Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Coleção de Provas Disciplina: Álgebra Linear I Curso: Matemática Período: 2009/1 Prova: P2 Professor: Alancardek 1. Considere os seguintes subespaços de R4: W1 = { (x, y, z,w) ∈ R4; x+ y = 0 e z− w = 0 } W2 = { (x, y, z,w) ∈ R4; x− y− z+ w = 0 } (a) Determine bases de W1 e W2. (b) Determine bases dos subespaços W1 ∩W2 e W1 +W2. 2. Seja M(n) o espaço de todas as matrizes quadradas n × n com coeficientes em R, conside- remos S(n) = {A ∈ M(n); A′ = A} o subespaço das matrizes n × n simétricas e AS(n) = {A ∈ M(n); A′ = −A} o subespaço das matrizes n× n anti-simétricas. (a) Calcule dim S(n) e dim AS(n). (b) Prove que M(n) = S(n)⊕ AS(n). (c) Exiba uma base de AS(4). 3. Seja P : R3 → R3 a transformação linear projeção de um vetor no plano Π : x+ y+ z = 0. (a) Determine uma base ordenada B do espaço R3, tal que [P]BB = 1 0 00 1 0 0 0 1 . (b) Determine P(x, y, z). (c) P é injetora? P é sobrejetora? 4. Prove as afirmações abaixo: (a) Se dimV < dimW, então não existe transformação linear sobrejetora T : V →W. (b) Se T : V → W é uma transformação linear injetora e {v1, v2, ..., vn} ⊂ V é um conjunto LI em V, então {T(v1), T(v2), ..., T(vn)} é um conjunto LI em W. 1 [Questão 1 - Solução] W1 = { (x, y, z,w) ∈ R4; x+ y = 0 e z− w = 0 } item (a): Parte 1 Determinaremos uma base para W1. Observamos então que W1 é o espaço solução do seguinte sistema linear: { x+ y = 0 z− w = 0 Resolvendo o sistema observamos que W1 = {(x,−x, z, z); x, z ∈ R}. Assim Temos: BW1 = {(1,−1, 0, 0), (0, 0, 1, 1)} . Parte 2 Determinaremos uma base para W2. Procedendo como no item anterior obtemos: BW2 = {(1, 0, 0,−1), (0, 1, 0, 1), (0, 0, 1, 1)} . item (b): Parte 1 Determinaremos a base de W1 ∩W2. Basta observa que este espaço é o espaço solução do seguinte sistema: x+ y = 0 z− w = 0 x− y− z+ w = 0 calculamos então o espaço solução e em seguida tomarmos vetores LI neste espaço . Parte 2 Para obter uma base para W1 +W2 basta unir as bases de W1 e W2 e verificar quais vetores são LI. [Questão 2 - Solução] item (a): Parte 1 Seja A ∈ S(n), A = a11 a12 . . . a1n a21 a22 a2n ... ... . . . ... an1 an2 . . . ann . Sabemos que aij = aji, logo precisamos de uma matriz para cada elemento da diagonal. Por outro lado, basta também uma matriz para cada par de elementos aij = aji com i 6= j. Portanto precisamos de n+ (n− 1) + (n− 2) + . . . + 1 = n · n+12 . Daí dim(S(n)) = n · n+12 . Parte 2 Pensando como no caso anterior, se A ∈ AS(n) vale aij = −aji, em particular temos que aii = −aii e portanto os elementos da diagonal são todos nulos. Seguindo o mesmo argumento do caso anterior, podemos concluir que dim(AS(n)) = (n− 1) · n2 . item (b): Observamos que A = 12 (A + A ′) + 12 (A − A′). Chamando B′ = A + A′ = B e C′ = A′ − A = −(A− A′) = −C, temos B ∈ S(n) e C ∈ AS(n) com A = 12B+ 12C e, portanto, temos M(n) = S(n)⊕ AS(n). A nível de curiosidade observamos ainda que dim M(n) = n2 = dim S(n) + dim AS(n). item (b): O conjunto B = {A1, A2, . . . , A6} é uma base para AS(4), onde: A1 = 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 , A2 = 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 , A3 = 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 , A4 = 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 , A5 = 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 e A6 = 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 . 2 [Questão 3 - Solução] item (a): Tomemos os vetores v1 = (1, 0,−1) e v2 = (0, 1,−1) pertencentes ao plano Π : x + y + z = 0. Calculando o produto vetorial v1 × v2 obtemos o vetor v3 = (1, 1, 1). Observamos então que B = {v1, v2, v3} é uma de R3. Observamos também que : P(v1) = 1v1 + 0v2 + 0v3, P(v2) = 0v1 + 1v2 + 0v3, P(v3) = 0v1 + 0v2 + 0v3. Logo B é tal que [P]BB = 1 0 00 1 0 0 0 1 , como queríamos. item (b): Observamos que P(x, y, z) = x · P(e1) + y · P(e2) + z · P(e3), sendo assim precisamos apenas cal- cular P(e1), P(e2) e P(e3). Para isso vamos escrever e1, e2, e3 na base B. Para isto será necessário que resolvamos o seguintes sistemas e1 = a1 · v1 + b1 · v2 + c1 · v3 e2 = a2 · v1 + b2 · v2 + c2 · v3 e3 = a3 · v1 + b3 · v2 + c3 · v3 Aqui obtemos: (a1, b1, c1) = ( 2 3 , −1 3 , 1 3 ) (a2, b2, c2) = (−1 3 , 1 3 , 2 3 ) (a3, b3, c3) = (−1 3 , −1 3 , 1 3 ) Agora resta calcular P(e1), P(e2) e P(e3) usando as igualdades obtidas, isto é, P(e1) = P (a1 · v1 + b1 · v2 + c1 · v3) e assim sucessivamente. item (c): Observamos que dim(Im(P)) = 2, logo pelo Teorema do Núcleo e da Imagem teremos dim(Ker(P)) = 1 e, portanto, P não pode ser injetiva. Por outro lado, sabemos que P é injetora se, e somente se, for sobrejetora. Assim P também não pode ser sobrejetora. [Questão 4 - Solução] item (a): Suponha que exista T : V → W, sobrejetora com dim(V) < dim(W). Como T é sobrejetora, Im(T) = W ⇒ dim(IM(T)) = dim(W). Pelo Teorema do Núcleo e da Imagem temos dim(V) = dim(Ker(T)) + dim(Im(T)), mas dim(V) < dim(W) implica que dim(Ker(T)) < 0, o que gera uma contradição. Portanto não pode existir tal transformação T sobrejetora com dim(V) < dim(W). item (b): Queremos mostrar que a equação x1 · T(v1) + . . . + xn · T(vn) = 0 possui apenas a solução trivial x1 = x2 = . . . = xn = 0. Com efeito, observamos que x1 · T(v1) + . . . + xn · T(vn) = 0 =⇒ T(x1 · v1 + . . . + xn · vn) = 0 =⇒ x1 · v1 + . . . + xn · vn ∈ Ker(T) Por outro lado, como T é injetiva sabemos que Ker(T) = {0} e, portanto, x1 · v1 + . . .+ xn · vn = 0. Mas o fato de que os vetores v1, . . . , vn são LI’s garante que x1 = x2 = . . . = xn = 0, como queríamos demonstrar. 3
Compartilhar