvante no tratamento de alergias e da artrite 
reumatoide, além de melhorar a hiperacidez gástrica. Mantém o equilíbrio adequado de minerais relevantes 
para o corpo como o zinco e ferro, além de atuar como um vasodilatador excelente combatendo algumas 
doenças circulatórias. Sua deficiência pode causar surdez e uma doença genética associada a esse aminoácido 
é a Histidinanemia. 
Isoleucina 
 Responsável pela síntese de glutamina e alanina (em conjunto com a leucina e valina), age no desenvolvimento 
e no reparo dos músculos, impede a perda de vitamina B3 nos rins, atua no metabolismo energético e 
recuperação muscular após exercícios físicos. Além disso, aumenta a síntese de hemoglobina e ajuda na 
estabilização e regulação da glicemia. 
Leucina 
 Estimula as sínteses das proteínas musculares, é um dos principais combustíveis das reações anabolizantes 
durante os exercícios, atua no aumento do HDL, na diminuição do peso corporal, na sensibilidade à insulina na 
prevenção da hiperglicemia, aumenta a capacidade de cicatrização óssea, da pele e do tecido muscular, além 
de estar envolvida na produção de hormônios de crescimento. 
Lisina 
 Trata-se de um aminoácido que regula a produção de óxido nítrico, é componente estrutural do colágeno e 
possui ação antiviral. A lisina aumenta a imunidade aos resfriados e ao herpes pela formação de inúmeros 
anticorpos. É importante para o crescimento e desenvolvimento dos ossos em crianças, ajuda na absorção do 
cálcio e no balanço de nitrogênio em adultos. A L-lisina pode ajudar no tratamento do câncer, principalmente 
aqueles relacionados à medula óssea como a leucemia. É componente do medicamento Lisinato de Cetoprofeno 
(indicado para várias doenças como artrite, gota, reumatismo articular agudo, lombalgia, tendinite, neurite, 
distensão muscular, contusão, alivio de dor em cirurgias odontológicas, dismenorreia e condições traumáticas 
e pós-operatórias). 
Metionina 
 É uma importante fonte de enxofre e outros compostos necessários para o metabolismo e componentes 
celulares. A metionina se converte em cistina, aminoácido importante na síntese de glutationa (antioxidante 
natural). A metionina diminui o pH urinário, é um hepatoprotetor, atua na depressão histadélica, na 
esquizofrenia e na doença de Parkinson. Além disso, esse aminoácido é essencial para a produção de creatina 
(nutriente energético encontrado nos músculos), e é utilizado no tratamento de depressão, de inflamações no 
fígado, de dores musculares e no combate à hepatite e a cirrose por seus efeitos anti-inflamatórios. 
Fenilalanina 
 É um aminoácido essencial usado para produzir diversos aminoácidos úteis (tirosina, catecolaminas). 
Potencializa a produção de hormônios e neurotransmissores (dopamina, adrenalina, noradrenalina) e por isso 
é indicada no tratamento da depressão, da dor, e para melhorar a memória e capacidade cognitiva. Além disso, 
esse aminoácido diminui a sensação de fome, funcionando como um inibidor natural do apetite. 
 
 
Treonina 
 Responsável pela produção de mucina (proteína necessária para a manutenção da integridade e função 
intestinal). Importante para a imunidade, controle aos ataques de epilepsia, parkissionismo, responsável pela 
síntese de glicina e serina (aminoácidos que atuam na síntese de colágeno, elastina e tecido muscular). Ajuda a 
manter o balanço proteico no organismo, atua na depressão, previne o acúmulo de gordura no fígado. 
Triptofano 
 Substância que incentiva a liberação de serotonina (hormônio que regula funções importantes, como o humor, 
a temperatura do corpo e o ritmo cardíaco) e a melatonina (hormônio relacionado ao sono). Assim, esse 
aminoácido está relacionado diretamente ao tratamento de estresse, depressão, distúrbios do sono, 
hiperatividade em crianças, dores de difícil controle (dores de cabeça, dor de dente, dor do câncer). O triptofano 
está associado ao controle de peso e sensação de saciedade combatendo a compulsão alimentar e também 
estimula a secreção de insulina e hormônio do crescimento. 
Valina 
 É um aminoácido que auxilia na síntese de outros aminoácidos, no reparo dos tecidos e na manutenção do 
balanço nitrogenado equilibrado. A valina também é extremamente importante no aumento das proteínas e 
como fonte de energia durante os exercícios, além de auxiliar no combate ao estresse e à insônia. Esse 
aminoácido fortalece o sistema imunológico, auxilia na manutenção das taxas de açúcar no sangue, na melhora 
ou aumento da resistência física e ajuda no controle do apetite. 
Arginina 
 Estimula a liberação de hormônio do crescimento, insulina e glucagon, atua no metabolismo hepático (reações 
de desintoxicação), melhora as respostas do sistema imunológico, é necessária para o metabolismo muscular, 
é importante na espermatogênese, atua em distúrbios renais, é precursora do óxido nítrico, o qual possui efeito 
vasodilatador. Atua na síntese de creatina, na conversão de amônia em ureia e na hidratação e fortalecimento 
dos cabelos (por compor a queratina). Além disso, a arginina tem relação com a diminuição da fadiga muscular 
auxiliando na conversão de amônia em ureia e possui ação anti-inflamatória, atuando diretamente no 
metabolismo celular e ajudando no processo de regeneração de tecidos e favorecendo a cicatrização; 
Cisteína 
 Atua na eliminação dos radicais livres junto com o selênio e vitamina E (protegendo o organismo como 
Parkinson, Alzheimer, AVC e degeneração muscular), na proteção das células hepáticas e cerebrais contra o 
fumo e o álcool, fluidifica o muco do trato respiratório, remove o excesso de cobre do organismo, atua na perda 
de cabelo e na psoríase, envolvida na síntese da coenzima A, é parte da enzima glutationa peroxidase, 
componente da queratina e músculos em geral, além de ser precursora da taurina. Combate a osteoporose e 
atua no ganho de massa muscular. 
Glutamina 
 No organismo, as principais funções da glutamina estão relacionadasà recuperação da integridade das 
mucosas do intestino, à recuperação muscular e ao fortalecimento da imunidade. A glutamina alimenta os 
enterócitos e quando nutridas essas células reduzem a permeabilidade do intestino dificultando a passagem de 
organismos causadores de doenças como vírus e bactérias. Esse aminoácido é importante também na 
preservação da função imune como precursora de citocinas anti-inflamatórias e da glutationa e na redução do 
estresse oxidativo, pode minimizar as lesões hepáticas e apresenta um potencial para combater a toxidade do 
fígado por substâncias químicas. Atua na produção de amónio para ajudar a manter o balanço da ácido-base do 
rim, e na doação de carbono para reencher o ciclo de ácido cítrico. A glutamina também está envolvida na 
síntese de ácidos nucleicos, nucleotídeos e proteínas. 
Glicina 
 Participa da síntese das purinas e da hemoglobina, atua na hiperacidez gástrica (diminuindo os efeitos 
colaterais do uso de aspirina), indicada no tratamento de gota, hiperlipidemia, miastenia gravis, psicose 
maníaco-depressiva. Com a arginina e metionina forma a creatinina. Regulamenta a glicose no sangue, 
conferindo uma melhora nos níveis de energia e no combate à fadiga. Também pode atuar reduzindo o 
nervosismo, ansiedade e depressão. Geralmente, a glicina é mais usada para proporcionar mais energia e 
concentração para desempenhar as atividades do cotidiano, além de ajudar a melhorar o desempenho nos 
exercícios físicos e deixar as articulações, músculos e pele mais firmes. Pesquisas divulgadas nos últimos anos 
têm sugerido que a suplementação com glicina pode aumentar significativamente os níveis de hormônio do 
crescimento (GH) de três a quatro horas após o treino. Outra conhecida propriedade da glicina é sua atuação 
no sistema nervoso. O aminoácido influencia a produção de uma série de neurotransmissores, que garantem o 
funcionamento adequado do cérebro e das emoções. Estudos preliminares indicam que há um grande potencial 
no uso da glicina como coadjuvante no tratamento de alguns tipos de câncer, entre eles o melanoma. 
Prolina 
 Promove a formação de colágeno junto com a hidroxiprolina, a glicina e a hidroxilisina, faz parte da substância 
P, que é um tetrapeptídeo (arginina-prolina-lisina-prolina) e participa na formação do músculo cardíaco, dos 
tendões e dos ligamentos. O colágeno do corpo humano é 15% composto por prolina, sendo esse aminoácido 
importante na aceleração da cicatrização de lesões em articulações. Durante os primeiros 10 dias do processo 
de cicatrização de feridas como a úlcera, os níveis de prolina no local são 30-50% maiores do que os níveis 
plasmáticos. A alta demanda requer uma reposição para equilibrar os níveis de colágeno no corpo. 
Tirosina 
 A tirosina é um aminoácido responsável por diversas funções no organismo e que quando chega no cérebro 
torna-se precursora de alguns neurotransmissores, como dopamina, noradrenalina e adrenalina, atuando na 
depressão, na abstinência ao uso de drogas, no aumento do foco, na redução do estresse e na melhora do 
humor, memória e habilidades cognitivas. Além disso atua sobre o músculo cardíaco, controla o apetite, 
melhora a atividade sexual, participa da síntese de epinefrina e melanina. Participa da formação de hormônios 
da tireoide, adrenal e hipófise. Também é importante para a formação de diversas proteínas no organismo, 
incluindo as encefalinas, que são consideradas analgésicas naturais do corpo, já que estão envolvidas com a 
regulação da dor. Por fim, atua no aumento da quantidade de células brancas e vermelhas do sangue. 
Alanina 
 Ajuda no metabolismo energético e da glicose, atua na hipoglicemia (matéria prima para a síntese de glicose 
no fígado e nos músculos) e no sistema imunológico (reproduzindo os linfócitos). É indicada no tratamento de 
cálculos renais junto com a vitamina B6. No sistema nervoso central (SNC) age como um neurotransmissor 
inibitório, sendo benéfica para indivíduos epilépticos. Está relacionada à melhora do desempenho esportivo por 
diminuir o cansaço dos músculos e tem um importante papel na transferência de azoto por meio de tecidos 
periféricos ao fígado. 
Asparagina 
 Este aminoácido é um componente essencial das proteínas que está envolvido na sinalização, 
desenvolvimento neuronal e transmissão através das terminações nervosas, sendo que o mesmo também é 
necessário para a transformação de aminoácidos de uma forma para outra. As principais funções da asparagina 
são ajudar no correto funcionamento das células do cérebro e no sistema nervoso central. Uma terapia 
alternativa para o tratamento da leucemia é utilizar a asparaginase injetável que é uma enzima que destrói a 
asparagina dos alimentos, impedindo assim que as células do câncer ganhem força e continuem se 
desenvolvendo utilizando a asparagina como fonte de energia. 
 
https://www.infoescola.com/anatomia-humana/figado/
https://www.infoescola.com/biologia/sistema-nervoso-central/
Aspartato 
 Auxilia nos casos de fadiga crônica, pois remove o excesso de amônia no organismo e é também um 
hepatoprotetor. Funciona como um neurotransmissor excitatório no cérebro e é também um metabolito do 
ciclo da ureia e participa na gluconeogénese. O aspartato serve de precursor para a síntese de purinas e 
pirimidinas além de outro aminoácido, a arginina. Fortalece o sistema imunológico, aumenta a produção de 
testosterona e estimula o ganho de massa muscular. Esse aminoácido está presente em presente em grandes 
quantidades no aspargo e é uma fonte de energia de rápida atuação. 
Glutamato 
 Tem papel fundamental no que diz respeito ao bom funcionamento do cérebro, uma vez que é capaz de 
estimular a memória e ajuda na eliminação da amônia, que é uma substância tóxica, promovendo a 
desintoxicação cerebral. Atua no desenvolvimento neural, na plasticidade sináptica, no aprendizado, na 
memória e possui papel fundamental no mecanismo de algumas doenças neurodegenerativas. Melhora a 
função cardíaca e pode atuar como ansiolítico relacionado com os benzodiazepínicos. Estão presentes em 
grandes quantidades no trigo e soja e são fontes de energia de rápida atuação. 
Serina 
 Serve para aumentar as defesas do organismo, ajudar no bom funcionamento do sistema nervoso, participar 
na transformação de gorduras e no crescimento muscular (ajuda na absorção de creatina). Participa na síntese 
de fosfolipídios e ácido glicérico e atua na produção de energia celular. Favorece a memória, além de produzir 
imunoglobulinas e anticorpos. A serina é importante na formação de outros aminoácidos como a glicina e 
cisteína, e importante na prevenção de convulsões, cataratas e atraso de desenvolvimento. Ademais, esse 
aminoácido também está envolvido no funcionamento do RNA e do DNA, na formação muscular e também na 
manutenção de um sistema imunológico adequado. O triptófano, um aminoácido essencial usado para produzir 
serotonina (um produto químico cerebral bem determinante para o nosso humor), também não pode ser 
produzido sem a Serina. Além disso, a falta de serotonina e triptófano causa depressão, insônia e ansiedade. 
Numerosas pesquisas sugerem que baixos níveis desse aminoácido são responsáveis pela síndrome da fadiga 
crônica e fibromialgia. 
Selenocisteína (SeC) 
 Apresenta ampla ocorrência, sendo encontrada nos três domínios (Arqueia, Bactéria e Eucaria). Contudo, tal 
distribuição não é universal, pois estão ausentes em fungos, plantas vasculares e certos insetos, como besouros 
e bichos da seda. A selenocisteína é um caso especial. Esse raro resíduo de aminoácido é introduzido durante a 
síntese proteica, em vez de criado por uma modificação pós-sintética. Contém selênio em vez do enxofre da 
cisteína. Na verdade derivada de serina, a selenocisteína é um constituinte de apenas algumas poucas proteínas 
conhecidas. Compõe selenoproteínas que apresenta papel protetor contra a peroxidação de lipídios, capacidade 
de catalisarapenas a redução de hidroperóxidos lipídicos nas membranas celulares, papel essencial na catálise 
da enzima L-tiroxina, função de transporte de selênio do fígado para os testículos, dentre outras. 
São três as famílias bem estudadas, nas quais a SeC está presente no sítio ativo de cada membro: 
• Glutationa peroxidases; 
• Iodotironina deiodinases; 
• Tiorredoxina redutases. 
 No caso das glutationa peroxidases, existem pelo menos cinco isoenzimas em seres humanos, que participam 
do sistema de defesa antioxidante das células e de vias de sinalização que envolvem o peróxido de hidrogênio 
(H2O2). Já as iodotironina deiodinases participam da regulação da atividade dos hormônios tireoidianos, sendo 
que existem três isoenzimas conhecidas. Quanto às tiorredoxina redutases, são também três isoenzimas 
https://www.engquimicasantossp.com.br/2014/03/tirosina-aminoacido.html
identificadas em mamíferos, envolvidas em vários processos fisiológicos, tais como a defesa antioxidante, a 
regulação de fatores de transcrição e a apoptose. 
 Além das três famílias descritas, merece destaque a selenoproteína P, uma outra família que apresenta vários 
resíduos de SeC (10 ao todo) por molécula proteica. Essas selenoproteínas circulam no plasma humano e têm 
como principal função transportar e distribuir selênio aos tecidos. 
 Em geral, outras funções atribuídas às selenoproteínas são: reparo de proteínas que sofreram dano oxidativo, 
controle da montagem do citoesqueleto celular e apoio ao enovelamento proteico. Recentemente, as 
selenoproteínas têm sido implicadas na diferenciação e função de enterócitos e adipócitos, além de um possível 
papel na secreção e ação da insulina. 
Pirrolisina (PiL) 
 Em contraste com a diversidade funcional e de ocorrência da SeC, a PiL tem sua distribuição restrita a certas 
arqueias metanogênicas e a um número bastante reduzido de bactérias. É componente de pouquíssimas 
proteínas, as quais atuam como enzimas do tipo metiltransferases, responsáveis pela síntese de metano a 
partir de metanol e/ou metilaminas. 
 Apenas como curiosidade, são conhecidos dois organismos (bactérias) que utilizam ambos os aminoácidos 
SeC e PiL: a Desulfitobacterium hafniense e a deltaproteobactéria simbiótica. 
 
 
Referências 
 
FARINA, M. Selênio: funções biológicas e efeitos tóxicos. Ciência e Natura, 2000, 22(22), 59-82. Disponível em: 
https://doi.org/10.5902/2179460X27112. Acesso em: 9 out. 2021. 
CASSAGO, Alexandre. Determinação estrutural da proteína Selenocisteína Sintase de Escherichia coli. Tese de pós-
graduação, Instituto de Física de São Carlos, 2010. Disponível em: www.teses.usp.br/teses/disponiveis/76/76132/tde-
01092010-114422/publico/AlexandreCassagoDOdefendida.pdf. Acesso em: 9 out. 2021. 
NELSON, David. L.; COX, Michael. M. Princípios de Bioquímica. 6ª Edição, 2014. Ed. Artmed. 
SANTOS, Carina de S; NACIMENTO, Fabrício E. L. Consumo isolado de aminoácidos de cadeia ramificada e síntese de 
proteína muscular em humanos: uma revisão bioquímica. Einstein, São Paulo, 2019, v. 17, n. Disponível em: 
https://doi.org/10.31744/einstein_journal/2019RB4898. Acesso em: 9 out. 2021. 
MEIRELLES, Rosane Sanna. Leal. Aminoácidos e atividade cerebral. Disponível em: 
http://www.medicinabiomolecular.com.br/sdi4/sdi4-arquivos/imagens_biblioteca/PDF/aminoacidos.pdf. Acesso em: 
9 out. 2021. 
COSTA, Caetano; SANTOS, Érica R.; GALEMBECK, Eduardo. O vigésimo primeiro e o vigésimo segundo aminoácidos: O 
código genético expandido. Genética na Escola; ISSN: 1980-3540, vol. 11, n2; 2016. Sociedade Brasileira de Genética. 
 
https://doi.org/10.5902/2179460X27112
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/76/76132/tde-01092010-114422/publico/AlexandreCassagoDOdefendida.pdf
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/76/76132/tde-01092010-114422/publico/AlexandreCassagoDOdefendida.pdf
https://doi.org/10.31744/einstein_journal/2019RB4898
http://www.medicinabiomolecular.com.br/sdi4/sdi4-arquivos/imagens_biblioteca/PDF/aminoacidos.pdf

Continue navegando