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Cessação da Incapacidade Segundo consta no Art. 5° do Código Civil: Dessa forma, aos 18 anos completos, a pessoa atinge a maioridade, cessando sua incapacidade. A partir desse momento, o indivíduo pode exercer todos os atos da vida civil sem a ajuda de um representante ou assistente, adquirindo, assim, a capacidade plena: - Capacidade de direito - Capacidade de exercício Emancipação . A emancipação consiste na antecipação da capacidade civil antes de a pessoa atingir a maioridade, ou seja, antes dos 18 anos completos. A emancipação pode se dar de três formas, essas hipóteses estão previstas no parágrafo único do Art. 5°, do Código Civil Brasileiro: - Emancipação Voluntária; - Emancipação Judicial; - Emancipação Legal Emancipação Voluntária O Inciso I do Art. 5° do CC prevê a emancipação voluntária: obs: a parte grifada trata da emancipação judicial, que não é objeto deste tópico Dessa maneira, para que seja feita a emancipação voluntária, é preciso que sejam cumpridos alguns requisitos: - Vontade do menor e autorização dos pais (o inciso exige a vontade do menor e consentimento de ambos os pais, ou apenas de um caso o outro esteja ausente) - Realização em cartório, por escritura pública (a emancipação voluntária é feita única e exclusivamente no cartório) - Independente de Homologação Judicial - Idade mínimo da de 16 completos No caso em que os dois pais estejam presentes e apenas um se manifeste favorável à emancipação, pode ser ajuizada uma ação de suprimento de consentimento. Nessa ação, o juiz poderá ou não suprir o consentimento do pai que se manifesta contrário à emancipação. Caso o magistrado defira o pedido, autorizando o processo, ainda assim considera-se uma emancipação voluntária, uma vez que o juiz irá somente suprir o consentimento e não emancipar o menor propriamente. O documento público lavrado no cartório nesses casos chama-se Certidão de Emancipação e é posteriormente anexado à Certidão de Nascimento do menor. Na falta de um ou mais requisitos anteriormente citados, a emancipação voluntária não ocorrerá. Emancipação Judicial A emancipação judicial ocorre quando o menor não tem mais os pais, possuindo apenas um tutor e também está disposta no inciso I do Art. 5° do CC obs: a parte grifada trata da emancipação voluntária, que não é objeto deste tópico O menor fica sob tutela quando os pais morrem ou quando perdem ou têm o poder familiar suspenso. Por não ser pai/mãe do adolescente, o tutor não tem o poder de emancipar esse menor de idade diretamente em um cartório, como é o natural. Nesse caso, quem vai emancipar o menor é o juiz, mediante sentença. O inciso também traz que o magistrado ouvirá o tutor, mas não necessariamente a opinião deste tutor vinculará a decisão do juiz. CARLA GABRIELE S. NASCIMENTO - FAHESP/IESVAP A emancipação judicial, tem algumas características específicas: - Menor assistido por um tutor - Idade mínima de 16 anos completos - Emancipação conferida pelo Juiz, através de uma sentença - O juiz deve ouvir o tutor Emancipação Legal São hipóteses previstas na lei em que o menor, ao se encontrar em determinadas condições, conquista sua emancipação. Os incisos II ao V do Art. 5° do CC trazem essas situações: No Brasil, segundo a redação dada pela Lei n. 13.811/2019, a idade núbio, ou seja, idade mínima para o casamento, é de 16 anos. (Art. 1517 do Código Civil) No entanto, a partir dessa idade, para que o menor se case é preciso de uma autorização do responsável. É importante lembrar que o que emancipa o filho, não é a autorização dada pelos pais e sim, o casamento em si. A fundamentação para a emancipação por casamento se dá pelo fato de que: se o menor é capaz de administrar uma família, também o é para administrar a própria vida e está apto para os atos da vida civil. Em caso de eventual divórcio, o menor não retrocede a condição de relativamente incapaz, se mantendo emancipado. (a emancipação pelo casamento é irreversível) O exercício de emprego efetivo ocorre quando o menor é aprovado em concurso público e entra em exercício no cargo, se tornando servidor efetivo. Nesse caso, entende-se que se o menor é capaz de exercer serviço público, também é capaz de gerir sua própria vida. Na colação de grau em ensino superior (universidade, faculdade), não se considera o ensino técnico. Por fim, o menor com 16 anos completos se emancipa também quando estabelece economia própria, seja através de relação de emprego ou de estabelecimento civil ou comercial. Essas condições demonstram que o adolescente já possui meios de se sustentar e de gerir seus próprios negócios. Além do fato de que é inconcebível a ideia de que um menor tem autonomia para ser um empresário ou contratado e se mantenha relativamente incapaz. Portanto, como vimos a emancipação legal poderá ser conseguida por meio de uma das seguintes situações: - casamento - exercício de emprego público efetivo - colação de grau em ensino superior - desde que o menor tenha economia própria em função de: estabelecimento civil, comercial ou relação de emprego; CARLA GABRIELE S. NASCIMENTO - FAHESP/IESVAP
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