AULA 5 - AVALIAÇÃO MEDIADORA

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REFLEXÃO - TIRINHAS
SABERES DIVIDIDOS
O mundo da vida não cabe em gavetas
O mundo da vida não cabe em gavetas
Poderíamos dizer que nós, ocidentais modernos, estamos entalados numa boa contradição. Principalmente porque não fomos educados para aprender com as contradições, mas ao contrário, para suprimi-las, “resolvendo-as”. 
Aprendemos com o conhecimento científico que para tudo há uma resposta. E, se houver mais de uma, essas respostas não devem ser contraditórias, pois nesse caso poderiam indicar um “erro”. É isto ou aquilo. Se alguma coisa é isto, aquilo, e também aquilo outro, já não sabemos bem o que fazer. 
Ao invés de entendermos que temos muitas respostas, a tendência é pensar que não sabemos nada a respeito, que não temos resposta nenhuma, que nossa investigação não alcançou bons resultados.
Quem sabe não seja em boa parte esta postura de “caçadores” de respostas e “exterminadores” de perplexidades que deixa a sociedade ocidental moderna tão desamparada, mesmo tendo acumulado tanto conhecimento ao longo dos últimos séculos. 
Talvez por isso, no final deste milênio, com todos os avanços científicos, ainda permaneça a incômoda constatação de que todo esse saber disponível – que não é pouco – está longe de solucionar muitos dos graves problemas de nosso tempo.
Um novo vírus afeta justamente o sistema de defesa humano, como é o caso da Aids. Um organismo “decide” multiplicar desordenadamente suas células, desencadeando um processo de alto risco para si mesmo. A temperatura da Terra aumenta continuamente em índices alarmantes.
Poderíamos seguir enumerando tantos outros fenômenos de graves consequências cujas causas ainda são incompreensíveis na sua totalidade e para os quais só vislumbramos respostas parciais e muitas vezes contraditórias.
Dito de outro modo, o mundo da vida, com sua complexidade, continuamente ultrapassa e transborda os limites das gavetas onde o pensamento especializado e disciplinar o quer encerrar.
Essa tentativa de simplificar e de fragmentar uma teia de relações complexas e contraditórias que tece o Universo tem sido o principal intento da ciência moderna. E é bom lembrar que esse modo de apreender a realidade se generalizou mesmo para as pessoas comuns, não-cientistas, definindo uma
única maneira como a maneira “correta de pensar”. 
Muitos outros modos de conhecer a realidade ficaram de fora desse modelo e, hoje, com a crise do conhecimento moderno, começam a ser resgatados sendo valorizados como formas alternativas de construção de conhecimento.
A preocupação em encontrar a resposta certa, a maneira correta de aprender, o melhor método de ensinar reflete muito da ansiedade moderna, fruto de um pensamento extremamente dualista e excludente. Isso, muitas vezes, tem impedido a busca criativa de respostas plurais. 
Retirado de Cadernos de Educação Ambiental . Em Direção ao Mundo da Vida: Interdisciplinaridade e Educação Ambiental. 1998. Isabel Cristina de Moura Carvalho
http://www.diagramaeditorial.com.br/cescar/material_didatico/interdisc_e_ea_isabel_carvalho.pdf
AVALIAÇÃO MEDIADORA
JUSSARA HOFFMANN
INTRODUÇÃO
O TEXTO TRAZ A PERSPECTIVA DA AÇÃO AVALIATIVA COMO UMA DAS MEDIAÇÕES PELA QUAL SE ENCORAJARIA A REORGANIZAÇÃO DO SABER
AÇÃO, MOVIMENTO, PROVOCAÇÃO NA TENTATIVA DE RECIPROCIDADE INTELECTUAL SÃO ELEMENTOS DA AÇÃO EDUCATIVA
PROFESSOR E ALUNO BUSCAM COORDENAR SEUS PONTOS DE VISTA, TROCANDO IDEIAS, REORGANIZANDO-AS
ERRO CONSTRUTIVO
AS RESPOSTAS DAS CRIANÇAS OFERECEM IMENSAS POSSIBILIDADES DE ANÁLISE EM TERMOS DE PERSPECTVAS DIFERENCIADAS E OU CONTRADITÓRIAS ÀS DO ADULTO SOBRE O FENÔMENO ESTUDADO (EX. DO DES-MATAR –TORNAR VIVO NOVAMENTE)
A POSTURA DO PROFESSOR FRENTE ÀS SOLUÇÕES APONTADAS PELA CRIANÇA DEVERIA ESTAR COMPROMETIDA COM TAL CONCEPÇÃO
ERRO CONSTRUTIVO
A CRIANÇA APRIMORA SUA FORMA DE PENSAR O MUNDO À MEDIDA QUE SE DEPARA COM NOVAS SITUAÇÕES, NOVOS DESAFIOS E FORMULAM E REFORMULAM SUAS HIPÓTESES
NUVEM DE PALAVRAS
O QUE É MEDIAÇÃO?
MEDIAÇÃO – O QUE É?
INTERVENÇÃO, INTERCESSÃO, INTERMEDIAÇÃO
“MEDIAÇÃO SE REFERE AO QUE ACONTECE NO MEIO, OU ENTRE DUAS OU MAIS COISAS SEPARADOS NO TEMPO E/OU NO ESPAÇO. O MOVIMENTO SE REALIZA POR MEDIAÇÕES QUE FAZEM A PASSAGEM DE UM NÍVEL PARA OUTRO, DE UMA COISA PARA OUTRA, DE UMA PARTE PARA OUTRA, DENTRO DAQUELA REALIDADE
AVALIAÇÃO MEDIADORA
A AVALIAÇÃO ENQUANTO MEDIAÇÃO SE FARIA PRESENTE ENTRE UMA ETAPA DE CONSTRUÇÃO DE CONHECIMENTO DO ALUNO E A ETAPA POSSÍVEL DE PRODUÇÃO, POR ELE, DE UM SABER ENRIQUECIDO, COMPLEMENTADO
EX. ENTREGA DE TEXTOS CORRIGIDOS SEM DISCUTIR OS RESULTADOS ATÉ A PRODUÇÃO DO PRÓXIMO TEXTO
AÇÃO DO PROFESSOR
A AÇÃO DO PROFESSOR MUITAS VEZES É LIMITADA AO TRANSMITIR E CORRIGIR
O PROCESSO DE EDUCAÇÃO SE DESENVOLVE ATRAVÉS DE MOMENTOS ESTANQUES, SEM ELOS DE CONTINUIDADE, DESCONECTADOS EM TERMOS DE PROGRESSÃO NA CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO
ALGUNS PROFESSORES COMPREENDEM DE UM JEITO NA TEORIA E ATUAM DE OUTRO NA PRÁTICA,
FAZER E COMPREENDER
FAZER = COMPREENDER EM AÇÃO UMA SITUAÇÃO EM GRAU SUFICIENTE PARA ATINGIR OS FINS PROPOSTOS
COMPREENDER = CONSEGUIR DOMINAR, EM PENSAMENTO, AS MESMAS SITUAÇÕES ATÉ PODER REVER OS PROBLEMAS POR ELA LEVANTADOS [...]
PIAGET, 1978
FAZER E COMPREENDER
O FAZER DO ALUNO É UMA ETAPA ALTAMENTE SIGNIFICATIVA NA CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO
A AÇÃO AVALIATIVA DEVE PARTIR DO FAZER DO ALUNO, MAS TERÁ O EDUCADOR CONSCIÊNCIA DA PROVOCAÇÃO NECESSÁRIA AO PROCESSO DE COMPREENDER?
A MEDIAÇÃO DEVERIA ENCORAJAR E ORIENTAR O ALUNO À PRODUÇÃO DE UM SABER SUPERIOR, PELA OPORTUNIZAÇÃO DE NOVAS VIVÊNCIAS E OUTROS PROCEDIMENTOS ENRIQUECEDORES.
FAZER E COMPREENDER
REPETIR SIMPLESMENTE, FAZER MUITAS TAREFAS NÃO É SUFICIENTE PARA A COMPREENSÃO DO EDUCANDO
É NECESSÁRIA A TOMADA DE CONSCIÊNCIA SOBRE O QUE SE EXECUTA
COMPREENDER NÃO SIGNIFICA REPETIR OU MEMORIZAR, MAS DESCOBRIR AS RAZÕES DAS COISAS, NUMA COMPREENSÃO PROGRESSIVA NAS NOÇÕES.
CORRIGIR, POR QUE?
CORRIGIR FERE A AUTONOMIA DA CRIANÇA?
CORRIGIR É CLASSIFICAR E SENTENCIAR?
CORRIGE-SE APENAS PARA DAR NOTA E COLOCAR REPRIMENDAS EM VERMELHO, INTERROGAÇÕES, ORIENTAÇÕES GENÉRICAS?
CORRIGIR É IMPOR NOSSAS RESPOSTA SEM QUE A CRIANÇA POSSA CRITICÁ-LA?
ISTO CONTRIBUI PARA A ORIENTAÇÃO DO ALUNO E A RETOMADA DO PROBLEMA?
AVALIAÇÃO MEDIADORA
A AÇÃO EDUCATIVA DEVE SER FAVORECEDORA DO VIR-A-SER
OS DESAFIOS QUE AS CRIANÇAS E JOVENS ENFRENTAM DEVEM SER ENCARADOS COM MAIOR SERIEDADE, NO SENTIDO DA SUA COMPREENSÃO
AS RESPOSTAS DOS EDUCANDOS DEVEM SER ANALISADAS FRENTE ÀS SITUAÇÕES DESAFIADORAS PROPOSTAS
AVALIAÇÃO MEDIADORA
OS ERROS COMETIDOS PELOS ALUNOS NÃO DEVEM SERVIR COMO PENALIDADES E PERMANECER SOB A FORMA DE DIFICULDADES
NÃO REFORÇAR OS ERROS ATRAVÉS DA CORREÇÃO
UM AMBIENTE LIVRE DE TENSÕES E LIMITAÇÕES FAVORECE AS TENTATIVAS DE CONQUISTA DO SABER
ANALISAR A LÓGICA EXISTENTE NAS SOLUÇÕES APONTADAS PELO ALUNO
AVALIAÇÃO MEDIADORA
ACOMPANHAR AS TAREFAS REALIZADAS PELO ALUNO NÃO APENAS CORRIGINDO-AS, MAS EM UMA ATIVIDADE DE PESQUISA E REFLEXÃO SOBRE AS SOLUÇÕES APONTADAS PELO ALUNO
A PARTIR DESTA REFLEXÃO, PROPOR A MEDIAÇÃO ENTRE UMA TAREFA E OUTRA, FAVORECENDO OS AVANÇOS NA CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO
CONCLUSÃO
A AÇÃO AVALIATIVA, ENQUANTO MEDIAÇÃO, CONTRIBUI PARA A SUPERAÇÃO DE POSICIONAMENTOS RADICAIS QUE REFORCEM AS RELAÇÕES DE PODER NO AMBIENTE ESCOLAR
A VALORIZAÇÃO DAS RESPOSTAS DOS ALUNOS TRANSFORMAM-SE EM ARGUMENTOS PARA DISCUSSÃO
A CONFIANÇA ENTRE EDUCANDO E EDUCADOR TRANSFORMA O ATO AVALIATIVO EM UM MOMENTO DE DESCOBERTA E TROCA DE CONHECIMENTO
PARA ISSO DEVE-SE:
CONVERTER O MÉTODO DE CORREÇÃO EM MÉTODOS INVESTIGATIVOS, DE INTERPRETAÇÃO DAS ALTERNATIVAS PROPOSTAS PELOS ALUNOS
PRIVILEGIAR AS TAREFAS INTERMEDIÁRIAS E SUCESSIVAS
COMPROMISSO DO EDUCADOR COM O ACOMPANHAMENTODO PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO
PRIVILEGIAR O ENTENDIMENTO E NÃO A MEMORIZAÇÃO.
ATIVIDADE
ANÁLISE DE PROVA DO 3º ANO ENSINO FUNDAMENTAL
PROVA 1 
https://acessaber.com.br/avaliacoes/avaliacao-de-lingua-portuguesa-3o-ano/
PROVA 2
PDF