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Características e Patologias da Família Enterobacteriaceae

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ESTHER ANDRADE | TURMA 85 | Microbiologia – P.S.D. II 
OBJETIVOS DA AULA: 
1. Compreender as características 
básicas comuns à família 
Enterobactereacea e as diferenças 
entre gêneros; 
2. Associar os principais fatores de 
virulência que caracterizam os 
diferentes patotipos de E. coli; 
3. Entender a epidemiologia envolvida 
entre os diferentes patotipos de E. 
coli e sorotipos de Salmonella 
(população alvo e fontes de 
infecção); 
4. Compreender a diferença na patogenia 
da Salmonelose gastroenterica e a 
febre tifoide. 
FAMÍLIA ENTEROBACTERIACEAE 
Domínio: Bacteria 
Filo: Proteobacteria 
Classe: Gammaproteobacteria 
Ordem: Enterobacteriales 
Família: Enterobacteriaceae  176 
espécies. 
Também chamados de coliformes. 
Possuem distribuição na água, solo, 
microbiota intestinal humana e animal. 
 
CARACTERÍSTICAS GERAIS 
Possuem bastonetes gram negativos. 
São fermentadoras de açúcares. 
 
 
 
 
CLASSIFICAÇÃO EM SOROTIPOS 
 Antígeno O – LPS; 
 Antígeno K – Capsular; 
 Antígeno H – Flagelar; 
Exemplo: E. coli O157: H7 
CLASSIFICAÇÃO COM RELAÇÃO AO 
METABOLISMO DA LACTOSE 
 Fermentadoras: Escherichia, 
Klebsiella, Enterobacter, Citrobacter 
e Serratia. 
 Não fermentadoras: Proteus, Shigella, 
Salmonella e Yersinia. 
DOENÇAS RELACIONADAS À FAMÍLIA 
Podem acometer todas as zonas corpóreas: 
 Doenças Gastrointestinais: 
gastrenterites 
 Doenças supurativas (Mastites, 
abcessos...); 
 Meningites; 
 Septicemia; 
 Infecção do Trato Genito-urinário; 
 Doenças sistêmicas (peste; febre 
tifoide). 
ESCHERICHIA COLI 
 
 
ESTHER ANDRADE | TURMA 85 | Microbiologia – P.S.D. II 
DIVERSIDADE PATOGÊNICA ASSOCIADA AOS 
DIFERENTES PATOTIPOS 
Todos os tipos podem evoluir para 
infecções sistêmicas (Bacteremias) 
Patotipos Enteropatogênicos 
 E. coli Enteropatogênica clássica 
(EPEC); 
 E. coli Enterotoxigênica (ETEC); 
 E. coli Enterohemorrágica (EHEC); 
 E. coli Enteroinvasora (EIEC); 
 E. coli Enteroagregativa (EAEC); 
 E. coli diarreiogênicas 
 
Patotipos extra-intestinais (ExPEC) 
 E. coli uropatogênica (UPEC); 
 E. coli associada a meningite/sepse 
(MNEC) 
E. COLI ENTEROPATOGÊNICA CLÁSSICA 
(EPEC) 
Principal causa de diarreia em países em 
desenvolvimento, principalmente em 
recém-nascidos e em crianças até os dois 
anos. 
EPEC típica (humanos) X EPEC atípica 
(humanos e animais) 
Fatores de Virulência e Patogenia: 
 Adesão primária: Colonização do 
epitélio intestinal (ID e IG); 
 Adesão íntima com formação de 
pedestais: Lesões do tipo “attaching 
and effacing” → destruição das 
microvilosidades intestinais 
desregulação na troca de íons → 
acúmulo de líquido no lúmen. 
 
Diarreia aquosa com muco. 
E. COLI ENTEROHEMORRÁGICA (EHEC) 
Causadora de surtos com diarreia 
sanguinolenta. 
Principal sorotipo associado - O157:H7 
(bovinos são reservatórios); 
Agente etiológico da colite hemorrágica 
→ dor abdominal intensa, diarreia 
aquosa, diarreia sanguinolenta; 
Fatores de virulência 
 Sistema de secreção do tipo III: 
Lesão A/E; 
 Toxina Shiga – absorção sistêmica 
Complicações fatais!!! 
Quando sistêmica = Síndrome hemolíticourêmica 
Ocorre em surtos ou casos esporádicos. 
Os reservatórios são os animais 
domésticos em geral, principalmente os 
bovinos e os ovinos. 
A fonte de infecção está presente em 
alimentos de origem de ruminantes, como 
carne e leite crus (bactéria morre 
quando alimentos são expostos ao 
aquecimento), frutas e vegetais (muitas 
vezes fezes dos animais portadores 
contaminam água e solo). 
Uma vez no TGI começam a produzir 
toxinas e lesões A/E. 
Sintomas: espasmos na musculatura lisa 
do TGI, diarreia (sanguinolenta), febre 
e vômitos. 
E. COLI ENTEROTOXIGÊNICA (ETEC) 
Associada com a diarreia aquosa 
abundante. 
Transmissão por água e alimentos. 
Agentes da Diarreia dos Viajantes 
(quando turistas viajam para regiões 
endêmicas) e em crianças de até 5 anos. 
Também são agentes de diarreia em 
animais de produção. 
Produzem enterotoxinas que atuam nas 
células epiteliais. 
Fatores de Virulência: 
 Enterotoxinas: 
Termolábil (LT); 
Termoestável (ST); 
 
ESTHER ANDRADE | TURMA 85 | Microbiologia – P.S.D. II 
 Desequilíbrio hidrossalino = perda de 
água e acidose metabólica. 
Diarreia aquosa e abundante  
desidratação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
E. COLI ENTERO-INVASORA (EIEC) 
Intracelular obrigatório. 
Patogênese: 
 Invade a célula epitelial do cólon, 
lisa o fagossomo e se move através 
das células por mobilização do 
citoesqueleto = Invasão e destruição 
do epitélio intestinal. 
Diarreia aquosa  Forma disentérica: 
Sangue e leucócitos nas fezes. 
Pode ocasionar colite inflamatória 
invasiva, mas geralmente causa diarreia 
aquosa; 
Causa diarreia em crianças com ˃2 anos; 
Reservatório – seres humanos. 
 
E. COLI ENTEROAGREGATIVA(EIAC) 
Patogênese: 
 Bactérias possuem fatores 
autoagregativos – empilhamento de 
tijolos; 
 Adere ao epitélio do intestino 
delgado e grosso → Estimulação da 
secreção de muco pelo epitélio –
BIOFILME ESPESSO; 
 Encurtamento das microvilosidades com 
inflamação branda = diarreia 
persistente por mais de 2 semanas; 
 Diarreia aguda e persistente em 
crianças e adultos. 
 
E. COLI UROPATOGÊNICA (UPEC) 
Agente mais comum de infecção urinária – 
85% dos casos de infecções comunitárias. 
Mulheres são mais susceptíveis devido a 
sua anatomia e por terem maior nº de 
receptores na mucosa. 
 
E. COLI ASSOCIADA À MENINGITE/SEPSE- 
MNEC 
Causa mais comum de meningite neonatal 
por Gram-negativos. 
Letalidade – 15-40%. 
Disseminação hematogênica. 
SALMONELLA SP. 
Classificação taxonômica de Kaufmann & 
White: Salmonella entérica e Salmonella 
bongori 
São classificados em sorotipos  Confere 
especificidade de Hospedeiro!!! 
S. Typhi e S. Paratyphi – causa febre 
tifoide em Humanos. 
S. Gallinarum e S. Pullorum – 
patogênicas para aves. 
S. Enteritidis e S. Typhimurium – Sem 
hospedeiro específico - ZOONOSE 
Reservatórios: TGI de animais incluindo 
o homem (S. typhi, S. paratyphi). 
 
ESTHER ANDRADE | TURMA 85 | Microbiologia – P.S.D. II 
Fonte de infecção: Solo, água, vegetais 
e alimentos proveniente de animais 
infectados (Leite e derivados, ovos...). 
Ovos  contaminação por rachadura ou a 
partir de oviduto infectado - Longo 
período de estocagem em temperatura 
ótima. 
Transmissão: Fecal – oral (ingestão de 
alimentos contaminados). A transmissão 
pessoa–pessoa também pode ocorrer, 
principalmente em ambiente hospitalar e 
em casos de higiene precária. 
Acesso ao organismo por via oral  
resistência à barreira ácida do estômago 
 (1) adesão (fímbrias) e (2) invasão da 
mucosa intestinal por endocitose 
induzida  (3) multiplicação 
intracelular  (4) reação inflamatória e 
destruição da mucosa = diarreia  (5) 
alguns casos: disseminação sistêmica 
 
FEBRE ENTÉRICA – FEBRE TIFÓIDE 
Causada pelos sorotipos: S. Typhi e S. 
Paratyphi. 
Humanos são reservatórios: ingestão de 
água ou alimentos contaminados com 
fezes. 
Mais comum em lactentes e indivíduos 
idosos. 
Pode evoluir para choque séptico. 
 
 
 
 
 
ENTEROBACTÉRIAS – DIAGNÓSTICO 
LABORATORIAL 
São de fácil crescimento em meios 
simples. 
Amostras muito contaminadas (Fezes, 
leite de mastite, amostras purulentas, 
urina...): 
 Meios seletivos; 
 Meios indicadores – Diagnóstico 
presuntivo. 
 
 Meio seletivo e indicador – ágar 
Samonella-Shigella.

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