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Curso: Técnico em Eletrotécnica / MECANICA Módulo 2 – Básico Município: – Serra ES PLANO D E ENSINO PROFESSOR (A) DISCIPLINA Medidas e Comandos Elétricos CARGA HORÁRIA 120 horas SEMESTRE / ANO MÓDULO 2 DATA EMENTA Introdução a medidas elétricas, tipos e simbologia de aparelhos de medição, medição de tensão, corrente, resistência, potência, frequência, fator de potência, sequência de fases, tipos de proteção em instalações elétricas, dispositivos de comandos, instalação e ligação de motores elétricos, Contatores, relés. OBJETIVOS •Conhecer as características de materiais e componentes utilizados em comando e proteção de motores elétricos trifásicos. •Conhecer equipamentos de manobra; •Conhecer equipamentos auxiliares. •Conhecer a representação de sistemas elétricos trifásicos. •Ler e interpretar catálogos, manuais e tabelas. •Conhecer o funcionamento e as ligações de dispositivos de comando e proteção para acionamento de motores elétricos trifásicos. •Identificar diagramas, gráficos de circuitos de motores elétricos trifásicos; •Conhecer as características dos dispositivos e suas aplicações nos comandos elétricos. •Conhecer simbologia e normas técnicas. •Conhecer critérios para dimensionamentos dos dispositivos de comando e proteção para acionamento dos motores elétricos trifásicos. •Conhecer diagramas unifilar e multifilar; •Conhecer os tipos de acionamentos de motores elétricos trifásicos. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO •Eletricidade. •Medidas elétricas. •Máquinas elétricas. •Simbologias e convenções técnicas. •Normas técnicas. •Tecnologia dos materiais. •Diagramas unifilar, multifilar, funcional e interligação. •Catálogos técnicos. METODOLOGIA As atividades serão desenvolvidas em 3 momentos, com os seguintes procedimentos: Exposição temática dos assuntos; • Estudos dirigidos ao final das exposições temáticas, com o objetivo de fixação do assunto abordado; • Aulas em laboratório para treinamento prático; AVALIAÇÃO A avaliação do aluno será composta de: • 2 provas teóricas no valor de 100 pontos cada; • Prova Prática em Laboratório no valor de 100 pontos; A média final será composta pela soma das pontuações obtidas dividida por 3. BIBLIOGRAFIA BÁSICA Referências Bibliográficas Básicas: FERREIRA, Filho; RODRIGUES, Renato Cosenza. Monitoramento e controle de processos. Rio de Janeiro: SENAI/DN, PETROBRAS, 2003. MCPARTLAND, Joseph Francis. Como projetar sistemas elétricos. São Paulo: Editora McGraw-Hill do Brasil Ltda, 1978. Referências Bibliográficas Complementares: MEDEIROS FILHO, Solon de. Medição de energia elétrica. Recife: LTC - Livros técnicos e científicos editora S.A, 1977. APRESENTAÇÃO Em comandos elétricos, é muito fácil entender seu princípio de funcionamento. Porem se destacam aqueles que se buscam conhecer também seus componentes agregados. Neste estudo, vamos conhecer todo sistema e seus componentes. De mais importância ainda, são os instrumentos ao qual acompanhamos para realizar testes e verificações nestes dispositivos. Em determinados momentos, nossas vidas estão nas mãos destes instrumentos. Então se deve prover sempre a aferição e o cuidado com os mesmos. Dê o seu melhor porque o mercado de trabalho busca os melhores! SUMÁRIO Medias elétricas.................................................................................................5 Instrumentos......................................................................................................7 Comandos elétricos....................................................................................9 Dispositivos de comando.........................................................................13 Dispositivos de proteção..........................................................................18 Dispositivos de regulação.........................................................................21 Dispositivos de sinalização.......................................................................25 Proteção contra curto circuito...................................................................26 Proteção contra sobrecarga........................................................................27 Fator de potência.......................................................................................28 Tipos de circuitos......................................................................................29 Simbologia................................................................................................34 MEDIDAS ELÉTRICAS As medidas elétricas são formas, métodos, instrumentos e equipamentos capazes de obter um ou mais valores desejados. É a forma de quantificar algo no campo da eletricidade. A eletricidade é invisível, ela não é palpável, portanto se torna muito importante obter valores das grandezas elétricas e físicas de determinados circuitos. A forma mais comum de se obter valores no campo da eletricidade é calculando e / ou medindo com um instrumento. Estas são as medidas mais comuns no campo da eletricidade: Grandeza Unidade Instrumento Tensão Volt Voltímetro Corrente Ampére Amperímetro Resistência Ohm Ohmímetro Potência Watt Wattímetro INSTRUMENTOS ANALÓGICOS: Efetuam a medição através do deslocamento de um ponteiro sobre uma escala graduada. INSTRUMENTOS DIGITAIS: Indica o valor da grandeza medida num display digital. Tipos de medição: A medição pode ser feita de forma: - Direta: quando os valores já são informados de uma forma que não se precise realizar cálculos ou visualizações para se obter o valor final. - Indireta: quando precisamos realizar cálculos ou outros meios para se encontrar o valor desejável. INSTRUMENTOS VOLTÍMETRO: É um instrumento de medidas elétricas destinado à medição de tensão elétrica e deve ser ligado em paralelo com a carga. Temos dois tipos de tensão: - Continua: V- ou DCV - Alternada: V~ ou ACV AMPERÍMETRO É um instrumento de medidas elétricas destinado à medição de corrente elétrica e deve ser ligado em série com a carga. - Corrente contínua: A- ou DCA - Corrente alternada: A~ ou ACA OHMÍMETRO É um instrumento de medidas elétricas destinado à medição de resistência elétrica e teste de continuidade elétrica. Deve ser ligado em paralelo com a carga. O Ohmímetro só pode ser utilizado com o circuito desligado. ALICATE VOLT- AMPERÍMETRO É um instrumento de medidas elétricas destina do à medição de: Corrente Alternada, Tensão Alternada, Tensão Contínua, Resistência e verificar a continuidade elétrica. FASÍMETRO POR CONTATO DIRETO Também conhecido como chave de teste, é um instrumento usado para identificar o condutor fase de uma instalação elétrica. Este necessita do contato elétrico direto com a fase energizada. Eles podem ser do tipo móvel ou fixo. FASÍMETRO SEM CONTATO DIRETO Muito mais conhecido como detector de tensão, É um instrumento usado para identificar o condutor fase de uma instalação elétrica. Este não necessita estar em contato direto com o condutor porque trabalha baseado em indução elétrica. WATTÍMETRO Instrumentopara realizar a medição da potência de um circuito. É ligado de forma série-paralelo com o circuito FREQUENCÍMETRO: Aparelho utilizado para medir a frequência de uma rede elétrica. É ligado de forma paralela com a fonte de alimentação. MULTI TESTE Também há instrumentos que medem mais de uma grandeza em um só medidor. Estes são conhecidos como multitestes. Estes instrumentos podem ter várias características e funções, por isso é primordial verificar sua função. É de suma importância conhecer os instrumentos que serão utilizados no campo da eletricidade e verificar se os mesmos encontram-se calibrados. Sempre realize as calibrações periódicas dos instrumentos!!! Sempre verifique as escalas corretas dos aparelhos de medições antes de iniciar uma medição. Caso tenha duvidas, use o instrumento na maior valor de escala ou consulte um especialista. Eletricidade mata!!! COMANDOS ELÉTRICOS Comandos elétricos são as formas de você ligar, acionar, comandar algum equipamento. Exemplo: Toda vez que você liga um eletrodoméstico em sua casa, está realizando um comando pra ele ligar ou desligar. Agora nós vamos aprender a aplicar este conceito em equipamentos maiores, de porte robusto na área industrial para alta tensão. Iremos utilizar muitos componentes elétricos para esse feito, tais como: contatores, relés, botoeiras, motores, transformadores, fusíveis... A principal função de Comandos aplicada à área industrial é poder realizar acionamentos em grandes componentes que trabalham com altas tensões de forma segura, também realizar estes acionamentos de forma remota. Exemplo: Se você precisa instalar uma chave para ligar e desligar um motor que funciona com 440v, não pode simplesmente colocar um interruptor. É preciso inserir componentes para que se possa realizar esse acionamento do motor com segurança. A tensão que vai para o motor sim tem que ser 440v, mas a tensão que passa pela chave que vai estar na sua mão para ligar ou desligar o motor tem de ser baixa, porque se acontecer algum curto circuito na chave, o choque que irá tomar não será 440v e sim a tensão chamada tensão de tensão de controle: 24v, e “não lhe fará mal”. A representação dos circuitos de comando de motores elétricos é feita normalmente através de dois diagramas: Diagrama de força (Alta tensão): representa a forma de alimentação do motor à fonte de energia; Diagrama de controle (comando): representa a lógica de operação do motor. Em ambos os diagramas são encontrados elementos (dispositivos) responsáveis pelo comando, proteção, regulação e sinalização do sistema de acionamento. A seguir estes elementos são abordados de forma simplificada no intuito de fornecer subsídios mínimos para o entendimento dos sistemas (circuitos) de comandos eletromagnéticos. DISPOSITIVOS DE COMANDO São elementos de comutação destinados a permitir ou não a passagem da corrente elétrica entre um ou mais pontos de um circuito. Os tipos mais comuns são: Chave sem retenção ou impulso É um dispositivo que só permanece acionado mediante aplicação de uma força externa. Cessada a força, o dispositivo volta à situação anterior. Este tipo de chave pode ter, construtivamente, contatos normalmente abertos (NA) ou normalmente fechados (NF), conforme mostra figura 1. As chaves ou botões obedecem a uma coloração padrão: Quando utilizados para função liga, sua cor deve ser verde. Quando utilizados para função desliga, sua cor deve ser vermelha. Figura 1: Chaves Tipo Impulso Chave com retenção ou trava É um dispositivo que uma vez acionado, seu retorno à situação anterior acontece somente através de um novo acionamento. Construtivamente pode ter contatos normalmente aberto (NA) ou normalmente fechado (NF) conforme mostra a figura 2. Figura 2 : Chaves Tipo Trava Chave de contatos múltiplos com ou sem retenção Existem chaves com ou sem retenção de contatos múltiplos NA e NF. A figura 3 mostra estes dois modelos. Figura 3 : Chaves de contatos múltiplos Chave seletora É um dispositivo que possui duas ou mais posições podendo selecionar uma ou várias funções em um determinado processo. Este tipo de chave apresenta um ponto de contato comum (C) em relação aos demais contatos. A figura 4 apresenta dois tipos de chaves seletoras. Figura 4 : Chaves seletoras Para a escolha das chaves, deve-se levar em consideração as especificações de tensão nominal e corrente máxima suportável pelos contatos. Relé Este dispositivo é formado basicamente por uma bobina e pelos seus conjuntos de contatos. Sua aplicação é para baixos níveis de tensão. A figura mostra a estrutura física de um relé e seu símbolo elétrico. Energizando-se a bobina os contatos são levados para suas novas posições permanecendo enquanto houver alimentação da bobina. Um relé, construtivamente pode ser formado por vários conjuntos de contatos. Uma das grandes vantagens do relé é a isolação galvânica entre os terminais da bobina e os contatos NA e NF, além da isolação entre os conjuntos de contatos. A figura 6 mostra outra vantagem dos relés, que é a possibilidade de acionar cargas com tensões diferentes através de um único relé. Figura 6 : Acionamento isolado com relé Outra propriedade muito explorada nos relés é a propriedade de memória através de circuito de auto-retenção ilustrado na figura 7. Figura 7: Circuito de auto-retenção A chave (botoeira) (S1) aciona a bobina (K) fazendo que seu contato auxiliar (K) crie outro caminho para manutenção da bobina energizada. Desta forma, não ocorre o desligamento do relé ao desligar a chave (botoeira) (S1). Este contato auxiliar é comumente denominado de contato de retenção ou selo. Para desligamento utiliza-se a chave (botoeira) (S2). Contator Assim como o relé, o contator é uma chave de comutação eletromagnética direcionada, porém em uso para cargas de maior potência. Possui contatos principais (para energização da carga) e auxiliares NA e NF com menor capacidade de corrente. Estes últimos são utilizados para auxílio nos circuitos de comando e sinalização além do acionamento de outros dispositivos elétricos. A figura 8 mostra seu símbolo e aplicações. Figura 8 : Contator Para especificação do contator deve-se levar em conta alguns pontos: número de contatos, tensão nominal da bobina, corrente máxima nos contatos e condições de operação definindo as categorias de emprego. DISPOSITIVOS DE PROTEÇÃO São elementos intercalados no circuito com o objetivo de interromper a passagem de corrente elétrica sob condições anormais, como curto-circuitos ou sobrecargas. Um curto-circuito pode ser definido como uma ligação acidental de condutores sob tensão. A impedância desta ligação é praticamente desprezível, com a corrente atingindo um valor muito maior que a corrente de operação. Tanto o equipamento quanto a instalação elétrica poderão sofrer esforços térmicos e eletrodinâmicos excessivos. Existem três tipos de curto-circuito: trifásico entre os três condutores de fase, monofásico entre dois condutores de fase e o curto-circuito para terra, entre um condutor de fase e um condutor neutro ou de proteção aterrado. A NBR 5410/97 prescreve que todo circuito, incluindo circuito terminal de motor, deve ser protegido por dispositivos que interrompama corrente, quando pelo menos um dos condutores for percorrido por uma corrente de curso-circuito. A interrupção deve ocorrer num tempo suficiente curto para evitar a deterioração dos condutores. Esta interrupção deve-se dar por dispositivo de seccionamento automático. A capacidade de interrupção é a máxima corrente para o qual o fusível pode garantir a interrupção; geralmente a unidade utilizada é o kA (quiloampère). A capacidade de interrupção deve ser no mínimo igual à corrente de curto-circuito presumida no ponto da instalação. Os fusíveis apresentam curvas características do tempo máximo de atuação em função da corrente. Para uma corrente I > In o fusível seguramente promoverá a interrupção do circuito após um tempo t. Quando houver mais de um motor alimentado pelo mesmo circuito terminal, o dispositivo de proteção utilizado deve ser capaz de proteger os condutores de alimentação do motor de menor corrente nominal. Recomenda-se uma proteção individual na derivação de cada com potência inferior a 0,5 cv. Os dispositivos de proteção mais comuns são: Botão de parada de emergência O botão ou botoeira de emergência é um botão do tipo com retenção. Seu contato é obrigatoriamente um contato normalmente fechado – NF , NC. Seu acionamento e do tipo botão cogumelo para facilitar seu fácil acesso e acionamento, e sua cor é vermelha simbolizando o padrão emergência. Sua função primordial é parar / neutralizar todo circuito elétrico, visto que se ela foi acionada por alguém, é porque realmente houve uma situação grave ou urgente, algo que levaria um acidente pessoal, material ou um grande prejuízo...mas cuidado, só utilize o botão de emergência se realmente for necessário, pois uma vez acionada, parará toda planta ou até mesmo um processo ou parque industrial. Fusível O princípio de funcionamento do fusível baseia-se na fusão do filamento e consequente abertura do filamento quando por este passa uma corrente elétrica superior ao valor de sua especificação. A figura 9 apresenta um fusível tipo cartucho e seu símbolo. Temos ainda os fusíveis do tipo DIAZED, NH, etc, para maior capacidade de corrente. Figura 9 : Fusível cartucho Os fusíveis geralmente são dimensionados 20% acima da corrente nominal do circuito. São classificados em retardados e rápidos. O fusível de ação retardada é usado em circuitos nos quais a corrente de partida é muitas vezes superior à corrente nominal. É o caso dos motores elétricos e cargas capacitivas. Já o fusível de ação rápida é utilizado em cargas resistivas e na proteção de componentes semicondutores, como o diodo e o tiristor em conversores estáticos de potência. Disjuntor Um disjuntor é um dispositivo eletromecânico, que funciona como um interruptor automático, destinado a proteger uma determinada instalação elétrica contra possíveis danos causados por curto-circuitos e sobrecargas elétricas. A sua função básica é a de detectar picos de corrente que ultrapassem o adequado para o circuito, interrompendo-a imediatamente antes que os seus efeitos térmicos e mecânicos possam causar danos à instalação elétrica protegida. Uma das principais características dos disjuntores é a sua capacidade de poderem ser rearmados manualmente, depois de interromperem a corrente em virtude da ocorrência de uma falha. Define-se sobrecarga como uma corrente superior a corrente nominal que durante um período prolongado pode danificar o cabo condutor e/ou equipamento. Existem diversos tipos de disjuntores, que podem ser desde pequenos dispositivos que protegem a instalação elétrica de uma única habitação até grandes dispositivos que protegem os circuitos de alta tensão que alimentam uma cidade inteira. 1. Manopla - utilizada para fazer o fechamento ou a abertura manual do disjuntor. Também indica o estado do disjuntor (Ligado/Desligado ou desarmado). A maioria dos disjuntores são projetados de forma que o disjuntor desarme mesmo que a manopla seja segurada ou travada na posição "ligado". 2. Mecanismo atuador - Junta ou separa o sistema da rede elétrica. 3. Contatos - Permitem que a corrente flua quando o disjuntor está ligado e seja interrompida quando desligado. 4. Terminais 5. Trip bimetálico 6. Parafuso calibrador - permite que o fabricante ajuste precisamente a corrente de trip do dispositivo após montagem. 7. Solenóide ou Bobina 8. Câmara de Extinção de arco. ESTADO DE TRIP Quando um disjuntor é atuado por sua proteção, ele entra em “tripper”, ou seja, ele deixa a manopla em uma posição intermediária para avisar que sua proteção atuou. O disjuntor desarma e sua manopla fica posicionada fisicamente no meio, entre a posição de ligado e desligado. Tipos de Disjuntores: • Disjuntores térmicos Os disjuntores térmicos utilizam a deformação de placas bimetálicas causada pelo seu aquecimento. Quando uma sobrecarga de corrente atravessa a placa bimetálica existente num disjuntor térmico ou quando atravessa uma bobina situada próxima dessa placa, aquece-a, por efeito de Joule, diretamente no primeiro caso e indiretamente no segundo, causando a sua deformação. A deformação desencadeia mecanicamente a interrupção de um contacto que abre o circuito elétrico protegido. Um disjuntor térmico é, assim, um sistema eletromecânico simples e robusto. Em contrapartida, não é muito preciso e dispõe de um tempo de reação relativamente lento. A proteção térmica tem como função principal a de proteger os condutores contra os sobreaquecimentos provocados pelas sobrecargas prolongadas na instalação elétrica. • Disjuntores magnéticos A forte variação de intensidade da corrente que atravessa as espiras de uma bobina produz - segundo as leis do eletromagnetismo - uma forte variação do campo magnético. O campo assim criado desencadeia o deslocamento de um núcleo de ferro que vai abrir mecanicamente o circuito e, assim, proteger a fonte e uma parte da instalação elétrica, nomeadamente os condutores elétricos entre a fonte e o curto-circuito. A interrupção é instantânea no caso de uma bobina rápida ou controlada por um fluido no caso de uma bobina que permite disparos controlados. Geralmente, está associado a um interruptor de alta qualidade projetado para efetuar milhares de manobras. A proteção magnética tem como fim principal o de proteger os equipamentos contra as anomalias como as sobrecargas, os curto-circuitos e outras avarias. Normalmente, é escolhida para os casos onde existe a preocupação de proteger o equipamento com muita precisão. Disjuntor termomagnético É muito utilizado em instalações elétricas residenciais e comerciais o disjuntor magnetotérmico ou termomagnético, como é chamado no Brasil. Esse tipo de disjuntor possui três funções: Manobra (abertura ou fecho voluntário do circuito) Proteção contra curto-circuito - Essa função é desempenhada por um atuador magnético (solenóide), que efetua a abertura do disjuntor com o aumento instantâneo da corrente elétrica no circuito protegido Proteção contra sobrecarga - É realizada através de um atuador bimetálico, que é sensível ao calor e provoca a abertura quando a corrente elétrica permanece, por um determinado período, acima da corrente nominal do disjuntor. Disjuntores de Alta Tensão Para a interrupção de altas correntes, especialmente na presença de circuitos indutivos, são necessários mecanismos especiais para a interrupção do arco voltaico (ou arco elétrico), resultante na abertura dos pólos. Para aplicações de grande potência, esta corrente de curto-circuito, pode alcançar valores de 100 kA. Após a interrupção, o disjuntor deve isolar e resistir às tensões do sistema. Por fim, o disjuntor deve atuarquando comandado, ou seja, deve haver um alto grau de confiabilidade. Alguns tipos de disjuntores de alta potência: Disjuntor a grande volume de óleo, Disjuntor a pequeno volume de óleo, Disjuntor a ar comprimido, Disjuntor a vácuo, Disjuntor a hexafluoreto de enxofre (SF6). Os disjuntores podem ser: monopolares, bipolares e tripolares. Algumas vantagens: religável, não precisa de elemento de reposição, pode eventualmente ser utilizado como chave de comando. Dispositivo residual (DR) O dispositivo Residual (DR) é um interruptor automático que desliga correntes elétricas de pequena intensidade (da ordem de centésimos de ampère), que um disjuntor comum não consegue detectar, mas que podem ser fatais se percorrerem o corpo humano. Ele protege as pessoas contra os efeitos do choque elétrico por contato direto ou indireto (causado por fuga de corrente). Ao detectar uma fuga de corrente na instalação, o Dispositivo DR desliga o circuito imediatamente. Seu principio de funcionamento baseia-se em todo fluxo de corrente dos polos atravessarem uma bobina, e se esta corrente é acima da nominal ela cria um campo magnético nesta bobina, que atua o sistema causando o desarme. De acordo com o item 5.1.3.2.2 da norma NBR 5410, o dispositivo DR é obrigatório, pois uma corrente elétrica superior a 30mA pode matar um ser humano. Relé de sobrecarga (Relé térmico) Em um circuito podemos ter vários consumidores. A função do relé térmico é proteger um consumidor específico, principalmente quando estes consumidores são caros ou de alto porte, como na área industrial. O princípio de funcionamento do relé de sobrecarga baseia-se na dilatação linear de duas lâminas metálicas com coeficientes de dilatação térmicas diferentes, acopladas rigidamente (bimetal). Quando há um problema no circuito, esta se reflete num aumento de corrente, provocando um aquecimento maior e, consequentemente, uma dilatação do bimetal. Essa deformação aciona a abertura do contato auxiliar que interrompe a passagem da corrente para a bobina do contator, desacionando a carga. Para ligar novamente a carga devemos acionar manualmente o botão de rearme do relé térmico. O relé térmico possui as seguintes partes principais: • Contato auxiliar (NA + NF) de comando da bobina do contator; • Botão de regulagem da corrente de desarme; Botão de rearme de ação manual; Três bimetais. Dispositivo de Proteção contra Surtos (DPS) Os circuitos estão sujeitos à todos os tipos de sobrecargas, sejam elas causadas pelos exposição ao tempo (raios e exposição à vendavais) ou por problemas nos próprio circuito, (sobrecargas e curtos circuitos). Essas sobrecargas tendem à atingir os consumidores. Para que isso não aconteça, é implantado no circuito o DPS. Dispositivo de proteção contra surtos (DPS) ou "supressor de surto" ou Limitadores de sobre tensão, ou varistor, é um dispositivo destinado a proteger os equipamentos elétricos contra picos de tensão geralmente causados por descargas atmosféricas na rede da concessionária de energia elétrica. Um DPS regula a tensão, fornecida a um dispositivo elétrico, em geral, absorvendo e também curto-circuitando para terra as tensões que ultrapassam um limite de segurança. Esse excesso de tensão é transferido do circuito principal para a terra, através do DPS. DISPOSITIVOS DE REGULAÇÃO São elementos destinados a regular o valor de variáveis de um processo automatizado, tais como: velocidade, tempo, temperatura, pressão, vazão, etc. Os tipos mais comuns são colocados a seguir: Reostato É um componente de resistência variável que serve para regular a corrente de intensidade maior em sistemas elétricos (ex. controle de velocidade em motor CC). Figura 13: Representação e formas de reostato Potenciômetro Apresenta a mesma função que o reostato atuando com intensidade de corrente menor em circuitos eletrônicos de comando e regulação. Transformador É um componente que permite adaptar o valor de uma tensão ou corrente somente do tipo alternada. O transformador básico é formado por duas bobinas isoladas eletricamente, enroladas em torno de um núcleo de ferro silício. Figura 14:Transformador e símbolo elétrico Relé de tempo Os Relés temporizadores são dispositivos eletrônicos que permitem, em função de tempos ajustados, comutar um sinal de saída de acordo com a sua função. Muito utilizados em automação de máquinas e processos industriais como partidas de motores, quadros de comando, fornos industriais, injetoras, entre outros. • RTW- RE » Retardo na Energização • RTW- PE » Pulso na Energização • RTW- CI » Cíclico • RTW- RD » Retardo na Desenergização • RTW- ET » Estrela-Triângulo • RTW- CIL » Cíclico 1 ajuste Ligado • RTW- CID » Cíclico 1 ajuste Desligado • RTW- CIR » Cíclico 2 ajustes Ligado • RTW- RDI » Retardo na Desenergização sem Comando* Este relé comuta seus contatos após um determinado tempo, regulável em escala própria. O início da temporização ocorre quando energizamos os terminais de alimentação do relé de tempo. A figura 15 mostra um exemplo que explicita o seu funcionamento. Contador de impulsos elétricos Este dispositivo realiza a contagem progressiva, mediante a ação de impulsos elétricos, na bobina contadora. Estes impulsos são provenientes de relés, contadores, chaves, sensores elétricos etc. A programação é realizada pelo usuário através de chaves do tipo impulso localizadas no painel deste dispositivo. O acionamento dos contatos do contator ocorre quando o número de impulsos elétricos na bobina contadora for igual ao valor programado pelo usuário. A figura 17 ilustra o seu funcionamento. DISPOSITIVOS DE SINALIZAÇÃO São componentes utilizados para indicar o estado em que se encontra um painel de comando ou processo automatizado. As informações mais comuns fornecidas através destes dispositivos são: ligado, desligado, falha e emergência. Indicador visual Os indicadores visuais fornecem sinais luminosos indicativos de estado, emergência, falha etc. São os mais utilizados devido à simplicidade, eficiência na indicação e baixo custo. São fornecidos por lâmpadas ou LEDs. As cores indicadas na tabela da figura 18 são recomendas. Figura 18: Símbolo elétrico e cores utilizadas em um indicador luminoso. Indicador acústico Os indicadores acústicos fornecem sinais audíveis indicativos de estado, falha, emergência, etc. São as sirenes e buzinas elétricas. Utilizados em locais de difícil vizualização (para indicadores luminosos) e quando deseja-se atingir um grande número de pessoas em diferentes locais. Sinal de rede ( T.I. – Informática ) Os circuitos em comandos elétricos também podem gerar uma tensão (sinal) para ser convertido em bit e entrar em uma rede. Assim pode se utilizar aquela informação em uma inversor de frequência, uma lógica de computador. FATOR DE POTÊNCIA (FP) O fator de potência (FP) de um sistema elétrico qualquer, que está operando em corrente alternada (CA), é definido pela razão da potência real ou potência ativa e pela potência total ou potência aparente. Em circuitos de corrente alternada (CA), as ondas de tensão e de corrente elétrica estão em fase, ou seja, mudando a sua polaridade no mesmo instante em cada ciclo. Quando cargas reativas estão presentes, tais como capacitores ou condensadores e indutores, o armazenamento de energia nessas cargas resulta em uma diferença defase entre as ondas de tensão e corrente. Uma vez que essa energia armazenada retorna para a fonte e não produz trabalho útil, um circuito com baixo fator de potência terá correntes elétricas maiores para realizar o mesmo trabalho do que um circuito com alto fator de potência. O fluxo de potência em circuitos de corrente alternada tem três componentes: potência ativa (P), medida em watts (W); potência aparente (S ou N), medida em volt- ampères (VA); e potência reativa (Q), medida em var,(var), este grafado sempre em letras minúsculas. O fator de potência pode ser expresso como: - Potência aparente: é a potência total de consumo de todo circuito. É a soma da potência ativa com a reativa. - Potência ativa: é a potência que realmente é utilizada para realizar o trabalho ao que se espera. É aquilo que é consumido sem contar as perdas do circuito. Ela resulta da potencia aparente menos a potência reativa. - Potência reativa: São as perdas do circuito. É a potência que é aplicada aos componentes que auxiliam no circuito para que ele fique equilibrado. No Brasil, a Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL estabelece que o fator de potência nas unidades consumidoras deve ser superior a 0,92. TIPOS DE CIRCUITOS: Segue alguns exemplos de circuitos de comandos: Partida Direta de Motor Monofásico Partida Direta de Motor Monofásico Partida Direta de Motor Trifásico Partida Direta de Motor Trifásico que Liga após Tempo Programado Partida Direta de Motor Trifásico com Reversão Partida Estrela – Triângulo SEMÁFORO: SIMBOLOGIA
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