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Justas Causas A1

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Trabalho para A1
Curso: ___Direito__________________________ Peso: ____________
Disciplina: _____ Direito do Trabalho II _________________
Nome: __________Luciane Lopes Campos_____________________ Data: _07__/___09___
I-O que o empregado que se entende à perigo pode fazer se o empregador colocar em risco a segurança de empregados, exigindo que alguém venha trabalhar com suspeita de contaminação ao lado de colegas, por exemplo?
O trabalhador em um primeiro momento pode exercer seu direito à recusa do trabalho conforme fundamentos que segue: 
CF 88 artigo 7º, XXII – “redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança”; 
Previdência Social, Lei 8213-91 art 19 º § 1º “A empresa é responsável pela adoção e uso das medidas coletivas e individuais de proteção e segurança da saúde do trabalhador”. 
NR 01 item 1.4.3 – “O trabalhador poderá interromper suas atividades quando constatar uma situação de trabalho onde, a seu ver, envolva um risco grave e iminente para a sua vida e saúde, informando imediatamente ao seu superior hierárquico”. 
NR 03, no item Embargo e Interdição, subitem 3.2.1, “Considera-se grave e iminente risco toda a condição ou situação de trabalho que possa causar acidente ou doença com lesão grave ao trabalhador.”
Caso não seja suficiente, o empregado poderá rescindir o contrato de trabalho, a RESCISÃO INDIRETA, alegando justa causa pelo empregador, conforme CLT art 483 - “O empregado poderá considerar rescindido o contrato e pleitear a devida indenização quando: c) correr perigo manifesto de mal considerável;
Acordão sobre a matéria RESCISÃO INDIRETA: TRT-3 0010427-16.2020.5.03.0109
II - Se o empregado reiteradamente se negar a seguir instruções de higiene e segurança, negando-se a usar álcool gel, por exemplo, o que a empresa deveria legalmente fazer? 
Neste caso o funcionário poderia ser demitido por justa causa, visto que a reincidência resta comprovada, e após a empresa ter aplicado advertências e suspensão. Com base nos seguintes dispositivos:
CLT, Art. 482 Constituem justa causa para rescisão do contrato de trabalho pelo empregador: 
 h) “ato de indisciplina ou de insubordinação” 
CLT, Art. 158 - Cabe aos empregados:
I – “observar as normas de segurança e medicina do trabalho, inclusive as instruções de que trata o item II do artigo anterior;”
Acordão sobre a matéria RESCISÃO POR JUSTA CAUSA: TRT-18 01627-2009-005-18-00-8
III - No seu entender, mas sempre fundamentando as respostas, o que aconteceria se um empregado comprovadamente pegasse remédios da farmácia em que trabalha repondo o valor de tabela, sem autorização da empresa: 
 a.) para vender em momento de grave crise de saúde mundial; 
 b.) para ministrar esses mesmos remédios a parente está seriamente doente, sem dispor de remédios?
A) Poderá a empresa demitir o empregado por justa causa, conforme:
 CLT, Art. 482 Constituem justa causa para rescisão do contrato de trabalho pelo empregador: 
 c) “negociação habitual por conta própria ou alheia sem permissão do empregador como ato de concorrência à empresa para a qual trabalha o empregado, ou for prejudicial ao serviço;”
Acordão sobre a matéria: TRT-5 0147700-32.2005.5.05.0004
B) Poderá a empresa demitir o empregado por justa causa, conforme:
 CLT, Art. 482 Constituem justa causa para rescisão do contrato de trabalho pelo empregador: 
a) “ato de improbidade;”
Acordão sobre a matéria: TRT-2 1001570-89.2019.5.02.0605
IV -Godofredo foi contratado como vendedor de automóveis usados pela sociedade empresária Carango de Ouro Ltda., em julho de 2019. Godofredo recebia salário fixo acrescido de 5% sobre as vendas por ele efetuadas. Em março de 2020, Godofredo vendeu um automóvel por R$ 30.000,00, divididos em 10 parcelas de R$ 3.000,00 mensais. Ocorre que Godofredo foi dispensado, por justa causa, dois meses após. O que deve ocorrer com as comissões vincendas?
A empresa Carango de Ouro deve realizar o pagamento das comissões vincendas, conforme forem liquidadas. 
A rescisão do contrato de trabalho não desobriga a empresa ao pagamento, pois não resta dúvida de que o empregado vendedor teve êxito na venda.
Conforme a CLT.
Art. 466 - O pagamento de comissões e percentagens só é exigível depois de ultimada a transação a que se referem.
§ 1º - Nas transações realizadas por prestações sucessivas, é exigível o pagamento das percentagens e comissões que lhes disserem respeito proporcionalmente à respectiva liquidação.
§ 2º - A cessação das relações de trabalho não prejudica a percepção das comissões e percentagens devidas na forma estabelecida por este artigo.
Acórdão sobre a matéria: TRT-10 01121-2008-006-10-00-8
V - Bruno era empregado em uma sociedade empresária, na qual atuava como tele operador de vendas on-line de livros e artigos religiosos, usando, em sua estação de trabalho, computador e headset. Em determinado dia, o sistema de câmeras internas flagrou Bruno acessando, pelo computador, um site pornográfico por 30 minutos, durante o horário de expediente. Esse fato foi levado à direção no dia seguinte, que, indignada, puniu Bruno com suspensão por 40 dias, apesar de ele nunca ter tido qualquer deslize funcional anterior. A empresa agiu corretamente? Justifique a resposta.
No meu entendimento houve erro por parte da empresa, pois não observou o princípio da proporcionalidade entre falta e púnica, extrapolando assim, o limite admitido em lei para a suspensão que tem prazo máximo de 30 dias. No caso apresentado, há falta grave do empregador e possibilidade do empregado ensejar via judicial a rescisão injusta do contrato de trabalho. 
Conforme a CLT:
Art. 474 - A suspensão do empregado por mais de 30 (trinta) dias consecutivos importa na rescisão injusta do contrato de trabalho.
Acordão sobre a matéria: TRT-9 - 0000005-76.2016.5.09.0651 
VI -. Uma indústria de calçados, que se dedica à exportação, possui 75 empregados. No último ano, Davi foi aposentado por invalidez, Heitor pediu demissão do emprego, Lorenzo foi dispensado por justa causa e Laura rompeu o contrato por acordo com o empregador, aproveitando-se da nova modalidade de ruptura trazida pela Lei nº 13.467/17 (Reforma Trabalhista). Dos três empregados, quem terá direito a saque - parcial ou integral - do FGTS?
Somente poderão sacar o FGTS Davi, aposentado por invalidez e Laura, pelo distrato em comum acordo com o empregador.
Conforme dispositivos:
Artigo 20º da Lei 8.036\90 
Art. 20. A conta vinculada do trabalhador no FGTS poderá ser movimentada nas seguintes situações:
I - despedida sem justa causa, inclusive a indireta, de culpa recíproca e de força maior; 
III - aposentadoria concedida pela Previdência Social;
CLT, Art. 484-A. O contrato de trabalho poderá ser extinto por acordo entre empregado e empregador, caso em que serão devidas as seguintes verbas trabalhistas: (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
§ 1o A extinção do contrato prevista no caput deste artigo permite a movimentação da conta vinculada do trabalhador no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço na forma do inciso I- A do art. 20 da Lei no 8.036, de 11 de maio de 1990, limitada até 80% (oitenta por cento) do valor dos depósitos. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
VI–Conforme a jurisprudência, se o julgado abaixo trata-se de atraso unicamente de recolhimentos de FGTS, qual seria o resultado da demanda do empregador frente à hipotética resolução do contrato por culpa da empresa? Também frente à jurisprudência, haveria dano moral ao empregado no caso do atraso de salário ou de FGTS?
MANDADO DE SEGURANÇA. TUTELA DE URGÊNCIA. RESCISÃO DO CONTRATO POR DESPEDIDA INDIRETA. FALTA GRAVE DO EMPREGADOR. ATRASO CONTUMAZ NO PAGAMENTO DE SALÁRIOS. PREENCHIMENTO DOS REQUISITOS. ILEGALIDADE DO ATO APONTADO COMO COATOR. Verificadas a existência da probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo (art. 300 do CPC), é cabível a concessão de tutela de urgência para determinar a extinção do contrato por despedida indireta, por falta grave do empregador, com fulcrona alínea "d" do art. 483 da CLT, decorrente de atraso contumaz no pagamento dos salários, o que torna ilegal o ato judicial atacado em que indeferida a liminar pedida na demanda subjacente.
Conforme entendimento e dispositivos em lei, há possibilidade da Rescisão Indireta, ocasionada pela falta de depósitos de FGTS.
Conforme CLT Art. 483 - O empregado poderá considerar rescindido o contrato e pleitear a devida indenização quando:
d) não cumprir o empregador as obrigações do contrato;
O dano moral neste caso é subjetivo, há de ser comprovado por parte do empregado a existência do mesmo.
Acordão sobre a matéria: TRT-11  0001921-04.2016.5.11.0001

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